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Autor: Ronaldo Fonseca PSA 2023_2 UNIP CORRIGIDA Pergunta 1 Leia a tirinha a seguir. Disponível em <https://www.listasliterarias.com/2022/04/10-melhores-tirinhas-do- armandinho.html>. Acesso em 17 ago. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O objetivo da tirinha é criticar as leituras fantasiosas, que provocam excesso de imaginação nas crianças. II. A tirinha transmite a mensagem de que a leitura pode levar a questionar a realidade e a tentar transformá-la. III. Na tirinha, fica evidente que o garoto não tem maturidade para compreender o livro e, por isso, é necessária a orientação de uma pessoa adulta. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: d. II. Pergunta 2 Leia a charge a seguir. Disponível em <https://blogdoaftm.com.br/charge-redes-sociais-3/>. Acesso em 13 jul. 2023. A situação abordada na charge explicita uma contradição entre Resposta Selecionada: c. segurança e redes sociais. Pergunta 3 Leia o texto a seguir, publicado em 15 de junho de 2023 na revista Superinteressante. Ritalina não melhora a performance de estudantes em provas, mostra estudo No começo do ano, muitas farmácias passaram por uma escassez de remédios para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), principalmente ritalina. Em uma nota, a Novartis, empresa responsável pelo medicamento, culpou a alta demanda já no fim de 2022. O período coincide com a época de grandes vestibulares do país. Isso significa que, impulsionados por tendências estrangeiras, estudantes podem ter contribuído para a falta do remédio. O uso da ritalina e de outros comprimidos para TDAH tornou-se popular em faculdades e escolas americanas, onde alunos sem essa condição compram as pílulas com a promessa de aprimorar a concentração e atenção em provas e durante o estudo – sendo até vendidos como “smart drugs” ou “drogas inteligentes”. Só que elas não dão nada de “smart” para você. Um estudo publicado pela revista Science analisou três psicoestimulantes populares: metilfenidato (ritalina), dexanfetamina e modafinil. Os dois primeiros são receitados para TDAH e, o último, para narcolepsia, um distúrbio do sono. Os pesquisadores fizeram quarenta voluntários executarem quatro vezes a mesma tarefa. A cada vez, eles tomavam uma das pílulas (também houve uma rodada com placebo). O teste era simples, os participantes deveriam escolher entre diversos itens e colocá-los em uma mochila – virtualmente. Cada um dos objetos tinha pesos e valores diferentes, e o objetivo era maximizar o valor agregado da mochila, mas sem ultrapassar determinado peso. Quando tomaram um dos remédios, os participantes se dedicavam mais à tarefa – mexiam mais os objetos, tentavam mais combinações e demoravam mais para dar a resposta final. Contudo, sua performance era pior do que quando tomavam o placebo. Apesar de se esforçarem mais, seu desempenho piorava com os medicamentos. “Nossas descobertas sugerem que as ‘drogas inteligentes’ aumentam a motivação, mas a redução na qualidade do esforço, crucial para resolver problemas complexos, anula esse efeito”, escrevem os pesquisadores em seu artigo. A sensação de eficiência pode ser uma confusão com o ânimo de trabalhar. Quem toma esses remédios sem necessidade talvez acredite que se sentir motivado e alerta seja o mesmo que desempenhar um bom trabalho. Os pesquisadores notam também que os remédios são importantes para pessoas com TDAH – eles ajudam quem precisa, mas quem não precisa pode se atrapalhar. Melhor deixar a medicação para os pacientes de verdade. Disponível em <https://super.abril.com.br/ciencia/ritalina-nao-melhora-a-performance-de- estudantes-em-provas-mostra-estudo/>. Acesso em 04 jul. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Os estudantes que tomaram o placebo tiveram piora no desempenho, o que comprovou a eficácia dos remédios considerados inteligentes. II. A motivação para o estudo e para o trabalho equivale a um bom desempenho, segundo os pesquisadores. III. O estudo concluiu que as "drogas inteligentes" não melhoraram o desempenho dos voluntários em tarefas complexas, embora tenham aumentado a sua motivação. É correto apenas o que se afirma em Resposta Selecionada: d. III. Pergunta 4 Leia o texto de autoria de Marcelo Soares, publicado em fevereiro de 2007, e a tirinha do personagem Hagar, de autoria de Dik Browne. A praga do juridiquês Por que não facilitar a vida do leitor que não é advogado? Imagine, por um instante, que o amigo leitor viva no Amazonas. Acorda pela manhã, serve uma bela xícara de café e abre o jornal A Crítica. Depara-se com esse parágrafo de abertura numa notícia: “O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) decidiu pelo improvimento dos embargos de declaração interpostos pela prefeita do município de Barcelos (a 396 quilômetros de Manaus), Alberta Maria Oliveira de Deus. O relator do processo, juiz federal Antônio Francisco do Nascimento, considerou-os meramente protelatórios e, por isso, além de aplicar multa de quatro salários mínimos a Alberta e à vice-prefeita, Rosely Fonseca Chaves, por litigância de má-fé, em julgamento do Processo 15/2006, pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fosse comunicado da decisão para tornar sem efeito uma Ação Cautelar que tramita naquela Corte em que foi concedida liminar mantendo as duas políticas nos cargos”. Caso o amigo não devolva o café à xícara, que é coisa muito feia, pode ponderar a forma como a Madame Natasha do mestre Elio Gaspari traduziria a notícia: a prefeita tentou enrolar para não ser cassada, perdeu e ainda por cima levou uma multa. É tão difícil assim facilitar a vida do leitor que não é bacharel em Direito, mas tem o direito de saber quando um político se ferra? Por que esse tipo de aberração aparece impressa num jornal, num tempo em que até entidades de classe de juízes buscam combater os excessos do preciosismo jurídico? Pela minha observação, isso acontece nos casos a seguir. 1) Cópia do release na íntegra. Muitas vezes, e especialmente no interior do Brasil, as assessorias de imprensa do Judiciário são ocupadas por funcionários que conhecem a fundo o vocabulário jurídico, mas muitas vezes não lembram de traduzi-lo para o português antes de passar a notícia adiante. Às vezes, na pressa, o repórter tasca na página do jeito que veio e pronto. Acho que não é release na íntegra, porque a notícia está assinada. 2) Disposição de esconder a notícia. É quando se enterra propositalmente a notícia embaixo de camadas de jargão ou de detalhes irrelevantes ao fato principal. Acontece com uma frequência muito menor do que as teorias da conspiração supõem – mas acontece. Não me parece ser o caso, visto que o jornal é um dos principais do estado e a notícia se refere a uma cidade pequena. Mas vá saber. 