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CONTABILIDADE GERAL
Estrutura Conceitual 
e Lei n. 6.404/1976
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de 
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às 
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230620505988
CLAUDIO ZORZO
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, Docência 
para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor público do Executivo 
Federal – Ministério do Exército e ex-servidor público do Legislativo Federal – Assessor 
Parlamentar. Atualmente, é professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada.
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANTONIO MARCO DA SILVA DO ESPIRITO SANTO - 05401788290, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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ContabiLidadE GEraL
Estrutura Conceitual e Lei n. 6.404/1976
Claudio Zorzo
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Estrutura Conceitual e Lei n. 6.404/1976 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-
Financeiro – CPC 00 R2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Capítulo 1 – Objetivo do Relatório Financeiro para Fins Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Capítulo 2 – As Características Qualitativas de Informações Financeiras Úteis . . 14
Informação Relevante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Representação Fidedigna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Características de Melhoria da Informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Capítulo 3 – Demonstrações Contábeis e a Entidade que Reporta . . . . . . . . . . . . . 30
Entidade que Reporta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Capítulo 4 – Elementos das Demonstrações Contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Definição dos Elementos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Capítulo 5 – Reconhecimento e Desreconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Desreconhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Capítulo 6 – Mensuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Custo Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Valor Atual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Capítulo 7 – Apresentação e Divulgação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Capítulo 8 – Conceitos de Capital e Manutenção de Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Conceito de Manutenção de Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Princípios Contábeis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Entidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Oportunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Registro pelo Valor Original . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Competência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
 
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Prudência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Lei 6.404/76 e Atualizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Principais Mudanças Apresentadas pelas Leis n. 11.638/07 e 11.941/09 . . . . . . . 130
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
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aPrESEntaÇÃoaPrESEntaÇÃo
Prezado(a) aluno(a),
Tudo bem contigo?
Espero que sim, que você esteja com saúde e muita vontade de estudar a nossa bela 
contabilidade.
Uma frase que pode ajudar nos momentos de avaliação do ritmo de estudo:
Nossa maior fraqueza é desistir. O caminho mais certo para o sucesso é sempre tentar apenas 
uma vez mais.
Thomas A. Edison
Nesta aula, vamos estudar o pronunciamento conceitual básico, o CPC 00 R2, os princípios 
contábeis e a Lei n. 6.404/76.
Vou começar falando sobre a estrutura conceitual básica, depois passo para os princípios 
contábeis e, por fim, trato da Lei n. 6.404/76.
Desejo todo sucesso para você e que consiga atingir o seu objetivo final.
 
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ESTRUTURA CONCEITUAL E LEI N. 6.404/1976ESTRUTURA CONCEITUAL E LEI N. 6.404/1976
EStrUtUra ConCEitUaL Para ELaboraÇÃo E diVULGaÇÃo EStrUtUra ConCEitUaL Para ELaboraÇÃo E diVULGaÇÃo 
DE RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO – CPC 00 R2DE RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO – CPC 00 R2
Em dezembro de 2019, o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) apresentou 
e o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) aprovou a 2ª revisão do Pronunciamento 
Técnico CPC 00 – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. Esta revisão trouxe alguns 
conceitos novos e apresentou pequenasvariações nos conceitos antigos, tudo objetivando 
melhorar a qualidade da informação contábil que é apresentada pelas empresas, que no 
pronunciamento são denominadas de entidade que reporta.
O Pronunciamento Conceitual Básico CPC OO (R2) é o resultado da segunda revisão sobre 
o CPC 00 que apresenta conceitos-base para a elaboração das Demonstrações Contábeis 
e outros demonstrativos; ele é uma estrutura conceitual básica, ou seja, trata-se de um 
referencial teórico da contabilidade e dos conceitos que moldam a prática contábil, servindo 
de base para a elaboração dos demais pronunciamentos.
O complemento ao nome do pronunciamento “R2” informa quantas vezes o pronunciamento 
foi revisado e atualizado; a última atualização foi em novembro de 2019.
É importante destacar que a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico 
propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão 
particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Ela é o arcabouço conceitual para 
a elaboração dos demais pronunciamentos; devido a isto, é denominada de “CPC 00”.
Um pronunciamento técnico tem por objetivo definir conceitos doutrinários, estrutura 
técnica e procedimentos específicos que serão aplicados sobre um assunto, enquanto o 
pronunciamento básico dá subsídio conceitual para a elaboração dos demais pronunciamentos.
quando for observado um conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento 
técnico, as exigências do pronunciamento técnico devem prevalecer sobre a estrutura 
conceitual. As bancas tentam enganar o aluno dizendo que o pronunciamento básico se 
sobrepõe aos demais pronunciamentos técnicos.
Guarde o seguinte: A estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico 
propriamente dito. Ela não é específica.
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Se a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito, qual Se a estrutura conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito, qual 
é então a sua finalidade?é então a sua finalidade?
Para responder isto devemos entender que ela busca apresentar conceitos que ajudam 
suprir a necessidade de informações que contribuem para a transparência da gestão, melhorar 
a comparabilidade informacional e a qualidade das informações financeiras, permitindo 
que os investidores e outros participantes do mercado tomem decisões econômicas 
fundamentadas em conceitos que são utilizados por todos os usuários externos.
Com a apresentação destes conceitos, a estrutura atende as seguintes finalidades:
a) auxiliar o desenvolvimento das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) para 
que tenham base em conceitos consistentes;
b) auxiliar os responsáveis pela elaboração (preparadores) dos relatórios financeiros a 
desenvolver políticas contábeis consistentes quando nenhuma norma se aplica à determinada 
transação ou outro evento, ou quando a norma permite uma escolha de política contábil;
c) auxiliar todas as partes a entender e interpretar as normas.
Você viu que as finalidades estão diretamente vinculadas ao suporte e ao auxílio na 
elaboração dos pronunciamentos e até mesmo de normas pelos organismos normatizadores, 
como é o caso do CFC, da CVM, do Bacen, dentre outros.
Para atender estas finalidades, sendo essencialmente um arcabouço conceitual, o CPC 
“00 R2” está dividido nos seguintes capítulos:
Capítulo 1- Objetivo do relatório financeiro para fins gerais;
Capítulo 2 – As características qualitativas de informações financeiras úteis;
Capítulo 3 – Demonstrações contábeis e a entidade que reporta;
Capítulo 4 – Elementos das demonstrações contábeis;
Capítulo 5 – Reconhecimento e desreconhecimento;
Capítulo 6 – Mensuração;
Capítulo 7 – Apresentação e divulgação;
Capítulo 8 – Conceitos de capital e manutenção de capital.
