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Encontro 4 Controle Microbiano

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Microbiologia e Imunologia
Aplicadas a 
Medicina Veterinária
Prof. Me Dr Tiago Ladeiro de Almeida
Controle de micro-organismos
ESTERILIZAÇÃO e DESINFECÇÃO 
Conceitos
• Esterilização
• Destruição de todas as formas de micro-organismos de um 
material ou ambiente, através de métodos físicos ou 
químicos.
•Desinfecção
• destruição, remoção ou redução dos micro-organismos 
presentes em um material . 
• Visa eliminar a potencialidade infecciosa do objeto, de uma 
superfície ou local.
Controle de micro-organismos
• ANTISSEPSIA: procedimento no qual se utiliza substâncias
bactericidas ou que inibem a reprodução microbiana; deve 
ser hipoalergênica - destinados a aplicações em pele e 
mucosa. Pode ser feita, por exemplo, por meio do 
Clorexidine.
• LIMPEZA: Remoção de sujidades que indispensavelmente 
antecede os procedimentos de desinfecção ou 
esterilização.
Controle de micro-organismos
FORMAS DE ESTERILIZAÇÃO
1. MÉTODOS FÍSICOS
• Calor ( seco e úmido)
• Radiação
• Filtração
2. MÉTODOS QUÍMICOS: Fenólicos, Álcool, óxido de etileno (ETO), Peróxido de 
hidrogênio, Halogênio (flúor, cl, bromo , iodo)
Controle de micro-organismos
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO 
MODO DE AÇÃO
Controle de micro-organismos
Classificação dos materiais
Material crítico
entra em contato com
vasos sanguíneos ou tecidos 
livres de microorganismos
Ex: instrumental cirúrgico
Esterilização
Material semi-crítico
entra em contato com
mucosa ou pele não 
íntegra. Ex: termômetros
Desinfecção
Material não crítico
entra em contato com
pele íntegra. Ex: máscaras
Limpeza
Controle de micro-organismos
Esterilização: autoclave x estufa 
Métodos Modo de ação temp.
tempo 
(min)
Material
Calor úmido 
(autoclave)
desnaturação de 
proteínas e destrói 
membrana 
citoplasmática
121- 123ºC 30’
Instrumentos cirúrgicos, 
vidraria 
Calor seco 
(estufa)
desnaturação e oxidação 
de proteínas
170 ºC 60’ Vidraria e utensílios
Controle de micro-organismos
Controle de micro-organismos
FLAMBAGEM
Em bico de Bunsen: método de 
esterilização para alça de platina, tubos 
de ensaio e demais frascos com meio 
de cultura, de forma a manter o 
ambiente asséptico 
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO
Controle de micro-organismos
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
• Água fervente 
• Água levada ao ponto de ebulição: 100oC 
• esporos bacterianos podem resistir a 100oC por 1 h 
• Vapor d’água
• Autoclavagem a 121oC por 30 minutos
• desnaturação das proteínas e destruição da 
membrana citoplasmática
Controle de micro-organismos
• Materiais limpos e adequadamente 
embalados;
• Contar o tempo a partir de 121oC;
• Se o material sair úmido da autoclave 
indica falhas no processo, neste caso 
deve ser novamente esterilizado
AUTOCLAVAGEM – para ser eficiente:
Controle de micro-organismos
Não podem ser autoclavadas
substâncias não miscíveis com a água 
(óleos), ou que sejam alteradas pela 
umidade.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
Controle de micro-organismos
Controle de micro-organismos
Preparar o material;
Placas de Petri, espátulas, pipetas:
embaladas com papel craft;
Frascos com meio de cultura, água e
soluções: não devem ser totalmente
fechados;
Geralmente usada rolha de algodão
hidrofóbico (não molha) e gaze;
Permite entrada de vapor e
esterilização;
Deve-se usar fita crepe de viragem:
muda de cor ao ser completada a
esterilização.
Controle de micro-organismos
ANTES DE AUTOCLAVAR
Controle de micro-organismos
ANTES DE AUTOCLAVAR
Verifique o nível de água;
Adicione a água destilada suficiente
para cobrir a resistência, de forma a
impedir a oxidação do metal e
danificação da resistência;
Coloque o material no cesto (não
mais que um terço do volume do
equipamento);
Feche a autoclave, rodando as
chaves dispostas;
Ligar a autoclave no máximo.
Controle de micro-organismos
ANTES DE AUTOCLAVAR
Ligue a autoclave na chave MAX;
Espere até começar a sair um jato de
ar residual e feche a válvula;
Depois de fechar a válvula a pressão
começará a subir.
