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WBA1059_v1.0 Saúde coletiva: história e conceitos Eixos da Saúde Coletiva Pilares da Saúde Coletiva Bloco 1 Mariana da Silva Castro Vianna Eixos da Saúde Coletiva Saúde Coletiva: • Interdisciplinaridade: Ciências Socias, Epidemiologia, Filosofia, Ciências Biológicas, entre outros. • Principais pilares: • Ciências Sociais em Saúde, com os determinantes socias da saúde. • Política, planejamento e Gestão em Saúde, por meio da organização dos serviços de saúde. • Epidemiologia e Vigilância em Saúde. (PAIM, 2006) Eixos da Saúde Coletiva • A Saúde Coletiva auxilia a compreensão do processo saúde- doença para além do campo biomédico. • Para isso, utiliza-se de instrumentos para a investigação desse processo nas populações e na organização dos serviços de saúde. (PAIM, 2006) Determinação Social da Saúde Processo saúde-doença Saúde Doença (CARVALHO; BUSS, 2012) Determinação Social da Saúde Figura 1 - Modelo de determinação social elaborado por Dahlgren e Whitehead Fonte: Dahlgren e Whitehead (1991 apud SOBRAL; FREITAS, 2010, p. 39). Determinação Social da Saúde A Saúde Coletiva: • Visa superar o modelo biomédico, em que a relação entre agente etiológico e doença é dominante, ampliando o olhar para o processo saúde-doença a partir dos determinantes sociais da saúde. • Procure olhar para a região onde você mora: quais são os problemas de saúde mais prevalentes? • Eles estão mais associados a um agente etiológico ou estão mais relacionados com a forma como as pessoas vivem e se relacionam entre si? Eixos da Saúde Coletiva Organização dos Serviços de Saúde Bloco 2 Mariana da Silva Castro Vianna Organização dos serviços de saúde • A forma com que os serviços de saúde se organizam também afeta a vida das pessoas. (BRASIL, 1990) Serviços de saúde Equidade. Integralidade.Promoção da saúde. Cuidado continuado. Organização dos serviços de saúde • Sistema Único de Saúde (SUS): política pública do Estado. • Municípios, estados e governo federal são os gestores do SUS, assim como a sociedade civil organizada. • Autonomia na tomada de decisões das políticas locais de saúde, com definição de prioridades na alocação de recursos e no planejamento das decisões de saúde. • Organização dos serviços de saúde de forma a atender às necessidades de saúde da população. (BRASIL, 1990) Organização dos serviços de saúde Redes de Atenção à Saúde (RAS): • Arranjo que busca superar o modelo fragmentado de atenção à saúde ainda existente e os princípios do SUS. • Atenção primária como o centro da rede, atuando como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede, articulando os demais serviços de saúde (média e alta complexidade, apoio diagnóstico, transporte sanitário, entre outros). (BRASIL, 1990; MENDES, 2011) Organização dos serviços de saúde Como planejar as ações de saúde? Planejamento Estratégico Situacional (PES) – quatro momentos: • Explicativo. • Normativo. • Estratégico. • Tático operacional. (BRASIL, 2015) Organização dos serviços de saúde Quadro 1 - Eixo política, planejamento e gestão dos serviços de saúde Fonte: elaborado pela autora. Elementos Exemplos Impacto na vida das pessoas Política de Saúde (papel do Estado) Princípios e diretrizes do SUS. Políticas temáticas de saúde (saúde da criança, saúde da mulher, saúde do trabalhador etc.). Acesso aos serviços de saúde (universalidade), priorização das necessidades de saúde (equidade) e cuidado integral (integralidade). Planejamento Planejamento Estratégico Situacional. Priorização de problemas; diferentes atores; relações de poder. Gestão Redes de Assistência à Saúde. APS como coordenadora do cuidado e ordenadora da rede. Eixos da Saúde Coletiva Epidemiologia clássica e social Bloco 3 Mariana da Silva Castro Vianna Epidemiologia e Saúde Coletiva Análise dos problemas de saúde. Planejamento estratégico. Organização dos serviços. Epidemiologia. Acesso; Equidade. Epidemiologia e Saúde Coletiva Epidemiologia clássica • Utiliza abordagens quantitativas. • Observa a frequência e a distribuição dos agravos. • Avalia o perfil de morbimortalidade da população. (RAMOS et al., 2016) Epidemiologia e Saúde Coletiva Epidemiologia social • Observa como os arranjos sociais impactam na saúde das pessoas. • Busca identificar e compreender os determinantes sociais da saúde. (RAMOS et al., 2016) Eixos da Saúde Coletiva • Várias áreas de conhecimento que se articulam e produzem um campo de conhecimento: a Saúde Coletiva. • Utiliza-se os saberes e os instrumentos dessas áreas de forma concomitante na nossa realidade profissional. • A Saúde Coletiva apoia a construção de políticas e estratégias para melhorar a vida e a saúde das pessoas. Eixos da Saúde Coletiva