001. 001. (IF-PE/IF-PE/CONTADOR/2016/ADAPTADA) Sobre a estrutura conceitual estabelecida 
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), analise a assertiva:
No caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto 
na Estrutura Conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.
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Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um 
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Assim, os pronunciamentos técnicos têm prevalência sobre a estrutura conceitual.
Errado.
002. 002. (INSTITUTO AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) No que se refere ao 
Pronunciamento Conceitual Básico CPC 00 (R1) – Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, assinale as assertivas:
É um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, define normas e procedimentos 
sobre aspectos relacionados à mensuração ou divulgação dos elementos patrimoniais.
Na questão a banca tratou o “CPC 00” como um pronunciamento técnico, o que não é 
verdade, assim, a assertiva está errada.
Errado.
003. 003. (INSTITUTO AOCP/TRE-AC/ANALISTA CONTÁBIL/2015/ADAPTADA) Quando for observado 
um conflito entre a Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma interpretação 
ou uma orientação, as exigências da Estrutura Conceitual devem prevalecer.
Como a estrutura conceitual não é um procedimento técnico, não deve prevalecer, ela tem um 
caráter de orientação. Guardem o seguinte: “quem manda são os pronunciamentos técnicos”.
Assim, os pronunciamentos técnicos têm prevalência sobre a estrutura conceitual.
Errado.
004. 004. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue os itens a seguir.
No caso de conflito entre a estrutura conceitual e um pronunciamento técnico do CPC, o disposto 
na estrutura conceitual deve ter prevalência sobre as exigências do pronunciamento técnico.
Questão idêntica às demais. Então já sabemos que a estrutura básica não prevalece sobre 
os pronunciamentos técnicos.
Errado.
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CAPÍTULO 1 – OBJETIVO DO RELATÓRIO FINANCEIRO PARA CAPÍTULO 1 – OBJETIVO DO RELATÓRIO FINANCEIRO PARA 
FINS GERAISFINS GERAIS
O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras, 
sobre a entidade que reporta, que sejam úteis os usuários externos em geral, como por 
exemplo: para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e 
potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de seus recursos para a entidade.
Essas decisões envolvem decisões sobre:
a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;
b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou
c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que 
afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.Obs.: Informação é o conjunto de dados prontos para uso, obtido no registro, processamento, 
análise e organização dos fatos contábeis, de forma que exerça uma alteração 
(quantitativa ou qualitativa) no conhecimento de quem a recebe, reduzindo incertezas 
e servindo de orientação.
O pronunciamento “00” destaca que muitos investidores e credores por empréstimo, não 
podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente 
as informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios financeiros 
de propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam.
Consequentemente, eles são os usuários primários, sem hierarquia de prioridade; para 
quem relatórios contábil-financeiros de propósito geral são direcionados.
As demonstrações contábeis de propósito geral são destinadas prioritariamente aos 
investidores e credores por empréstimos.
Segundo o CPC o foco dos relatórios financeiros está nos usuários que aplicam dinheiro 
na empresa, ou seja, os fornecedores de capital; contudo, devemos entender que eles 
não são os únicos usuários, já que o os clientes, os fornecedores, o governo, os sindicados 
representando os funcionários e o governo utilizam as informações contábeis apresentadas 
para atender suas necessidades específicas.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender 
a todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar 
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais 
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e expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria 
e para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
É importante destacar que todas aos informações apresentadas nos relatórios contábeis são 
relevantes, mas nem todas informações relevantes sobre a empresa estão nos relatórios.
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores 
por empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para 
fins gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses 
outros grupos; que são denominados de usuários externos secundários.
Os relatórios contábil-financeiro de propósito geral englobam o conjunto das demonstrações 
contábeis. Ou seja, as demonstrações contábeis fazem parte dos relatórios apresentados.
Relatórios financeiros, para fins gerais, fornecem informações sobre a posição financeira 
da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos 
da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta; fornecem ainda informações 
sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e 
reivindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados 
úteis para decisões referentes à oferta de recursos à entidade.
Contudo, os relatórios para fins gerais não se destinam a apresentar o valor da entidade 
que reporta, mas fornecem informações para auxiliar investidores, credores por empréstimos 
e outros credores, existentes e potenciais, a estimar o valor da entidade que reporta.
Os governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, financiadores, por exemplo, 
podem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Daí 
surgem os relatórios de propósito específico. São relatórios específicos por atenderem 
somente um usuário.
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Essas exigências específicas não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas 
segundo a estrutura conceitual, pois elas devem atender as necessidades de todos os seus 
usuários para a tomada de decisões econômicas, tais como:
a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;
b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido 
conferida e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros 
benefícios;
d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados 
à entidade;
e) determinar políticas tributárias;
f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;
g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou
h) regulamentar as atividades das entidades.
O CPC 00 R2 destaca também que o objetivo da elaboração e divulgação do relatório de 
propósito geral constitui o pilar da Estrutura Conceitual, pois os outros aspectos abordados, 
como as características qualitativas da informação contábil-financeira útil e suas restrições, 
os elementos das demonstrações contábeis, o reconhecimento e desreconhecimento, a 
mensuração, a apresentação e a evidenciação, fluem logicamente desse objetivo.
Outro ponto que merece destaque é que os relatórios são, na maioria das informações, 
baseados em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos.
Por fim, a estrutura conceitual ressalta que as informações apresentadas devem ser 
registradas de acordo com o regime de competência.
O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos nos períodos 
em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos à vista resultantes 
ocorram em período diferente, ou seja, é importante a divulgação da informação na 
ocorrência do fato gerador do direito ou obrigação.
Isso é necessário porque informações sobre os recursos econômicos e reivindicações da 
entidade e suas alterações durante o período fornecem uma base melhor para a avaliação 
do desempenho passado e futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre 
recebimentos e pagamentos à vista durante esse período.
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005. 005. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) 
—estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, 
julgue o item a seguir, referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.
O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações 
contábil-financeiras úteis acerca da entidade para a tomada de decisão por parte de usuários 
internos, como os gerentes de produção, e de usuários externos, como os acionistas.
A assertiva destaca que os relatórios são destinados aos usuários internos e externos, o que 
não é verdade. Nós vimos que as demonstrações são direcionadas aos usuários externos, 
em especial ao usuários externos primários, que são os investidores de capital na empresa.
Errado.
