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TEMA 3 ENEM - A VALORIZAÇÃO DA LEI COMO


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REDAÇÃO
A VALORIZAÇÃO DA LEI COMO INSTRUMENTO DE ACESSO 
À CIDADANIA E MANUTENÇÃO DA DEMOCRACIA NO 
BRASIL
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REDAÇÃO A VALORIZAÇÃO DA LEI COMO INSTRUMENTO DE ACESSO À CIDADANIA 
E MANUTENÇÃO DA DEMOCRACIA NO BRASIL
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O A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos 
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal 
da língua portuguesa sobre o tema “A valorização da lei como instrumento de acesso à 
cidadania e manutenção da democracia no Brasil”, apresentando proposta de intervenção, 
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, 
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I 
O que é ser Cidadão
Afinal, o que é ser cidadão?
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter direitos civis. É 
também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos 
não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na 
riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranqüila.
Como exercemos a cidadania?
Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.
Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante 
a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de 
direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. 
Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando 
para que seus direitos não sejam violados.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Independência dos Estados 
Unidos da América do Norte e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de 
legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos e passaram a estruturá-lo a partir dos 
direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse 
o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para a s mulheres, crianças, minorias 
nacionais, étnicas, sexuais, etárias.
http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=8
TEXTO II
O brasileiro está respeitando menos as normas, aponta o Índice de Percepção do Cumprimento das Leis, 
produzido pela Faculdade de Direito da Fundação Getulio Vargas. Segundo o levantamento, em uma escala 
de 0 a 10, a nota registrada no primeiro trimestre deste ano foi 6,5. No mesmo período do ano anterior foi 
7,3, sendo que 10 representa um total comprometimento com o cumprimento das normas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados reconheceram que é fácil desobedecer as lei no 
Brasil e 80% concordaram que, sempre que possível, o cidadão apela para o “jeitinho”.
O levantamento aponta ainda que aumentou o número de pessoas que reconheceram ter infringido 
alguma lei. A parcela de entrevistados que admitiu ter comprado um CD ou DVD pirata nos últimos 12 meses 
passou de 60% para 63%, sempre na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e 2014. Também 
houve crescimento nos quesito “dar dinheiro a policial ou funcionário público para evitar ser multado” (3% 
para 6%) e “levar itens baratos de uma loja sem pagar” (3% para 5%).
https://www.conjur.com.br/2014-jul-06/aumenta-desrepeito-leis-pais-pesquisa-fgv
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TEXTO III
O Direito tem o papel fundamental de reger a vida em sociedade, estabelecendo a organização e as condutas 
necessárias ao desenvolvimento coletivo. Para concretizar esses objetivos, imprescindíveis à paz social, são 
aprovadas normas jurídicas, que fixam padrões de comportamento, bem como consequências visando o seu 
cumprimento.
Na atualidade, além das tradicionais penalidades impostas em casos de desrespeito à regra positivada, são 
previstas as chamadas sanções premiais, com o fim de incentivar o respeito à ordem jurídica. Embora o sistema 
jurídico não se resuma à lei, esta exerce função nuclear à harmonia nas relações interpessoais.
O Estado de Direito é o resultado da superação do Estado absolutista, em que prevalecia a vontade pessoal 
do governante. Nessa evolução, o parâmetro que rege a vida em sociedade passa a ser lei regularmente 
aprovada, como expressão da vontade popular.
Como degrau seguinte, a democracia, necessária à legitimação do Direito e do Estado, passa a exigir a 
participação social, direta (quando possível) ou indireta, na definição dos rumos a serem seguidos pelo conjunto 
de pessoas, instituições e organizações. O Estado Democrático de Direito, assim, é uma conquista histórica e 
essencial da civilização, alcançada após intensas lutas, caracterizada por avanços e retrocessos, firmando-se, 
na atualidade, como o regime necessário para a legitimidade da disciplina da vida em sociedade.
http://genjuridico.com.br/2015/05/22/o-papel-fundamental-da-lei-na-democracia/
TEXTO IV
1 – Código Civil Brasileiro
O Código Civil Brasileiro (Lei 10.406) existe desde 10 de janeiro de 2002. Ele conta com 2.046 artigos, que 
abrangem as pessoas, bens e fatos jurídicos, assim como os direitos das obrigações, de empresa, das coisas, 
de família e das sucessões.
