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Endodontia resumo geral completo


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1 
 
 
2 
Sumário 
Endodontia ................................................................................................................................................... 4 
Anatomia dental ........................................................................................................................................... 4 
Incisivo central superior- canais .................................................................................................................... 5 
Cirurgia de acesso .................................................................................................................................... 7 
Principais instrumentais em endodontia ....................................................................................................... 9 
Limas endodônticas ................................................................................................................................ 10 
Normas de estandardização ................................................................................................................... 11 
Flexibilidade dos instrumentais ............................................................................................................ 12 
Tipos de lima .......................................................................................................................................... 13 
Lima K ................................................................................................................................................. 13 
Lima Flexofile ...................................................................................................................................... 13 
Limas Hedstroem ................................................................................................................................ 13 
Limite de trabalho endodôntico & odontometria .......................................................................................... 15 
Odontometria .......................................................................................................................................... 16 
Técnicas radiografias .............................................................................................................................. 17 
Incidência excêntrica ........................................................................................................................... 17 
Técnica de Clark ................................................................................................................................. 18 
Pulpectomia ............................................................................................................................................ 19 
Preparo químico cirúrgico do canal radicular-PQC ..................................................................................... 20 
Técnicas de instrumentação ....................................................................................................................... 20 
Técnica seriada (Paiva e Antoniazzi) ...................................................................................................... 20 
Técnica escalonada (step-back) ............................................................................................................. 21 
Técnica do preparo progressivo (Crown down) ....................................................................................... 21 
Preparo químico ......................................................................................................................................... 21 
Substancias química .................................................................................................................................. 23 
Hipoclorito de sódio ................................................................................................................................ 23 
Protocolo de irrigação ativa- Easy Clean .................................................................................................... 24 
Resumo dos passos cirúrgicos e substâncias usadas ................................................................................ 25 
Anatomia dental voltada para endodontia ................................................................................................... 26 
Incisivo central superior .......................................................................................................................... 26 
Incisivo lateral superior ........................................................................................................................... 26 
Incisivo central inferior ............................................................................................................................ 26 
Incisivo lateral inferior ............................................................................................................................. 27 
Canino superior ....................................................................................................................................... 27 
Canino inferior......................................................................................................................................... 27 
1° pré molar superior .............................................................................................................................. 27 
2° pré molar superior .............................................................................................................................. 28 
1° pré molar inferior ................................................................................................................................ 28 
 
3 
1° molar superior ..................................................................................................................................... 28 
2° molar superior ..................................................................................................................................... 29 
1° molar inferior....................................................................................................................................... 30 
2° molar inferior....................................................................................................................................... 31 
Obturação................................................................................................................................................... 33 
Instrumentação rotatória em endodontia .................................................................................................... 36 
Movimento reciprocante ............................................................................................................................. 37 
Prevenção e tratamento dos acidentes e complicações endodônticas ....................................................... 39 
 
 
 
4 
Endodontia 
"Endo" significa "dentro ou interno", "odóntos" 
quer dizer "dente", e "ia" significa ação. Ou seja, 
a endodontia é uma especialidade destinada ao 
diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças 
que atingem a parte interna do dente: a polpa, a 
raiz e os tecidos periapicais, que envolvem a raiz. 
 
O tratamento de canal consiste na limpeza 
interna do dente. O objetivo dessa limpeza é a 
remoção tanto de tecido inflamado, como 
também a remoção de tecido contaminado em 
alguns casos. 
O tratamento endodôntico é indicado para 
pacientes nos quais a cárie chega até a polpa do 
dente, que acaba comprometendo a raiz. 
 
 
De uma maneira geral, a intervenção do 
endodontista é necessária para prevenir a 
ocorrência de infecções graves e para evitar a 
necrose completa, levando à perda dentária. 
Anatomia dental 
Cavidade pulpar: é um espaço localizado no 
interior do dente, ocupado pela polpa dental, 
sendo dividido em duas porções: 
 Câmara pulpar Canal radicular 
 
 
Paredes: 
Teto 
Assoalho 
Mesial e distal 
Vestibular e lingual 
 
 
 
 
 
Canal radicular é o espaço ocupado pela polpa 
radicular iniciando se no assoalho da câmara e 
terminando ao nível nível forame apical 
 
 
5 
 
 
O canal comentário (CDC) é onde o tratamento 
endodôntico deve finalizar. 
 
Normalmente o forame se localiza mais voltado 
para distal, pois os nervos se originam na região 
posterior. 
Forame apical 
 
 Os canais radiculares reproduzem a forma 
exterior da raiz 
 A forma e o números de canais são 
determinados pelas paredes dentinarias 
do canal. 
 Os canais laterais podem ser encontrados 
em todos os dentes. 
 
Canal principal e suas ramificações 
É o canal a ser feito o tratamento endodôntico 
 
 
 
Incisivo central superior- canais 
Dois dos dentes mais simples de tratar 
endodonticamente são os incisivos centrais 
superiores (esquerdo ou direito) devido a grande 
possibilidade de haver só um canal. 
 
6 
 
 
 
Muito raramente (15% de chances) há a 
presença de dois canais radiculares em um 
incisivo central, no entanto quando há, sempre 
seram dois canais vestibular e lingual. 
 
Observe que o dente na imagem 1 (face 
vestibular e lingual) possui a raiz estreita, 
impossibilitando a presença de dois canais disto-
linguais, enquanto o mesmo dente na imagem 2 
(face distal e mesial) se apresenta muito mais 
calibroso possibilitando ver a presença de um 
canal na face vestibular e outro na lingual, por 
isso denomina-se canais vestíbulo-linguais e não 
mesio-distais. 
 
 
 
 
 
 
‘’Para que o tratamento endodôntico seja 
adequadamente executado, é imprescindível o 
conhecimento tridimensional da anatomia dental 
incluindo o número de raízes, número de canais, 
localização dos mesmos, formato da cavidade 
pulpar além das possíveis curvaturas e 
singularidades anatômicas que podem ser 
encontradas nos diferentes casos a serem 
tratados.’’ 
 
 
7 
Cirurgia de acesso 
Também chamada de abertura coronária, a 
cirurgia de acesso possibilita aumento do campo 
de visão pra posterior obturação do canal 
radicular. É o procedimento através da qual se 
expõe a câmara pulpar e remove-se todo o seu 
teto. 
Etapas operatórias 
1. Zona de eleição (ponto de eleição) 
2. Forma de contorno 
3. Direção de penetração 
4. Remoção do teto 
5. Forma de conveniência 
6. Desgaste compensatório 
 
1. Zona de eleição 
Área onde se deve iniciar a abertura. Sempre 
mantendo a integridade das áreas de reforço da 
estrutura dental (cúspides, cristas marginais, 
pontes de esmalte, cíngulo). Lembrando que o 
acesso em dentes anteriores sempre será na 
face lingual ou palatina. 
 
Uma técnica comum para identificar será feito a 
abertura é fazer um jogo da velha dividindo o 
dente 
 
 
Pontas diamantadas esféricas de haste longa- 
1012 HL 
 
 
2. Forma de contorno 
A forma de contorno deve ser semelhante ao 
formato da coroa 
 
 
 
3. Direção de penetração 
Trajeto a ser seguido desde o ponto de eleição 
até a câmara pulpar, em sua porção mais 
conveniente e segura. Fase que permite atingir o 
interior da câmara pulpar. 
 Realizado em esmalte e depois em 
dentina em direção a área de maior 
volume 
 Em dentes unirradiculados (anteriores) 
deverá ser correspondente ao longo eixo. 
 Broca: 1014 e 1012 HL em alta rotação 
 
 
Até a sensação de ‘’cair no vazio’’ 
 
 
4. Remoção do teto 
Para remoção do teto da câmara pulpar 
usaremos uma broca com ponta inativa como a 
3081 e broca Endo-Z em alta rotação 
 
 
8 
Para sabermos se o teto foi totalmente removido, 
pegue uma sonda 5 e insira na cavidade, se a 
sonda enroscar, o teto não foi totalmente 
removido e precisa de mais desgaste. 
 