006. 006. (CESPE/ANTAQ/ANALISTA CONTÁBIL/2015) No que diz respeito ao Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgaçãodo relatório contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem.
O conjunto de relatórios contábil-financeiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual 
é adequado e suficiente para o atendimento a todas as informações de que os usuários 
externos necessitem.
Os relatórios são elaborados para atender as necessidades dos usuários externos, 
especialmente os investidores. Em nossa aula vimos que estes relatórios não atendem 
todas as necessidades dos usuários.
Agora é lógico que os relatórios de “propósito geral” não atendem e não podem atender a 
todas as informações de que estes usuários necessitam, por isto eles precisam considerar 
informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais 
e expectativas, eventos políticos e clima político, perspectivas e panorama para a indústria 
e para a entidade, evolução do mercado, concorrência etc.
Errado.
007. 007. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) De acordo com o pronunciamento técnico CPC 00 (R1) 
– estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios contábil-financeiros —, 
julgue o item a seguir, referente a conceito, objetivos e usuários da contabilidade.
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Os relatórios contábil-financeiros de propósitos gerais não são os instrumentos que 
atendem a todas as informações de que os usuários externos – investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e em potencial – necessitam.
Os relatórios objetivam fornecer informações aos usuários externos, especialmente aos 
investidores, contudo, estas informações devem ser melhoradas com outras fontes. Assim, 
a assertiva está correta, pois os relatórios não atendem todas as necessidades dos usuários.
Certo.
008. 008. (FCC/PREFEITURA DE SP/AUDITOR FISCAL/2012) Sobre a Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-financeiro, considere:
I – As autoridades tributárias podem determinar exigências específicas para atender a seus 
próprios interesses e, consequentemente, mudar a estrutura conceitual para elaboração 
e divulgação de relatório contábil-financeiro de propósito geral.
II – A avaliação da administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida 
e quanto à qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas é uma das necessidades 
comuns da maioria dos usuários dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral.
III – O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros 
eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que 
reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos.
IV – Comparabilidade é a característica qualitativa que define o uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens, tanto de um período para outro, considerando a mesma entidade 
que reporta a informação, quanto para um único período entre entidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
Os itens I e IV estão errados.
No item I, o erro é que as autoridades tributárias NÃO podem modificar a estrutura básica. 
Quando a autoridade exigir informações específicas, a empresa deve elaborar um relatório 
de propósito específico.
No item IV o conceito apresentado é de consistência e não de comparabilidade. A comparabilidade 
é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam 
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similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características 
qualitativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação 
requer no mínimo dois itens.
Letra b.
CAPÍTULO 2 – AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE CAPÍTULO 2 – AS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE 
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ÚTEISINFORMAÇÕES FINANCEIRAS ÚTEIS
Vimos que o objetivo dos relatórios e apresentar informações úteis aos usuários externos, 
primariamente aos investidores, ou seja, ao mercado de capital, e aos credores financeiros.
Para que as informações produzam benefícios, elas precisam ser apresentadas com 
transparência, com completude e de forma verdadeira para aumentar a credibilidade entre os 
usuários, ou seja, devem possuir algumas características básicas que as qualificam como úteis.
As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações 
financeiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras 
fornecidas de outras formas, em relatórios complementares e notas explicativas.
A estrutura básica inicial, o CPC 00, passou por algumas mudanças na sua revisão “R1”, 
dentre as modificações estabelecidas destacam-se:
• A característica qualitativa da confiabilidade passou a ser denominada de Representação 
fidedigna;
• A característica da “Essência sobre a Forma” foi retirada da condição de componente 
separado da Representação Fidedigna, uma vez que foi considerada uma redundância, 
já que para ser fidedigna a informação deve priorizar o controle sobre a propriedade;
• A característica da prudência (ou conservadorismo) foi retirada na revisão, pois ela 
é inconsistente com o atributo da neutralidade.
Após a primeira revisão, as caraterísticas qualitativas ficaram divididas em fundamentais 
e de melhoria, da seguinte forma:
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics– 
relevância e representação fidedigna), as mais críticas; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics – 
comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade), menos críticas, 
mas ainda assim altamente desejáveis.
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Posteriormente, em 2011, o CPC efetuou a 2ª revisão sobre o pronunciamento conceitual 
básico. A revisão R2 não mudou nenhum conceito, somente alterou o nome da caraterística 
da VERIFICABILIDADE para CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO, e reincluiu a PRUDÊNCIA como 
apoio à neutralidade, na representação fidedigna, como veremos mais a frente.
De forma simples, as características qualitativas são os atributos, as condições que devem 
ser atendidas para que a informação seja proveitosa para os usuários, assim, representam 
as propriedades necessárias para dar utilidade às informações.
Para entender a importância das caraterísticas das informações que são apresentadas 
nas demonstrações contábeis devemos lembrar que os usuários externos dependem destas 
informações para tomar as suas decisões. Assim, se não houvesse uma padronização na 
qualidade das informações cada administrador poderia decidir sobre o que, e como divulgar, 
criando desta forma uma assimetria informacional.
A estrutura conceitual destaca que para a informação ser útil, ela precisa ser relevante 
e representar comfidedignidade o que se propõe; ela deve representar adequadamente a 
“fotografia” da situação patrimonial e financeira da entidade, devendo ser confiável e sem vieses.
Por isto as características qualitativas fundamentais das informações são a relevância e 
representação fidedigna, pois uma representação fidedigna de um acontecimento irrelevante 
é tão inútil quanto uma representação não fidedigna de um acontecimento relevante.
Veja este mnemônico:
INFORMAÇÃO RELEVANTEINFORMAÇÃO RELEVANTE
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões 
que possam ser tomadas pelos usuários. Podemos entender que é relevante a informação 
que se não for prestada ou se for prestada de forma equivocada irá afetar a decisão dos 
usuários, mesmo que eles optem por não tirar vantagem delas ou já tenham conhecimento 
delas a partir de outras fontes.
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A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de o 
usuário decidir não a levar em consideração ou até mesmo se já tiver tomado ciência de 
sua existência por outras fontes. Contudo, a decisão pela importância da informação deve 
ser do usuário; a empresa tem a obrigação de prestar a informação.
Uma interpretação interessante para relevância é no sentido de que se o usuário tivesse 
tido a informação em momento hábil, ele teria tomada uma decisão diferente.
EXEMPLO
Um gestor de fundos de investimento decide aplicar nas debêntures de uma empresa, pois 
ela está distribuindo um lucro acima do esperado. Para tomar a sua decisão ele considera 
somente os dados apresentados nas Demonstrações e nas notas explicativas.