3) Insegurança do repórter. Esse me parece o mais provável. Todo especialista em uma área – destaco aqui os do Direito, mas médicos, hackers, leitores de gibi, saudosistas de Jornada nas Estrelas e fãs de metal melódico também fazem isso – espera que uma notícia sobre sua área de especialidade seja escrita da maneira mais precisa possível. Isso é um objetivo imensamente louvável. Ocorre que há preciosistas que não consideram uma matéria precisa se ela não reproduzir letra por letra o jargão específico da área – que, por natureza, só é compreendido por quem é “do ramo”. Existe um meio termo: o repórter fazer todas as perguntas necessárias para entender do que se trata e escrever a notícia em bom português, com precisão suficiente para explicara situação da melhor maneira possível sem resvalar no jargão. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2007-fev- 21/nao_facilitar_vida_leitor_nao_advogado>. Acesso em 31 jul. 2023 (com adaptações). BROWNE, D. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 1997. p.76. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A tirinha, ao mostrar de maneira irônica a dificuldade de compreender a linguagem de um advogado, cheia de jargões, opõe-se à crítica feita pelo artigo sobre a elaboração de notícias na área jurídica. II. O texto e a tirinha mostram como uma informação apresentada sem clareza, com termos específicos e redação complexa, poderia ser expressa de maneira mais direta e compreensível a todos. III. No artigo, a crítica sobre a dificuldade de jornalistas e assessores de imprensa em redigir notícias mais compreensíveis sobre a área jurídica é amplificada pelo fato de que até mesmo entidades de classe de juízes buscam combater os excessos do preciosismo jurídico. IV. O artigo aponta como a causa mais provável para o uso da linguagem específica e de jargões na notícia a insegurança do repórter associada ao desejo de precisão das informações. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. II, III e IV. Pergunta 5 Leia o texto a seguir. Sites de apostas abrem mercado de bilhões para fintechs Alavancadas pelo Pix, plataformas devem transacionar R$ 84 bilhões neste ano Por André Ítalo Rocha – 27 nov. 2022 Quem assistiu à partida entre Flamengo e Bragantino, pela série A do Brasileirão, na semana passada, não passou ileso aos anúncios de pelo menos seis sites de apostas esportivas durante a transmissão: Betano, Bet Nacional, 1Xbet, Mr. Jack Bet, PixBet e Pari Match – seja nas placas de publicidade luminosa na lateral, em tapetes estendidos ao lado das traves ou nas próprias camisas dos clubes. Isso sem contar nas que anunciaram no intervalo do jogo, como a SportingBet. Se a profusão de nomes nesse mercado chama atenção para uma demanda em alta entre os fãs de esportes e até despertou os políticos para a possibilidade de uma regulação, há outro segmento que tem se beneficiado desse “boom” de maneira mais discreta: os bancos e as fintechs que fazem a ponte para que os sites tenham o Pix como ferramenta para receber as apostas e pagar os prêmios. Antes de o Pix existir, os sites de apostas – praticamente todos com sede no exterior – ficavam restritos aos cartões de crédito, que frequentemente tinham os pagamentos cancelados porque as operadoras consideravam as transações suspeitas. Outra alternativa era fazer uma transferência internacional por conta corrente, cuja aprovação poderia levar horas. O trâmite é tão lento que era comum o usuário desistir de apostar, já que as partidas têm data e hora para acontecer. "O mercado de sites de apostas cresceu cinco vezes ao longo dos últimos quatro anos no Brasil e o Pix é o principal responsável por isso", afirma André Gelfi, presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), associação que reúne 13 sites que operam no Brasil. A estimativa do IBJR é que o mercado brasileiro some R$5,8 bilhões em faturamento em 2023, com R$84 bilhões em movimentação de apostas, valor próximo do que a PagSeguro, por exemplo, transaciona em pagamentos em um trimestre. Segundo Gelfi, mais de 90% do que se movimenta hoje é feito via Pix. Não por acaso, tem site que põe o Pix no nome, como a PixBet. Para disponibilizar o Pix aos sites de apostas, os bancos e as fintechs cobram uma comissão, que pode variar conforme o porte do cliente e o volume transacionado. A Pay4Fun, por exemplo, uma instituição de pagamentos focada em atender clientes do mercado de entretenimento, trabalha no Brasil com alguns dos principais players globais, como Bet365 e Betano, e cobra taxas que variam de 2% a 4% para os depósitos dos usuários e de 1,5% a 3% para o resgate dos prêmios. Só no ano passado, a companhia registrou 4,95 milhões de transações com Pix. (...) Se o Brasil avançar na regulação dos sites – um debate impulsionado pelos esquemas de manipulação envolvendo jogadores –, é possível que uma parte desse mercado de pagamentos não consiga mais operar. Uma das discussões em Brasília envolve a exigência de que as instituições tenham algum tipo de autorização do Banco Central para atuar. "Isso traria segurança para o mercado e deixaria os sites mais confortáveis porque o BC seria um selo de qualidade", afirma Gelfi, do IBJR. Marcello Reis, chefe da área comercial da Anspacepay, acredita que a regulação seria bem- vinda porque a experiência mundial mostra que regras bem definidas ampliam a demanda, ao deixar a clientela mais segura para fazer apostas. "Isso pode garantir o crescimento do mercado nos próximos anos", avalia. Disponível em <https://pipelinevalor.globo.com/mercado/noticia/sites-de-apostas-abrem- mercado-de-bilhoes-para-fintechs.ghtml>. Acesso em 28 jun. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A regulação dos sites de apostas vem sendo cogitada como uma forma de impedir esquemas de manipulação envolvendo jogadores. II. Os bancos e as fintechs que fazem a ponte para que os sites tenham o Pix têm se beneficiado com o crescimento do mercado de apostas no Brasil, que, segundo estimativas, deve movimentar R$ 84 bilhões em 2023. III. Antes de o Pix existir, era impossível realizar apostas on-line, pois os sites têm sede no exterior e não aceitam transações em reais. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. Pergunta 6 Leia o texto de Carol Queiroz, de 18 de abril de 2023, e a charge a seguir. A evasão escolar é uma tragédia silenciosa que amplifica desigualdades sociais e impacta a economia brasileira, segundo a pesquisa “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan SESI), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Os dados coletados no estudo mostram que a evasão escolar atinge mais de 500.000 jovens acima de 16 anos por ano. No Brasil, apenas 60,3% completam o ciclo escolar até os 24 anos. Entre os mais pobres, o número dos que concluem o ensino médio é de 46% contra 94% dos estudantes mais ricos. O estudo, que reuniu mais de 100 experiências nacionais e internacionais de combate a esse problema, mostra que a estimativa é que cada aluno que deixa de terminar o ensino médio gera um prejuízo de 395 mil reais para si e para a sociedade. Se o Brasil tivesse índices como os do Chile, onde a taxa de conclusão de jovens no ensino médio fica em torno de 93%, o ganho anual na economia seria de R$135 bilhões. Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro – caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão. Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/evasao-escolar-no-ensino-medio-atinge- meio-milhao-de-jovens-por-ano- aponta-estudo/>. Acesso em 20 jul. 2023. Disponível em <https://www.todamateria.com.br/evasao-escolar/>. Acesso em 20 jul. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. No Brasil, a evasão escolar também revela as desigualdades sociais, pois menos de 50% dos mais pobres concluem o ensino médio até os 24 anos. II. De acordo com o estudo, o custo de um aluno para terminar o ensino médio no Brasil é de R$395 mil.III. O texto e a charge não apresentam relação, uma vez que o texto aborda a questão da evasão escolar, e a charge critica a baixa qualidade do ensino e a falta de domínio do vocabulário por parte dos estudantes. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: a. I, apenas. • Pergunta 7 Leia o texto a seguir. Duas das principais referências que o mundo tem do Brasil são a música e o futebol. Embora pouco se diga, a capoeira está na raiz de ambas. Esse caldeirão cultural fervilhante de ginga e sons espalha-se por todo o planeta, é visível nas ruas, nos shows, nos estádios, mas, mesmo no nosso país, não é completamente compreendido. É uma história complexa, perdida nos escaninhos da tortuosa memória brasileira que por séculos tentou sonegar a devida importância de suas origens básicas africanas ou indígenas, e os reflexos desse conflito identitário permanecem até os dias atuais. A partir de 1532, milhões de africanos foram arrancados de suas nações e trazidos para o Brasil, dando início ao maior processo de migração forçada da história. Ao longo dos séculos, os escravizados deixaram impressas suas marcas na cultura brasileira. Uma das mais importantes e influentes dessas raízes foi a capoeira. A origem da palavra é do tupi: ka’a (“mato”) e pûera (“que foi”). Embora seja controvertida a razão da utilização do termo, a tese mais aceita é de que a vegetação derrubada ao redor das fazendas favorecia a fuga dos escravos, pois, se tentassem fugir pela mata fechada, ficariam embrenhados no cipoal. Seja como for, as primeiras referências a uma forma de luta própria dos escravos remontam ao Quilombo de Palmares e vieram dos soldados portugueses (“Dragões”) que relataram, por volta de 1690, ser necessário “mais de um Dragão” para capturar um negro desarmado, pois estes defendiam- se com uma “estranha técnica de esquivas e pontapés”. Por isso, o Quilombo de Palmares é apontado como um dos prováveis berços da capoeira, o que é questionável (há sérios estudos que apontam Sergipe como matriz); mas sabe-se, com certeza, de sua origem no antigo ritual N’Golo, ou “Dança das Zebras”, praticada na África Austral, atual território de Angola, onde os jovens formavam rodas e disputavam um misto de luta e dança com base na observação das disputas das zebras machos pelas fêmeas, com coices e cabeçadas. As primeiras imagens que se têm, porém, são completamente reveladoras. Em 1824, o inglês August Earle pintou Negros Lutando e, em 1835, o germânico Johann Moritz Rugendas registrou a cena definitiva no quadro Roda de Capoeira, no qual se veem claramente os rudimentos da técnica da luta e o uso de instrumentos musicais acompanhados de palmas. Roda de Capoeira, de Johann Moritz Rugendas (1835). As rodas de capoeira eram praticadas com música não apenas por sua origem na antiga dança das zebras. Os donos de escravos permitiam que dançassem para evitar que ficassem deprimidos (banzo), e ali eles aproveitavam para treinar luta. Entre os toques mais antigos de berimbau há um, por exemplo, chamado de “cavalaria”, que avisava da aproximação do feitor e de outros vigilantes – nesse momento, as mulheres abriam suas saias como asas para impedir a visão do que ocorria e os capoeiristas passavam a dançarinos. Puxavam as mulheres para o centro da roda e seguiam em danças de umbigadas, escapando dos castigos por serem flagrados praticando técnicas de combate. Foi provavelmente dessas rodas que nasceu o chamado “samba do Recôncavo baiano”. Das percussões e cantorias que acompanhavam a capoeira, consolidou-se o principal tronco musical brasileiro, do qual derivaram o samba e o coco. Aliás, a música de capoeira, que os brancos incluíam no que chamavam genericamente de “batuques”, antecede o chorinho em 50 anos e o samba em quase um século. Não à toa, Vinícius de Moraes cantava que “o samba nasceu lá na Bahia, e se hoje ele é branco na poesia, é negro demais no coração”. Foi ao ter contato com esse universo que ele e o violonista Baden Powell criaram a célebre série dos “afro-sambas”. Mas, muito antes, essa cultura já havia sido transposta para os morros do Rio de Janeiro, em um movimento conhecido como Pequena África. No início do século 19, era prática corrente promover encontros musicais nas casas das “tias” baianas Yalorixás. A mais conhecida foi Hilária de Almeida, a Tia Ciata, até hoje uma referência sobre o surgimento do maxixe, logo samba. Na casa dela, gerou-se o primeiro samba registrado em disco, Pelo Telefone (1917), com autoria assumida por Ernesto dos Santos (Donga), sobre o que ainda restam controvérsias – cogita-se que tenha sido obra coletiva e de “roda”. Disponível em<https://www.revistaprosaversoearte.com/por-que-a-capoeira-e-a-arte-mae-da-cultura- brasileira-e-da-identidade- nacional/?fbclid=IwAR2_pZYcPPcyjCl4xW22_HAP1YS16QcLUi6aB7EvGfcYPtzPLmtIGIcVGig>. Acesso em 26 jul. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. No Brasil, a herança cultural dos povos africanos foi, historicamente, valorizada pelas classes dominantes e, por isso, ela permaneceu e se desenvolveu. II. A música que acompanha os movimentos da capoeira está na origem do samba, que é uma das referências da cultura brasileira. III. A capoeira, retratada em quadros no século XIX, também se desenvolveu, no Brasil, como uma técnica de combate. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. II e III, apenas. • Pergunta 8 Leia a análise da pesquisa conduzida pelo Instituto Cactus sobre saúde mental, divulgada em agosto de 2023, e a tirinha. Autoestima baixa e ansiedade: saúde mental de jovens é pior que de outros grupos, aponta estudo (...) Os jovens brasileiros com idades entre 16 e 24 anos estão entre os mais afetados por problemas de saúde mental, resultando em consequências como baixa autoestima, isolamento social e até conflitos familiares. (...) De acordo com Luciana Barrancos, gerente executiva do Instituto Cactus, no caso do recorte específico de dados sobre jovens, o objetivo do levantamento é permitir identificar comportamentos, hábitos e preocupações associados à saúde mental, que são singulares desse grupo, colaborando para a criação de soluções de acordo com as necessidades. As descobertas do estudo Os dados mais recentes apontam que questões relacionadas a uma má saúde mental afetaram diretamente a vida dos adolescentes e jovens adultos entrevistados. A maioria (78%) relatou ter se sentido feio ou pouco atraente ao menos uma vez nas últimas duas semanas anteriores à data da coleta. Destes, a maioria (73%) também relatou se sentir pouco inteligente, e quase metade (45%) afirmou não ter saído com amigos no período. O estudo avalia que as percepções estão associadas a questões importantes de saúde mental, já que aqueles que reportaram baixa autoestima também demonstraram baixo interesse e prazer nas atividades do dia a dia (80%), sensação de cansaço e falta de energia (90%). Além disso, uma parcela indicou ter brigado com seus familiares no período (70%). Os jovens entrevistados também fazem mais uso de psicoterapia do que a média dos outros grupos (7,6% contra 5,1%) e utilizam menos medicamentos de uso contínuo (9,4% contra 16,6%). A pesquisa não avaliou se uma parcela maior precisaria da intervenção medicamentosa. BBC NEWS BRASIL. Autoestima baixa e ansiedade: saúde mental de jovens é pior que de outros grupos, aponta estudo. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/crg7lg4r6g5o>. Acesso em 4 ago. 2023 (com adaptações). Disponível em <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=62&evento=6>. Acesso em 15 ago. 2023. Com base na leitura, avalieas afirmativas. I. A baixa autoestima, retratada na tirinha, e a falta de estímulo para a execução de tarefas cotidianas são, segundo o estudo, problemas que afetam jovens brasileiros de 16 a 24 anos. II. O estudo atribui os problemas mentais dos jovens, como ansiedade, ao pouco uso de medicamentos e à sua substituição por psicoterapia. III. A tirinha e o estudo apontam como solução para a insegurança dos jovens o espelhamento positivo, especialmente dos amigos e dos familiares. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I. • Pergunta 9 Leia o texto a seguir. Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados em determinado ordenamento jurídico. Já os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito humano no Brasil também deverá sê-lo com o mesmo nível de exigência, de respeitabilidade e de garantia em qualquer país do mundo, porque eles não se referem a um membro de uma sociedade política, a um membro de um Estado; eles se referem à pessoa humana na sua universalidade. Por isso, são chamados de direitos naturais, porque dizem respeito à dignidade da natureza humana. São naturais, também, porque existem antes de qualquer lei e não precisam ser especificados em uma lei para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e promovidos. BENEVIDES, M. V. Cidadania e Direitos Humanos In: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012. Disponível em <http://egpbf.mec.gov.br/modulos/mod-2/capitulo2-1.html>. Acesso em 05 jul. 2023 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. Os direitos humanos não se prendem aos limites de um país, pois são universais. II. Os direitos do cidadão são definidos pelo aparato jurídico e, por isso, dependem do Estado. III. Os direitos naturais são aqueles que se referem exclusivamente ao direito do cidadão à vida. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. I e II, apenas. • Pergunta 10 Leia os textos a seguir. OMS diz que aspartame é “possivelmente cancerígeno”, mas seguro em “ingestão diária aceitável” CNN Brasil. Atualizado em 13 jul. 2023. O adoçante aspartame é um possível “cancerígeno”, mas continua seguro para consumo em níveis já acordados, declararam dois grupos ligados à Organização Mundial de Saúde (OMS). As decisões são resultado de dois painéis de especialistas da OMS: um deles sinaliza se há alguma evidência de que uma substância é um perigo potencial; o outro avalia quanto de risco real essa substância representa. O aspartame é um dos adoçantes mais populares no mundo, usado em produtos como refrigerantes dietéticos da Coca-Cola® e algumas gomas de mascar. Entretanto, em uma coletiva de imprensa antes do anúncio, o chefe de nutrição da OMS, Francesco Branca, sugeriu que os consumidores, se possível, não utilizem nem aspartame nem outro tipo de adoçante. “Se os consumidores depararem com a decisão de tomar refrigerante com adoçante ou com açúcar, acho que deveria haver uma terceira opção a ser considerada – que é beber água em vez disso”, disse Branca. Em sua primeira declaração sobre o aditivo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), com sede em Lyon, na França, pontuou que o aspartame é um “possível carcinógeno”. Essa classificação significa que há evidências limitadas de que uma substância pode causar câncer. Ela não leva em consideração quanto uma pessoa precisaria consumir para estar em risco, o que é levado em consideração por um painel separado, o Comitê Conjunto de Aditivos Alimentares (JECFA) da OMS e da Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com sede em Genebra. Depois de realizar sua própria revisão abrangente, o JECFA disse que não tinha evidências convincentes dos danos causados pelo aspartame e continuou a recomendar que as pessoas mantenham seus níveis de consumo de aspartame abaixo de 40mg/kg por dia. Potencial de algo causar câncer, segundo a Organização Mundial da Saúde. Aspartame foi incluído em grupo de substâncias ‘possivelmente cancerígenas’. Agência Nacional de Pesquisa sobre Câncer, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Disponível em <https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2023/07/13/aspartame-o-que- significa-a-classificacao-de-possivelmente-cancerigeno-pela-oms-veja- infografico.ghtml>. Acesso em 14 jul. 2023. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. As evidências científicas indicam que as substâncias incluídas nos grupos 2A e 2B, grupo do aspartame, têm os mesmos efeitos nos organismos e estão associadas ao desenvolvimento de câncer. II. De acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde, cigarro e álcool estão relacionados ao desenvolvimento de câncer em humanos. III. Seguindo o limite máximo de segurança relacionado ao consumo do aspartame, segundo a OMS, uma pessoa com 50 quilos pode consumir abaixo de 2g da substância por dia. É correto apenas o que se afirma em Resposta Selecionada: e. II e III. • Pergunta 11 Leia o texto de Secoli et al. (2010) sobre a análise de custo-efetividade (ACE) e analise o exemplo a seguir. A ACE é uma metodologia de síntese em que os custos são confrontados com desfechos clínicos. O objetivo da ACE é avaliar o impacto de distintas alternativas, que visem identificá- las com melhores efeitos do tratamento, geralmente, em troca de menor custo. Portanto, uma característica importante é que os estudos de ACE são sempre comparativos e explícitos e se destinam a selecionar a melhor opção para atingir a eficiência. Nesse tipo de análise, os custos são medidos em unidades monetárias e os desfechos em unidades clínicas, tais como mortalidade ou hospitalizações evitadas - uma vantagem importante, tendo em vista que esses desfechos, frequentemente, são de uso corrente pelos clínicos. Os resultados da ACE são expressos por um quociente, em que o numerador é o custo e o denominador a efetividade (custo/efetividade). Desse modo, a ACE é expressa em termos do custo por unidade clínica de sucesso. Por exemplo, custo por anos de vida ganhos, ou por mortes evitadas, ou por dias sem dor, ou por ausência de complicação, ou ainda por hospitalizações evitadas. (...) A finalidade das análises de ACE é identificar a alternativa custo-efetiva. Exemplo Alternativas Custo (R$) Efetividade (Dias sem sintoma) Terapia A 2.000 5 Terapia B 6.000 3 Terapia C 4.800 6 Terapia D 3.000 4 Disponível em SECOLI. et al. Avaliação de Tecnologia em Saúde. A análise de custo- efetividade. Arq. Gastroenterol. v. 47, n. 4, 2010 (com adaptações). Disponível em <https://www.scielo.br/j/ag/a/XMCBx7ybCbs7FYBxrcvwYCS/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 03 set. 2023. Considerando as informações e o exemplo apresentados, avalie as afirmativas. I. A terapia A é custo-efetiva em relação às demais, já que exige menor gasto para obter um dia sem sintoma, e pode ser chamada de alternativa dominada. II. A terapia B é a menos recomendável, já que tem a pior relação custo-efetividade, pois implica maior gasto para obter um dia sem sintoma, e pode ser chamada de alternativa dominante. III. As terapias C e D são custo-efetivas em relação à terapia B, mas não em relação à terapia A, para a qual os resultados da análise apontam ser a terapia de escolha, caso não existam interferências de outros fatores. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: d. III. • Pergunta 12 Leia o caso clínico e as informações a seguir. JBS, 62 anos, foi hospitalizado em uma unidade de terapia intensiva após intensa rigidez e dor muscularcom incapacidade de locomoção. Na triagem hematológica e bioquímica de rotina, apresentou o que segue. • Hemograma normal. • Creatinina de 1,7mg/ dL (normal < 1,3). • Alanina aminotransferase 55U/L (normal < 41). • Soro creatinoquinase (CK) sérica 1991U/L (normal < 190). • Proteinúria. Na análise do prontuário desse paciente, verificou-se que ele tinha hipertensão arterial, tratada por mais de 10 anos com: • Losartana 100mg/dia; • Hidroclorotiazida 25mg/dia. Cerca de 10 dias antes da hospitalização o paciente recebeu o diagnóstico de hiperlipidemia e a prescrição de rosuvastatina 40mg/dia, via oral. Após internação, a estatina foi suspensa, verificando-se melhora do quadro clínico do paciente. Na avaliação de causalidade pelo Algoritmo de Naranjo, obteve-se pontuação 7 para rabdomiólise e 6 para dano hepático e dano renal. Martins, A.C., Giordani, F., Guaraldo, L., Rozenfeld, S. Eventos adversos a medicamentos – Parte I (com adaptações). Disponível em <https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handLe/icict/18758/Eventos_Adversos_a_Medicamentos_aula_1.pdf?sequence=5&isAllowed=y>. Acesso em 15 set. 2023. O algoritmo de Naranjo é uma das ferramentas disponíveis para a avaliação da probabilidade de reação adversa a medicamentos (RAM), baseada em questionário que pode fornecer, segundo a pontuação final, os seguintes resultados: • definitiva ou provada (maior ou igual a 9); • provável (entre 5 e 8); • possível (entre 1 e 4); • duvidosa (menor ou igual a zero). Considerando os dados apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. O caso clínico mostra evidências da interação entre a rosuvastatina e os dois fármacos dos quais o paciente faz uso crônico para tratar a hipertensão arterial, caracterizando a possível reação adversa a medicamentos, indicada pelo resultado do algoritmo de Naranjo. II. Os resultados de creatinina e de proteinúria são sugestivos do dano renal e os resultados de aspartato aminotransferase e de alanina aminotransferase indicam o dano hepático, enquanto a CK aumentada em dez vezes e os sinais/sintomas clínicos do paciente mostram a rabdomiólise. III. O caso clínico evidencia 3 RAMs em função ao uso da rosuvastatina (rabdomiólise, dano renal e dano hepático), todos registrados na literatura para o fármaco. O risco de ocorrência dessas reações aumentou em função da idade do paciente. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: b. II e III. • Pergunta 13 O Fator de Proteção Solar (FPS) é estabelecido por meio de testes, e seu cálculo envolve a relação entre a Dose Mínima Eritematosa (DME) na pele protegida com determinado fotoprotetor e a DME na pele sem esse fotoprotetor. Essas definições estão previstas em legislação, como na RDC Nº 629, de 10 de março de 2022, que trata de protetores solares e produtos multifuncionais em cosméticos. Vejamos. 3) DEFINIÇÕES Para os fins do presente Regulamento Técnico, entende-se por: (...) 3.4. Dose Mínima Eritematosa (DME): dose mínima de radiação ultravioleta requerida para produzir a primeira reação eritematosa perceptível com bordas claramente definidas, observadas entre 16 e 24 horas após a exposição à radiação ultravioleta, de acordo com a metodologia adotada. (...) 