5. Forma de conveniência 
Alisamento e divergência das paredes 
 
 
 
6. Desgaste compensatório 
Remoção de interferências destinaria que 
estejam atrapalhando o acesso direto do canal 
como ombro lingual/palatino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Principais instrumentais em endodontia 
 Explorador n°47 
 
 Explorador n°5 
 
 Pontas diamantadas 1012 e 1914 
 
 Ponta diamantada 1012 HL (haste longa) 
 
 
 
 Ponta diamantada 3082 (possui ponta 
inativa e usada para remover teto pulpar) 
 
 Endo Z (possui ponta inativa e é mais 
comumente usada em dentes posteriores) 
 
 Brocas Gates Glidden 
Existem seis tipos de brocas que são usadas 
para preparar a entrada do canal. É possível 
reconhecer a numeração pela quantidade de 
ranhuras localizadas na haste. (baixa rotação) 
 
 Broca largo 
Parecidas com as Gates, porém essas possuem 
a parte ativa maior. (baixa rotação) 
 
 
 
10 
Limas endodônticas 
Possuem a função de realizar o preparo 
biomecânico do canal radicular. 
 
 
As limas possuem três tamanhos diferentes: 
 21mm 
 25 mm 
 31 mm 
Porém, a parte ativa de todas sempre terá 16mm, 
variando somente o tamanho do intermediário. 
 
São feitas de aço inoxidável (uma liga metálica 
formada pela mistura de ferro e cromo) 
 
 
Quanto ao ângulo de corte, a que possui menor 
ângulo possui maior ângulo de corte portando a 
triangular corta mais. 
 
 
Guia de penetração 
Possui dois tipos: 
 Ativa: com poder de corte na ponta 
 Passiva: sem poder de corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Normas de estandardização 
Em 1746, começava a surgir os primeiros 
instrumentais endodônticos quando os dentistas 
da época começaram a perceber que ao 
removerem a polpa, os sintomas dos pacientes 
sumiam. 
Os primeiros instrumentos eram feitos a partir de 
cordas de violão, piano, relógio etc. 
Em 1838, Edward Mayard, começou a produzir 
instrumentais endodônticos. 
Em 1960, começou a ser estabelecidas normas 
de padronização desde instrumentais criando as 
normas de estandardização, sã elas: 
 Numeração do instrumento 
 Cor do cabo 
 Comprimento da parte ativa 
 Diâmetro do instrumento 
 
 
1. Numeração dos instrumentos 
Vão do 6 ao 140 
Podemos adquirir dois tipos de caixas: 
 Caixas de cor única: você terá 6 limas de 
um determinado número e uma 
determinada cor. 
 
Todas as limas de 
numero 6 possuem a 
cor rosa, independem 
da marca. 
 
 
 
 
 Caixas coloridas: você terá 6 limas, uma 
de cada número, portanto, uma de cada 
cor sendo sempre branco, amarelo, 
vermelho, azul, verde e preto, 
respectivamente. 
 
 
 
 
 
2. Cor do cabo 
Em uma caixa de limas coloridas sempre teremos 
a lima de cor branca representando a menor 
numeração da caixa e a de lima preta 
representando a de maior, independente de sua 
numeracao 
 
 
 
 
12 
Limas da série especial ou extra série: uma 
caixa somente com limas da mesma cor 
 #6: rosa 
 #8: cinza 
 #10: roxo 
 
 
 
3. Comprimento da parte ativa 
Independente da marca, cor ou numeração a 
parte ativa sempre terá 16 mm enquanto o 
intermediário poderá ter diferentes tamanhos. 
 
 
4. Diâmetro dos instrumentos 
O vértice ou ponta do guia de penetração 
constitui o D-Zero ("D0") que possui natureza 
puntiforme. Distando um milímetro de "D0", 
encontra-se o "D1". Distando dois milímetros de 
"D0", encontra-se o "D2" e assim por diante. 
 A intersecção da parte ativa do instrumento com 
o intermediário constitui o diâmetro chamado de 
"D16". 
 
 
 
 
Questão: temos uma lima 50 e queremos saber o 
D0 e D16 da mesma 
Têm-se uma lima 50, então nosso D0 será =0,50 
. 
Sabemos que a cada milímetro, o diâmetro 
aumenta 2mm, portando se temos 16mm de 
comprimento total da lima teremos um aumento 
de +32mm até chegar ao D16 
(2mm×16mm=32mm) 
. 
Portando podemos adicionar 32mm ao nosso D0 
e teremos o valor do nosso D16, que equivale 
0,82 (32mm+D0{0,50}= 0,82) 
= 
Agorasabemos que o D0 da lima 50 é 0,50 e o 
D16 é 0,82. 
Na ultima pagina desse capitulo teremos tabelas 
demonstrativas da conicidade de alguns tipos de 
lima. 
Flexibilidade dos instrumentais 
Forma de secção e classificação por série 
São divididas em 3 séries: 
1° série: 15, 20, 25, 30, 35, 40 
 
2° série: 45, 50, 55, 60, 70, 80 
 
3° série: 90, 100, 110, 120, 130 e 140 
 
 
Observe que as limas aumentam de 5 em 5, 
porém a partir da lima 60, aumentará de 10 em 
10. 
 
 
 
 
13 
Tipos de lima 
Lima K 
 Nesse tipo de lima teremos secção 
quadrangular na 1°série e secção 
triangular na 2º série 
 Ângulo de corte 60° 
 Guia de penetração ativo 
 
Estes instrumentos apresentam seção reta 
transversal de formato quadrangular do 
instrumento no 6 até o no 40, sendo triangular 
para todos os diâmetros maiores. 
A identificação deste tipo de instrumento é feita 
pela impressão de um quadrado vazio na 
extremidade do cabo com o número do diâmetro 
da ponta (x10-2 mm) em seu interior como na 
figura abaixo: 
 
 
Lima Flexofile 
 Nesse timo teremos secção triangular 
 Ângulo de corte de 60° 
 Ângulo helicoidal 30° a 45° 
 Guia de penetração inativo 
 
Fabricados por torção apresentando seção reta 
transversal triangular. Apresentam menos massa 
metálico do que os instrumentos K 
convencionais, com maior flexibilidade por 
consequência. A identificação deste tipo de 
instrumento é feita pela impressão de um 
quadrado cheio na extremidade do cabo com o 
número do diâmetro da ponta (x10-2 mm) em seu 
interior 
 
Limas Hedstroem 
Diferentemente das outras, está apresenta 
secção transversal circular ou em vírgula e por 
isso apresenta no cabo uma bolinha. 
 