Após a compra dos títulos, é divulgado pela administração da empresa que ela irá reconhecer 
uma despesa por dano ambiental em relação a um sinistro ocorrido no ano anterior.
Sabe-se que o fato gerador da despesa foi um vazamento, que causou um dano ambiental, 
ocorrido anteriormente e a administração não divulgou esta informação de forma tempestiva.
Note que, se o gestor do fundo tivesse esta informação, provavelmente ele não teria comprado 
as debêntures da empresa, pois as despesas irão diminuir o lucro e, por consequência, diminuir 
a distribuição aos debenturistas.
Neste caso, uma informação relevante não foi fornecida.
A informação relevante é capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários se tiver valor 
preditivo, valor confirmatório ou ambos. A informação contábil-financeira tem valor preditivo 
se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para 
predizer futuros resultados. A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se 
retroalimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las).
Por valor confirmatório de uma informação entende-se a condição de que o usuário, 
com a informação, possa verificar a efetividade das ações da administração, ou seja, se 
foram atingidos os objetivos estabelecidos. A informação deve ajudar a confirmar se a 
administração fez o que queria fazer.
O valor preditivo de uma informação está relacionado com a condição de que ela irá 
servir de direcionador nas decisões que serão tomadas pelos usuários.
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Se o usuário conseguir confirmar uma informação importante para ele ou tomar uma 
decisão sobre investimentos, a informação foi relevante para ele.
O valor confirmatório da informação tem relação com o passado, com o que foi feito; 
e o valor preditivo com o futuro, com o que está por vir; por isto devem ser analisadas em 
conjunto de forma inter-relacionadas, pois a capacidade de fazer predições é efetivada a 
partir do momento da possibilidade de confirmar as predições feitas anteriormente.
Por exemplo, a informação sobre a composição do ativo e sobre a receita da empresa 
auxilia ao usuário a predizer a capacidade de geração de riqueza da entidade com base em 
seu ativo, tendo assim um indicador sobre o possível retorno do investimento a ser feito.
Sobre a relevância, o pronunciamento básico destaca também que a relevância da 
informação é afetada pela sua materialidade. A materialidade está relacionada com a 
mudança de uma decisão, pelo usuário, devido ao conhecimento de uma informação, por 
isto tem relação com a natureza e a magnitude do que está sendo informado.
A informação contábil-financeira será material quando a sua omissão ou a sua divulgação 
de forma distorcida (mistating) influenciar nas tomadas de decisões dos usuários das 
informações. Ela é considera um aspecto de relevância e, por essa razão, não é possível 
especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predefinir o que seria 
jugado material em uma situação concreta.
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Normalmente a materialidade de uma informação está diretamente relacionada com o 
julgamento profissional do usuário, devido a isto deve ser analisado caso a caso para definir 
se uma informação é material ou não.
Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a 
sua relevância. Por exemplo, reportar uma nova linha de produtos que a entidade venha a 
operar pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, 
independente dos valores envolvidos.
Em outros casos, a materialidade é importante pelo valor envolvido. Por exemplo, a 
empresa tem estoque composto por vários produtos, sendo que os produtos mais valorados 
não tem mercado atuante e tendem a não se realizarem rapidamente, assim é importante 
destacar esta informação pelos valores envolvidos.
Esta convenção contábil é de extrema importância para a relação custo-benefício, pois 
desobriga um tratamento mais rigoroso para aqueles itens cujo valor monetário é pequeno 
dentro dos gastos totais, assim, itens imateriais não necessitam de um controle efetivo.
A materialidade é um aspecto de relevância, específico da entidade, com base na natureza 
ou magnitude, ou ambas, dos itens aos quais as informações se referem no contexto do 
relatório financeiro da entidade individual. Consequentemente, não se pode especificar um 
limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que pode ser material 
em uma situação específica.
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNAREPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
Representar fidedignamente um evento econômico quer dizer que a informação deve 
ser fiel ao fato, de forma completa, neutra e sem um viés informacional, de forma mais 
simples, é falar a verdade, o que realmente acorreu.
A representação fidedigna, anteriormente denominada de “confiabilidade”, é definida 
como a qualidade da informação que garante aos usuários uma mensagem livre de erro e 
de viés e que represente fielmente o que se pretende informar.
Conforme orientação normativa, a representação fidedignadeve priorizar a essência 
econômica da transação em detrimento da forma legal, ou seja, os eventos devem ser 
apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente pela 
sua forma legal. Disto podemos inferir que o controle sobre um bem ou direito, suplanta 
a propriedade, quando da divulgação das informações.
Assim, para ser representação fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos.
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Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.
• Completa: “deve incluir toda a informação necessária para que o usuário compreenda 
o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições e explicações necessárias”.
O retrato da realidade econômica completo deve incluir toda a informação necessária 
para que o usuário compreenda o fenômeno sendo retratado, incluindo todas as descrições 
e explicações necessárias.
Por exemplo, um retrato completo de um grupo de ativos incluiria, no mínimo, a descrição 
da natureza dos ativos que compõem o grupo, o retrato numérico de todos os ativos que 
compõem o grupo, e a descrição acerca do que o retrato numérico representa (por exemplo, 
custo histórico original, custo histórico ajustado ou valor justo).
• Neutra: ausência de viés na seleção ou na apresentação da informação contábil-financeira.
A representação neutra não possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de 
ser enfatizada, nem é, de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as 
informações financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.
É importante destacar que informações neutras não significam informações sem 
nenhum propósito ou sem nenhuma influência sobre as decisões, ao contrário, informações 
financeiras são importantes e capazes de fazer diferença nas decisões dos usuários.
Uma novidade na revisão R2 do CPC 00 foi a apresentação de que neutralidade é apoiada 
pelo exercício da prudência. A prudência é o exercício de cautela ao fazer julgamentos sob 
condições de incerteza. O exercício de prudência significa que ativos e receitas não estão 
superavaliados e passivos e despesas não estão subavaliados. Da mesma forma, o exercício de 
prudência não permite a subavaliação de ativos ou receitas ou a superavaliação de passivos 
ou despesas; normalmente a prudência é identifica nas demonstrações pela inclusão de 
estimativas para perdas no ativo e de provisões passivas.
Essas divulgações que ajustam os valores dos elementos do patrimônio evitam a 
superavaliação ou subavaliação de receitas ou despesas em períodos futuros.
• Livre de erros: não pode haver erros ou omissões relevantes no fenômeno retratado.