3.6. Fator de Proteção Solar (FPS): valor obtido pela razão entre a dose mínima eritematosa em uma pele protegida por um protetor solar (DMEp) e a dose mínima eritematosa na mesma pele quando desprotegida (DMEnp). FPS= DMEp/DMEnp Entre as exigências previstas nessa RDC, encontramos que a determinação do FPS deve ser realizada seguindo unicamente métodos in vivo. Em relação à rotulagem dos produtos, essa norma prevê, por exemplo, o que lemos a seguir. Art. 15. A rotulagem dos protetores solares deverá conter as seguintes advertências e instruções de uso: I. é necessária a reaplicação do produto para manter a sua efetividade; II. ajuda a prevenir as queimaduras solares; III. para crianças menores de 6 (seis) meses, consulte um médico; IV. este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação; V. evite exposição prolongada das crianças ao sol; VI. aplique abundantemente antes da exposição ao sol; VII. reaplique sempre, após sudorese intensa, nadar ou banhar-se, secar-se com toalha e durante a exposição ao sol; VIII. se a quantidade aplicada não for adequada, o nível de proteção será significativamente reduzido. Considerando as informações apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Para que o nível de proteção não seja significativamente reduzido, a quantidade aplicada pelo usuário não pode ser menor do que aquela utilizada nos testes in vivo para a determinação do FPS. II. Após usar adequadamente e na quantidade correta um protetor solar com FPS 30, uma pessoa que leva 5 minutos para apresentar eritema sem protetor levaria, teoricamente, em torno de 150 minutos para desenvolvê-lo. O FPS multiplicaria por 30 o tempo em que poderia ficar exposta ao sol. III. O tempo de exposição para o desenvolvimento de eritema não é, necessariamente, o mesmo para todos os indivíduos que usam um produto com FPS 30, ainda que ele seja usado adequadamente e na quantidade correta. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. I, II e III. • Pergunta 14 Leia o texto e o infográfico a seguir. Segundo medicamento contra o Alzheimer pode ser aprovado ainda neste ano nos EUA Pacientes que tomaram o medicamento no estudo tiveram progressão da doença 35% mais lenta do que aqueles que receberam placebo. Meg Tirrell, da CNN, 17/07/2023. A aprovação total neste mês do medicamento Leqembi, para tratamento do Alzheimer, marcou uma mudança histórica no tratamento da doença: pela primeira vez, os médicos têm uma medicação para prescrever que comprovadamente retarda a perda de memória e da capacidade de realizar tarefas diárias. Um segundo medicamento pode se juntar ao lecanemab –cujo nome comercial é Leqembi– no mercado até o fim do ano: o donanemab, da Eli Lilly. A fabricante afirmou em um comunicado à imprensa que concluiu a submissão do medicamento à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA –órgão semelhante à Anvisa no Brasil– e espera uma ação regulatória até o fim do ano. Estima-se que mais de 6 milhões de norte-americanos tenham Alzheimer, com cerca de 1 milhão estimado nos estágios sintomáticos iniciais, em que essas drogas mostraram benefícios. (...) Tanto o Leqembi quanto o donanemab funcionam eliminando os acúmulos de uma proteína no cérebro chamada amiloide, uma marca registrada da doença de Alzheimer. (...) Lilly avaliou pacientes em grupos com base em seus níveis de outra proteína associada ao Alzheimer, chamada tau, e a redução de 35% na progressão da doença foi observada naqueles com níveis baixos a médios, considerados em estágios menos avançados da doença do que aqueles com níveis mais altos. Quando aqueles com níveis mais altos foram incluídos, o benefício foi de 22% em relação ao placebo. (...) Para o chefe de pesquisa da Lilly, Daniel Skovronsky, os resultados do estudo donanemab respondem a algumas questões-chave e indicam maneiras de alcançar maiores benefícios para os pacientes com Alzheimer. (...) Lilly está realizando um teste em pacientes que ainda não apresentam sintomas da doença de Alzheimer para ver se os resultados são mais fortes, e Skovronsky disse que esses resultados lhes dão mais confiança de que o estudo será bem-sucedido. (...) Leqembi também está em um estudo de prevenção em pessoas com risco elevado de Alzheimer. (...) As drogas são administradas por infusão intravenosa, sendo o Leqembi a cada duas semanas e donanemab a cada quatro. As maiores preocupações de segurança são o inchaço ou sangramentos no cérebro normalmente observados na ressonância magnética, conhecidos como anormalidades de imagemrelacionadas ao amiloide, ou ARIA. Donanemab teve uma taxa de ARIA de qualquer tipo de 37%, em comparação com 15% para pacientes com placebo. Enquanto Lilly disse que a maioria dos casos foi leve a moderada, alguns foram graves e houve três mortes de pacientes no grupo donanemab e um no placebo, considerado relacionado ao tratamento. No estudo de Fase 3 de Leqembi, 22% dos pacientes apresentaram ARIA de qualquer tipo, em comparação com 10% no placebo. Algumas mortes de pacientes também foram relatadas em estudos de extensão de Leqembi. Os pacientes também podem apresentar reações à infusão. E os remédios não são baratos: Leqembi custa US$26.500 por ano antes do seguro. (...) A Lilly não revelou qual será o preço do donanemab depois de aprovado, já que os fabricantes de medicamentos normalmente não comentam sobre os preços antes da aprovação. Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/segundo-medicamento-contra-o- alzheimer-pode-ser-aprovado-ainda-neste- ano-nos-eua/>. Acesso em 31 ago. 2023. Disponível em <https://www.estadao.com.br/saude/alzheimer-remedio-da-eli-lilly-retarda- avanco-da-doenca-mostra-estudo-nprm/>. Acesso em 31 ago. 2023. Considerando as informações apresentadas e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Lecanemab e Donanemab são mAbs, ou seja, são anticorpos monoclonais, os quais são caracterizados pelas altas especificidade e afinidade pelo antígeno alvo. II. A fase 3 da pesquisa clínica, na qual 22% dos pacientes apresentaram ARIA com o uso de Leqembi, é caracterizada por estudos pós-comercialização, ou de Farmacovigilância, explorando as novas reações adversas e detectando as reações adversas raras. III. A doença de Alzheimer, um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, manifesta-se por deterioração cognitiva e da memória e comprometimento progressivo das atividades da vida diária, além de vários sintomas neuropsiquiátricos e alterações comportamentais. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: b. I e III, apenas. • Pergunta 15 Conforme previsto no Regulamento Técnico da RDC Nº 67, de 8 de outubro de 2007 (BRASIL, 2007), entre os itens que o farmacêutico responsável por uma farmácia que manipula medicamentos deve observar na avaliação da prescrição consta a “identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI, concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e respectivas unidades”. Considere que um farmacêutico magistral tenha recebido uma prescrição solicitando a preparação da fórmula a seguir. Insumo farmacêutico Concentração ou volume Hidróxido de alumínio 6,0% p/v CMC sódica (média viscosidade) 0,5% p/v Metilparabeno 0,18% (p/v) Propilparabeno 0,02% (p/v) Sacarina sódica 0,1% (p/v) Essência de menta (sol.alcoólica 5%) 3,0mL Água purificada q.s.p. 50,0mL Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmativas. I. O produto deve ser preparado na forma farmacêutica suspensão, e a CMC sódica, cuja quantidade a ser pesada será 250,00mg, é o agente suspensor. II. Devem