Buscar

patologias osteoarticulares

Prévia do material em texto

Envelhecimento- Como acontece o envelhecimento do sistema osteoarticular:
O envelhecimento humano é definido como um processo progressivo e dinâmico, com alterações funcionais tornando-o vulnerável a processos patológicos que podem leva-lo a morte. Para envelhecer bem é necessário um estilos de vida saudável, através de bons hábitos de vida, nutrição e envolvimento em atividades físicas regularmente.
A perda óssea natural acelera na meia-idade. E que isto ocorre especialmente em mulheres na menopausa, com idades entre 55 e 65 anos, à medida que os níveis de estrogênio diminuem. Para os homens, a perda é mais gradual pelos efeitos da testosterona. Mas aos 65 anos, a taxa de perda óssea se iguala a homens e mulheres. Pelo resto da vida, a massa óssea diminui gradualmente, de forma silenciosa, não causando sintomas clínicos. Podendo resultar em osteopenia, que é um estágio inicial de perda de massa óssea e evoluir para osteoporose, a qual pode levar a fratura óssea espontânea. 
Fisiologia celular no envelhecimento ósseo: 
Os nossos ossos são compostos por dois principais tipos de células: os osteoblastos – responsáveis pela reposição óssea, e osteoclastos – responsáveis pela reabsorção óssea.
De acordo com a nossa idade, possuímos atividades mais assíduas de diferentes células, sendo que: 
 Crianças – atividade osteoblástica mais intensa (fase em que o osso cresce, principalmente em diâmetro). 
 Adultos (25 a 30 anos) – atividade osteoblástica e osteoclástica em equilíbrio (pico de massa óssea). 
 Idosos (acima de 60 anos) – atividade osteoclástica mais intensa (diminuição da massa óssea = osteoporose). 
Nessa fisiologia, o homem e a mulher possuem diferentes atividades desses tipos celulares. A mulher, mesmo no pico de produção óssea, produz menos em relação ao homem. No gráfico, por exemplo, podemos observar duas quedas de produção, a primeira é causada pela menopausa (45 a 65 anos), principalmente por conta do estrógeno, que é (na mulher) o hormônio responsável por regular a atividade osteoclástica (quando há menopausa, cai a produção de estrógeno, e consequentemente aumenta a atividade osteoclástica).
Fatores de risco que cursam negativamente no envelhecimento osteoarticular: 
 De acordo com a OMS, a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), indica que fatores ambientais, pessoais e condições de saúde interferem na funcionalidade do indivíduo. A partir disso, é necessário ter uma visão geral de como o idoso se comporta diante os cenários e suas vulnerabilidades. 
Mesmo não sendo um fator determinante direto da perda de funcionalidade entre os idosos, a idade é um fator de risco bem conhecido. Os idosos que moram em ambientes inseguros costumam não saírem desacompanhados estando mais susceptíveis a permanecerem em isolamento e desenvolverem depressão, bem como um risco aumentado de limitação de mobilidade e a uma qualidade de vida inferior. Os acidentes envolvendo quedas estão ligados a problemas emocionais que tem como causa o aumento da dependência do idoso para realizar atividades do dia a dia. 
Processo de envelhecimento osteoarticular e qualidade de vida dos idosos: 
O aumento da idade acarreta uma tendência maior de diminuição da mobilidade funcional do idoso. Tal processo acontece em decorrência do envelhecimento celular, atrelado ao surgimento de doenças crônicas e influenciado por fatores ambientais. O osso envelhecido tem conteúdo mineral reduzido e é propenso à osteoporose, pois está menos densos, mais frágeis e propensos a fraturas. 
A osteoporose é uma doença osteometabólica do tecido ósseo. Ela é definida por uma perda óssea de forma gradual, tornando os ossos mais leves, fracos e suscetíveis a fraturas. A Osteoartrite (OA), é a doença osteoarticular mais comum, é uma consequência da senescência articular progressiva induzida pela idade, levando à degeneração da cartilagem, redução da densidade e a qualidade dos ossos, pois eles se tornam mais porosos, e consequentemente, o enfraquecimento do esqueleto. 
o idoso está mais exposto a alterações fisiológicas que alteram a sua capacidade física, quando não faz uso de bons hábitos de vida, torna-se um forte candidato a apresentar queixas de dores, dificuldade para locomoção e uma maior predisposição para quedas.
Considerando a temática do envelhecimento osteoarticular e sua influência na qualidade de vida dos idosos, pode-se entender que esse é um processo dependente de hábitos de vida, desde alimentação a prática regular de exercício físico ao longo da vida. Nessa perspectiva, surge-se o ideal de que a velhice pode ser um processo vivenciado com qualidade e com o máximo de autonomia possível.
OSTEOPOROSE: A osteoporose em idosos é uma das doenças mais comuns nessa fase da vida. Osteoporose é uma doença que fragiliza os ossos fazendo com que eles fiquem porosos. Para os idosos, ela é ainda mais preocupante, já que pode ocasionar sérias fraturas de quadril, fêmur e costela. Embora não seja uma doença feminina, podendo afetar ambos os sexos, a osteoporose é mais comum nas mulheres, uma vez que elas têm estrutura óssea mais leve e fina do que os homens. Essa enfermidade ocorre porque a partir dos 40 anos é comum perder massa óssea em uma velocidade maior. As células osteoblastos renovam a estrutura óssea e, para realizar essa atividade, elas utilizam o cálcio, absorvido com a ajuda da vitamina D, dois componentes fundamentais para a saúde óssea.
Quando há uma baixa na produção dessas células, a capacidade de renovação do esqueleto é reduzida. Assim, começa um processo de desequilíbrio que gera a osteopenia, primeira etapa do problema. Logo, os ossos começam a ser degradados com mais rapidez do que os osteoblastos podem fazer a renovação, gerando a osteoporose.