Um retrato da realidade econômica livre de erros significa que não há erros ou omissões 
relevantes no fenômeno retratado, e que o processo utilizado, para produzir a informação 
reportada, foi selecionado e foi aplicado livre de erros.
Assim, representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Nesse 
sentido, um retrato da realidade econômica livre de erros não significa algo perfeitamente 
exato em todos os aspectos. Por exemplo, a estimativa de um valor não pode ser qualificada 
como sendo algo exato ou inexato.
Entretanto, a representação dessa estimativa pode ser considerada fidedigna se o montante 
for descrito claramente e precisamente como sendo uma estimativa, se a natureza e as 
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limitações do processo forem devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na 
seleção e aplicação do processo apropriado para desenvolvimento da estimativa.
A informação, para ser útil, precisa, concomitantemente, ser relevante e representar 
com fidedignidade a realidade reportada. Nem a representação fidedigna de fenômeno 
irrelevante, tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante, auxiliam os 
usuários a tomarem boas decisões.
O processo mais eficiente e eficaz para aplicar as características qualitativas fundamentais 
é, normalmente, o seguinte:
Em primeiro lugar, identificar o fenômeno econômico, informações sobre o que é capaz 
de ser útil para os usuários das informações financeiras da entidade que reporta.
Em segundo lugar, identificar o tipo de informação sobre esse fenômeno que é mais relevante.
Em terceiro lugar, determinar se essas informações estão disponíveis e se podem 
fornecer representação fidedigna do fenômeno econômico. Em caso afirmativo, o processo 
para satisfazer às características qualitativas fundamentais se encerra nesse ponto. Em 
caso negativo, o processo é repetido com o próximo tipo de informação mais relevante.
As características fundamentais são bastante exigidas em concurso, sendo que questões 
normalmente são literais, assim, basta saber quais são e alguns conceitos relacionados.
Vamos ver:
009. 009. (CESPE/DPF/PERITO CONTADOR/2013) Julgue o item seguinte, de acordo com os 
princípios de contabilidade e as normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Relevância e comparabilidade são características qualitativas fundamentais da informação 
contábil-financeira útil, pois tornam a informação capaz de fazer a diferença nas decisões 
tomadas pelos usuários.
A assertiva cobra literalmente quais são as características fundamentais da informação 
contábil. Para responder basta lembrar que elas são a relevância e a representação fidedigna.
Errado.
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010. 010. (FEPESE/MPE-SC/AUDITOR/2014) De acordo com o CPC 00/R1/2011, são duas as 
características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira.
Assinale a alternativa que traz estas características fundamentais
a) Compreensibilidade e relevância
b) Verificabilidade e tempestividade
c) Comparabilidade e verificabilidade
d) Relevância e representação fidedigna
e) Representação fidedigna e tempestividade.
Novamente a questão é literal, basta saber que relevância e representação fidedigna são 
as características fundamentais da informação contábil. “É só correr para o abraço”.
Letra d.
011. 011. (IF-PI/IF-PI/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2016) As demonstrações contábeis são 
importantes para que o usuário interessado pela informação tome decisões e conheça a 
situação econômico-financeira de uma entidade. Conforme a Estrutura Conceitual Básica-
CPC 00(R1), a qualidade da informação contábil deve ser útil e relevante. Conforme a 
afirmação acima marque a alternativa CORRETA:
a) As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.
b) A informação econômica é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, 
valor médio ou ambos.
c) A informação contábil-financeira já é considerada útil se representar um fenômeno relevante.
d) Representação fidedigna de uma informação significa exatidão em todos os aspectos.Boa questão; contudo, a resposta é a mesma das demais.
b) Errada. Sabemos que a informação é relevante se possuir valor preditivo e confirmatório, 
ou ambos.
c) Errada. Não basta ser relevante, lembram? Deve ser relevante e fidedigna.
d) Errada. A representação fidedigna não representa exatidão, mas sim que as informações 
estão livres de erros materiais.
Letra a.
012. 012. (INAZ DO PARÁ/CORE-PE/CONTADOR/2019) As características qualitativas fundamentais 
da Informação Contábil-Financeira são relevância e representação fidedigna. Diante das 
informações qualitativas fundamentais, assinale a alternativa correta:
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a) Informação contábil-financeira relevante é aquela que não possui poder de influenciar 
as decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
b) Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno 
relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se 
propõe representar.
c) Representação fidedigna, por si só, pode resultar necessariamente em informação útil.
d) A informação precisa concomitantemente ser irrelevante e representar com fidedignidade 
a realidade reportada para ser útil.
e) A informação contábil-financeira precisa ser uma predição ou uma projeção para que 
possua valor preditivo.
Vimos na aula que, para ser útil, a informação contábil-financeira deve ter as características 
fundamentais da relevância e da representação fidedigna. Assim, ela não tem só que 
representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade 
o fenômeno que se propõe representar.
Letra b.
013. 013. (VUNESP/GUARULHOS/FISCAL DE RENDAS/2019) De acordo com a Estrutura 
Conceitual (Resolução CFC n. 1.374/2011), são características fundamentais da informação 
contábil-financeira:
a) Relevância e representação fidedigna.
b) Relevância e compreensibilidade.
c) Regime de competência e relevância.
d) Regime de competência e consistência.
e) Comparabilidade e verificabilidade.
As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna.
Letra a.
014. 014. (CESGRANRIO/PETROBRAS/CONTADOR JÚNIOR/2015) Os termos do Pronunciamento 
Conceitual Básico (R1) contemplam as características qualitativas da informação contábil útil. 
Nesse aspecto, são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil:
a) Comparabilidade e Materialidade
b) Materialidade e Verificabilidade
c) Compreensão e Representação Tempestiva
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d) Relevância e Representação Fidedigna
e) Tempestividade e Anualidade
As características fundamentais são: relevância e representação fidedigna.
Letra d.
CARACTERÍSTICAS DE MELHORIA DA INFORMAÇÃOCARACTERÍSTICAS DE MELHORIA DA INFORMAÇÃO
Como vimos anteriormente, as características qualitativas de dividem em fundamentais 
e de melhoria.
a) Características qualitativas fundamentais (fundamental qualitative characteristics) 
são a relevância e a representação fidedigna, as mais críticas e necessárias; e
b) Características qualitativas de melhoria (enhancing qualitative characteristics) que 
são a comparabilidade, a capacidade de verificação, a tempestividade e a compreensibilidade, 
são menos críticas, mas ainda assim desejáveis.
