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INSUFICIENCIA CARDÍACA • Insuficiência Cardíaca o Uma das principais causas da IC é a hipertensão arterial sistêmica, a via é muito comprimida (aumento da resistência) causando uma hipertrofia no músculo do coração. Quando a pressão não é controlada as células musculares cardíacas entram em falência e são substituídas por tecido fibroso, cicatricial e não contrátil (remodelação) ocorrendo um mudança de conformação se dilatando. Esse processo de dilatação é o que caracteriza a insuficiência cardíaca. Quando esse ventrículo se dilata a fração de ejeção vai diminuindo, no final da sístole ventricular vai sobrar no ventrículo mais sangue e o AE não vai conseguir desembocar no VE e a veias pulmonares não vão conseguir desembocar no átrio. Esse acúmulo nas veias pulmonares geram um aumento da pressão hidrostática dos capilares do parênquima pulmonar gerando o sinal de dispneia!! A congestão do sistema gera edema dos membros inferiores, hepatomegalia, turgência jugular, ascite são manifestações clínicas da IC do lado direito do coração que geralmente é uma manifestação mais tardia da IC do VE. o Outra causa da IC é a isquemia miocárdica. O infarto causa percentual de perda das células musculares causando necrose e gerando remodelamento daquela região e provocando o caminho da IC. o Problemas valvares: -Estenose aórtica • Qual seria a causa de uma insuficiência cardíaca do lado direito? Hipertensão arterial pulmonar. • Ocorre uma diminuição do débito cardíaco na IC, ativando dois sistemas o Sistema nervoso simpático. o Sistema Renina Angiotensina → diminuição do fluxo sanguíneo renal. Esse quadro acaba piorando ainda mais a pós-carga e a pré-carga. (retroalimentação) Substâncias endógenas que pioram a remodelação: o Noradrenalina o Angiotensina o Aldosterona • Classes funcionais da ic: o Classe funcional I → sintoma de dispneia com esforço maior que o habitual o Classe funcional II → dispneia aos esforços habituais o Classe funcional II → dispneia com esforços pequenos (comer, tomar banho) o Classe funcional IV → dispneia sem esforço. • Objetivos do Tratamento da IC INSUFICIENCIA CARDÍACA o Diminuir pré-carga: porque o sangue precisa circular o Diminuir pos -carga o Diminuir remodelamento o Aumentar a força de contração (em ultimo caso) • Classes farmacológicas utilizadas na ICC: 1)Cardiotônicos: (usados em ultimo caso) Fármacos que aumentam o tônus cardíacos (ionotropicos positivos – aumentam a força de contração) o Glicosideos cardíacos (digitálicos) – ambulatorial via oral o Agonistas adrenérgicos • Glicosídeos cardíacos (digitálicos): ➔ Digoxina ➔ M.A: Inibição da Bomba de sódio e potássio da célula do miocito cardíaco. ➔ Via oral A inutilização da bomba acaba desativando o transporte ativo secundário da bomba na/Ca aumentando o cálcio intracelular, o que aumenta a força de contração. Outra atuação dos digitálicos é elevação da atividade do nervo vago (parassimpático), retardando a condução atrioventricular o que lentifica a condução e assim reduz a condução da frequência cardíaca. (efeito cronotrópico negativo) Efeitos adversos: o Arritmias o Distúrbios visuais o Desorientação, alucinação,agitação ou convulsão o Ginecomastia (ativam mecanismo da aldosterona) o Náusea, vômito e diarreia A dose terapêutica é muito próxima da dose tóxica. Agonistas Adrenérgicos (Dobutamina) ➔ Via endovenosa e em UTI ➔ Grave Redução do DC. ➔ Choque cardiogênico • Inibidores da fosfodiesterase III ➔ Milrinona e Inanrinona ➔ Provocam aumento do AMPc intracelular com aumento da contratibilidade cardíaca e diminuição da RVP • Levosimendana: ➔ Aumenta a afinidade da troponina ao cálcio, estimulando a contração do músculo cardíaco, provocando efeito ionotropico positivo, além de ativar canais de potássio colocando potássio para fora e tornando a célula hiperpolarizada. ➔ Ambiente hospitalar por via EV 2) Diuréticos Diuréticos de alça (principalmente) Diuréticos tiazídicos Os diuréticos trabalham para reduzir a pré-carga (redução da volemia) 3) Inibidores do Sistema Renina Angiotensina: → IECA – captopril ➔ BRA – losartana - diminuição da liberação da aldosterona → isso permite a INSUFICIENCIA CARDÍACA diminuição da volemia e com isso a diminuição da pré-carga. -diminuição da vasoconstricção → isso permite a diminuição da pós-carga -diminui o remodelamento por diminuir a aldosterona Ele possui então um “efeito completo” atingindo todos os objetivos. 4) Beta-Bloqueadores São os beta-bloqueadores de terceira geração apesar de serem ionotropicos negativos, apresentam efeitos adicionais que são muito benéficos para pacientes com IC. Carvedilol e Nebivolol são antagonistas alfa 1 e o aumento do NO, diminuindo a pós-carga Vantagens dos Beta-Bloqueadores de terceira geração para IC: A diminuição da frequência cardíaca permite um aumento do tempo de enchimento ventricular, permitindo que o sangue circule melhor e ocorra melhor distribuição Inibição do Beta 1 diminui ativação do sistema renina angiotensina A noradrenalina bloqueada diminui o remodelamento cardíaco. Ações adicionais de vasodilatação. 5) Inibidores da Aldosterona → Poupadores de Potássio → espironolactona e esplenerona Redução da reabsorção de sódio e água Diminuição do remodelamento cardíaco 6) Inibidor da Neprelisina Usado em casos refratários ➔ M.A: Inibição da neprilisina, enzima que degrada peptídeos natriuréticos (atrial e cerebral) e bradicinina. O estimulo para liberação da PNA é quando há um enchimento da parede ventricular e ele provoca uma ação de natriurese, diminuindo a volemia. Isso é interessante para IC poque diminuí a pré-carga Portanto a inibição da enzima que degrada a PNA, aumenta o PNA diminuindo a pré-carga. A inibição da degradação da bradicinina diminui também a pós- carga (vasodilatador) → o que também pode causar tosse (não associar com o IECA) Anotações: Tríade : o Inibidor do sistema renina angiotensina o Beta bloqueador de terceira geração o Antagonista da aldosterona (espironolactona)