O surgimento de osteoporose em idosos é comum devido à redução da vitamina D no organismo, que ajuda na absorção do cálcio. 
É importante estar atento aos seguintes sinais: 
• dores ou sensibilidade nos ossos;
• redução da estatura com o tempo;
• incômodo na região lombar;
• dores no pescoço;
• falta de postura com cervical em curvatura.
 OSTEOARTRITE: A osteoartrite é a doença articular crônica mais comum no mundo, afeta ambos os sexos e ocorre por degeneração da cartilagem e estruturas vizinhas. Trata-se de um processo inflamatório degenerativo com maior risco entre os idosos, mas também relacionado a traumas, obesidade e predisposição genética. É encontrado frequente em mulheres e as articulações mais afetadas são as das mãos, joelhos, quadris e coluna. 
Um dos sinais da enfermidade é o edema, que se deve pelo aumento de conteúdo líquido no interior de uma ou mais articulações. Os sintomas mais frequentes são a dor e a dificuldade de movimentar a articulação afetada. 
ARTRITE REUMATOIDE:  Nessa doença, articulações como pés e mãos passam por um processo inflamatório crônico, provocando inúmeros sintomas que, se não tratados, podem levar a problemas sérios, como perda de funções motoras e deformidade de membros.
Ela é uma doença autoimune, o que significa que o próprio sistema de defesa do organismo do paciente ataca as articulações. Nesse processo, células saudáveis de ossos, cartilagens e tecidos conjuntivos são afetadas, podendo levar à degeneração progressiva dos membros.
Ela é mais comum em mulheres entre 35 e 50 anos. 
As causas não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que a genética é um fator importante. Ou seja, se a pessoa possui familiares com a doença, a predisposição de ela também desenvolver a doença é maior. Além disso, obesidade e tabagismo também são considerados fatores de risco.
Se não houver um tratamento adequado ela pode comprometer bastante a qualidade de vida das pessoas idosas. Isso porque a condição causa grandes prejuízos às articulações, deixando o indivíduo, no pior dos casos, sem capacidade de utilizar as mãos, os pés e outras regiões afetadas.
Entre os principais sintomas da doença, podemos citar:
· Dores nas articulações, que podem ser das mãos, dedos, punhos, pés, dedos dos pés, joelhos, etc. Em geral, as doressão simétricas, ou seja, ocorrem no lado esquerdo e direito do corpo.
· Rigidez articular no período da manhã, que pode durar mais de 60 minutos depois de a pessoa acordar.
· Vermelhidão e dificuldade em movimentar as articulações.
· Aumento nas articulações, as quais também podem ficar mais quentes e sensíveis aos toques.
· Nódulos reumatoides, que se apresentam na forma de massas subcutâneas próximas à articulação afetada. Em geral, são benignas e afetam poucos pacientes.
· Outros sintomas menos comuns são: cansaço, fraqueza e perda de apetite.
TRATAMENTO
· ARTRITE REUMATOIDE essencial manter, restaurar ou aumentar de amplitude de movimento articular, a capacidade aeróbica e o desempenho para habilidades específicas, fortalecer e alongar musculatura. Deve-se respeitar sempre a fase de evolução da doença.
· OSTEOARTRITE o tratamento consistem em aliviar os sintomas através da diminuição do quadro álgico, diminuição da rigidez, manutenção ou aumento da mobilidade articular, alongamento da musculatura, estabilidade articular, redução de excesso de carga anormal sobre a articulação acometida, melhora na qualidade de vida. manutenção de amplitude de movimento e da função articular. O Consenso Brasileiro para o Tratamento de Osteoartrite orienta a prática de programas educativos, fisioterapia (fortalecimento, alongamento e treino aeróbico), órteses e equipamentos de auxilio à marcha, estabilização medial da patela, palmilhas anti-varo associadas a estabilização de tornozelo e agentes físicos (termoterapia e eletroterapia).
· OSTEOPOROSE pode ser realizado através de crioterapia, calor superficial, eletroterapia, eletroacupuntura, massagem, atividade física orientada e cinesioterapia (exercícios isotônicos, isométricos e respiratórios) para aumentar ou manter de movimento, a força muscular e a capacidade respiratória, aliviar a dor, recuperar capacidade funcional, a coordenação motora e o condicionamento físico, reduzir contraturas musculares, melhorar equilíbrio, postura e marcha, favorecendo prevenção de quedas e risco de fraturas. a redução da perda de massa óssea d manutenção da qualidade de vida 
· A cinesioterapia é e uma técnica da fisioterapia que pode ser utilizada no tratamento das três doenças. Baseia-se no movimento para promover alívio da dor, alongamento e fortalecimento muscular, mobilidade articular, coordenação motora. equilíbrio, condicionamento cardiovascular, funcionalidade e, consequentemente, qualidade de vida. O tratamento fisioterapêutico mais utilizado para artrite reumatoide e osteo artrite é cinesioterapia. Essa técnica apresenta resultados satisfatórios aos portadores, pois favorece melhorando e retardando os efeitos do próprio envelhecimento e a progressão das doenças. 
· Tipos de alimentos e osteoartrite
	Prefira
	Evite
	Betacaroteno e vitaminas B6 e ácido fólico: encontrados na maior parte das hortaliças (verduras e legumes) e nas frutas.4 
	Gordura saturada: a maior concentração se encontra em queijos gordos, cortes bovinos mais gordurosos (picanha, fraldinha, costela etc.), peles de aves, embutidos (presunto, apresuntado, salame, mortadela etc.), manteiga, creme de leite e gordura de coco.
	Vitamina C: frutas cítricas (laranja, tangerina, morango, goiaba) e os vários tipos de tomate
	Gordura trans: presentes em alimentos industrializados, como salgadinhos e batatas de pacote, margarina, biscoitos recheados e pães.
	Cálcio: melhores fontes são leite, queijos, iogurte e coalhada. As fontes vegetais apresentam uma forma de cálcio de baixa absorção durante a digestão. Dê preferência às formas com menor teor de gordura
	