É importante destacar que as características de melhoria são desejáveis, mas não 
essenciais, pois elas agregam valor e melhoram a qualidade da informação fundamental, 
servindo para auxiliar qual de duas alternativas de informação igualmente relevante e 
fidedigna deveria ser apresentada em relação a um fenômeno. O respeito às características 
de melhoria não tornam a informação útil, se uma informação for irrelevante ou não 
tiver representação fidedigna, não importa ser comparável, verificável, tempestiva ou 
compreensível, ela não é uma informação útil.
COMPARABILIDADE
A comparabilidade é a característica qualitativa de melhoria que visa fazer com que os 
usuários identifiquem e compreendam as semelhanças e as diferenças entres as informações 
e dados apresentados e divulgados.
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender 
ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, 
a informação acerca da entidade será mais útil caso possa ser comparada com informação 
similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para 
outro período ou para outra data.
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A COMPARABILIDADE tem como necessidade própria precisar de, pelo menos, dois itens 
para efetivar a comparação.
Assim, por uma questão de lógica, se o objetivo é comparar, existe a necessidade de ter 
um dado em mãos para comparar com outro dado, e assim inferir sobre algo. O atributo 
da comparabilidade permite que sejam comparadas informações com outras entidades ou 
com a mesma entidade, entre mais de um período.
Outro ponto importante da comparabilidade é que ela não se confunde com o atributo 
da consistência ou de uniformidade.
É normal as bancas apresentarem que comparabilidade é o mesmo que consistência 
ou que uniformidade.
Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não significa o mesmo. 
Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período 
para outro considerando a mesma entidade que reporta a informação, quanto para um único 
período entre entidades. Comparabilidade é a meta; a consistência auxilia a alcançar essa meta.
Comparabilidade também não significa uniformidade. Para que a informação seja 
comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. 
A comparabilidade da informação contábil-financeira não é aprimorada ao se fazer com que 
coisas diferentes pareçam iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.
Meu amigo(a), chamo a sua atenção para que entenda que manter a consistência não quer 
dizer que a empresa não possa mudar algum critério. A consistência estabelece que a empresa 
mantenha os MESMOS critérios dentro do exercício, e se está utilizando um critério, este seja 
utilizado em todos os itens da mesma natureza. Por exemplo: se a empresa utiliza em suas 
máquinas da linha de produção o critério da depreciação pelo número de unidades produzidas, 
deve utilizar para todas as máquinas na linha de produção o mesmo critério. Se a empresa faz 
estimativa de inadimplência para as contas a receber, deve fazer para todas as contas a receber.
Qualquer mudança de critério que impacte de forma relevante nos dados apresentados 
deve ser divulgada em notas explicativas junto com as demonstrações contábeis.
Na sua essência a comparabilidade deve possibilitar ao usuário o conhecimento da situação 
e evolução de determinada informaçãoao longo do tempo, numa mesma Entidade ou em 
diversas Entidades, de tal forma que se obtenha condição para a melhor tomada de decisão.
CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO
A capacidade de verificação ajuda a garantir aos usuários que as informações representem 
de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar.
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A capacidade de verificação significa que diferentes observadores bem informados e 
independentes podem chegar ao consenso, embora não a acordo necessariamente completo, 
de que a representação específica é representação fidedigna. Tem relação com conseguir 
comprovar uma informação.
A verificabilidade não é sinônimo de concordância entre as opiniões e decisões dos 
usuários, ela ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente 
o fenômeno econômico que se propõe representar.
A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta significa verificar um montante 
ou outra representação por meio de observação direta, como, por exemplo, por meio da 
contagem de caixa a identificação física de bens do imobilizado.
Verificação indireta significa checar os dados de entrada do modelo, fórmula ou outra 
técnica e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia; 
está relacionada com exame documental. Um exemplo é a verificação do valor contábil dos 
estoques por meio da checagem dos dados de entrada (quantidades e custos) e por meio 
do recálculo do saldo final dos estoques utilizando a mesma premissa adotada no fluxo do 
custo (por exemplo, utilizando o método PEPS).
TEMPESTIVIDADE
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo 
de poder influenciá-los em suas decisões.
Tem relação direta com a oportunidade de uma informação, devido a isto, a informação tem que 
estar disponível para tomadores de decisão a tempo para poder influenciá-los em suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação 
pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, 
em decorrência de alguns usuários necessitarem identificar e avaliar tendências.
A falta de tempestividade pode criar uma assimetria informacional entre os usuários. 
Por exemplo: os usuários internos (administradores) têm conhecimento de uma informação 
relevante, contudo não a divulgam para não afetar a negociação de um título da empresa no 
mercado de capital. Quando a informação for divulgada, após a negociação dos papéis ter 
sido efetivada, ela perdeu a sua oportunidade e de certa forma foi inútil naquele momento.
COMPREENSIBILIDADE
Compreensibilidade é uma das características que ajudam o usuário a assimilar o 
significado das informações. Assim, classificar, mensurar e apresentar a informação com 
clareza e concisão torna-a compreensível.
A compreensibilidade presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade 
e dos negócios e atividades da Entidade, em nível que o habilite ao entendimento das 
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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informações colocadas à sua disposição, desde que se proponha analisá-las, pelo tempo e com 
a profundidade necessários, sendo que uma eventual dificuldade de entendimento suficiente 
das informações contábeis por algum usuário jamais será motivo para a sua não-divulgação.
Alguns fenômenos são inerentemente complexos e pode não ser possível tornar a sua 
compreensão fácil. Excluir informações sobre esses fenômenos dos relatórios financeiros 
pode tornar mais fácil a compreensão das informações contidas nesses relatórios financeiros. 
Contudo, esses relatórios seriam incompletos e, portanto, possivelmente distorcidos.
Normalmente, as bancas afirmam que, para facilitar a compreensão pelos usuários, a 
empresa não precisa divulgar as informações consideradas complexas. Não caiam neste 
peguinha. Devem ser divulgadas todas as informações relevantes, inclusive as que envolvem 
cálculos complexos, como os relacionados com a precificação de ativos e derivativos no 
mercado de capital.
Então, para ser compreensível a informação deve ser divulgada com clareza e completude, 
contudo, exige-se que o usuário saiba interpretar as informações, pois, as informações sobre 
assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis, por causa da sua 
relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários, não devem ser excluídas 
meramente sob o pretexto de que seriam difíceis para certos usuários as entenderem.
Na elaboração das informações a administração deverá analisar a relação custo benefício, 
pois, o custo é uma restrição generalizada sobre as informações que podem ser fornecidas 
pelo relatório financeiro.
