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PSC2023A_ 1.1 Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)


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Página inicial / Meus cursos / PSC2023A / 1 Coleta de informações, formas de levantamento e fatores de risco social
/ 1.1 Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)
Planejamento em Saúde Coletiva - Turma 2023A
1.1 Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)
Conceito e aplicabilidade
Iniciaremos refletindo sobre o que é um sistema de informações para posteriormente discutirmos o SIAB.
"A informação é o produto obtido a partir de determinada combinação e interpretação de dados. Possibilita o conhecimento, a
avaliação e o juízo sobre determinada situação. É um importante recurso para subsidiar o processo de tomada de decisão, de
planejamento, de execução e de avaliação das ações desencadeadas." (FERREIRA, 2001, p. 174).
Atualmente, vivemos na “era da informação”. Os meios de comunicação cada vez mais se tornam ágeis e modernos. Nas últimas décadas, a
tecnologia deu um passo muito grande, pois aproximou nações e encurtou a distância para a comunicação. Nessa “nova era tecnológica”, temos a
possibilidade de trabalhar com ferramentas que auxiliam a construção de conhecimento e o bom andamento dos serviços, como ocorre com os
sistemas de informações.
"A implementação de um sistema de informação significa uma mudança, muitas vezes, profunda na organização, que deve ser
planejada e preparada para que se garanta seu sucesso. Na era da Informação, o enfoque passou a ser a vantagem competitiva. As
competências principais no negócio são aspectos gerenciais e estratégias de tecnologia de informação." (ALBERTIN, 1996).
Os sistemas de informações são importantes instrumentos para o gerenciamento dos serviços. Eles possibilitam o armazenamento de dados que
serão úteis no suporte e fortalecendo a tomada de decisões ou até mesmo para demonstrar transparência em relação à prestação de serviços para
uma sociedade.
"O processo de gestão no setor saúde demanda a produção de informações que possam apoiar um contínuo (re)conhecer, decidir,
agir, avaliar e novamente decidir. Portanto, o processo de produção de informações, além de contínuo, também precisa ser sensível o
bastante para captar as transformações de uma situação de saúde." (FERREIRA, 2001, p. 176).
Em 1998, o Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SIPACS) foi substituído pelo Sistema de Informação da Atenção
Primária (SIAP) com o intuito de acompanhar ações e resultados das Equipes da Atenção Básica (EAB). Assim, tornando-se um instrumento de
grande importância para toda população, pois através dele é que temos condições de avaliar, conhecer, inserir e expor dados relevantes à melhoria da
saúde pública. Através desse sistema de informações você terá condições de registrar todas as implicações que mais comprometem a saúde da
comunidade em que atua. O Ministério da Saúde (2012) define o SIAB como "Sistema de Informação Atenção Básica é um sistema (software),
desenvolvido pelo DATASUS em 1998, cujo objetivo centra-se em agregar, armazenar e processar as informações relacionadas à Atenção Básica
(AB) usando como estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF)."
O Ministério da Saúde (MS) desenvolveu outros tipos de sistemas de informação, vale a pena conhecê-los, uma vez que muitas informações são
apresentadas por municípios e, certamente, irão ajudá-lo a conhecer melhor a vida e saúde da população do lugar em que você vive e atua.
Conheça os sistemas de informação nacionais utilizados na saúde pública, os quais estão agrupados com suas relações, siglas e os órgãos que os
regem, de acordo com Ferreira (2001, p. 184):
Informações relacionadas ao perfil epidemiológico
Sistemas:
Sistema de Informações de Mortalidade (SIM);
Sistema de Informações de Agravos Notificáveis (SINAN);
Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC).
Órgão:
Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI).
Sistemas relacionados à assistência e a administração
Sistemas:
Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SAI-SUS);
Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS);
Sistema de Informações de Atenção Básica (SIAB);
Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI);
Sistema de Informação da Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN);
https://aprendamais.mec.gov.br/
https://aprendamais.mec.gov.br/course/view.php?id=341
https://aprendamais.mec.gov.br/course/view.php?id=341#section-1
https://aprendamais.mec.gov.br/mod/page/view.php?id=23177
Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM).
Órgão:
DATASUS.
Sistemas gerenciais
Sistemas:
Sistema de Gerenciamento de Unidade Ambulatorial Básica (SIGAB);
Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (HOSPUB).
Órgão:
DATASUS.
Sistema:
Levantamento decenal de dados populacionais e indicadores sociais (CENSO).
Órgão:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Finalidade do SIAB
Numa visão geral, é, através desse sistema, que o Ministério da Saúde (MS) organiza suas intervenções para ações na atenção básica a nível
nacional.
É fundamental a existência de sistemas de informação de concepção federal para o adequado acompanhamento, controle, avaliação
e produção de conhecimento em nível nacional.” (BRANCO, 2001).
Numa perspectiva regional, o SIAB torna-se instrumento igualmente de grande relevância para o levantamento local da situação da saúde, social e
sanitária de uma comunidade, pois nele irá conter informações detalhadas que auxiliarão as estratégias para intervenção e criação de metas das
Equipes de Atenção Básica (EAB) acerca das condições relacionadas à prevenção, promoção e recuperação da saúde, bem como para a avaliação
das equipes e dos gestores sobre as ações realizadas.
O ciclo dos dados coletados no território é composto pelas equipes de saúde visando a elaboração de ações, a análise dos resultados alcançados e o
entendimento sobre as condições de vida. Aponta para um movimento contínuo no qual o sistema de informação local deverá ser alimentado,
continuamente, com dados acerca das condições de vida da população. A partir desses dados, os indicadores que surgirem é que irão nortear as
ações que deverão ser discutidas e planejadas pela equipe de saúde na tentativa de alcançar os resultados esperados.
