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Saúde da Criança Semiologia Pediátrica Toda consulta se inicia no momento que a criança entra na sala, devendo ser observado se a criança usa chupeta, como são suas roupas, sua higiene, desenvolvimento e o modo como a criança é segurada no colo. Para gerar confiança da criança e promover sua participação na consulta, é importante conversar com a criança e construir um vínculo com ela. ANAMNESE PEDIÁTRICA Deve-se usar uma linguagem acessível com a fornecedor dos dados da história, sempre detalhado ao máximo as queixas do paciente. IDENTIFICAÇÃO Deve sempre conter o nome da criança, idade, data do nascimento, naturalidade, procedência, religião, endereço e nome dos pais. QUEIXA PRINCIPAL Utilizando as palavras do próprio paciente (sic) ou do fornecedor dos dados (mãe ou familiar), colocando a queixa principal e sua respectiva duração. HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL Deve ser feita de uma forma sequencial temporal, narrando os fatos expostos na consulta, sempre utilizando os termos médicos mais indicados para cada detalhe. INTERROGATÓRIO DOS DIVERSOS APARELHOS Deve-se determinar todos os demais sinais e sintomas secundários no paciente. HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA Registrar toda a história devida da criança até o momento, como histórico de vacinações e doenças pregressas. HISTÓRIA DA GESTAÇÃO, PARTO E PERÍODO PERINATAL Sempre narrando os detalhes mais importantes de cada período acima. HISTÓRIA ALIMENTAR Questionar sobre a rotina alimentar diária da criança, listando cada alimento consumido pela criança. HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO Deve expor todos os acontecimentos do desenvolvimento da criança até o momento da consulta, incluindo informações sobre a vacinação (se está em dia) e sua história social completa (meio em que vive, habitação e demais informações). EXAME FÍSICO Deve ser feita a inspeção geral da criança, antropometria (PC) e demais pontos a serem examinados. Sempre ao lado direito do paciente ou da forma que mais seja confortável para a criança. Utiliza-se, como padrão, as técnicas de inspeção, palpação, percussão, palpação e ausculta (nem sempre se usa todos – deve-se respeitar a criança e criar uma aproximação progressiva com ela). Deve-se retirar toda a roupa da criança e avaliar sua postura, fáscies, estado geral, atividade (ativo e reativo), movimentação, proporcionalidade de seguimentos corporais, padrão respiratório (e FR), aspecto do choro, malformações e lesões existentes. Fáscies: avalia-se o tamanho e formato da cabeça, espessura da pele, distribuição de pele e fâneros, simetria anatômica e expressões fasciais. Cabeça: avalia-se o formato (normocefalico, microcefálico ou macrocefálico – avaliados pelo PC) e as fontanelas anterior e posterior (palpa-se ambas – a anterior fecha em 18 meses e a posterior em 2 meses). As fontanelas devem estar normotensas (abaulamentos indicam HIC e retração indicam desidratação). Pode haver bossa sanguínea (edema, não respeita os limites das fissuras e cacifo positivo), enquanto o hematoma é mais tenso a palpação e respeita as linhas de sutura. Pele: fisiologicamente, pode-se encontrar a miliária (obstrução das glândulas sudoríparas –pele fica avermelhada), mancha mongólica (alteração de pigmentação em região de nádegas), acne neonatal (devido passagem de hormônio sexual durante a gestação) e xerostomia (ressecamento da pele. Antropometria: deve-se medir e pesara criança, avaliando seu nível de crescimento e ganho ponderal (se está normal ou não). Normalmente, a criança cresce 25 cm no primeiro ano e de 10 a 12 no segundo. Quanto ao peso, o ganho ponderal é de 20 a 30 g/dia, reduzindo ao longo dos trimestres. Otoscopia: usa-se o otoscópio com a mão direita e tracionando a orelha do paciente com a mão esquerda. No exame, observa-se a membrana timpânica, o cabo do martelo, trígono luminoso e vasos de membrana. Oroscopia: com a boca aberta, avalia-se o estado de conservação dos dentes e mucosas, além de língua, tonsilas palatinas, úvula e orofaringe (se há hiperemia, placas exsudativas, estomatite, hipertrofia de tonsilas, dentre outras alterações).
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