Como a elaboração do relatório de informações financeiras impõe custos, e é importante 
que esses custos sejam justificados pelos benefícios de apresentar essas informações.
Devido à subjetividade inerente, as avaliações de diferentes indivíduos sobre os custos 
e benefícios da apresentação de itens específicos de informações financeiras variam. 
Portanto, procura-se considerar custos e benefícios em relação ao relatório financeiro, de 
modo geral, e, não apenas, em relação a entidades individuais que reportam.
Na prática, a aplicação das características de melhoria é um processo iterativo que não 
segue uma ordem preestabelecida e nem existe hierarquia entre os atributos.
Algumas vezes, uma característica qualitativa de melhoria pode ter que ser diminuída 
para maximização de outra característica qualitativa. Isto acontece, por exemplo, quando a 
empresa decide pela aplicação tempestiva de uma nova norma, que somente será obrigatória a 
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partir do exercício seguinte. A aplicação dos novos critérios pode prejudicar a comparabilidade 
das informações com outras empresas que decidiram não aplicar antecipadamente a norma, 
contudo, a inclusão dos novos critérios contábeis pode ser vantajosa para o aprimoramento 
da relevância ou da representação fidedigna no curto ou longo prazo.
015. 015. (IF-ES/IF-ES/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2019) De acordo com a “Estrutura Conceitual 
para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro (CPC 00 – R1)” é um exemplo 
de característica qualitativa capaz de melhorar a utilidade da informação contábil-financeira, 
a ________.
No tocante ao caso específico do setor público, a “NBC TSP Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor 
Público” prevê que os usuários dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades 
do Setor Público almejam subsídios nestes relatórios para fins de prestação de contas e 
responsabilização (accountability) e para o (a) _________.
Completam de forma CORRETAas lacunas do texto na ordem prevista:
a) Comparabilidade / tomada de decisão.
b) Representação fidedigna / fiscalização dos tributos arrecadados.
c) Relevância / fiscalização dos agentes públicos.
d) Tempestividade / acompanhamento da ação governamental.
e) Compreensibilidade / participação democrática.
As caraterísticas qualitativas de melhoria são a comparabilidade, a capacidade de verificação, 
a tempestividade e a compreensibilidade; elas melhoram a utilidade da informação que é 
relevante e que é representada com fidedignidade. Assim, eliminamos as letras B e C.
Os usuários, sejam públicos ou privados, utilizam as informações apresentadas pela 
contabilidade para tomar uma decisão sobre a melhor forma de alocar seus recursos.
Letra a.
016. 016. (INSTITUTO AOCP/PC-ES/PERITO CONTÁBIL/2019) Conforme a Estrutura Conceitual 
para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, a característica qualitativa 
da confiabilidade foi redenominada para
a) verificabilidade.
b) compreensibilidade.
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c) comparabilidade.
d) representação fidedigna.
e) relevância.
A característica qualitativa confiabilidade foi redenominada de representação fidedigna.
Letra d.
017. 017. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO CONTÁBIL/2017) Com base na NBC TSP Estrutura Conceitual – 
estrutura conceitual para elaboração e divulgação de informação contábil de propósito geral 
pelas entidades do setor público, assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
“ _______________ significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a 
sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) 
e tomada de decisão”.
a) Tempestividade
b) Compreensibilidade
c) Neutralidade
d) Comparabilidade
e) Verificabilidade.
A Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo 
de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem 
menos utilidade. No entanto, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade 
prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, 
por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.
A tempestividade da informação está representando o princípio da oportunidade.
Letra a.
018. 018. (IESES/CRM-SC/CONTADOR/2015) As características qualitativas da informação 
contábil-financeira identificam os tipos de informações que muito provavelmente são 
reputadas como as mais úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, 
existentes e em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade.
Assinale a alternativa que representa uma característica qualitativa fundamental da 
informação contábil-financeira.
a) Relevância.
b) Competência.
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c) Entidade.
d) Continuidade.
As características fundamentais são relevância e representação fidedigna.
Não se esqueça dos atributos de melhoria: comparabilidade, compreensibilidade, 
tempestividade e capacidade de verificação.
Letra a.
019. 019. (FGV/AL-MT/CONTADOR/2013) Segundo o pronunciamento conceitual básico que trata 
da estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro, as 
características qualitativas de melhoria são
a) a comparabilidade e a compreensibilidade.
b) a verificabilidade e a utilidade.
c) a tempestividade e a entidade.
d) a continuidade e a oportunidade.
e) a competência e a prudência
O CPC 00 R2 divide as características qualitativas da informação contábil-financeira em:
a) características qualitativas fundamentais – relevância e representação fidedigna, as 
mais críticas; e
b) características qualitativas de melhoria – comparabilidade, capacidade de verificação, 
tempestividade e compreensibilidade, menos críticas, mas ainda assim altamente desejáveis.
Letra a.
020. 020. (FCC/TRE-PR/ANALISTA DE CONTABILIDADE/2013) Sobre a estrutura conceitual para 
a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, considere:
I – A estrutura conceitual aplica-se à forma e ao conteúdo das informações adicionais 
fornecidas para atender às necessidades da administração da empresa.
II – O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam úteis a um 
grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica.
III – As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto de que a entidade 
não tem a intenção nem a necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente 
a escala das suas operações.
IV – As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade para 
alguns usuários da contabilidade devem ser excluídas das demonstrações contábeis.
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Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
I – Está errado. Os relatórios de propósito emitidos pela empresa visam atender aos usuários 
externos; os administradores que representam os usuários internos utilizam informações 
pontuais e específicas.
II – Está correto. O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações que sejam 
úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e tomadas de decisão econômica, 
por isto que são denominadas de relatórios de propósito geral.
III – Está correto. As demonstrações contábeis são preparadas com base no pressuposto da 
continuidade, ou seja, considerando que a empresa não tem a intenção, nem a necessidade 
de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações.
IV – Está errada. As informações sobre assuntos complexos que dificultam a compreensibilidade 
para alguns usuários da contabilidade NÃO devem ser excluídas das demonstrações contábeis. 
É o caso dos instrumentos financeiros sem um mercado ativo. A exclusão de informações 
sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação 
constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos 
relatórios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos.
Letra b.
