Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PEELINGS QUÍMICOS, FÍSICOS E ENZIMÁTICOS E COSMETOLOGIA UNIDADE I REVENDO A PELE Elaboração Taís Amadio Menegat Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................4 UNIDADE I REVENDO A PELE .......................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ...................................................................................... 5 CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PELE ................................................................................. 16 CAPÍTULO 3 RADIAÇÃO SOLAR ............................................................................................................. 21 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................30 4 INTRODUÇÃO Convido-os a mergulhar no mundo mágico da Cosmetologia. Nas próximas páginas você poderá aprender como agregar todos os benefícios dos cosméticos e dos peelings químicos e mecânico em distúrbios como anti-aging, estrias, olheiras, hipercrômia, entre outras disfunções. A técnica aplicada nesta apostila é o modelo mais atual do mercado. Objetivos » Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico dos cosméticos. » Compreender o mecanismo de ação dos peelings. » Compreender o método de aplicação dos cosméticos e ácidos na estética. 5 UNIDADE IREVENDO A PELE CAPÍTULO 1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE O sistema tegumentar, composto pela pele e seus anexos, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, pelos e unhas é o maior órgão do corpo humano e constitui 16% do peso corporal. Ele reveste todo o corpo, continuando-se nos lábios e no ânus com as membranas mucosas do sistema digestivo, no nariz com o sistema respiratório, e com os sistemas urogenitais, nos locais em que chegam à superfície. Além disso, a pele das pálpebras se continua com o revestimento conjuntival da porção anterior dos olhos (ALTCHEK et al., 2006). As principais funções incluem: proteção contra lesões, contra invasão bacteriana e dessecação; regulação da temperatura do corpo; recepção de sensações contínuas do meio ambiente (p.ex.: tato, temperatura e dor); excreção pelas glândulas sudoríparas; e absorção de radiação ultravioleta (UV) solar para a síntese de vitamina D (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Sua composição é feita por duas camadas: epiderme e derme. O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado da pele é constituído por quatro populações de células: Queratinócitos, Melanócitos, Células de Langerhans, Células de Merkel (Figura 1). Logo abaixo da derme encontra-se o tecido conjuntivo frouxo, antigamente conhecido como hipoderme, não faz parte da pele, mas constitui a fáscia superficial da dissecção anatômica que cobre todo o corpo, imediatamente abaixo da pele. Os indivíduos excessivamente nutridos, ou que vivem em clima frio, possuem uma grande quantidade de gordura depositada na fáscia superficial (hipoderme), chamada de panículo adiposo (BORGES, 2006). A textura e a espessura da pele variam nas diferentes regiões do corpo. Por exemplo, a pele da pálpebra é macia, delicada com pelos delicados, enquanto, a uma pequena distância, nas sobrancelhas, a pele é mais espessa e possui pelos grosseiros. 6 UNIDADE I | REVENDO A PELE A pele da testa produz secreções oleosas; a pele do queixo não produz secreções oleosas, mas forma muitos pelos. As palmas das mãos e as solas dos pés são espessas e não possuem pelos, mas contêm muitas glândulas sudoríparas. Além disso, a superfície das polpas dos dedos e dos artelhos tem cristas e sulcos alternados que formam alças, curvas e vórtices com determinados padrões chamados dermatóglifos, popularmente chamados de impressões digitais, que se formam ainda no feto e permanecem sem modificações durante toda a vida (ALTCHEK et al., 2006). Figura 1. Camadas da pele. Fonte: Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza. 1.1. Epiderme A epiderme origina-se do ectoderma e é constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Na maior parte do corpo, a espessura da epiderme varia de 0,07 a 0,12 mm, com espessamentos localizados nas palmas das mãos e solas dos pés (onde sua espessura pode variar de 0,8 mm a 1,4 