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OSCE - Clinica Medica I

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Clínica Médica I 
OSCE – Clínica Médica I 
CARDIOLOGIA 
TROMBOEMBOLISMO PULMONAR 
❖ Anamnese: questionar dor torácica, dispneia, palpitações, hemoptise. 
❖ Diagnóstico: escala de Wells (sinais de TVP, TVP/TEP prévios, taquicardia, idade > 65 anos, 
câncer, hemoptise). 
❖ Exames complementares: ECG (taquicardia sinusal S1Q3T3), ECO (sinais de disfunção de 
VD), D-dímero (indicado em pctes de baixa probabilidade pelo Wells – sua negatividade 
exclui TEP), angioTC (indicado para pctes de média/alta probabilidade). 
❖ Conduta: Se instável → ECO beira do leito, seguido de angioTC de emergência e 
trombólise química com alteplase 15mg EV. 
o Se estável → faz D-dímero se baixo risco e (se positivo ou se alto risco) faz angioTC, 
seguido de anticoagulação com rivaroxabana. 
FIBRILAÇÃO ATRIAL 
❖ Anamnese: paciente assintomático ou com palpitações/síncope/dor torácica (deve-se 
definir o tempo de início). 
❖ Exames complementares: ECG (confirma a FA), MNM (se houver suspeita de IAM), ECO 
(na suspeita de IC). 
❖ Conduta: Se instável → sedar com midazolam 5mg EV e fazer Cardioversão elétrica 
sincronizada 100J. 
o Se estável < 48h → faz CVE ou CVQ (com amiodarona 5mg EV). 
o Se estável > 48h → estabiliza a FC (com esmolol 0,5mg/kg EV) e segue com ECO 
TE (se disponível). Em sequência, faz a anticoagulação por 4 semanas (com 
rivaroxabana ou ‘enoxaparina + warfarina’). 
❖ Após, aplica o CHA2DS2VASC para determinar se a anticoagulação deve ser 
permanente. 
REUMATOLOGIA 
ARTRITE REUMATOIDE 
❖ Anamnese: questionar sobre dores articulares (principalmente em MMSS), rigidez matinal 
prolongada e tempo de duração da sinovite (inflamação articular). 
❖ Exame físico: fazer palpação das articulações, focando em MMSS (mãos e punhos), 
ausculta pulmonar, cardíaca e inspeção de pele. 
❖ Exames laboratoriais: HMG, função renal, PCR/VHS, Fator Reumatoide e anti-CCP. 
❖ Diagnóstico: critérios ACR 2010 (nº de articulações + tempo da sinovite + provas 
inflamatórias + sorologias) ≥ 6. 
❖ Tratamento agudo: AINE, corticoide. 
❖ Tratamento manutenção: MEV + iniciar com metotrexato (se necessário, associa outro 
MMCD). 
OSTEOARTROSE 
❖ Anamnese: questionar dores articulares, rigidez matinal curta e quais articulações são 
acometidas (quadril e joelho). 
❖ Exame físico: sinais flogísticos nas articulações acometidas. 
❖ Diagnóstico: clínico. 
❖ Tratamento: MEV + glicosamina, colágeno tipo II, injeção de ácido hialurônico. 
GOTA 
❖ Anamnese: questionar hiperuricemia assintomática prévia e episódios semelhantes 
prévios, fatores desencadeantes da crise. 
❖ Exame físico: avaliar a articulação acometida (terá sinais flogísticos). 
❖ Exames laboratoriais: HMG, ácido úrico, PCR/VHS. 
❖ Diagnóstico: clínico + punção articular para confirmação. 
❖ Tratamento agudo: AINE, corticoide, colchicina. 
❖ Tratamento manutenção: Alopurinol 300mg. 
NEFROLOGIA 
DOENÇA RENAL CRÔNICA 
❖ Anamnese: buscar histórico de HAS e DM, analisar medicamentos de uso contínuo. 
Classificar o paciente no estágio da DRC. 
❖ Exame físico: buscar lesões de órgãos alvo (retinopatia diabética, déficits neurológicos, 
função renal). 
❖ Exames laboratoriais: HMG, perfil de ferro, creatinina, ureia, ácido úrico, urina 1, 
microalbuminúria, vitamina D, Na, K, P, Ca e PTH. 
❖ Conduta (de acordo com o estágio): indicar IECA/BRA, metformina, espironolactona, 
dieta hipossódica, dieta hipoproteica (estágio 3a) e MEV (dieta hipossódica, 
hipoproteica, hipocalemica, sem carnes vermelhas). Se Hb baixo e Ferritina baixa, iniciar 
sulfato ferroso 40mg e, caso a Ferritina esteja normal, iniciar EPO. Se houver distúrbio 
mineral-ósseo presente, deve-se iniciar quelante de fósforo (sevelamer), calcitriol 
(vitamina D) e cinacalcete. Enviar para DIÁLISE se hipercalemia refratária, acidose 
metabólica, síndrome urêmica presente, hipervolemia refratária ou ureia > 180 
assintomático. 
