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Saúde da Criança Síndrome de Down É uma anormalidade genética causada pela trissomia do cromossomo 21 em todas as células do organismo. Seu paciente se apresenta com proeminência de bochechas, fenda palpebral oblíqua, lábios grossos, língua grande e grossa, nariz pequeno, alterações vasculares e neurológicas (deficiência intelectual por lesões difusas no SNC). No entanto, também proporciona aos indivíduos uma alta neuroplasticidade, permitido seu desenvolvimento secundário adequado. Esse estimulo deve existir em todo o ambiente frequentado pelo paciente, desde sua casa, até escola e atendimentos de saúde (visão multidisciplinar). A valorização a diversidade humana e equidade das pessoas com deficiência são prerrogativas presentes na Lei Brasileira de Inclusão de 2015. Código CID: Q90 DIAGNÓSTICO É eminentemente clínico com o reconhecimento das características físicas do paciente, porém a confirmação deve ser feita com a identificação dos sinais cardinais de Hall e realização do cariótipo (se ainda persistir a dúvida – sempre encaminhar a família para o aconselhamento genético concomitantemente). SINAIS CARDINAIS DE HALL Perfil facial achatado; Hipotonia; Hiperflexibilidade das articulações; Fendas palpebrais oblíquas; Pele redundante na nuca; Displasia de pelve ao RX; Orelhas pequenas e arredondadas; Prega palmar única. Ao cariótipo, será reservado o objetivo de confirmar o genótipo do paciente e o padrão de mutação que resultou na formação a síndrome de Down, podendo ser por trissomia livre (não disjunção cromossômica de origem meiótica), trissomia por translocação robertsoniana com o cromossomo 21 de forma não equilibrada (deleção de braços curtos e fusão de braços longos) ou por trissomia livre do 21 em mosaico (presença de duas ou mais linhagens diferentes de um mesmo indivíduo). Eventualmente, pode-se fazer o diagnóstico ainda na gestação com a amniocentese ou biópsia de vilo corial, caso o país permita o aborto para análise de segmento e interrupção a gravidez. RASTREIO PRÉ-NATAL Pode-se realizar a translucência nucal (avalia a presença de liquido posterior na nuca do feto – Down cursa com aumento de líquido) ou o NIPT (teste não invasivo que diferencia DNA fetal e materno, comparando-os). SEGUIMENTO Devido ao risco aumentado de outras patologias, é necessário realizar o rastreio no portador da síndrome com ECO e hemograma, além dos testes normais que todo RN realiza. Há evidências que a Sd de Down cursa com apneia do sono, ganho ponderal, estenose de JUP bilateral e hipertrofia tonsilar. Para crianças de 2 a 10 anos, deve-se promover um estilo de vida saudável para elas, com alimentação, higiene e exercícios físicos em escala adequada a elas, introduzindo as atividades do cotidiano aos poucos e com paciência. Após os 10 anos, os pacientes devem seguir com uma manutenção doe estilo de vida, promovendo sua autonomia e socialização. Todo paciente deve ser tratado com singularidade e atenção individualizados.
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