CAPÍTULO 3 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E A ENTIDADE CAPÍTULO 3 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E A ENTIDADE 
QUE rEPortaQUE rEPorta
A estrutura conceitual destaca que as demonstrações contábeis fornecem informações 
sobre recursos econômicos (ativos) da entidade que reporta; reivindicações contra a entidade 
(obrigações) e alterações nesses recursos (receitas e despesas); devido a isto elas têm o 
objetivo de fornecer informações financeiras sobre os ativos, passivos, patrimônio líquido, 
receitas e despesas que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis na avaliação 
das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos e na avaliação da gestão 
de recursos daadministração sobre os recursos econômicos da entidade.
As informações são apresentadas no balanço patrimonial, ao reconhecer ativos, passivos 
e patrimônio líquido; na demonstração do resultado, ao reconhecer as receitas e despesas, e 
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na demonstração do resultado abrangente, que apresenta as receitas e despesas abrangentes 
(contas apresentadas no Patrimônio Líquido na conta Ajuste da Avaliação Patrimonial); e 
em outras demonstrações e notas explicativas.
Aqui temos uma novidade. O CPC 00 R2 apresenta a necessidade da elaboração da DRA – 
Demonstração dos Resultados abrangentes.
O balanço patrimonial, demonstração do resultado e a demonstração do resultado 
abrangente refletem o ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas reconhecidos 
da entidade em sumários estruturados que se destinam a tornar as informações financeiras 
comparáveis e compreensíveis.
Uma característica importante das estruturas desses relatórios contábeis é que os 
valores reconhecidos em uma demonstração estão incluídos nos totais e, se aplicável, 
nos subtotais que vinculam os itens reconhecidos na demonstração, ou seja, nos grupos e 
subgrupos de contas, considerando o plano de contas da empresa.
Desta forma, as demonstrações devem retratar os efeitos patrimoniais e financeiros das 
transações e outros eventos, por meio do grupamento deles em classes amplas de acordo 
com as suas características econômicas (são os grupos e subgrupos de contas).
O CPC destaca que as informações sobre possíveis transações futuras e outros possíveis eventos 
futuros (informações abrangentes-prospectivas) são incluídas nas demonstrações contábeis se:
a) referirem-se a ativos ou passivos da entidade – incluindo ativos ou passivos não 
reconhecidos – ou patrimônio líquido que existiam no final do período de relatório, ou 
durante o período de relatório, ou a receitas ou a despesas do período de relatório; e
b) forem úteis aos usuários das demonstrações contábeis.
Os ativos e passivos NÃO RECONHECIDOS são os considerados contingentes, que não 
aparecem no balanço patrimonial, mas são divulgados em notas explicativas.
Quanto a sua divulgação, no Brasil o período utilizado para a elaboração das demonstrações 
é o exercício social adotado pela empresa que, em regra, é o ano civil, de 01 de janeiro a 31 
de dezembro. Entretanto, independe do prazo utilizado na elaboração das demonstrações, 
para ajudar os usuários a identificarem e avaliarem mudanças e tendências (aplicação da 
comparabilidade), as demonstrações contábeis também fornecem informações comparativas 
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de, pelo menos, um período de relatório anterior; isto faz com que sejam apresentadas aos 
usuários, no mínimo, as demonstrações correntes e as demonstrações do exercício anterior.
Outra inclusão na estrutura conceitual é a de que as demonstrações contábeis são 
normalmente elaboradas com base no pressuposto de que a entidade está em continuidade 
operacional e continuará em operação no futuro previsível.
Assim, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em 
liquidação ou deixar de negociar. Se existe essa intenção ou necessidade, as demonstrações 
contábeis podem ter que ser elaboradas em base diferente. Em caso afirmativo, as 
demonstrações contábeis descrevem a base utilizada.
As demonstrações contábeis são elaboradas no pressuposto da continuidade normal e de 
acordo com o regime da competência de exercícios.
EntidadE QUE rEPortaEntidadE QUE rEPorta
A entidade que reporta é a entidade que é obrigada a, ou decide, elaborar demonstrações 
contábeis; pode ser uma única entidade ou parte da entidade ou pode compreender mais 
de uma entidade. Em um grupo empresarial, cada empresa elabora individualmente as suas 
demonstrações contábeis, reportando sua situação patrimonial, financeira e econômica, e 
a empresa controladora (holding) elabora as demonstrações consolidadas, apresentando 
o grupo empresarial como se fosse uma única empresa.
As demonstrações consolidadas fornecem informações sobre os ativos, passivos, 
patrimônio líquido, receitas e despesas tanto da controladora como de suas controladas 
como uma única entidade. Essas informações são úteis para investidores, credores por 
empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, da controladora em sua avaliação 
das perspectivas para futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora. Isso 
porque os fluxos de entrada de caixa líquidos para a controladora incluem distribuições para 
a controladora de suas controladas, e essas distribuições dependem de fluxos de entrada 
de caixa líquidos para as controladas.
Se a entidade que reporta as informações é apenas a controladora, as demonstrações 
contábeis são denominadas “demonstrações contábeis não consolidadas” ou “demonstração 
contábil individual”.
Demonstrações contábeis não consolidadas destinam-se a fornecer informações sobre 
os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas da controladora e, não, sobre 
aquelas de suas controladas.
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Se a entidade que reporta compreende duas ou mais entidades que não são todas 
vinculadas pelo relacionamento controladora-controlada, as demonstrações contábeis 
da entidade que reporta são denominadas “demonstrações contábeis combinadas”. Isto 
ocorre nos caso de controle em conjunto ou joint venture, onde não há uma empresa que 
tenha preponderância administrativa sobre a controlada.
As demonstrações contábeis podem ser não consolidadas (individuais), consolidadas ou 
combinadas.
CAPÍTULO 4 – ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CAPÍTULO 4 – ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES 
ContÁbEiSContÁbEiS
Os elementos das demonstrações contábeis definidos na Estrutura Conceitual são 
apresentados pelas classes de contas que compõem os ativos, passivos e patrimônio líquido, 
que se referem à posição financeira da entidade que reporta; e receitas e despesas, que se 
referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações contábeis.
Os elementos das demonstrações contábeis definidos nesta Estrutura Conceitual são:
• ativos, passivos e patrimônio líquido, que se referem à posição financeira da entidade 
que reporta; e
• receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que reporta.
A apresentação desses elementos no balanço patrimonial e na demonstração do resultado 
envolve um processo de subclassificação.
Por exemplo, ativos e passivos podem ser classificados por sua natureza ou função nos 
negócios da entidade, em circulante ou não circulantes, a fim de mostrar as informações da 
maneira mais útil aos usuários para fins de tomada de decisões econômicas. As receitas e despesas

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