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LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ


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LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
A litigância de má-fé é uma conduta reprovável que ocorre quando uma das 
partes em um processo judicial age de forma desonesta, manipuladora ou 
abusiva, com o objetivo de obter vantagens indevidas, prejudicar a outra 
parte ou dificultar a resolução justa do litígio. Essa prática compromete a 
efetividade do sistema judiciário, além de desrespeitar os princípios éticos 
e o devido processo legal. 
Alguns exemplos de condutas que configuram litigância de má-fé incluem: 
1. Apresentação de Argumentos Falsos ou Frívolos: Quando uma parte 
apresenta argumentos ou alegações sabidamente falsos, sem 
qualquer base legal ou factual, com o objetivo de confundir o juízo e 
prolongar o processo de forma desnecessária. 
2. Interposição de Recursos Meramente Protelatórios: Quando uma 
parte apresenta recursos judiciais com o único propósito de atrasar o 
andamento do processo, sem fundamentação jurídica plausível, 
apenas para prolongar o litígio e causar prejuízos à outra parte. 
3. Distorção de Fatos ou Documentos: Quando uma parte manipula ou 
distorce fatos ou documentos apresentados nos autos do processo, 
com o intuito de induzir o juízo a erro ou prejudicar a outra parte. 
4. Ocultação de Informações Relevantes: Quando uma parte omite 
informações relevantes para o deslinde da controvérsia, agindo de 
forma desonesta e manipuladora para obter vantagem no processo. 
5. Descumprimento de Decisões Judiciais: Quando uma parte 
desrespeita ordens ou decisões judiciais, como por exemplo, 
deixando de pagar multas ou não cumprindo determinações 
específicas do juiz. 
As consequências da litigância de má-fé podem ser diversas e incluem desde 
advertências e multas até a condenação ao pagamento de indenizações por 
danos morais ou materiais à parte prejudicada. Além disso, o código de 
processo civil brasileiro prevê a possibilidade de aplicação de outras 
medidas punitivas, como a condenação ao pagamento das despesas 
processuais e honorários advocatícios da parte contrária. 
A litigância de má-fé compromete a credibilidade do sistema judiciário, 
dificulta a busca pela verdade dos fatos e prejudica a efetividade da justiça. 
Por isso, é fundamental que as partes e seus advogados atuem de forma 
ética, honesta e colaborativa durante o processo judicial, respeitando os 
princípios do devido processo legal e buscando a resolução justa e pacífica 
dos litígios.