ser pesados 6,0g de hidróxido de alumínio, o insumo farmacêutico ativo da fórmula. III. A sacarina sódica é o edulcorante da fórmula, enquanto o metilparabeno e o propilparabeno são os conservantes. É correto o que se afirma apenas em Resposta Selecionada: a. I e III. • Pergunta 16 Para a identificação do barbatimão em cascas (ou Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville), na Farmacopeia Brasileira (6ª edição), estão previstas as descrições macroscópica e microscópica, além da Cromatografia em Camada Delgada com revelação com lâmpada UV a 254nm e, a seguir, a nebulização da placa com cloreto férrico a 1% (p/v) em álcool metílico. Já para a dosagem de seus taninos totais, são preconizadas a Espectrofotometria no Visível e a CLAE. A monografia exige, no mínimo, 8% de taninos totais, expressos em pirogalol, dos quais, no mínimo, 0,2 mg/g equivalem a ácido gálico e 0,3 mg/g correspondem a galocatequina, em relação à droga seca. As estruturas químicas desses compostos são mostradas a seguir. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informações sistematizadas da Relação Nacional de plantas medicinais de interesse ao SUS. Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Fabaceae – Barbatimão. Brasília, 2021 (com adaptações). Disponível em <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/informacoes_sistematizadas_relacao_stryphnodendron_adstringens.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. Considerando os dados apresentados e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. A revelação com cloreto férrico na identificação por CCD é justificada pela presença de fenóis nas substâncias presentes no barbatimão. II. Entre as técnicas físico-químicas de controle de qualidade do barbatimão, encontra-se a Cromatografia de Camada Delgada (CCD), uma técnica barata e rápida que permite a análise qualitativa da droga vegetal. III. As técnicas propostas para a avaliação qualitativa e quantitativa previstas na monografia do barbatimão não permitem a constatação de contaminantes e adulterantes da droga vegetal vendida no mercado. IV. Para dosar os taninos totais do barbatimão, é utilizada a Espectrofotometria no Visível, um método separativo baseado na medida da área dos picos obtidos. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: a. I e II, apenas. • Pergunta 17 Leia o texto a seguir, sobre o livro que deu origem à série da Netflix intitulada “Império da dor”, que estreou em agosto de 2023. Como baixa tolerância à dor causou epidemia nos EUA 27 de janeiro 2022. Nas primeiras décadas do século 21, cerca de 500 mil americanos morreram por conta de overdose relacionada a algum opioide, seja de uso ilegal ou receitado por um médico, segundo o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). No livro O Império da Dor, publicado em 2021, o jornalista americano Patrick Radden Keefe destaca que hoje os opioides "são a principal causa de mortes acidentais no país". "Eles ceifam mais vidas do que acidentes de trânsito e até mais do que ferimentos à bala", destaca. Radden Keefe, que participa do Hay Festival em Medellín e Cartagena, analisa em seu trabalho as origens dessa epidemia, que foi declarada uma emergência nacional de saúde pública. O jornalista investigativo da revista The New Yorker traça o início da crise até o surgimento do primeiro analgésico opioide de uso geral, OxyContin, em 1996. Seu trabalho se concentra na trama sombria por trás da criação e comercialização deste popular analgésico pela família Sackler, uma das dinastias mais ricas dos Estados Unidos. E revela como as estratégias agressivas de marketing usadas para promover o OxyContin - uma droga mais poderosa que a morfina e altamente viciante - levaram ao que o CDC chama de "primeira onda" da crise: a dos opioides prescritos. O vício em OxyContin e outros analgésicos opiáceos, como Vicodin e Percocet, levaram centenas de milhares de americanos a recorrer a outro opioide, desta vez ilegal: a heroína (a "segunda onda" da crise). Eventualmente, muitos viciados mudaram para opioides sintéticos, em particular a fentanila (a "terceira onda" que ainda está acontecendo, matando cerca de 136 pessoas por dia, de acordo com o CDC). (...) Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60162018>. Acesso em 28 ago. 2023. Em relação à legislação sanitária brasileira, assim como outros opioides, a oxicodona e aqueles citados na matéria da BBC constam na Portaria Nº 344, de 12 de maio de 1998, que aprovou o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Conforme a RDC Nº 607, de 23 de fevereiro de 2022, que dispõe sobre a atualização do Anexo I da Portaria Nº 344/98, preparações medicamentosas na forma farmacêuticade comprimidos de liberação controlada à base de OXICODONA, contendo não mais que 40 miligramas dessa substância, por unidade posológica, ficam sujeitas a prescrição em RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. Disponível em <http://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/6401115/RDC_607_2022_.pdf/1fd03586- 7836- 4075-9f13-89bfac07c68f>. Acesso em 24 ago. 2023. As estruturas químicas de algumas substâncias de interesse para o tema, constantes da Portaria Nº 344/98, e seus respectivos status nessa norma são mostrados a seguir. MORFINA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina#/media/Ficheiro:Morfine.png>. Acesso em 24 ago. 2023. CODEÍNA – LISTA A2. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Code%C3%ADna#/media/Ficheiro:Codein_- _Codeine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. HEROÍNA – LISTA F1 (USO PROSCRITO NO BRASIL). Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_- _Heroine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfina#/media/Ficheiro:Morfine.png https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_-_Heroine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Hero%C3%ADna#/media/Ficheiro:Heroin_-_Heroine.svg COCAÍNA – F1 (USO PROSCRITO NO BRASIL). Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_- _Cocaine.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. FENTANILA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Fentanil#/media/Ficheiro:Fentanyl.svg>. Acesso em 24 ago. 2023 OXICODONA – LISTA A1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxicodona#/media/Ficheiro:Oxycodone.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. NALOXONA – LISTA C1. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Naloxona#/media/Ficheiro:Naloxone.svg>. Acesso em 24 ago. 2023. Com base na leitura do texto, nas informações das figuras e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: b. A oxicodona é mais potente do que a morfina e tem grande semelhança estrutural com a codeína, a qual pode ser obtida a partir da metilação da morfina. • Pergunta 18 Um método analítico utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) foi desenvolvido e validado para a determinação simultânea dos teores de atenolol, furosemida, losartana e espironolactona associados em formulação https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_-_Cocaine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca%C3%ADna#/media/Ficheiro:Kokain_-_Cocaine.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxicodona#/media/Ficheiro:Oxycodone.svg https://pt.wikipedia.org/wiki/Naloxona#/media/Ficheiro:Naloxone.svg magistral. As determinações foram efetuadas no comprimento de onda de 225nm, utilizando coluna C-18 e fase móvel constituída de metanol-água (75:25), pH 3,0. Os limites de quantificação (LQ) obtidos foram: 0,75µg/mL para atenolol, 0,45µg/mL para espironolactona, 0,30µg/mL para furosemida e 0,45µg/mL para losartana. As figuras a seguir foram obtidas durante os estudos de validação do método. Figura 1. Cromatograma da solução padrão contendo atenolol, furosemida, losartana e espironolactona. Figura 2. Cromatogramas da solução placebo contendo mistura dos excipientes da formulação magistral (A) e da solução da amostra da formulação magistral (B). ANDERSON, J. F. F. Desenvolvimento e validação de método analítico por CLAE para determinação quantitativa de anti- hipertensivos e estudo de interação entre componentes da formulação. Programa de Pós-Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Dissertação de Mestrado (com adaptações). Disponível em <https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2845/1/Juliana%20Fontes%20Fernandes%20Anderson.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. Considerando os dados apresentados e os fundamentos do tema, avalie as afirmativas. I. Os limites de quantificação dos fármacos mostram que o método é preciso. II. A figura 1 evidencia a linearidade do método. III. A análise foi realizada pela técnica de CLAE de fase reversa. IV. A figura 2 mostra que o método é específico. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: c. III e IV, apenas. • Pergunta 19 Saúde foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença ou enfermidade. Conforme o Artigo 196 da Constituição Federal (CF) de 1988, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. A integralidade de atenção é uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde previstas no Artigo 198 da CF. Nesse contexto, a Portaria Nº 971, de 03 de maio de 2006, aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), considerando, entre outros, o parágrafo único do Artigo 3º da lei que criou o SUS (Lei Nº 8080/90), que diz respeito às ações destinadas a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como fatores determinantes e condicionantes da saúde. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. A homeopatia, a acupuntura, a fitoterapia e a astrologia são práticas integrativas e complementares previstas na Portaria Nº 971/2006, com base no conceito de Saúde da OMS e no princípio da integralidade do SUS. PORQUE II. Conforme a Lei Nº 8080/90, ou Lei do SUS, a integralidade de assistência é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. Resposta Selecionada: d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. • Pergunta 20 Leia o texto a seguir. As doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) são aquelas causadas pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA no mundo, e a maioria delas são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitos intestinais oportunistas, além das intoxicações exógenas causadas pelo consumo de substâncias químicas presentes nos alimentos. A Vigilância Epidemiológica das doenças de transmissão hídrica e alimentar (VE-DTHA) é realizada a partir do monitoramento de casos e surtos e compreende a VE de algumas doenças de notificação compulsória como cólera, botulismo, febre tifoide, toxoplasmose adquirida na gestação e congênita, surtos DTHA e das de notificação em unidades sentinelas, como doenças diarreicas agudas, rotavírus e síndrome hemolítico-urêmica. Além dessas, há alguns eventos de saúde pública (ESPs) que se constituem ameaça à saúde pública e, devido à transmissibilidade por água/alimentos, à presença de sinais e sintomas gastrointestinais ou à transversalidade das ações de prevenção e controle, estão diretamente relacionadas com a VE-DTHA e devem ser monitorados em conjunto, como é o caso daqueles relacionados à doença de Chagas (transmissão oral), brucelose e intoxicação exógena. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância epidemiológica das doenças de transmissão hídricae alimentar. Manual de treinamento. Brasília, 2021. Disponível em <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doencas- transmitidas-por- alimentos-dta/manual_dtha_2021_web.pdf>. Acesso em 17 set. 2023. A respeito de aspectos que devem ser do conhecimento de profissionais de saúde visando a esse tipo de notificação, relacionados a algumas das doenças de que trata a VE-DTHA, avalie as afirmativas. I. A transmissão da Doença de Chagas por via oral ocorre quando há ingestão de alimentos in natura contaminados acidentalmente com o parasito. O diagnóstico da fase aguda da doença deve ser realizado por exame parasitológico direto. II. A febre tifoide, também conhecida como “doença das mãos sujas”, é causada pela Salmonella typhi, e sua ocorrência está relacionada às condições de saneamento básico inadequadas e aos hábitos de higiene precários. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por meio de exame de sangue, fezes, aspirado medular e urina (a indicação do melhor exame varia de acordo com a fase clínica), com isolamento e identificação das cepas de Salmonella spp. III. O botulismo resulta da ação de uma potente neurotoxina produzida pelo Clostridum botulinum (C. botulinum), cuja forma esporulada é amplamente distribuída na natureza, no solo e em sedimentos de lagos e mares. Pode ser encontrada em vegetais, mel, vísceras de crustáceos e no intestino de mamíferos e peixes. Para o diagnóstico laboratorial, os exames visam a identificar a presença de toxina botulínica ou de agente etiológico em material procedente dos casos e em alimentos suspeitos. IV. A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, com manifestações clínicas variadas e compõe as doenças diarreicas agudas (DDA). Seu diagnóstico laboratorial é realizado a partir do cultivo de amostras de fezes ou vômito. É correto o que se afirma em Resposta Selecionada: e. I, II, III e IV. • Pergunta 7 • Pergunta 8 • Pergunta 9 • Pergunta 10 • Pergunta 11 • Pergunta 12 • Pergunta 13 • Pergunta 14 • Pergunta 15 • Pergunta 16 • Pergunta 17 • Pergunta 18 • Pergunta 19 • Pergunta 20