 
 
 
As limas tipo Hedstroem (H) são fabricadas em 
aço inoxidável ou em NiTi por meio de usinagem 
de a partir de haste de seção reta transversal 
circular. Os seus números variam de 8 a140. A 
parte de trabalho apresenta 16 mm, como as 
limas tipo K. A parte de trabalho se caracteriza 
por se apresentar como cones sobrepostos com 
a base voltada para o cabo do instrumento. A 
ponta destes instrumentos se apresenta como 
um cone circular. A seção do instrumento após 
usinagem apresenta-se no formato de uma 
vírgula. Estes instrumentos apresentam grande 
poder de corte por limagem, porém não devem 
ser utilizados em movimento de alargamento nem 
sob tensão sobre as paredes do canal (Lopes e 
Siqueira, 2010). A identificação deste tipo de 
instrumento é feita pela impressão de um círculo 
vazio na extremidade do cabo com o número do 
diâmetro da ponta (x10-2 mm) em seu interior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Limite de trabalho endodôntico & 
odontometria 
O tratamento endodôntico é necessário quando a 
polpa sofre uma agressão e se torna incapaz de 
promover sua própria reparação 
 
Quais situações histológicas? 
Polpa morta (mortificação devido à presença e 
intensidade de agentes agressores) 
Polpa viva (trabalhos protéticos e inserção de 
núcleo metálico, viva, mas é incapaz de se 
regenerar) 
 
Objetivo do tratamento: 
Manter o dente na cavidade bucal para devolver 
a função do mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Determinação do limite apical 
1. Conhecer variações anatômicas 
2. Conhecer alterações fisiológicas 
3. Reconhecer alterações patológicas 
4. Conhecer aspectos radiográficos e suas 
limitações 
 
1. Variações anatômicas do forame 
Nem sempre o forame sairá para o vértice, 48% 
das vezes sairá pela face distal 
 
 
 
16 
 
Após vários estudos concluiu-se que a distancia 
do CDC ao forame principal é de 0,5 a 1mm além 
de o CDC não ser um sitio estável. 
 
 
2. Alterações fisiológicas 
 
 
Observe que o canal radicular do dente senil vai 
estreitando enquanto o canal comentário vai 
ficando mais comprido também. 
 
3. Alteração patológica da anatomia 
apical 
 
Rarefação óssea- reabsorção óssea ao redor da 
ponta da raiz 
 
Pode haver além da reabsorção óssea, 
reabsorção do ápice dental. 
 
 
Respeitar o limite apical controla os agentes 
agressores aos tecidos periapicais. 
 
A agressão pode ser: 
 Físicas- limas, material obturador. 
 Química- substância irrigadora 
 Biológicas- bactérias e seus subprodutos 
 
Odontometria 
Odontometria, no contexto da odontologia, é a 
determinação do comprimento do dente para fins 
endodônticos. 
Ao decorrer de todo o procedimento são feitas três 
radiografias: 
 
Supomos que um paciente chegou ao consultório e 
se fez necessário realizar o tratamento 
endodôntico. Então foi retirada uma primeira 
radiografia e a partir dela acharemos o CAD que 
neste caso deu 19mm: 
 
1. Achar CAD (primeira radiografia) 
CAD- Comprimento aparente do dente 
 
Medição do comprimento do dente a partir da 
primeira radiografia 
 
2. Diminuir 3mm do CAD 
Essa manobra evita a potência apical 
(ultrapassar o ápice) 
O segundo passo, é diminuir 3mm como uma 
medida de segurança do CAD. A partir disso 
encontraremos um novo valor denominado de 
CRI: 
CRI- Comprimento real do instrumento 
CRI = CAD - 3 
CRI = 19 - 3 
CRI = 16mm 
 
17 
 
3. Usaremos o valor do CRI para colocar 
a lima no canal e faremos uma nova 
tomada radiográfica (segunda 
radiografia. 
 
4. Ao revelarmos a radiografia, 
mediremos a distancia do ápice do 
dente até a ponta da lima e este será o 
X: 
 
 
Nesse caso o valor do X é de 4mm. 
Ao somarmos o X ao CRI vamos obter um novo 
valor chamado de CRD (comprimento real do 
dente) 
 
CRD = CRI + X 
 CRD = 16 + 4 
 CRD = 20mm 
 
5. Sendo assim reduziremos do valor do 
CRD 1mm (quando a polpa estiver 
morta) e 1.5mm (quando a polpa estiver 
viva). 
Polpa morta= -1mm 
Polpa morta= -1.5mm 
 
Ao reduzirmos esse valor, iremos obter o ultimo 
valor chamado de CRT (comprimento de 
trabalho). 
 
Supomos que a polpa do paciente estava morta 
então tiraremos 1mm 
CRT = CRD-1mm 
CRT = 20 - 1 
CRT = 19mm 
 
CRT é a medida que vamos colocar na lima para 
fazer a instrumentação e a obturação do caso. 
É obtido a partir da redução e em torno de 1mm 
do comprimento real do dente (por conta do ápice 
radiográfico VS ápice real) 
 
6. Confirmação de odontometria (terceira 
radiografia) 
 
Formula: 
 Achar CAD (comprimento aparente do 
dente) 
 CAD - 3mm = CRI (comprimento real do 
instrumento) 
 Achar X (distância da ponta da lima ao 
ápice) 
 X + CRI = CRD (comprimento real do 
dente) 
 CRD - (1 ou 1.5)= CRT (comprimento real 
de trabalho) 
 
Técnicas radiografias 
Incidência excêntrica 
Deslocamento do cone para apical 
 
 
 
18 
 
Técnica de Clark 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Esvaziamento dos canais radiculares 
Etapa do tratamento na qual se promove a 
remoção do conteúdo do interior do canal 
radicular, que pode estar viva ou morta. 
 
Quando a polpa está viva, mas inflamada, a 
remoção do tecido é chamada de pulpectomia. 
Quando a polpa está morta e necrosada, os 
resíduos restantes são removidos por um 
procedimento chamado penetração desinfetante. 
 
Ao removermos uma polpa necrosada devemos 
tomar cuidado para não adentrar a lima do limite 
CDC e levar bactérias para o sistema circulatório. 
Isso pode gerar patologias perirradiculares 
graves como angina de Ludwig. 
 
Pulpectomia 
Dividida em duas fases 
1. Pulpotomia: Remoção da polpa coronária com 
brocas e curtas de haste longa 
2. Pulpectomia propriamente dita: Remoção do 
canal com limas 
 
Esvaziamento por remoção integral- quando o 
canal é amplo e volumoso é possível remover 
todo a polpa de uma vez. 
Deve se fazer descolamento da polpa (CRT) com 
lima tipo K de pequeno diâmetro. 
Deve se fazer a pulpectomia com lima tipo 
Hedstroen e1/4 de volta com tração contra as 
paredes.Esvaziamento por esmagamento ou 
fragmentação- remoção de todo o tecido pulpar 
de canais atrésicos ou curvos. 
Nestes casos não é possível fazer esvaziamento 
por remoção integral 
O Esvaziamento será realizado 
concomitantemente ao PQC 
 
 
Sequência técnica do tratamento 
1. Diagnóstico 
2. Exame clínico 
3. Radiografias 
4. Anestesia 
5. Isolamento absoluto 
6. Cirurgia de acesso+ preparo do terço 
cervical para remição do ombro 
7. Exploração (CAD-3mm) 
8. Odontometria 
9. Esvaziamento 
 
Necropulpectomia ou penetração desinfecção 
Consiste em limpar e irrigar o canal aos poucos 
em direção ao ápice pulpar simultaneamente à 
neutralização de seu conteúdo séptico tóxico, 
prevenindo extravasamento destes elementos 
para os tecidos periapicais. 
 
Sequência técnica do tratamento 
1. Neutralização inicial de conteúdo da 
câmara pulpar com hipoclorito 1% 
(irrigação) até que a solução fique 
transparente. Preencher novamente a 
câmara pulpar com solução irrigadora. 
 
2. 2. Inserção de lima fina (#10) com 
pequenos movimentos de penetração e 
agitação avançando por terços. 
Irrigar, aspirar e inundar. 
Objetivo: aumentar a superfície de contato 
entre o tecido neurótico e o hipoclorito 
neutralizando o. 
 