mm, respectivamente) (BORGES, 2006). Os queratinócitos, que formam a maior população de células, estão dispostos em cinco camadas distintas; os três tipos celulares restantes estão dispostos entre os queratinócitos em locais específicos. Como os queratinócitos descarnam continuamente da superfície da epiderme, essa população de células precisa ser continuamente renovada. Essa renovação se dá por meio da atividade mitótica dos queratinócitos das camadas basais da epiderme. Os queratinócitos entram em mitose durante a noite, e com a formação de novas células, as células acima são continuamente empurradas para a 7 REVENDO A PELE | UNIDADE I superfície. Ao longo de seu trajeto em direção da superfície, essas células se diferenciam e começam a acumular filamentos de queratina no citoplasma. Eventualmente, ao se aproximarem da superfície, as células morrem e são descarnadas, um processo que leva de 20 a 30 dias (GUIRRO;GUIRRO, 2002). Por causa da citomorfose dos queratinócitos, durante sua migração da camada basal para a superfície da epiderme, podem ser identificadas na epiderme cinco zonas morfologicamente distintas. Indo da camada mais interna para a mais externa, essas zonas são o estrato basal (germinativo), estrato espinhoso, estrato granuloso, estrato lúcido, e estrato córneo (Figura 2) (BORGES, 2006). De acordo com a espessura da epiderme, a pele é classificada em espessa e fina. Entretanto, esses dois tipos também diferem pela presença ou ausência de algumas camadas da epiderme e pela presença ou ausência de pelos (Quadro 1) (ALTCHEK et al., 2006). Figura 2. Camadas da epiderme. Fonte: http://www.todamateria.com.br/pele-humana/ acesso: 3/3/2016. Quadro 1. Camadas e características histológicas da epiderme. CAMADA CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS Estrato córneo Numerosas camadas de células queratinizadas mortas, queratinócitos, sem núcleo e sem organelas (escamas-células córneas) que serão descarnadas. Estrato lúcido Camada delgada corada fracamente de queratinócitos sem núcleos e sem organelas; as células contêm eleidina e filamentos de queratina densamente compactados. 8 UNIDADE I | REVENDO A PELE CAMADA CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS Estrato granuloso A camada mais superficial da epiderme (três a cinco camadas de células de espessura) na qual os queratinócitos ainda mantêm seus núcleos; as células contêm grandes grânulos grosseiros de queratoialina, assim como grânulos revestidos por membrana. Estrato espinhoso A camada mais espessa da epiderme cujos queratinócitos, denominados células espinhosas, se entrelaçam uns com os outros formando pontes intercelulares e um grande número de desmossomos; as células espinhosas têm numerosos tonofilamentos e grânulos revestidos por membrana, e são ativas mitoticamente; essa camada também contém células de Langerhans. Estrato basal (germinativo) Esta camada simples de células cuboides a colunares baixas, mitoticamente ativas, está separada da camada papilar da derme por uma membrana basal bem desenvolvida. Fonte: (GARTNER; HIATT, 2003). 1.1.1. Estrato basal (estrato germinativo) O estrato basal, a camada germinativa na qual ocorrem as mitoses, forma entrelaçamentos com a derme e está separado desta por uma membrana basal (ALTCHEK et al., 2006). A camada mais profunda da epiderme, o estrato basal, apoia-se sobre uma membrana basal e assenta-se sobre a derme, formando uma interface irregular. O estrato basal é constituído por uma única camada de células cuboidesa colunares baixas, mitoticamente ativas, contendo um citoplasma basófilo e um núcleo grande. Há muitos desmossomos localizados na membrana lateral das células, prendendo as células do estrato basal umas às outras e às células do estrato espinhoso. Hemidesmossomos, localizados basalmente, prendem as células da camada basal à lâmina basal. Na microscopia eletrônica elas apresentam alguns mitocôndrios, um pequeno complexo de Golgi, alguns perfis do Retículo Endoplasmático Granular (REG) e abundantes ribossomos livres. Numerosos feixes e filamentos intermediários (tonofibrilas de 10 nm) passam pelas placas dos desmossomos laterais e terminam nas placas dos hemidesmossomos (BORGES, 2006). Figuras mitóticas deveriam ser observadas com frequência no estrato basal, pois essa camada é parcialmente responsável pela renovação celular desse epitélio. Entretanto, as mitoses ocorrem principalmente durante a noite e os espécimes histológico são colhidos durante o dia; por isso, figuras mitóticas são vistas raramente em cortes histológicos de pele. Quando novas células são formadas, a camada anterior é empurrada para a superfície e une-se à próxima camada da epiderme, cestrato espinhoso (Figura 3) (BORGES, 2006). 