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Farmacologia Caso SI 3 1. Identificar vias de administração, o princípio ativo, grupo farmacológico, forma farmacêutica, mecanismo de ação do Atenolol. Atenolol ●Vias de Administração: Oral ●Princípio Ativo: Atenolol ●Forma Farmacêutica: Comprimido ●Grupo Farmacológico: Betabloqueadores Beta-1 seletivos ●Mecanismo de Ação: O Atenolol é um bloqueador Beta-1 Seletivo, isto é, age preferencialmente sobre receptores Beta-1 do coração e tem a seletividade diminuída com o aumento da dose. Esse fármaco tem ação inotrópica negativa (diminuição da força de contração do coração), podendo reduzir a frequência cardíaca também (efeito cronotrópico negativo). Com esses efeitos, o Atenolol vai promover a redução da PA pois, ao diminuir a FC, se diminui o débito cardíaco, e ao diminuir a força de contração do coração está diminuindo o volume sistólico, ambas sendo variáveis que determinam a PA. O Atenolol começa a ter uma ação significativa dentro de 1 hora após sua administração por via oral, atingindo seu efeito máximo em 2 a 4 horas. Esse efeito é mantido por no mínimo 24 horas. 2. Compreender as drogas antiadrenérgicas. Identificar os efeitos adversos e as precauções que devem ser tomadas no uso de antiadrenérgicos Introdução As drogas antiadrenérgicas, também chamadas de simpatolíticas, são aquelas que antagonizam os efeitos da estimulação simpática por bloquearem os receptores adrenérgicos. Existem, então, antagonistas de receptores Alfa-adrenérgicos e antagonistas de receptores Beta- adrenérgicos, ambos podendo ser seletivos ou não. Dentre os antagonistas Alfa-adrenérgicos, o principal grupo é o de antagonistas Alfa-1 seletivos. *É importante revisar a ação de cada receptor para entender melhor o efeito dos antagonistas Antagonistas Alfa Não Seletivos Os dois principais exemplos desse grupo de drogas são a fenoxibenzamina e a fentolamina. A principal diferença entre elas está na duração de seus efeitos, sendo a primeira mais duradoura que a segunda. Esses fármacos têm como efeitos adversos queda da PA e hipotensão postural. Eles geralmente provocam aumento do débito cardíaco e da frequência cardíaca, ambas sendo respostas reflexas à queda da PA (acontece pelo bloqueio de receptores Alfa-1 responsáveis pela vasoconstrição). Por bloquearem receptores Alfa-2, essas drogas provocam aumento da liberação de norepinefrina, o que intensifica a taquicardia reflexa. Por todos esses motivos, essas drogas não devem ser usadas no tratamento de HAS Antagonistas Alfa-1 Seletivos Como já foi estudado, a principal ação desses receptores é promover vasodilatação por estarem em grandes quantidades no m. liso vascular. Outra informação relevante que é importante lembrar é a divisão dos receptores Alfa-1 em 3 subtipos, Alfa-1A (encontrados em grande quantidade na próstata), Alfa-1 B e Alfa-1 D Os dois principais usos terapêuticos desses antagonistas acontecem na HAS e na hiperplasia prostática benigna. O principal efeito adverso deles é a hipotensão postural (por esse motivo se recomenda usar essas drogas na hora de dormir) Os três principais representantes desse grupo de drogas são a Prazosina, Terazosina e a Tansulosina., sendo que somente a Tansulosina apresenta uma seletividade maior (o que faz ela ser a droga desse grupo com menos efeitos colaterais), atuando somente em receptores Alfa-1A HAS Para o tratamento da HAS, pode-se utilizar a Prazosina e a Terazosina. Uma observação importante é que nenhuma das duas deve ser usada em monoterapia, ambas só podem ser usadas associadas a outros hipertensivos para que haja eficácia no tratamento. A Tansulosina não é usada aqui pois, por ser muito seletiva, ela não é eficaz no tratamento da HAS . Hiperplasia Prostática Benigna A HPB é uma condição em que se tem um aumento da próstata que provoca obstrução uretral, o que causa um jato urinário mais fraco e dificuldade de urinar. Essa situação acontece pois o aumento da próstata causa uma pressão mecânica na uretra prostática, diminuindo sua luz. Mesmo a Prazosina e a Terazosina podendo ser usadas nesse tratamento, a preferência sempre será dada à Tansulosina pois, graças a sua grande seletividade, seus efeitos colaterais serão os menores. A Tansulosina, graças ao seu efeito simpatolítico, provoca relaxamento da musculatura do colo da bexiga, próstata e uretra prostática, o que aumenta a luz da uretra e facilita a micção. Note que a Tansulosina NÃO trata a hiperplasia, apenas melhora os sintomas. Betabloqueadores TODOS bloqueiam receptores B1. Essas drogas causam efeito inotrópico negativo e efeito cronotrópico negativo no coração, já nos rins eles diminuem a secreção de renina, o que no final de tudo diminui a formação de angiotensina I I e diminui a PA. Betabloqueadores são divididos em 3 gerações. Os betabloqueadores são usados no tratamento de HAS, arritmias e insuficiência cardíaca. A grande importância dos betabloqueadores na HAS está nos seus efeitos no coração e rins. Na arritmia o betabloqueador, geralmente de segunda geração pela sua seletividade (e por não interferirem na resistência vascular), é importante pelo seu efeito cronotrópico negativo. Por fim, na insuficiência cardíaca o efeito dos betabloqueadores é importante, porém não é o momento de compreender como. Primeira Geração A primeira geração de betabloqueadores compreende Antagonistas Beta Não-Seletivos, com isso eles bloqueiam receptores B1 e B2. O principal representante é o Propranolol. Segunda Geração A segunda geração de betabloqueadores se refere a Antagonistas Beta-1 Seletivos, sendo os principais exemplos o Atenolol, Bisoprolol e Metoprolol. Terceira Geração A terceira geração de betabloqueadores é formada por Antagonistas Beta que provocam vasodilatação adicional, os principais exemplos são o Nebivolol (Beta-1 seletivo) e o Carvedilol. O Nebivolol além de bloquear os receptores B1 ainda estimula a liberação de óxido nítrico (provoca vasodilatação adicional). O Carvedilol, além de bloquear receptores B1 e B2 ainda bloqueia receptores A1 de vasos, promovendo vasodilatação adicional. Contraindicações Não é recomendado o uso de betabloqueadores não- seletivos (ou seletivos em grandes quantidades) em pacientes com asma ou DPOC pela presença de receptores Beta-2 no m. liso brônquico, ao bloquear esses receptores se provoca uma broncoconstrição e uma piora das doenças respiratórias. Além disso, deve-se atentar a pacientes com bradicardia grave (FC < 50 bpm) pois todos os betabloqueadores agem nos receptores Beta-1 do coração promovendo efeito cronotrópico negativo. Considerações Adicionais ●Os betabloqueadores de primeira e segunda geração podem alterar o perfil lipídico (principalmente de triglicerídeos) do paciente e elevar os níveis de glicose sanguínea. Mesmo assim, eles não são contraindicados para dislipidêmicos e diabéticos, eles exigem apenas cautela. ●Todos os betabloqueadores, com exceção do Atenolol, podem ser usados por gravidas hipertensas. O Atenolol não pode por ele retardar o crescimento fetal ●Atualmente não se usa tanto os betabloqueadores de primeira geração por não terem seletividade. Eles são usados mais para tremores (receptores B2 nos m. esqueléticos) e enxaquecas (sem explicação farmacológica).
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