20 
Preparo químico cirúrgico do canal radicular-
PQC 
Preparo químico cirúrgico é dividido 
 Sanificação (Desinfecção, limpeza e 
modelagem) 
 Químico 
 Irrigação final 
 
Sanificação 
Limpeza: Remoção de matéria orgânica viva ou 
em decomposição 
Desinfecção: Remoção de micro-organismos 
Modelagem: Ampliar o canal e volume para 
posterior obturação. 
 
Instrumentação 
 
 
Tipo K 
 
Tipo K Flexível 
 
Tipo Hedstroen 
 
 
Técnicas de instrumentação 
Técnica seriada (Paiva e Antoniazzi) 
 1° instrumento: confirmação do CRT 
Instrumentação de todo o conduto até o CRT. 
Em uma polpa viva usaremos quatro limas sendo 
que a ultima realizaremos o movimento de 
preparo apical. No caso de polpa morta 
usaremos 5 limas sendo que a ultima será para 
preparo apical. 
Todos os instrumentos até CRT 
Instrumentação é feita em todo o conduto ao 
mesmo tempo com movimento de tração em 
todas as paredes do canal. 
 
 
 
Qual a importância do preparo ou batente apical? 
Apoia e limita o material obturador 
Evita o extravasamento do cone de 
guta percha 
Melhora o selamento do canal com a 
adaptação apical do cone obturador 
 
 
 
 
21 
A importância de pré curvar a lima 
 
 
Técnica escalonada (step-back) 
Indicada para canais curvos 
Após a lima #25 faz se o recuo anatômico ou 
determinado (1mm) para iniciar a lima seguinte 
Passar a lima memória (25#) entre os 
instrumentos para não acumular raspas de 
dentina no terço apical. 
 
 
A- Inserção da lima de memória #25 até CRT 
B- Inserção da próxima lima, no caso #30 até 
onde der 
C- Inserção da lima de memória #25 até CRT 
D- Inserção da lima #35 até onde der 
E- Inserção da lima de memória #25 até CRT 
F- Inserção da lima #40 até onde der 
G- Inserção da lima de memória #25 até CRT 
H- Inserção da lima 45 
I- Inserção da lima de memória #25 até CRT 
 
 
Técnica do preparo progressivo (Crown down) 
 Abertura coronária 
 Preparo da câmara pulpar 
 Preparo do orifício de entrada do canal 
 Odontometria (instrumento memória +4- 
instrumento de memoria usado na 
odontometria é o que couber no canal 
radicular) 
 Canais curvos 
 
Nesse caso, a lima usada na odontometria foi a 
#25, então as próximas quatro limas serão 
30,35,40 e 45. A lima 45 será usada: 
 
1. Lima #25 até o CRT 
2. Lima #45 até onde der 
3. Lima #25 até CRT 
4. Lima #40 até onde der 
5. Lima #25 até CRT 
6. Lima #35 até onde der 
7. Lima #25 até CRT 
8. Lima #30 até onde der 
9. Lima #25 até CRT 
10. Lima #30 até CRT 
Lembrando que a cada inserção deve se irrigar e 
limpar quimicamente o canal. 
 
Preparo químico 
O maior desafio da endodontia são os canais 
contaminados, pois a chance de contaminação 
dos tecidos adjacentes dobra. 
 
Na imagem abaixo temos o canal em vermelho 
representando as partes que a lima limpou 
mecanicamente e em verdes áreas que só 
podem ser limpas quimicamente, pois não há 
alcance do instrumental. 
 
 
Objetivo das substâncias químicas 
 Umectar paredes dentinárias para maior 
rapidez e uniformidade da limpeza 
 Emulsionar os detritos pra tornar possível 
sua remoção 
 Remoção de matéria orgânica e 
inorgânica como restos pulpares e raspas 
dentinárias. 
 
22 
 
A regra é que substâncias polares dissolvem ou 
se misturem em substâncias polares, e que 
substâncias apolares somente em outras 
substâncias apolares. 
Para que haja a possibilidade de mistura entre 
duas moléculas de polos diferentes, é necessário 
a inserção de tensoativos ou surfactantes. 
 
Essas substâncias têm como função diminuir a 
tensão superficial de soluções aquosas e ligar se 
a gordura proporcionando a limpeza das 
superfícies. 
 
Emulsões são micelas emulsionadas no líquido. 
Para que a limpeza de alguma superfície seja 
possível é necessário haver o encontro das 
micelas com a gordura dentro 
microscopicamente, podemos fazer isso de 
grosso modo, esfregando ou aumentando a 
temperatura e gerando assim a quebra de tensão 
superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Substancias química 
Hipoclorito de sódio 
 Hipoclorito de sódio 
 Dissolve a matéria orgânica 
 Solubiliza substâncias proteicas a partir 
da desnaturação proteica 
 Ação rápida, pois possui baixa tensão 
superficial, garantindo uma boa 
umectação. 
 Possui ação detergente sobre as gorduras 
 Bactericida 
 
Reações químicas: 
 
Reação que acontece no frasco- O equilíbrio 
química dinâmico da solução aquosa de 
hipoclorito de sódio 
 
 
A mistura do hipoclorito com a água forma o 
hidróxido de sódio e ácido hipocloroso. Essas 
substâncias encontrarem moléculas de gordura 
elas fazem sabão e diminuem a tensão 
superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soluções de hipoclorito e suas 
concentracções 
0,5%- líquido de Dakin 
1%- líquido de Milton 
2,5% solução de Labarraque 
5%- soda clorada duplamente com entrada ou 
solução de Grossman 
 
Águas sanitárias: solução de hipoclorito de sódio 
a 2,5 a 4% (teores variáveis) 
Desinfetantes diversos: solução de hipoclorito de 
sódio a 25-30% (teores variáveis) 
 
Deve ser mantido em temperatura ambiente, 
protegido da luz e em vidro ou plástico âmbar. 
 
Cuidados a ter: 
 Irritante para tecidos periapicais 
 Irritante para pele e mucosa 
 Gosto desagradável 
 Alvejante de roupas 
 
 
 
 
 
 
24 
Peróxido- peróxido de hidrogênio/peróxido de 
ureia 
 Alta tensão superficial 
 Antimicrobianos 
 Agentes oxidantes 
Por possuir alta tensão superficial precisa ser 
associado ao hipoclorito. 
Peróxido+ hidrogênio (reação de 
Grossman,1943) = formação de macrobolhas 
instantaneamente 
 
 
Endo PTC 
 
Composição: 
Peróxido de uréia (10%) 
Possui ação desinfetante 
Quando neutralizado por NaOCl libera oxigênio 
nascente e compostos de cloro ativo 
(antimicrobiano) 
+ 
Tween 8/detergente (15%) 
Auxilia a limpeza e diminui a tensão superficial do 
creme 
Liga-se a gordura= ação detergente (umectação- 
absorção- emulsificção) 
+ 
Carbowax/ veículo (75%) 
Torna a reação entre o peróxido de ureia e o 
hipoclorito mais lenta com a formação de 
microbolhas= produz efervescência contínua e 
duradoura. 
 
Endo PTC (pesado)+ hipoclorito 
Usados durante o preparo químico cirúrgico 
Após a cirurgia de acesso 
Inserir o Endo PTC com uma seringa e agulha de 
ponta romba na câmara pulpar 
Gotejar NaOCl 1% na câmara pulpar 
Agitar o conteúdo com uma lima- efervescência 
Introduzir a lima do canal radicular para realizar a 
PQC com movimento de instrumentação 
A efervescência do Endo PTC duraráno canal 
mais ou menos 15 minutos. Quando terminar, 
adiciona se hipoclorito. 
Só há a necessidade de adicionar mais Endo 
PTC ao canal quando não há mais efervescência 
com adição somente do hipoclorito. 
 