9 REVENDO A PELE | UNIDADE I Figura 3. Mitose células epiderme. 1) Camada basal 2) Camada espinhosa ou de Malpighi 3) Camada granulosa 4) Camada córnea Fonte: www.scf-online.com. Acesso em: 3 março 2016. 1.1.2. Estrato espinhoso Constituído por várias camadas de células polimorfas, mitoticamente ativas, cujos numerosos prolongamentos citoplasmáticos dão a essa camada um aspecto espinhoso. A camada mais espessa da epiderme é o estrato espinhoso, composto por células de poliédricas a achatadas. Os queratinócitos mais basais do estrato espinhoso também são mitoticamente ativos, e, juntas, essas duas camadas, frequentemente denominadas camadas de Malpighi, são responsáveis pela renovação dos queratinócitos da epiderme. As células do estrato espinhoso são mais ricas em feixes de filamentos intermediários (tonofilamentos) representando a citoqueratina do que as células do estrato basal (ALTCHEK et al., 2006). Nas células do estrato espinhoso esses feixes irradiam-se da região perinuclear para a periferia em direção dos prolongamentos celulares que, altamente entrelaçados ligam células adjacentes umas às outras por meio de desmossomos. Esses prolongamentos, denominados “pontes intercelulares” pelos antigos histologistas, dão às células do estrato espinhoso um aspecto de uma “célula com espinhos” (Figura 4). Ao se deslocarem por meio do estrato espinhoso em direção da superfície, os queratinócitos continuam a produzir tonofilamentos, que se agrupam em feixes, denominados tonofibrilas, e tornam o citoplasma eosinófilo (BORGES, 2006). http://www.scf-online.com 10 UNIDADE I | REVENDO A PELE Figura 4. Estrato espinhoso. Fonte: http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/maxim/tec-ep-rev-estr-pav-quer5.htm Acesso em: 7 março 2016. 1.1.3. Estrato granuloso O estrato granuloso é constituído por três a cinco camadas de células contendo grânulos de querato-hialina (BORGES, 2006). Constituído por três a cinco camadas de queratinócitos achatados, é a camada mais superficial da epiderme cujas células ainda possuem núcleo. O citoplasma desses queratinócitos contém grânulos de querato-hialina grandes, de formato irregular, grosseiros, basófilos, não envolvidos por uma membrana. Feixes de filamentos de queratina passam por esses grânulos (GUIRRO;GUIRRO, 2002). As células do estrato granuloso também contêm grânulos revestidos por membrana. O conteúdo desses grânulos é liberado por exocitose no espaço extracelular, formando lâminas de uma substância rica em lipídios, que age como uma barreira impermeabilizante, uma das funções da pele. Essa camada impermeável impede que as células superficiais a essa região sejam banhadas pelo fluido extracelular rico em nutrientes, acelerando, desta maneira, sua morte (Figura 5) (ALTCHEK et al., 2006). Figura 5. Estrato granuloso. Fonte: https://www.haikudeck.com/la-epidermis-uncategorized-presentation-2QX5CIGTyi Acesso em: 7 março 2016. 11 REVENDO A PELE | UNIDADE I 1.1.4. Estrato córneo Constituído por várias camadas de células achatadas, mortas, contendo queratina e denominadas escamas. A camada mais superficial da pele, o estrato córneo, é constituída por numerosas camadas de células achatadas, queratinizadas, com uma membrana plasmática espessada. Essas células não possuem núcleo nem organelas, mas estão preenchidas com filamentos de queratina contidos dentro de uma matriz amorfa. As células mais distantes da superfície da pele apresentam desmossomos, enquanto as células perto da superfície da pele, denominadas escamas ou células córneas, perdem os desmossomos e são descarnadas (Figura 6) (BORGES, 2006). Figura 6. Camada córnea. Fonte: https://www.haikudeck.com/la-epidermis-uncategorized-presentation-2QX5CIGTyi Acesso em: 7 março 2016. 