	Vitamina D: a melhor forma de obter esta vitamina é através da exposição ao sol do início da manhã
	
	Vitamina E: encontrada em nozes, amêndoas, castanhas, abacate, semente de girassol, germe de trigo, grãos integrais, peixes e vegetais verdes folhosos 
	
	Ácido graxo ômega 3: encontrado nos óleos de soja e canola, bem como nos peixes gordos, como sardinha, atum e salmão 
	
	 
	 
· Benefícios da Prática Corporal/Atividade Física
	Melhor funcionamento corporal, diminuindo as perdas funcionais, favorecendo a preservação da independência 
	Redução no risco de morte por doenças cardiovasculares
	Melhora do controle da pressão arterial 
	Melhora a postura e o equilíbrio
	Melhor controle do peso corporal
	Melhora o perfil lipídico
	Melhor utilização da glicose
	Melhora a enfermidade venosa periférica
	Melhora a função intestinal
	Melhora de quadros álgicos
	Melhora a resposta imunológica
	Melhora a qualidade do sono
	Ampliação do contato social
	Correlações favoráveis com redução do tabagismo e abuso de álcool e drogas
	Diminuição da ansiedade, do estresse, melhora do estado de humor e da auto-estima
	Manutenção da densidade mineral óssea, com ossos e articulações mais saudáveis

Continue navegando