 
Quelantes 
Primeiro vamos entender o que é a Smear Layer 
ou também chamada de lama dentinária. É uma 
camada superficial de detritos orgânicos e 
inorgânicos (raspas de dentina, fragmentos de 
polpa, substâncias químicas e micro-
organismos). 
A não remoção da smear layer implica em: 
 Obstrução dos túbulos dentinários 
 Redução da permeabilidade dentinária 
 Dificuldade na penetração de 
medicamentos 
 Prejudica adesividade e adaptação dos 
materiais obturadores 
 
Os metais presentes nos dentes são retirados por 
uma substância chamada EDTA que apresenta 
seletividade por metais pesados como cromo, 
ferro, zinco, etc. E no caso do dente, retira o 
cálcio. 
 
 
 
 
Protocolo de irrigação ativa- Easy Clean 
 
1. Hipoclorito de sódio 1% 
Adicionar 5ml no canal e instrumentar com easy 
clean em baixa rotação, aspirar e repetir o 
processo por 3x no total. Totalizando 15 ml. 
 
2. EDTA-T ativado 
 Adicionar 5ml no canal e instrumentar com easy 
clean em baixa rotação, aspirar e repetir o 
processo por 3x no total. Totalizando 15 ml. 
 
 
25 
3. Hipoclorito de sódio 1% 
Adicionar 5ml no canal e instrumentar com easy 
clean em baixa rotação, aspirar e repetir o 
processo por 3x no total. Totalizando 15 ml. 
 
 
 
Resumo dos passos cirúrgicos e substâncias 
usadas 
1. Uso do NaOCl: 
Cirurgia de acesso 
Penetração desinfetante 
Pulpectomia 
 
2. Uso do NaOCl + Endo PTC: 
Preparo químico cirúrgico 
 
3. Uso de Hipoclorito, EDTA e novamente 
hipoclorito, respectivamente: 
Irrigação final (depois do PQC e antes da 
obturação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
Anatomia dental voltada para endodontia 
Antes de realizar a cirurgia de acesso é preciso 
ter conhecimento da anatomia de cada dente, 
neste capitulo abordaremos detalhadamente 
cada grupo de dentes e suas particularidades. 
Incisivo central superior 
 
 Número de raízes: 1 
 Número de canais: 1 
 Formato de raiz: cônico-piramidal 
 Câmara pulpar: maior diâmetro mésio-distal 
 
Maior diâmetro no sentido mesio-distal e mais 
estreita no sentido vestíbulo-palatal 
 
Abertura coronária e direção de trepanação: 
 
Incisivo lateral superior 
 
 Número de raízes: 1 
 Número de canais: 1 em 97% e 2 canais em 
3% dos casos devido ao achatamento mesio 
distal da raiz fazendo com que talvez haja a 
bifurcação do canal ( sendo um canal 
vestibular e lingual). 
 Raiz com curvatura apical para distal. 
Abertura coronária igual para todos os incisivos. 
 
Incisivo central inferior 
 
 Número de raiz: 1 
 Número de canais: 1 em 73% dos casos e 2 
em 26% dos casos (sendo um canal vestibular 
e outro lingual) 
 Menor dente de toda a arcada 
 Formato da raiz achatada no sentido mésio-
distal (por isso maior no sentido vestíbulo 
lingual) 
 
27 
Incisivo lateral inferior 
 
 Número de raiz: 1 
 Número de canais: 1 canal em 84% das vezes 
e 2 em 15% (sendo um vestibular e outro 
lingual) 
 Menor dente de toda a arcada 
 As características do ILI são iguais ao ICI, no 
entanto o ILI possui dimensões maiores. 
 Formato da raiz: achatada no sentido mésio-
distal. 
Canino superior 
 
 Número de raízes: 1 
 Número de canais: 1 
 Canal único e amplo 
 Dente mais longo da arcada 
 Formato da raiz cônico piramidal, semelhantes 
à raiz do incisivo central superior. 
Abertura coronária e direção de trepanação: 
 
Canino inferior 
 
 Número de raízes: 1 em 94% dos casos e 
2% em 6% dos casos 
 Número de canais: 1 canal em 88% dos 
casos e 2 em 11% (sendo canal vestibular e 
outro lingual). 
 Formato da raiz: achatada no sentido mésio-
distal. 
 
1° pré molar superior 
 
 Número de raizes: 1 raiz em 35% dos casos, 
2 raízes em 61% dos casos e 3 raízes raízes 
3,5% dos casos. 
 Número de canais: 1 canal em 8,3% dos 
casos, 2 canais em 84,2% dos casos e 3 
cansi em 7,5% dos casos (sendo um canal 
vestibular e outro lingual quando houver 2 
canais/ um canal mesio vestibular, outro 
mesio lingual e outro disto lingual quando 
houver 3 canais) 
 Câmara pulpar achatada no sentido mésio-
distal e alongada no sentido vestibulo-palatal. 
 
 
28 
2° pré molar superior 
 
 
 Número de raiz: 1 raiz em 95% dos casos e 
5% dos casos 
 Número de canais: 1 canal em 53% dos casos 
e 2 canais em 46% dos casos (sendo um 
canal vestibular e outro lingual) 
Abertura coronária: 
 
 
1° pré molar inferior 
 
 Número de raíz: 1 raiz em 82% dos casos e 2 
em 18% dos casos. 
 Número de canais: que canal em 66% dos 
casos, 2 canais em 32% dos casos e 3 canais 
em 2% dos casos (sendo um canal vestibular 
e outro lingual) 
 Quando tem mais de um canal é de difícil 
tratamento 
Abertura coronária: 
 
 
 
1° molar superior 
 
 Número de raízes: três em 100% das vezes 
(Raiz mésio-vestibular, raiz disto vestibular 
e raiz palatal) 
 Números de canais: três canais em 30% 
das vezes e 4 canais em 70% dos casos (a 
raiz mesio-vestibular pode ter 2 canais).
 
Observe que a bossa distal é mais saliente que 
a vestibular 
 
 
29 
Raízes do 1° molar superior 
Duas raízes vestibulares e uma palatina 
 Raiz mésio vestibular ampla no sentido 
vestíbulo palatal e achatada mésio distalmente. 
 Raiz disto vestibular possui formato cônico e é 
menor em tamanho que a mésio vestibular. 
 Raiz palatal é a única e volumosa tendo formato 
cônico. 
Quando houver 4 canais, dois deles estarão na 
raiz mésio vestibular e o quarto canal se chamará 
de mésio palatino. 
 
 
 
Canais do 1° molar superior 
 Canal palatal: amplo e de fácil acesso com 
secção circular ou ovoide 
 Canal disto vestibular: bastante atrésico, seu 
caminho varia bastante. 
 Canal mésio 
vestibular: igual a 
raiz mésio vestibular, 
é bastante achatado 
ano sentido mésio 
distal. 
 Canal mésio-palatal: 
está presentes na 
raiz mesial de 70% 
dos casos 
 
Cirurgia de acesso: 
Ponto de eleição na fosseta central 
 
 
 
 
 
Triangulo de Marmasse (localizar canal DV) 
Achar o canal mais fácil (palatino) e em seguida 
o segundo mais fácil (mésio vestibular e/ou 
mésio palatino) e traçar uma linha imaginaria 
entre os dois. 
 
Traçar um semi circulo de um canal a outro, o 
canal disto vestibular estará nesse desenho 
imaginário. 
 