1.1.5. Células de Langerhans As Células de Langerhans são células apresentadoras de antígenos situadas entre as células do estrato espinhoso. Apesar de estarem dispersas por toda a epiderme, normalmente representam de 2 a 4% da população de células epidérmicas, as Células de Langerhans, algumas vezes denominadas células dendríticas por causa de seus numerosos e longos prolongamentos citoplasmáticos, estão primariamente localizadas no estrato espinhoso. Essas células também podem ser encontradas na derme assim como no epitélio estratificado pavimentoso da cavidade oral, esôfago e vagina. Observadas ao microscópio óptico, as Células de Langerhans mostram um núcleo denso, citoplasma claro e prolongamentos citoplasmáticos longos que se irradiam do corpo celular para o espaço intercelular entre os queratinócitos. Apesar de o núcleo de contorno irregular e de a ausência de tonofilamentos diferenciarem as Células de Langerhans dos queratinócitos que os circundam, a característica mais típica das Células de Langerhans são os Grânulos de Birbeck (grânulos vermiformes) envolvidos por membrana, que, quando cortados, assemelham-se a uma raquete de pingue-pongue (15 a 50 mm de comprimento, 4 mm de espessura). Não se conhece a função desses grânulos; entretanto, eles se formam em consequência de endocitose auxiliada por clatrina (Figura 7) (ALTCHEK et al., 2006). 12 UNIDADE I | REVENDO A PELE As Células de Langerhans participam da resposta imune. Essas células têm receptores FC (Fatores de crescimento) da superfície celular (anticorpo) e C3 (complemento), assim como outros receptores, e fagocitam e processam antígenos estranhos (BORGES, 2006). Figura 7. Células de Langerhans. Fonte: http://static.examenblad.nl/9336111/d/ex2011/vw-1018-a-11-1-c.pdf Acesso em: 7 março 2016. 1.1.6. Células de Merkel As Células de Merkel estão dispersas entre as células do estrato basal e podem atuar como mecano-receptores (ALTCHEK et al., 2006). As Células de Merkel, dispersas entre os queratinócitos do estrato basal da epiderme, são especialmente abundantes na ponta dos dedos, na mucosa oral e na base dos folículos pilosos. Essas células se diferenciam de células epiteliais da epiderme fetal inicial. Apesar de, geralmente, as Células de Merkel serem encontradas como células isoladas orientadas paralelamente à lâmina basal, elas podem estender seus prolongamentos entre os queratinócitos, aos quais estão presas por desmossomos. As Células de Merkel possuem um núcleo com uma grande endentação. Três tipos de citoqueratina no citoplasma constituem filamentos do citoesqueleto. Grânulos com um centro denso, localizados na zona perinuclear e nos prolongamentos citoplasmáticos, cuja função é desconhecida, são características típicas das Células de Merkel (ALTCHEK et al., 2006). 1.2. Derme A região da pele que fica diretamente abaixo da epiderme, denominada derme, origina-se do mesoderma e está dividida em duas camadas: a camada papilar, superficial,frouxa, e a camada reticular, mais profunda e muito mais densa. A derme é constituída por tecido conjuntivo denso não modelado contendo principalmente fibras de colágeno do tipo I e redes de fibras elásticas, que dão sustentação à epiderme e prendem a pele à hipoderme (fáscia superficial) mais profunda (ALTCHEK et al., 2006). 13 REVENDO A PELE | UNIDADE I A espessura da derme varia de 0,6 mm, nas pálpebras, a 3 mm, na palma da mão e na sola do pé. Entretanto, não há uma linha nítida demarcando a interface da derme com o tecido conjuntivo da fáscia superficial. Normalmente, a derme é mais espessa nos homens do que nas mulheres, e nas superfícies dorsais do que nas ventrais do corpo (GUIRRO;GUIRRO, 2002). 