Prévia do material em texto
1-Segundo o Supremo Tribunal Federal, o fim da bipolaridade do sistema de prisões provisórias no processo penal tem como corolário o fato de que o juiz criminal possui poder geral de cautela. ERRADO 2-Segundo parte da doutrina, os requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora, utilizados no processo civil para o deferimento das medidas cautelares, não se aplica ao processo penal, sendo mais acertado referir-se aos pressupostos do fumus comissi delicti e periculum libertatis. CERTO 3-De acordo com Renato Brasileiro, em posição não uníssona na doutrina, com a titularidade privativa da ação penal pública por parte do Ministério Público e a consequente adoção do sistema acusatório pela Constituição Federal de 1988 (art. 129,1), nenhuma outra autoridade detém legitimidade para postular medida cautelar para fins de instrumentalizar futura ação penal pública. Assim, no caso de representações da autoridade policial noticiando a necessidade de adoção de medidas cautelares para viabilizar a apuração de infração penal, ou até mesmo para assegurar a eficácia de futuro e eventual processo penal, é cogente a manifestação do órgão ministerial, a fim de que seja avaliado se a medida sugerida é (ou não) necessária e adequada aos fins da apuração da infração. CERTO 4-As modalidades de flagrante esperado e flagrante prorrogado são sinônimos e, segundo os tribunais superiores, são formas válidas de prisão em flagrante. ERRADO 5-De acordo com o art. 14-A do CPP, inserido pelo pacote anticrime, pode-se falar que o inquérito policial atualmente obedeça aos ditames do sistema acusatório, de forma que atualmente há ampla defesa no inquérito, especialmente em relação dos membros da segurança pública que praticarem crimes no exercício profissional, com uso de força letal. ERRADO 6-A prisão temporária tem sua constitucionalidade questionada pela doutrina, considerando que foi fruto de uma medida provisória convertida em lei (inconstitucionalidade formal) e que nada mais seria do que uma nova modalidade de prisão para averiguação (inconstitucionalidade material).CERTO 7-De acordo com a posição atualmente prevalente a prisão preventiva não pode ser decretada de ofício pelo juiz, mas a prisão em flagrante poderá ser convertida em preventiva de ofício, considerando que nesta o agente já tem a sua liberdade cerceada, havendo apenas uma alteração do título de sua prisão provisória. ERRADO 8-A prisão preventiva não pode ser decretada como antecipação do cumprimento da pena. Não obstante, há no CPP a previsão de que o juiz presidente do júri, no caso de condenação, determinará a execução provisória da penal, no caso de condenação a pena igual ou superior a quinze anos de reclusão. CERTO 9-A prisão domiciliar nada mais é do que uma especial forma de cumprimento da prisão preventiva, de forma que, antes de proceder à substituição, faz-se necessário que o juiz verifique a presença dos requisitos da prisão preventiva e, somente em caso positivo, poderá promover a substituição. CERTO 10-Considera-se que a previsão legal de que a autoridade policial possa conceder fiança não foi recepcionada pela Constituição Federal. Assim, para o Supremo Tribunal Federal, a concessão de fiança se submete à reserva de jurisdição. ERRADO