 
2° molar superior 
 
 
 Número de raízes: 3 em 100% das vezes (raiz 
mésio-vestibular, raiz disto vestibular e raiz 
palatal) 
 
30 
 Número de canais 
 3 canais em 50% dos casos 
 4 canais em 50% dos casos (a raiz mésio 
vestibular pode ter dois canais e é normal ter 
uma fusão das raízes; é normal se ter uma 
fusão das raízes) 
 
1° molar inferior 
 
 
 Numero de raízes: 2 raízes em 97% dos casos 
e 3 raízes em 3% (sendo uma raiz mesial e 
outra raiz distal) 
 Número de canais: 2 canais em 8% dos casos, 
3 canais em 78% dos casos e 4 canais em 
14% dos casos. 
 Tanto a raiz mesial quanto a distal podem 
apresentar dois canais. 
 
Canais do 1° molar inferior 
 A raiz que apresenta canal único irá ter o 
canal amplo e de forma ovoide no sentido 
vestíbulo lingual 
 A raiz que apresenta dois canais irá ter 
condutor atrésicos e curvos. 
 É mais comum apresentar 3 canais, sendo 
dois dele mesiais (mésio vestibular e mésio 
lingual 
 
 
Quando houver 3 canais a forma de contorno será 
trapezoidal, enquanto com 4 canais, será 
quadrangular. 
 
Observe que ele possui três cúspides na 
vestibular 
 
Observe que o molar é amplo em ambos os lados 
E a facemesial possui um achatamento de 
dentina, devido há maior porcentagem de haver 
dois canais que foram separados por esse 
achatamento nessa face. 
 
Variações anatômicas do molar inferior 
Terceiro canal na raiz mesial entre o Canal 
mésio vestibular e mésio lingual, chamado de 
Canal médio mesial. 
 
 
31 
Quando há um canal em direção a furca, 
chamamos o de canal cavo-inter-radicular. 
 
 
Devido à fusão dos condutos temos o chamado 
Canal em C que acontece em apenas 5% dos 
segundo molares inferiores. Pode acontecer mais 
frequentemente em pacientes orientais. 
 
 
 
2° molar inferior 
 
 
 Número de raízes: 2 raízes em 98,5% dos 
anos e 3 raízes em 1,5 dos casos (sendo 
uma raiz distal e outra mesial) 
 Número de canais: 2 canais em 16,2% dos 
casos, 3 canais em 72,5% dos casos e 4 
canais em 11,3 dos casos. 
 Semelhante ao 1° molar, mas com 
dimensões reduzidas. 
 
 
Abertura coronária 
1. Ponto de eleição 
Irá depender do dente, sempre evitando 
estruturas de reforço como pontes de esmalte. 
No molar inferior, por exemplo, o ponto de 
eleição será na fossula mesial. 
 
 
2. Broca esférica ao longo eixo do dente até a 
sensação de cair no vazio. 
 
 
3. Trocar para Endo Z para remoção do teto 
pulpar sem comprometer o assoalho. A ponta 
precisa ser inativa por esse motivo e o 
movimento do instrumento dev ser de mesial 
pra distal. 
 
4. Forma de contorno: deve seguir o formato dos 
canais. Por exemplo, em um molar superior 
será triangular, pois existe um coisa canais na 
vestibular e um na lingual. 
 
 
32 
 
5. Remoção do teto pulpar. Passar a sonda 
e desgastar até não sentir o teto pulpar. 
 
 
 
 
Erros na abertura coronária 
1. Remoção insuficiente do teto pulpar, sem 
retirar todo o teto não é possível ver todos os 
canais. Na primeira imagem ainda há teto, na 
segunda se pode ver o assoalho, pois o teto 
já foi desgastado o suficiente. 
 
2. Deformação do assoalho, geralmente 
causado por não trocar a ponta diamantada 
usada durante a abertura coronária por uma 
de ponta inativa na etapa seguinte de dar a 
forma de contorno. A ponta diamantada pode 
desgastar parte do assoalho 
 
 
3. Perfurar assoalho pulpar: acontece quando 
não se troca de broca após a abertura. Deve 
se trocar por uma 3082 ou Endo Z. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Obturação 
A obturação é a etapa final do tratamento com 
objetivo de perpetuar o saneamento obtido 
durante o PQC e MIC selando o canal por todos 
os seus limites (região apical, marginal e 
cervical). 
A necessidade do selamento se dá porque 
quando o espaço está vazio o canal pode liberar 
um fluido tecidual estagnado tóxico que alimenta 
microrganismos, gerando inflamações ao 
periapice e a inflamação por sua vez também 
produz mais fluido, entrando em um ciclo vicioso 
infeccioso. 
 
Fases do tratamento endodôntico 
1. Cirurgia de acesso 
2. Odontometria e esvaziamento 
3. Preparo químico cirúrgico (PQC) 
4. Medição intracanal (MIC) 
5. Obturação do sistema de canais 
 
Deve-se respeitar o limite do tratamento 
endodôntico da etapa 2 a 5. 
 
O momento oportuno para obturação é 72 horas 
após o PQC (em polpa morta) ou logo após o 
PQC (polpa viva) 
Também, o paciente deve se encontrar sem dor e 
sem sintomas, a palpação apical e percussão 
devem ser assintomáticas, além de não poder ter 
edemas, mobilidade, exsudato e sangue. 
Requisitos do material obturador ideal 
 Selar hermeticamente o canal radicular 
 Não irritar os tecidos 
 Não expandir ou encolher 
 Ser insolúvel a fluidos tissulares 
 Radiopaco sem alterar a cor das 
estruturas dentais 
 Ser de fácil remoção 
 
 
Materiais presentes: 
Sólidos 
 Cone de prata 
 Cone de guta percha 
 Cone de resina 
 
Requisitos 
 Estabilidade dimensional 
 Radiopacidade 
 Tolerância tecidual 
 Insolúvel aos líquidos corporais 
 
Cimentos: 
 Óxido de zinco 
 Hidróxido de cálcio 
 Ionomero de vidro 
 Silicone 
 Resinosos 
 
Requisitos 
Deve ter selamento, adesividade, 
biocompatibilidade, antimicrobiano, insolúvel e 
radiopaco 
 
Cone de guta percha é o material mais usado 
Cones de guta percha 
 20% matriz 
 60% oxido de zinco 
 10% sulfato de bário 
 10% outros 
 
O Cone possui boa adaptação, tolerância 
tecidual, estabilidade dimensional e é facilmente 
removido. 
 
 
34 
Cimento 
O cimento obturador tem a função de unir os 
cones entre si e estes com as paredes dos 
canais, preenchendo as irregularidades e 
promovendo selamento hermético do sistema de 
canais 
Podem ter base de: 
 Oxido de zinco e eugenol 
 Hidróxido de cálcio 
 Cimento ionomero de vidro 
 Resina (AH Plus padrão ouro) 
 Cerâmica 
 
Técnica de obturação 
1. Irrigação e aspiração final com hipoclorito 
e EDTA para que haja permeabilidade. 
2. Escolha do Cone principal ou mestre 
 
 
3. Prova do Cone 
 
Medir o cone com a régua endodôntica de acordo 
com CRT, fazer uma marca no cone com a pinça 
e em seguida inserir no canal: 
 
Em seguida, analisar visualmente se a medida do 
Cone até a marcação corresponde a borda incisal 
ou oclusal do Cone 
 
 
Teste tátil: após inserir o cone no canal, puxar 
suavemente com a pinça, se houver resistência 
(travamento na porção apical), significa que o 
cone se adaptou a dimensão do canal. 
Teste radiográfico: visualizar se o cone se adapta 
ao canal pela radiografia. 
 