Essa lei é considerada como a que convive mais próxima ao cidadão e a que melhor expressa o direito privado 
no Brasil. Sua elaboração se deu porque a nação precisava de leis mais modernas e atuais.
2 – Constituição Federal
A Constituição brasileira de 1988 é a lei fundamental e suprema do Brasil e situa-se na posição mais alta 
do ordenamento jurídico. Seu objetivo é o fazer com que todos os direitos fundamentais sejam mais efetivos, 
além de garantir que o Poder Judiciário participe caso haja qualquer lesão ou até mesmo uma ameaça à lesão 
dos direitos dos cidadãos.
Sua instituição veio depois de o Brasil ter saído da ditadura militar, o que deflagrou a necessidade de leis 
para reger a sociedade. Ela instituiu o maior direito de cidadãos que vivem em democracia representativa, que 
é o direito ao voto.
3 – Código de Processo Civil
O Código de Processo Civil (CPC, lei nº 13.105, de 16 de março de 2015) é a lei responsável por regulamentar 
todo o processo judicial civil no Brasil. Esse foi o primeiro Código de Processo Civil brasileiro a ser publicado em 
regime democrático e que tramitou integralmente nesse regime.
Tal lei contém todas as normas dos processos civis, que são aqueles que não se enquadram nas esferas 
penal, trabalhista, eleitoral e tributária. É importante que ele não seja confundido com o Código Civil Brasileiro, 
citado no item 1.
4 – Código Penal
O Código Penal vigente atualmente foi criado por intermédio do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940. Ele é o terceiro que existe na história do Brasil e o que durou por mais tempo.
Sua elaboração foi necessária para que fosse possível que o indivíduo se defendesse do poder punitivo do 
Estado, de modo a não ser prejudicado por ele.
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5 – Código de Processo Penal
O Código de Processo Penal, por sua vez, conta com todas as normas do Direito Processual Penal. Sua 
finalidade é organizar a justiça penal e garantir que o Estado Brasileiro tenha condições de aplicar as sanções 
originadas no Código Penal, na legislação esparsa e na Lei das Contravenções Penais.
Sua redação foi feita por Francisco Campos e o texto foi instituído pelo Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de 
outubro de 1941.
6 – Código Penal Militar
Esse código, datado de 1969, foi editado pelo Decreto-Lei nº 1.001. Suas determinações podem ser 
aplicadas aos integrantes da Polícia Militar,Corpo de Bombeiros Militar e às Forças Armadas.
A aplicação desse código no Brasil já existe desde a época do Império, que é quando foi organizado o 
Supremo Conselho Militar e de Justiça, que depois veio a ser chamado de Superior Tribunal Militar (STM),
7 – Código Processual Penal MIlitar
Esse código abrange um ramo especializado do direito, que possibilita a aplicação do Código Penal Militar 
através de determinadas regras processuais.
Mesmo que não sejam tão divulgados assim, o  direito  penal militar e o  direito  processual penal militar 
abrangem aproximadamente 1 milhão de pessoas em todo o Brasil.
8 – Código de Defesa do Consumidor
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi instituído pela lei nº 8.078, datada de 11 de setembro de 
1990. Sua elaboração teve como objetivo o preenchimento de uma lacuna no Direito Americano, já que as 
relações comerciais não traziam qualquer tipo de proteção ao consumidor.
A instauração do CDC mudou diretamente as relações de consumo no país, já que passou a ser imposta 
uma qualidade maior nos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
9 – CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)
A bastante famosa CLT trata do direito do trabalho e do direito processual do trabalho. Sua criação se deu 
através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, o que unificou todas as legislações trabalhistas que 
havia no Brasil.
A Consolidação das Leis do Trabalho é composta por 8 capítulos e 922 artigos, dos quais mais de 490 
já passaram por modificações com o passar do tempo, além de 67 disposições constitucionais de 1988 que 
foram acrescentadas.
10 – ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
O ECA foi instituído pela Lei nº 8.069, em 13 de julho de 1990. Nela, constam os direitos da criança (até 12 
anos de idade) e do adolescente (de 12 a 18 anos de idade).
O Estatuto da Criança e do Adolescente internaliza uma série de normas internacionais, como a Declaração 
dos Direitos da Criança, as Regras de Beijing e as Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinquência 
Infantil.
https://juristas.com.br/2018/02/01/as-10-leis-mais-famosas-do-brasil-e-porque-elas-surgiram/
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