Determinantes sociais da saúde. Política, planejamento e gestão dos serviços. Epidemiologia. SAÚDE COLETIVA Teoria em Prática Bloco 4 Mariana da Silva Castro Vianna Reflita sobre a seguinte situação • A pandemia de covid-19 popularizou alguns conceitos técnicos que antes não costumavam aparecer na grande mídia, como: eficácia de vacinas, sensibilidade e especificidade de testes e taxas de transmissão da doença. • A Saúde Coletiva tem sido uma importante área também nesse momento de pandemia. Você conhece os problemas de saúde mais prevalentes na sua região? Será que esses problemas se manifestam da mesma maneira quando olhamos uma cidade por seus bairros ou regiões? Norte para a resolução • Os indicadores de saúde são uma das fontes que se pode utilizar para conhecer mais sobre os problemas de saúde de onde você mora. Pode-se investigar o perfil de mortalidade, perfil de nascimentos, ocupação hospitalar e tipos de atendimento ambulatorial. Todos esses indicadores são disponibilizados no endereço eletrônico do DATASUS e alguns estados e municípios também os divulgam em seus endereços eletrônicos. • Aproveite que a informação está à sua disposição e conheça mais sobre o perfil de morbimortalidade da sua região! Com isso, veja se as necessidades de saúde estão sendo priorizadas pelos gestores. Essa é uma ótima forma de exercer sua cidadania. Dicas do(a) Professor(a) Bloco 5 Mariana da Silva Castro Vianna Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o login através do seu AVA). Algumas indicações também podem estar disponíveis em sites acadêmicos como o Scielo, repositórios de instituições públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou periódicos científicos, acessíveis pela internet. Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na construção da sua carreira profissional. Por isso, te convidamos a explorar todas as possibilidades da nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso! Leitura Fundamental Indicação de leitura 1 O livro indicado conta com a participação de diversos professores e pesquisadores renomados da Saúde Coletiva, trazendo capítulos em que você pode se aprofundar sobre o tema dessa aula. Referência PAIM, J. S.; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. [Minha Biblioteca]. Indicação de leitura 2 O artigo indicado traz um debate interessante sobre as relações entre a política, as políticas de saúde e o campo da Saúde Coletiva no Brasil. Referência VAITSMAN, J.; RIBEIRO, J. M.; LOBATO, L. V. C. Análise de políticas, políticas de saúde e a Saúde Coletiva. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 589-611, 2013. Dica do(a) Professor(a) O vídeo A História da Saúde Pública no Brasil mostra, de uma maneira leve e divertida, um breve resumo dos 500 anos de políticas de saúde no país. Referência A HISTÓRIA da saúde pública no Brasil– 500 anos na busca de soluções. Direção: Jardim Silva. Editor: Selo Fiocruz Vídeo, 2015. 1 DVD (17min.). Referências A HISTÓRIA da saúde pública no Brasil – 500 anos na busca de soluções. Direção: Jardim Silva. Editor: Selo Fiocruz Vídeo, 2015. 1 DVD (17min.). BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1990a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 11 dez. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Planejamento no SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: https://www.conass.org.br/guiainformacao/wp- content/uploads/2016/03/Manual_planejamento_sus.pdf. Acesso em: 20 jan. 2022. CARVALHO, A. I.; BUSS, P. M. Determinantes sociais na saúde, na doença e na intervenção. In: GIOVANELL, L. Políticas e sistema de saúde no Brasil. 2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012. Referências MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Brasília, DF: Organização Pan- Americana de Saúde, 2011. PAIM, J. S. Desafios para a saúde coletiva no século XXI. Salvador: EDUFBA, 2006. Disponível em: https://www.google.com.br/books/edition/Desafios_para_a_Sa% C3%BAde_Coletiva_no_S%C3%A9cu/0OBeCgAAQBAJ?hl=pt- BR&gbpv=1&printsec=frontcover. Acesso em: 20 jan. 2022. RAMOS, F. L. P. et al. As contribuições da epidemiologia social para a pesquisa clínica em doenças infecciosas. Rev Pan-Amaz Saúde, Ananindeua, v. 7, n. esp., dez. 2016. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S2176-62232016000500221. Acesso em: 20 jan. 2022. SOBRAL, A.; FREITAS, C. M. Modelo de organização de indicadores para operacionalização dos determinantes socioambientais da saúde. Saúde Soc., São Paulo, v. 19, n. 1, p. 35-47, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sausoc/a/xt9VTQXXLTgxhm6WMyhz3TD/?lang=pt&format =pdf. Acesso em: 20 jan. 2022. Bons estudos!
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