1.2.1. Camada papilar da derme A camada mais superficial da derme, a camada papilar, se entrelaça diretamente com a epiderme, mas está separada desta pela membrana basal (GUIRRO;GUIRRO, 2002). A camada papilar superficial da derme é irregular na face de contato com a epiderme, formando as cristas (papilas) dérmicas. Ela é constituída por tecido conjuntivo frouxo cujas delgadas fibras de colágeno tipo III (fibras reticulares) e fibras elásticas estão dispostas em redes frouxas. Fibras de ancoragem, constituídas por colágeno do tipo VII, estendem-se da lâmina basal para a camada papilar ligando a epiderme à derme. A camada papilar contém fibroblastos, macrófagos, plasmócitos, mastócitos e outras células comuns ao tecido conjuntivo (Figura 9) (GUIRRO;GUIRRO, 2002). A camada papilar também possui muitas alças capilares, que se estendem até a interface epiderme-derme. Esses capilares regulam a temperatura do corpo e nutrem as células da epiderme, avascular. Localizados em algumas papilas dérmicas ficam os Corpúsculos de Meissner, periformes encapsulados, que são mecano receptores especializados para responder a pequenas deformações da epiderme. Esses receptores são mais comuns nas áreas da pele especialmente sensíveis aos estímulos táteis (p.ex.: lábios, genitália externa e mamilos). Outro mecano receptor encapsulado presente na camada papilar é o bulbo terminal de Krause. Já se acreditou que esse receptor respondia ao frio, mas não se conhece sua função (GARTNER;HIATT, 2003). 1.2.2. Camada reticular da derme A camada reticular da derme também contém estruturas derivadas da epiderme, incluindo as glândulas sudoríparas, folículos pilosos e glândulas sebáceas (GUIRRO;GUIRRO, 2002). Não é possível distinguir a interface entre a camada papilar e a camada reticular da derme, pois essas duas camadas são contínuas. A camada reticular é constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, com grossas fibras de colágeno do tipo I, intimamente reunidas em grandes feixes dispostos principalmente em posição paralela à superfície da pele. Redes de grossas fibras elásticas estão enredadas com as fibras de colágeno, sendo especialmente abundantes perto das glândulas sebáceas e sudoríparas. 14 UNIDADE I | REVENDO A PELE Proteoglicanos, ricos em dermatan sulfato, preenchem os interstícios da camada reticular (ALTCHEK et al., 2006). Nessa camada as células são mais escassas do que na camada papilar. Elas incluem fibroblastos, mastócitos, linfócitos, macrófagos e, com frequência, células adiposas na parte mais profunda da camada reticular (GARTNER;HIATT, 2003). Durante a embriogênese, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e folículos pilosos, todos originários da epiderme, invadem a derme e a hipoderme, ficam situados de modo permanente. Grupos de células musculares lisas estão localizados nas regiões mais profundas da camada reticular, em determinados lugares como a pele do pênis e escroto e na aréola em torno dos mamilos; a contração desses grupos de músculos enruga a pele dessas regiões (GARTNER; HIATT, 2003). Outras fibras musculares lisas, denominadas músculos eretores do pelo, estão inseridas nos folículos pilosos; a contração desses músculos levantam os pelos quando o corpo está frio ou é exposto, repentinamente, a um ambiente frio, dando à pele um aspecto arrepiado (GUIRRO;GUIRRO, 2002). Além disso, um grupo especial de músculos estriados localizados na face, na parte anterior do pescoço e no couro cabeludo (os músculos da expressão facial) origina-se da fáscia superficial e insere-se na derme (Figura 10) (ALTCHEK et al., 2006). Figura 10. Derme papilar e derme reticular. Derme Papilar Derme Reticular Fonte: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=s0101-59072008000100009&script=sci_arttext Acesso em: 7 março 2016. 1.2.2.1. Fibras de colágeno As fibras de colágeno conferem resistência à tração, extensibilidade e estabilidade estrutural. São fibras finas na derme papilar e agrupamentos na derme reticular; formadas por três cadeias polipeptídicas, cada uma helicoidal e entrelaçadas entre si 15 REVENDO A PELE | UNIDADE I (super-helicoidal). Contém caracteristicamente os aminoácidos hidroxiprolinas e hidroxilisinas e são produzidos pelos fibroblastos (Figura 10) (GUIRRO;GUIRRO, 2002). 1.2.2.2. Fibras de elastina Estão intimamente ligadas ao colágeno. Na derme papilar, fibras finas que tendem a correr perpendiculares à superfície da pele. Na derme reticular as fibras são mais grossas e tendem a permanecer paralelas à superfície da pele. São produzidas pelos fibrobastos. É constituído pela elastina que conferem as propriedades de estiramento e retração elástica. A elastina é sintetizada por fibroblastos em uma forma precursora conhecida como tropoelastina, que sofre polimerização no ambiente extracelular. A deposição de elastina na forma de fibras requer a presença de microfibrilas da glicoproteína estrutural fibrilina, que são incorporadas à estrutura (Figura 10) (GUIRROGUIRRO, 2002). 