4. Secagem: cone de papel absorvente, se o 
cone usado for 35, usar cone de papel 35. 
 
Secar até o cone deixar de sair molhado do canal 
 
5. Espatulação com AH Plus. 
Usando a proporção de 1:1, criar uma pasta e em 
seguida usar o próprio cone para pincelar as 
paredes até afloração de cimento na câmara 
pulpar 
 
 
35 
6. Acomodação lateral dos cones 
secundários nos espaços que sobraram. 
Dos mais finos e longos para mais finos e 
robustos. 
 
 
Tirar a radiografia da qualidade 
 
 
7. Realizar corte com calcador de Paiva 
aquecido com o maçarico. 
 
 
Em seguida com o condensador frio, realizar a 
técnica de condensação vertical (empurrar em 
direção ao ápice) 
 
 
 
 
 
8. Limpeza final. Limpar com álcool ou licor 
de Hoff 
 
 
9. Selamento provisório. 
Pode ser feito com a inserção de uma bolinha de 
algodão e cotozol e depois CIV restaurador. 
 
 
 
10. Radiografia final para controle do pós-
operatório averiguando se houve 
neoformação óssea 
 
 
 
 
 
36 
 
Instrumentação rotatória em endodontia 
Limas de níquel Titânio (1992) 
 Flexibilidade 
 Novos desenhos 
 Superelasticidade 
 Diferentes conicidades, secção transversal, 
ângulos helicoidais 
 Velocidade controlada: 250-500 rpm 
 Número menor de instrumentos para 
instrumentação 
 
 
 
 
Motores endodônticos 
 
 
 
 
 
Diferença da lima manual para rotatória 
Enquanto a lima manual aumenta 0,2mm do D0 
para o D1, a rotatória aumenta 0,6mm. 
 
A principal vantagem da rotatória é que ela 
desgasta mais, tornando desnecessário o uso de 
várias limas como no uso das manuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Antes de abordarmos do que se trata o 
‘’movimento reciprocante’’ iremos relembrar as 
principais diferenças da instrumentação rotatória 
para manual: 
 A lima manual é fabricada de aço 
inoxidável, material rígido que dificulta o 
PQC em canais curvos. 
 A lima rotatória: feita de níquel titânio, 
material mais flexível possibilitando um 
PQC mais seguro e rápido em canais 
curvos. 
 Na instrumentação rotatória a lima manual 
não é dispensada. A lima manual (10 ou 
15) realiza abertura do canal para 
posterior uso da rotatória. 
 A lima rotatória precisa ser usada em um 
motor endodôntico especial que gira de 
200 a 900 rpm 
 
Movimento reciprocanteÉ um movimento rotatório alternativo que 
consiste em movimentos no sentido horário e 
anti-horário, em diferentes anulações. 
 
O movimento recíprocante foi descoberto por 
Gassan Yared quando o pesquisador descobriu 
que o movimento reduz a incidência de fratura 
por fadiga torsional; maior número de ciclo até a 
fratura e o uso único de uma lima, além de gerar 
menor contaminação cruzada. 
 
 
 
Movimento da Lima reciprocante 
 
 
Vai 170º em sentido horário e volta 50º em 
sentido anti-horário, andando no total 120º 
 
Lima do tipo Reciproc 
Também usada em motor endodôntico porem 
muda sua angulação 
 
Vai 150º em sentido horário e volta 30º em 
sentido anti-horário, andando no total 120º 
 
 
Todas as limas reciprocantes devem ser 
descartáveis, 
 
38 
 
 
 
 
Princípios para utilização 
 Movimentos suaves de "bicada" ou 
vaivém 
 Penetre no canal sempre com o 
instrumento em movimento 
 Não penetre mais que 1mm de cada vez 
 Aplique sempre suave pressão 
 Nunca force o instrumento reciprocamente 
 
Proibido 
 Proibido permanecer com o instrumento 
acionado por mais de 2 segundos no 
mesmo ponto do canal 
 Realizar mais de 3 movimentos de bicada 
sem retirar o instrumento do canal, limpá-
lo e realizar a irrigação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
Prevenção e tratamento dos acidentes e 
complicações endodônticas 
O profissional deve ter conhecimento anatômico 
das cavidades pulpares, conhecer os 
instrumentais e cinemática, realizar preparo 
correto do canal além da obturação adequada. 
Enquanto o paciente deve ser informado do 
ocorrido e esclarecido sobre a opção de 
tratamento, nunca esconder o ocorrido. Após o 
acidente o profissional deve fazer um 
planejamento minucioso de como será o 
tratamento posterior. 
Prevenção: reconhecer limitações e saber limites 
básicos 
Acidentes podem surgir em qualquer fase do 
tratamento endodôntico, sendo q grande maioria 
de origem iatrogênia: 
 Degraus 
 Separação do instrumento 
 Perfuração 
 Extratavasamento de material obturador 
 Alteração cromática coronária 
 Fratura coronorradiculares 
 
Complicações: podem advir dos acidentes 
ocorridos, ou serem inerentes aos dentes 
 Curvaturas acentuadas 
 Canais calcificados 
 Canais atrésicos 
 Rizogenese incompleta 
 Reabsorções 
 
Principais problemas: 
 Problemas na análise radiográfica 
 Problemas encontrados durante o 
isolamento 
 Perfuração coronária ou radicular 
 Localização e negociação com canais 
calcificados 
 Acidentes no PQC 
 Problemas relacionados com obturação 
 Retratamento ou cirurgia paraendodôntica 
 Dificuldade no gerenciamento das 
urgências 
 
Importância do isolamento absoluto 
 Exclusão da umidade do campo 
operatório 
 Retração e proteção dos tecidos moles a 
fim de promover acesso a área a ser 
operada 
 Melhor visibilidade do campo operatório 
 Proteção do paciente contra aspiração e 
deglutição acidental de pequenos 
instrumentos, restos de materiais ou 
fármacos utilizado 
 Minimização da transmissão de moléstias 
contagiosas (Hepatite, AIDS, Covid etc.) 
A ausência do isolamento pode permitir 
deglutição e aspiração 
 
Medidas preventivas 
 Proteção das roupas do paciente de 
salpicos de hipoclorito que possam 
ocorrer 
 Tanto o paciente quanto o dentista devem 
usar óculos 
 
Acidentes de cirurgia de acesso por: 
 Abertura insuficiente 
 Desgaste acentuado 
 Remoção do material restaurador 
 Fratura das brocas 
 Perfuração 
 Calcificação (como na imagem abaixo) 
 
40 
 
 
 
 
 
Acidentes endodônticos 
Localização e negociação com canais 
calcificados 
 
 
Acidente no PQC (perfuração da raiz) 
 
Acidentes durante o PQC são causados por 
degraus, falsos canais, e perfuração durante s 
instrumentação. 
 
Falso canal 
 Formação de um canal dentinário sem 
comunicação com o ligamento periodontal 
 Erro de instrumentação 
 Criado a partir de um degrau 
 Dificuldades de remoção do material 
obturador de canais atresiados, de canais 
curvos com pequenos de curvaturas de 
segmentos apicais de canais obstruídos 
(raspas de dentina, fragmentos metálicos) 
 
Degrau 
 Uso inadequado dos instrumentais 
 Abertura coronária incorreta como a 
remoção do teto 
 Dificuldade em remover material 
obturador em retratamento de canais. 
 Falta de desgastaste compensatório como 
remover proeminências de dentina 
 Preparo cervical inadequado 
 Irrigação ineficiente 
 
 
Subinstrumentação 
 Preparo do canal aquém do CRT (O 
instrumento endodôntico não atua em 
toda a extensão do comprimento de 
trabalho do canal radicular) 
 Causada por erros na determinação do 
comprimento de trabalho e perda da 
referência incisal ou oclusal durante a 
instrumentação no comprimento de 
trabalho; movimento de limagem aquém 
do CRT; obturação do segmento apical do 
canal radicular por detritos oriundos da 
instrumentação por limagem 
 Deficiente volume de solução química 
auxiliar presente no interior do canal 
durante a instrumentação. 
 