Tal instrumento é útil para que a EAB, composta por multiprofissionais, tenha acesso à realidade do território em que atua, como às condições de
saúde, moradia e saneamento de cada família, para, posteriormente, formular mecanismos para sanar as necessidades e acompanhar o desempenho
dessa equipe.
O SIAB tem como principal função tornar pública a real situação de cada município frente à atenção básica para a elaboração de estratégias e ações.
Fluxo
As informações são coletadas pelos profissionais através de fichas específicas, as quais darão origem a dados, que serão consolidados ainda nas
equipes, para, posteriormente, serem lançados e encaminhados à Coordenação da Atenção Primária do município, essa repassará às
Superintendências Regionais de Saúde, as quais enviarão às Secretarias Estaduais de Saúde, onde todos os dados serão encaminhados ao Ministério
da Saúde/Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Os dados deverão ser encaminhados mensalmente. A ausência ou o não repasse dos mesmos, seguindo o fluxo citado, por dois meses consecutivos
ou três meses alternados acarretará a suspensão do cadastro do programa da equipe, logo, também serão suspensos os recursos financeiros, isso
se aplica também para outros sistemas de informação relacionados à assistência, administração e ao perfil epidemiológico que são alimentados a
partir das equipes de saúde dos municípios.
Como mencionamos no início do nosso trabalho, os profissionais de saúde ocupam lugar de destaque dentro do SUS. O início do processo de coleta
de dados está a cargo desses profissionais. O fluxo de informações consiste nas seguintes etapas:
1. Profissional de saúde coleta informações da comunidade com fichas específicas;
2. Os dados são analisados e digitalizados pelas EAB;
3. Passam pela coordenação da Atenção Primária do município;4. Passam pela Superintendência Regional de Saúde;
5. Passam pela Secretaria Estadual de Saúde;
�. Por fim, passam pelo Ministério da Saúde / DATASUS.
Preenchimento de formulários e análise de dados
Todo o fluxo das informações coletadas terá origem no preenchimento de fichas específicas, o que será realizado por profissionais de saúde. Esses
profissionais farão o levantamento de todas as famílias que moram em sua área de atuação. Mensalmente, os profissionais deverão visitar essas
famílias para que todas as informações sejam frequentemente atualizadas.
Tais fichas são organizadas da seguinte forma:
Ficha para cadastramento das famílias (Ficha A);
Ficha para acompanhamento (Fichas B);
Ficha de gestantes (Ficha B-GES);
Ficha de hipertensos (Ficha B-HA);
Ficha de diabéticos (Ficha B-DIA);
Ficha de pessoas com tuberculose (Ficha B-TB);
Ficha de pessoas com hanseníase (Ficha B-HAN);
Ficha para acompanhamento da criança – Ficha C (Cartão da Criança);
Ficha para registro de atividades, procedimentos e notificações (Ficha D).
Após os profissionais coletarem as informações utilizando as fichas específicas acima citadas, os dados coletados serão consolidados pelas
equipes e inseridos no Cadastramento das Famílias (Fichas A), nos Relatórios de Situação de Saúde e Acompanhamento das Famílias (SSA) e nos
Relatórios de Produção e Marcadores para Avaliação (PMA). Após essa consolidação, as informações serão lançadas no SIAB seguindo o fluxo
descrito anteriormente.
O preenchimento de fichas e formulários nos atendimentos médicos do SUS é importante para coletar dados sobre determinantes de saúde, como
raça, cor, escolaridade, ocupação, faixa etária, peso, altura, tabagismo e alcoolismo. Essas informações são analisadas pela equipe da Secretaria de
Estado de Saúde para identificar questões sociais e investir em políticas públicas e recursos que possam melhorar as condições de saúde. Assista
ao vídeo feito pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro para entender sobre o quão fundamental é preencher essas fichas corretamente:
 Clique aqui para versão em Libras
Preenchimento de fichas e formulários nos atendimentos Preenchimento de fichas e formulários nos atendimentos ……
 Transcrição do vídeo
Referências:
ALBERTIN, A. L. Aumentando as Chances de Sucesso no Desenvolvimento e Implementação de Sistemas de Informações . RAE – Revista de
Administração de Empresa, v. 36, n. 3, p. 61-69. São Paulo, 1996.
BELISÁRIO, Soraya Almeida (Org.). Gestão Municipal de Saúde: textos básicos. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2001. cap. 7. p. 193-200.
BRANCO, Maria Alice Fernandes. Informação em saúde como elemento estratégico para Gestão, p.166. Gestão Municipal de Saúde: textos básicos.
Rio de Janeiro: Brasil. Ministério da Saúde, 2001.
FERREIRA, S. M. G. Informações em Saúde: Sistemas de Informações em Saúde – Gestão Municipal de Saúde: textos básicos. Rio de Janeiro:
Ministério da Saúde, 2001. cap. 6. p. 163-191.
Este material foi baseado em:
NASSAU, Kérlia. Planejamento em Saúde Coletiva e Construção de Redes Comunitárias para a Promoção da Saúde. Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais/Rede e-Tec Brasil, Montes Claros: 2015.
Última atualização: quinta, 11 mai 2023, 16:45
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1.2 Técnicas de levantamento das condições de vida e de saúde da população →
https://www.youtube.com/watch?v=aGpb_3yAlUI
https://aprendamais.mec.gov.br/mod/simplecertificate/view.php?id=23176&forceview=1
https://aprendamais.mec.gov.br/mod/page/view.php?id=23178&forceview=1
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