1.2.2.3. Glicosaminaglicana A substância fundamental amorfa ocupa os espaços entre as fibras elásticas e colágenas, funcionando como lubrificante para essa microarquitetura móvel. É formada pelo fluido intersticial e complexos de glicosaminoglicanas e proteínas, denominados proteoglicanas e glicoproteínas. Quanto mais polimerizadas as glicosaminoglicanas, maior a viscosidade da substância amorfa (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Figura 11. Fibras de colágeno. Fonte: Junqueira; Carneiro. 16 CAPÍTULO 2 CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PELE Cucé (2001) esclarece que a emulsão epicutânea, formada pelo conjunto do sebo com o suor excretado em conjunto, e os agentes emulsionantes representados pelos eletrólitos do suor, ácidos graxos e suas combinações, irão determinar o pH cutâneo da pele (GARTNER; HIATT, 2003). Observa-se variações desses valores de pH de acordo com as regiões anatômicas, por ação dos componentes hidrossolúveis da camada córnea, da secreção sebácea, das soluções tampão (ácido láctico/lactato ou bicarbonato do suor) dos radicais do ácido carbônico e dos aminoácidos livres, assim pode-se encontrar regiões com pH ácido ou básico (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Segundo Barata (2002), para uma pele ser sadia e com aparência estética agradável é necessário um equilíbrio ácido básico, numa condição normal, o ideal é o pH tender à acidez, pois é necessário como barreira a micro-organismos e fungos sensíveis ao ácido (GARTNER; HIATT, 2003). Figura 12. pH da pele. Fonte: autor. O pH da pele é levemente ácido e varia de 4,50 a 6,00 e contribui decisivamente para a proteção da pele. A superfície cutânea tem uma reação ácida, que vai se alcalinizando à medida que atingimos a profundidade da pele. O pH ácido possibilita o desenvolvimento da flora saprófita, fundamental para um grau ótimo de acidez na superfície cutânea, constituindo o manto ácido, que protege a pele contra a permanência e o ataque de micro-organismos patogênicos (GARTNER; HIATT, 2003). 17 REVENDO A PELE | UNIDADE I Esse grau de acidez varia conforme a idade, sexo e o indivíduo, assim como varia de acordo com cada região do corpo. A produção de sebo, o grau de hidratação, a espessura e o grau de produção da melanina permitem classificar a pelede diferentes maneiras (BORGES, 2006). Cada pessoa tem um tipo de pele, resultante da combinação de três fatores: » Quantidade de água – interfere na elasticidade da pele. » Quantidade de lipídios – interfere na nutrição e suavidade. » Nível de sensibilidade – determina a resistência da pele. Quanto à produção de sebo, a pele pode ser: » Normal ou eudérmica: considerada a pele ideal, apresenta espessura mediana, secreção equilibrada, formando uma eficiente película hidrolipídica, cor tendendo para o róseo, tônus e elasticidade uniformes, superfície lisa e aveludada, brilho normal e óstios imperceptíveis (BORGES, 2006). » Oleosa ou lipídica: a espessura da camada córnea é aumentada. Tende à palidez, tem sulcos de expressão acentuados. Caracteriza-se pela produção exagerada de óleo, que lhe confere um brilho excessivo e provoca a abertura dos óstios, principalmente na zona central (testa, nariz e queixo). A produção sudoral também é aumentada. Em geral, a pele oleosa é mais resistente, tolerando melhor as agressões e envelhecendo mais lentamente. Em alguns casos, é desidratada, repuxando com facilidade. É mais susceptível à dermatite seborreica (eritema e descamação) (BORGES, 2006). » Seca ou alipídica: apresenta pouca produção sebácea, sendo opaca, sem brilho e desidratada. A desidratação é intensificada pela falta de óleo, que evita a evaporação da água. A espessura é bem fina e óstios são diminutos; pouco elástica, tem aspecto farináceo, finas rugas e tendência à formação de telangiectasias e ao envelhecimento precoce (BORGES, 2006). » Mista: pele muito frequente. Sua zona central tem características de pele lipídica e as partes laterais têm características mais próximas à pele alipídica ou normal (BORGES, 2006). Veja o quadro a seguir onde colocamos as principais características dos tipos de pele (quadro 2). 