Com TFG < 30 → suspender medicações, mantendo só insulina, reduzir dose de IECA/BRA e preparar o paciente 
para TSR. 
SÍNDROME NEFRÓTICA 
❖ Anamnese: história de HAS, edema e urina espumosa. 
❖ Exames laboratoriais: proteinúria de 24h (> 3g) + ausência de hematúria. 
❖ Diagnóstico etiológico: lesões mínimas (se crianças e jovens), GESF (se jovens adultos), 
membranosa (se adultos > 50 anos). 
❖ Medidas gerais: restrição de sódio, diuréticos (para o edema), IECA/BRA (para a pressão 
e nefroproteção). Biópsia para iniciar tratamento específico (em adultos). 
❖ Tratamento lesões mínimas: corticoide + anti-helmíntico. 
❖ Tratamento GESF: corticoide + imunossupressor. 
❖ Tratamento membranosa: se leve, medidas gerais. Se grave, corticoide + imunossupressor. 
SÍNDROME NEFRÍTICA 
❖ Anamnese: história de HAS, edema, oligúria e hematúria. 
❖ Exame físico: buscar lesões de órgãos alvo. 
❖ Diagnóstico etiológico: GNDA pós-estreptococica (crianças), Nefrite lúpica (mulheres 
com LES), Nefropatia por IgA (adultos jovens – relação com DII). 
❖ Medidas gerais: controle da PA (IECA/BRA), controle do edema (diuréticos), restrição de 
sódio. 
❖ Tratamento GNDA: suporte e corticoide (se GNRP). 
❖ Tratamento nefrite lúpica: ciclofosfamida + corticoide. 
❖ Tratamento nefropatia por IgA: suporte e corticoterapia. 
ENDOCRINOLOGIA 
DIABETES MELLITUS 
❖ Anamnese: história de polifagia, poliúria e polidipsia. 
❖ Diagnóstico: glicemia de jejum ≥ 126, TOTG ≥ 140 ou HbA1c ≥ 6,5% (repetidos e 
confirmados). 
❖ Tratamento: MEV + metformina 500mg / gliclazida / dapagliflozina (depende da HbA1c). 
❖ Insulinização 1UI/Kg → 75% NPH e 25% Reg. 
HIPOTIREOIDISMO 
❖ Anamnese e exame físico: aumento de peso, sonolência, unhas e cabelos fracos. 
❖ Diagnóstico: THS elevado e T4 baixo. 
❖ Tratamento: reposição com levotiroxina 25mg e reavaliação mensal para ajuste de dose. 
HIPERTIREOIDISMO 
❖ Anamnese e exame físico: perda de peso, agitação, nervosismo, palpitações. 
❖ Diagnóstico: TSH reduzido, T4 elevado. 
❖ Etiologia: Doença de Graves (se houver oftalmopatia) ou subagudo (De Quervain se dor, 
linfocítica/pós-parto de indolor). 
❖ Tratamento doença de Graves: metimazol → iodoterapia → tireoidectomia. 
❖ Tratamento subaguda: AINE para De Quervain. Subaguda tende a ser autolimitada (se 
não, iniciar levotiroxina pela destruição dos folículos). 
PNEUMOLOGIA 
PNEUMONIAS ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE 
❖ Quadro clínico: tosse secretiva, taquipneia, dispneia, desconforto respiratório e febre. 
❖ Exame físico: aumento do FTV, crepitações, submaciçes a percussão. 
❖ Diagnóstico: clínico + RX (evidencia opacidade). 
❖ Exames laboratoriais: HMG, provas inflamatórias. 
❖ Classificação: CURB-65 
❖ Tratamento baixo risco: amoxacilina + clavulanato. 
❖ Tratamento médio risco (enfermaria): “ceftriaxona EV + azitromicina EV” ou levofloxacino 
EV. 
❖ Tratamento alto risco (UTI): ceftriaxona + levofloxacino. 
PNEUMONIA HOSPITALAR 
❖ Anamnese: quadro semelhante a PAC que inicia após 48 de internação. 
❖ Tratamento: vancomicina. 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
❖ Anamnese: tosse secretiva, dispneia, taquipneia. 
❖ Diagnóstico: clínico + espirometria (demonstrará índice Tiffenout < 0,7 – distúrbio 
obstrutivo). 
❖ Classificação e tratamento: A (pouco sintomático e sem crises) → LABA (formoterol) ou 
LAMA (tiotrópio). 
• B (muitos sintomas e sem crises) → LABA + LAMA (dupla 
broncodilatação) 
• E (com crises) → LABA + LAMA (dupla broncodilatação) 
❖ Corticoide inalatório: apenas se houver asma associada ou eosinófilos > 300. 
❖ Roflumilaste: se houver muita secreção. 
❖ Azitromicina: pacientes ex-tabagistas muito secretivos.

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