Para testar a eficácia do equipamento na 
instalação e após manutenção
Verificar a eficácia após qualquer modificação 
proposta no processo de esterilização
Estabelecer a eficácia como rotina diária
Monitoramento do processo de ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO
Controle de micro-organismos
INDICADORES QUÍMICOS
Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química
que muda de coloração quando exposto a 
temperatura.
 usados externamente em todos os pacotes
 evidenciam a passagem do material pelo 
processo
Controle de micro-organismos
Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do 
sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. 
 recomenda-se que seja feito no primeiro 
ciclo do dia
Classe 2:
Teste OK Falha no 
teste 
Espera-se mudança 
uniforme da cor do papel, 
em toda sua extensão
Controle de micro-organismos
INDICADORES QUÍMICOS
Indicador de parâmetro únicoClasse 3:
 controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida
 utilizados no centro dos pacotes
Indicador multiparamétricoClasse 4:
 controla a temperatura e o tempo necessários para o processo
Controle de micro-organismos
INDICADORES QUÍMICOS
Integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.Classe 5:
Classe 6: Integrador mais preciso por oferecer margem de segurança 
maior. Reage quando 95% do ciclo é concluído.
Controle de micro-organismos
INDICADORES QUÍMICOS
Calor
Radiação
Filtração
- Radiação eletromagnética
Exemplos:
• micro-ondas
• radiação ultravioleta
Processos Físicos da Esterilização
Controle de micro-organismos
• Radiação  energia eletromagnética
• Radiação não ionizante
• luz ultravioleta UV
• Radiação ionizante
• Raios-gama  energia eletromagnética
produzida por desintegração nuclear - tem
grande poder de penetração nos materiais.
Utilizado em implantes
Métodos Físicos para Esterilização e Desinfecção
Controle de micro-organismos
Poder de penetração dos raios alfa, beta e gama
Controle de micro-organismos
Esterilização por raios gama
Controle de micro-organismos
Controle de micro-organismos
Calor
Radiação
Filtração
- Remoção dos micro-organismos de 
líquidos e gases sensíveis ao calor:
* Glicose
* Antibióticos
* Reagentes químicos
Controle de micro-organismos
Processos Físicos da Esterilização
Filtração
Controle de micro-organismos
VÍRUS LIPÍDICOS
vírus HBV, FIV
BACTÉRIAS VEGETATIVAS
Pseudomonas 
FUNGOS 
Candida spp
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS
poliovírus
MICOBACTÉRIAS
ESPOROS BACTERIANOS
Bacillus subtillis
MAIOR 
RESISTÊNCIA
aldeídos e ácido peracético
Alto Nível
álcool, hipoclorito de sódio a 1%,
cloro orgânico, fenol sintético
Nível Intermediário
hipoclorito de sódio 0,2%
Baixo Nível
MENOR 
RESISTÊNCIA
ESTERILIZAÇÃO POR PROCESSO QUÍMICO
NÍVEIS DE ATIVIDADE DESINFECTANTE
Controle de micro-organismos
CLASSIFICAÇÃO DOS DESINFETANTES: COMPOSIÇÃO QUÍMICA
• ÁLCOOL: etílico e Isopropílico
• ALDEÍDOS: formaldeído e glutaraldeido
• FENÓIS: cresol, timol, triclosan
• HALOGENIOS: hipocloritos, iodo
• CATIÔNIOS: hipocloritos, iodo
• CATIÔNICOS E ANIÔNICOS: clorohexidine
• AGENTES OXIDANTES: H2O2, 
• METAIS PESADOS: prata e cobre
Controle de micro-organismos
ESTERILIZAÇÃO POR PROCESSO QUÍMICO
• Óxido de Etileno (C2H4O)- gás ETO
• Utilizado em clínicas, hospitais - para materiais que não se 
pode utilizar calor
• Ciclo – 8 horas, 
• Mecanismo de ação
• O óxido de etileno reage com a parte sulfídrica da proteína do sítio 
ativo no núcleo do microrganismo, impedindo assim sua reprodução.
• Observação: mulheres em idade fértil e gestantes não devem 
realizar qualquer atividade relacionada com óxido de etileno –
teratogênico.
Controle de micro-organismos
• Aldeídos
• Formaldeído: esterilização de materiais hospitalares.
• Glutaraldeído: esterilização de objetos delicados (fibra 
óptica)
• Glutaraldeído a 2% (Sol. Aquosa)
• Técnica – Imersão ( recipiente plástico fechado )
• Tempo : Desinfecção = 30 minutos• Esterilização = 10 horas
Controle de micro-organismos
ESTERILIZAÇÃO POR PROCESSO QUÍMICO
ÁLCOOL podem ser usados:
• o álcool etílico (70%),
• e o álcool isopropílico ( 70%)
• Causam EMULSIFICAÇÃO LIPÍDICA e
DESNATURAÇÃO DE PROTEÍNAS
• Efetivo contra bactérias e fungos,
• Usado para a desinfecção de pele e mãos
• Não é capaz de matar esporos
• Não apresenta efeito duradouro
Controle de micro-organismos
TIPOS DE DESINFECTANTES

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