18 UNIDADE I | REVENDO A PELE Quadro 2. Principais características do tipo de peles. TIPO DE PELE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS NORMAL OU EUDÉRMICA » Tida como a ideal. » As concentrações lipídicas e hídricas estão em perfeito estado. » Aspecto e textura lisos, uniformes, com bom tônus e elasticidade. » Suave ao toque. » Os orifícios pilossebáceos são pouco visíveis. » Característica da pele infantil. Necessita de cuidados que visem à manutenção desse estado de equilíbrio. SECA, ALÍPICA OU XERODÉRMICA Pode ser por falta de hidratação ou insuficiência de gordura. » Seca por desidratação. » Não possui rigidez dos tecidos. » Pele sensível. » Pré-disposta a fissuras e de aspecto áspero. » Lâminas córneas escamam-se facilmente. » Apresenta encrespaduras típicas do envelhecimento. » Tendência à presença de rugas e marcas de expressão. » Normaliza-se com produtos não gordurosos, e sim emolientes, umectantes e reidratantes. » Seca por falta de produção sebácea » Falta o extrato lipídico normal. » Emulsão epicutânea em quantidade insuficiente. » Racha-se e escama-se mais do que a desidratada. » É opaca frágil, de fácil irritação e vermelhidão. Recupera-se com tratamentos lipídicos restituitivos com leites emolientes e cremes nutritivos ricos em gorduras assimiláveis. OLEOSA, OU LIPÍDICA » Aspecto brilhante, untuoso. Devido ao aumento da produção das secreções sebáceas e sudoríparas. » Textura um pouco grosseira e mais espessa, granulosa. » Poros dilatados, orifícios pilossebáceos aumentados e há tendência para a presença de comedões e muitas vezes acne. » Pode apresentar dermatite seborreica. » Pode-se observar associação à desidratação. » Emulsão epicutânea é formada em grande quantidade com excesso de secreção sebácea. » Necessita de cuidados diários para regular o funcionamento das glândulas sebáceas, corrigir o pH, eliminar células mortas, impurezas e oleosidade excessiva que dão aparência suja e pesada à pele. ACNEICA » Maior produção de sebo. » Maior produção de queratina. » Maior quantidade de triglicérides. » Às vezes presença de bactérias. MISTA » Fisiologicamente é normal que a pele seja mista, porque a distribuição das glândulas sebáceas e sudoríparas faz com que haja zonas cutâneas que sejam mais hidratadas ou mais oleosas que outras. » Mais oleosa na zona T da face (nariz, queixo e testa). » Deve ser dada uma atenção especial para não se utilizar hidratantes ou nutritivos para pele seca ou normal em áreas muito oleosas. Fonte: Taís Amadio Menegat, 2016. 19 REVENDO A PELE | UNIDADE I 2.1. A pele de acordo com a idade 2.1.1. Na primeira infância A pele de um bebê é naturalmente suave e brilhante, mas também pálida e vulnerável. Como o colágeno ainda não engrossou, nessa idade a pele é macia e sem rigidez; tampouco apresenta mancha ou pintas, porque as células pigmentadas produzem pouca melanina e a própria pele ainda foi pouco exposta aos raios ultravioleta. Com o passar dos primeiros anos, porém, os vasos sanguíneos crescem para melhor nutrir a pele enquanto o colágeno começa a se condensar, dando-lhe um aspecto mais firme (BORGES, 2006). 2.1.2. Na adolescência A grande alteração desse período é causada pelas transformações hormonais que provocam uma verdadeira rebelião das glândulas sebáceas e dos folículos pilosos. Com o aumento da produção dos hormônios andrógenos (masculinos) nessa fase da vida, é comum que ocorram seborreias (oleosidade da pele e do couro cabeludo) e dilatação dos poros, fatores que levam ao surgimento e proliferação da acne (BORGES, 2006). 2.1.3. Aos 20 anos Essa é a idade em que a pele atinge sua maturidade plena. Firme, macia e sem manchas, as células cutâneas produzem grande quantidade das fibras colágenas e elastina, garantindo sustentação e firmeza da pele. As glândulas sebáceas e sudoríparas também funcionam bem nessa idade, produzindo sebo e suor, os quais hidratam e proporcionam textura mais macia. Passada a adolescência e os excessos hormonais instala-se aí o equilíbrio hormonal que torna a pele mais estável (BORGES, 2006). 