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Uso topico e sistemico do fluor


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USO TÓPICO E SISTÊMICO DO 
FLÚOR 
Flúor e Selante 
As melhores formas de prevenção 
abrangem a redução do açúcar na dieta 
e a higienização correta. A correta 
higienização deve ser feita com 
escovação diária, uso de fio dental e o 
fortalecimento das estruturas dentárias. 
As variações individuais requerem que 
seja feita uma avaliação específica 
sobre quais métodos necessitam ser 
realizados em cada caso. Essas 
variações referem-se ao esmalte do 
dente, à técnica de escovação utilizada 
pela criança, ph de sua saliva e, 
principalmente, seu tipo de dieta. 
Algumas crianças necessitam, mais que 
as outras, da utilização de métodos de 
prevenção para alcançarem um ponto 
de equilíbrio para sua saúde bucal. 
Neste sentido, existem recursos 
preventivos que podem ser utilizados 
para o fortalecimento das estruturas 
dos dentes, tais como a aplicação de 
flúor e de selantes. 
Flúor 
O flúor é um componente químico que 
promove o fortalecimento do esmalte, 
sendo capaz de reduzir 
significantemente a cárie. Ao entrar em 
contato com a superfície do dente, o 
flúor se incorpora a ele, passando a 
fazer parte de sua estrutura. 
Existem duas formas de utilização: por 
via oral (uso sistêmico) e tópico 
(aplicado sobre a superfície do dente). 
Flúor sistêmico 
O flúor sistêmico é aquele usado de 
forma ingerida, que será incorporado ao 
esmalte durante sua formação. 
Portanto, deve ser administrado 
durante o processo de formação 
dentária. Desde que seja usado na 
dosagem correta, não provoca efeitos 
colaterais. 
Esta é a maneira mais efetiva e 
abrangente de prevenção, pois o flúor 
está presente na água de abastecimento 
dos municípios e em algumas águas 
comercializadas. Por este motivo, a 
suplementação de flúor, por meio de 
gotas ou comprimidos, não é necessária 
nem para crianças nem para gestantes, 
pois poderá ocorrer a superdosagem de 
flúor. 
Mesmo que a pessoa tome apenas água 
mineral, o flúor estará presente quando 
consumir alimentos cozidos em água de 
abastecimento, não necessitando, 
portanto, de sua complementação. 
A superdosagem, isto é, o excesso de 
flúor ingerido, pode levar a um 
problema no esmalte dentário chamado 
fluorose. A fluorose compromete a 
estética e a estrutura dentais, e se 
caracteriza pelas manchas brancas 
opacas suaves, ou machas 
acastanhadas opacas e rugosas, que 
aparecem na superfície dos dentes. 
Flúor Tópico ou Verniz de Flúor 
 As aplicações de flúor tópico ou verniz 
de flúor devem ser realizadas em 
consultório odontológico, utilizando o 
flúor em maior concentração. O tempo 
de aplicação varia de um a quatro 
minutos, conforme o fabricante. Deve 
ser aplicado pelo dentista em 
consultório odontológico para o 
procedimento seja monitorado e não 
haja ingestão de grande quantidade de 
flúor pela criança, com pincéis ou 
moldeiras. 
Para crianças de menor idade, é 
recomendada a aplicação do flúor em 
verniz, que adere ao dente e forma uma 
película que libera o flúor levemente. 
A frequência de aplicação deve ser 
estabelecida pelo dentista, que avaliará 
cada caso. Recomenda-se aplicar de três 
em três meses em crianças com alto 
risco de cáries, e de duas a três vezes no 
ano em crianças com baixo risco de 
cáries. Caso a criança apresente cárie 
aguda, podem ser necessárias 
aplicações com maior frequência, até 
semanais. 
Dentifrícios com flúor 
Associação Americana de 
Odontopediatria recomenda que as 
crianças, a partir do aparecimento do 
primeiro dente, usem uma escova de 
cerdas macias adequada à sua idade, e 
pasta de dentes flouretadas 
com incidência de a partir de 1100 ppm 
(partes por milhão) de fluoreto, em uma 
quantidade de um grão de arroz cru 
para crianças até os 3 anos, e um grão 
de ervilha para crianças maiores que 4 
anos. A pasta deve ser usada sobre a 
supervisão de um adulto, e orientação 
de um Odontopediatra, porque a 
indicação varia de acordo com a rotina 
alimentar e as características de cada 
criança. 
A escovação com pastas fluoretadas 
deve ser feita no mínimo 3 vezes ao dia, 
tendo-se o cuidado de remover os 
resíduos de pasta com uma gaze ou 
frauda umedecida para as crianças que 
ainda não sabem cuspir. Caso a 
criança realize a higiene na escola, ou 
até em casa sem acompanhamento de 
um responsável, pode utilizar a pasta 
sem flúor até que os pais estejam 
seguros de que ela consiga cuspir, e que 
coloque a quantidade indicada de pasta 
na escova. 
Selantes 
As fissuras (ranhuras e sulcos) 
presentes na forma do dente facilitam o 
acúmulo de resíduos alimentares, sendo 
o local de maior incidência de cárie. O 
selante é uma substância fluida, 
desenvolvida para escoar e penetrar 
nessas fóssulas e fissuras, vedando-as. O 
selante se adere aos sulcos, impedindo 
a penetração de bactérias. 
Indicamos que se aplique os selantes 
nos dentes permanentes do fundo assim 
que eles erupcionam pois estas fóssulas 
estão mais pronunciadas e, portanto, a 
higienização não consegue eliminar 
todo o resíduo alimentar, havendo mais 
probabilidade de ter formação de cáries 
nestas regiões. 
Os molares (dentes do fundo) de leite 
têm sulcos mais lisos e rasos e 
geralmente não há necessidade de se 
aplicar o selante. Contudo, existem 
variações anatômicas, e, portanto, esta 
decisão deve ser feita pelo 
Odontopediatra de caso para caso.