Compactação de dentina 
 Causas: falhas na irrigação/aspiração e 
desrespeito ao ponto de referência pela 
falta de stops necessários 
 Conduta: irrigar e aspirar, pegar uma lima 
fina pré curvada e calibrada e retomar ao 
CRT. 
 
Sobre instrumentação 
 Também denominada arrombamento do 
foram apical, é a instrumentação do canal 
até ou além da abertura foraminal 
 Descuidos na determinação e 
manutenção do CRT. 
 Acidente ocorre em canais retilíneo 
 Em canais curvos o arrombamento do 
forame apical é denominado Transporte 
apical externo (zip) 
 
 
 
 
 
41 
Acidentes em endodontia 
 Fratura de instrumentos 
 Cinemática incorreta 
 Força excessiva 
 Escolha inadequada 
 Excesso de uso 
 
 
Uso do Micromega para captura de limas 
fraturadas 
 
 
A outra alternativa para remoção de um lima 
fraturada no canal é trançar três limas ou com 
ultrassom 
 
 
O instrumento rotatório fratura por motivos como 
fadiga cíclica. 
Complicações na irrigação e aspiração 
 Excesso de pressão apical 
 Injeção de liquido no tecido periapical 
 Enfisema 
 Acumulo de detritos com a irrigação 
insuficiente 
 Descoloração na roupa do paciente 
 
 
 
Pré-requisitos para extravasamento NaOCl via 
forame apical 
 Forames apicais amplos 
 Contrição apical destruída 
 Instrumentação 
 Reabsorção 
 Pressões excessivas durante a irrigação 
 Travamento da agulha 
 
Sintomas 
 Dor imediata 
 Enfisema imediato (acúmulo de gás 
dentro dos tecidos moles) 
 Possível edema extenso comprometendo 
metade da face decorrente ao processo 
inflamatório 
 Hemorragia no canal radicular 
 Hemorragia intersticiais com hemorragia 
de pele e mucosa (equimose) 
 Gosto de cloro e irritação na garganta 
 Infecções secundárias 
 Possibilidade de parestesia 
 
Terapêutica quando acontece 
 Informar paciente gravidade 
 Controlar a dor (anestesia, analgésicos) 
 Em casos graves encaminhar ao hospital 
 Compressas frias na região extraoral pra 
reduzir edema e depois de um dia 
compressas quentes para circulação 
 Controle diário da sensibilidade 
 Antibióticos: não obrigatórios, apenas 
quando há risco de infecção secundária. 
 
42 
 Conclusão da terapia endodôntica com 
soro fisiológico ou clorexidina 
 
Obturação 
 Dificuldade na seleção do cone principal 
 Condensação lateral deficiente 
 Subobturação 
 Sobreobturação 
 Faria radicular, condensação radicular 
excessiva43 
Técnica de Clark 
É uma técnica radiológica usada principalmente 
na disciplina de endodontia para visualização e 
dissociação de canais sobrepostos. 
 
A técnica difere da convencional (ortorradial) em 
que o canhão de radiação é apontado direto para 
o objeto, enquanto na técnica de Clark o canhão 
é distalizado ou mesializado para que os dois 
canais apareçam sobre a o filme radiográfico. 
 
Os observadores 1,2 e 3 representam a posição 
do canhão e a imagem reproduzida pelo filme 
radiográfico a depender de como iremos 
posiciona-lo e o objeto A e B representam os 
canais sobrepostos. 
 
O observador 1 representa o canhão 
posicionado para técnica ortorradial. Note que a 
imagem que o observador 1 vê é somente do 
objeto que está na frente, a mesma coisa nesse 
tipo de radiografia, o filme registra somente o 
objeto mais próximo 
 
O observador 2 e 3 representam o canhão 
mesializado ou distalizado para técnica de Clark. 
Note que a imagem que o observador consegue 
ver os dois objetos mudando o lugar da onde 
está posicionado. 
 
 
Como saber se a radiografia foi mesializada 
ou distalizada? 
 
A partir do grampo conseguimos descobrir essa 
informação. 
Observe as duas asas do grampo sinalizadas por 
1 ou 2, a asa que estiver mais próxima do ápice é 
sempre a asa palatina ou lingual. 
 
 
Logo a asa 1 será a asa palatina ou lingual e a 2 
será a asa vestibular. 
Sabemos também que o objeto que está mais 
longe do canhão acompanha a direção do 
mesmo (distal ou mesial). Sabendo que o grampo 
 
44 
1 (objeto mais longe) está para mesial, 
concluímos que o canhão foi mesializado. 
 
E quanto aos canais? 
Como saber qual canal é o vestibular ou 
palatino? 
 
Nós sabemos que a asa 1 está na palatina logo o 
canal mais próximo a ela será o canal palatino. 
Canal 1= palatino e canal 2= vestibular. 
 
Agora vamos analisar outra radiografia: 
 
O grampo se encontra no primeiro pré-molar, 
sabemos que a asa palatina sempre se 
encontrará mais perto do ápice, logo podemos 
identificar a asa palatina (1) e a vestibular (2). 
 
O grampo palatino se encontra mais para mesial, 
logo a radiografia foi mesializada. 
 
E quanto aos canais? 
Sabemos qual é a asa do grampo palatino (1), 
então o canal palatino será o mais próximo ao 
grampo palatino (1) e sabemos que a radiografia 
foi mesializada, logo o canal mais voltado para o 
a mesial é o palatino. 
Canal 1= palatino e canal 2= vestibular 
 
 
Agora vamos analisar outra radiografia: 
Trata se de um primeiro molar superior conhecido 
por ter três raízes e três canais na maioria dos 
casos. 
 
Com o dado de que o grampo mais próximo do 
ápice será sempre o palatino já conseguimos 
dissociar um dos grampos. 
Com o outro dado de que o grampo palatino 
acompanha a direção do feixe concluímos que a 
radiografia foi distalizada, pois o grampo palatino 
se encontra mais para distal. 
 
Para interpretar essa radiografia, vamos 
relembrar a anatomia desse dente: 
 Três raízes (raiz mésio-vestibular, raiz disto 
vestibular e raiz palatal) com 4 canais em 
70% dos casos (a raiz mésio-vestibular 
pode ter 2 canais). 
 
 
45 
Durante a odontometria, é possível enxergar as 
três raízes com uma radiografia ortorradial, no 
entanto é necessário executar a técnica de Clark 
para ver o quarto canal na raiz mésio vestibular, 
pois nessa raiz se encontram dois canais (mésio 
vestibular/MV1 e mésio palatino/MV2) 
 
 
Quanto às raízes? 
Com base nos dado que descobrimos 
anteriormente de que a radiografia foi distalizada, 
sabemos que a raiz palatina está mais para a 
distal, logo sabemos qual das três raízes é a 
palatina. Sobraram duas raízes vestibulares, a 
raiz mais voltada para mesial será a mésio-
vestibular e a mais voltada para a distal será 
disto-vestibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos para o ultimo exemplo agora! 
 
Trata se de um molar inferior, caso seja 
necessário retorne ao capitulo de Anatomia 
dental para relembrar. 
 
Observe que só é possível ver uma asa do 
grampo, essa asa está próxima ao ápice, logo ela 
só pode se tratar da asa lingual 
A radiografia foi mesializada. 
 
Com os conhecimentos que temos sobre o molar 
inferior (pág. 30) sabemos que ele possui duas 
raízes e três canais sendo uma raiz mesial e 
outra distal e na raiz mesial temos um canal 
mésio lingual e outro mésio vestibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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