2.1.4. Aos 30 anos Nessa idade, a pele mostra os primeiros sinais de envelhecimento, já que cerca de 10% do mecanismo de defesa da pele fica enfraquecido, deixando os radicais livres atuarem com maior intensidade. A renovação celular se torna cerca de 20% mais lenta, deixando a pele menos viçosa. Resultado das agressões externas e internas, de maus hábitos e do acúmulo de sol guardado na memória celular, é quando as pequenas rugas surgem na região dos olhos, formando os conhecidos pés-de-galinha. Alterações nas fibras de sustentação da pele (colágeno e elastina), que também começam a se degenerar, provocam flacidez e pequenas rugas ao redor da boca e testa, e sulcos entre o nariz e os lábios (bigode-chinês). Agora menos eficientes na produção de melanina, as células pigmentadas provocam mudanças na cor da pele e fazem surgir pintas e manchas. 20 UNIDADE I | REVENDO A PELE A mesma razão faz os cabelos ganharem mechas grisalhas e podem surgir algumas entradas, por causa do afinamento dos fios. Também as glândulas sebáceas se alteram, produzindo menos sebo, o que termina por desidratar as células cutâneas (BORGES, 2006). 2.1.5. Aos 40 anos Momento em que o envelhecimento é mais evidente, já que as alterações iniciadas aos 30 anos se intensificam. A espessura da pele, por exemplo, já é 50% menor do que aos 20 anos; as alterações hormonais (mais intensas nas mulheres por causa da proximidade do climatério) deixam a pele ainda mais desidratada com menos viço e elasticidade, intensificando o ressecamento e a flacidez, aprofundando as rugas ao redor dos olhos e dos lábios, entre as sobrancelhas e a testa. Para esse efeito, concorrem também os movimentos musculares contínuos que formam as conhecidas “marcas de expressão”. O tônus muscular já dá sinais de cansaço, diminuindo em cerca de 30% a capacidade de rigidez, gerando flacidez facial, em especial nas extremidades inferiores das bochechas. A capacidade de retenção de água nas células também diminui, ressecando e desnutrindoo rosto. A pele necessita de maior hidratação também porque a atividade das glândulas sebáceas diminui. Há diminuição inclusive da lubrificação das mucosas dos órgãos sexuais, olhos e boca. Mais vulnerável aos efeitos do estresse são também álcool e cansaço, porque o sistema circulatório já não é mais tão eficiente e a recuperação da pele é mais lenta. Podem surgir ainda as chamadas melanoses solares (também conhecidas por melanoses senis), as manchas amarronzadas provocadas pela ação do sol. Tornam-se visíveis ainda as linhas do pescoço, e as olheiras correm o risco de virar bolsas de gordura; os cabelos também estão bem mais finos (BORGES, 2006). 2.1.6. Dos 50 anos em diante A partir dessa idade, o envelhecimento é cada vez mais evidente. Todas as transformações iniciadas aos 40 anos se tornam mais intensas e já é mais difícil ocultar naturalmente a flacidez da pele e a ação da gravidade, que nessa idade chegam associadas aos processos degenerativos do corpo: vincos e rugas de expressão ficam mais acentuados, as bochechas caem, os lábios se tornam mais finos por causa da perda de gordura e surgem “papadas” na região do pescoço. Com a menopausa, a pele das mulheres se torna ainda mais fina e ressecada, porque se acentua a diminuição da produção de fibras de colágeno e elastina, assim como a vascularização (BORGES, 2006). 21 CAPÍTULO 3 RADIAÇÃO SOLAR A Terra é constantemente irradiada por fótons (partículas de energia) de luz vinda do sol; 56% são fótons de luz infravermelha (comprimento de onda de 780-5000 nanômetros, nm), 39% de luz visível (400- 780 nm) e 5% de UVR (200-400 nm) (Figura 13). Assim, a UVR é parte de um espectro de radiação eletromagnética emitido pelo Sol. A UVR é arbitrariamente dividida em três faixas de diferentes comprimentos de onda, embora os comprimentos de onda exatos nos quais se dividem essas faixas possam diferir de acordo com algumas áreas do conhecimento científico. A classificação proposta pelo segundo congresso Internacional de Luz, em 1932, estabeleceu os seguintes comprimentos de onda: UVA (400-320 nm), UVB (320-290 nm) e UVC (290-200 nm) (FLOR, et al., 2007). Figura 13. Espectro da radiação de fótons de luz vindos do Sol. Luz visível UVA UVB UVC IVL Fonte: www.sbd-sp.org.br acesso Acesso em: 9 março 2016. Assim, os 5% da energia irradiada do Sol emitida na faixa da UVR chega à Terra. A UVC é quase completamente absorvida pelo ozônio da estratosfera; 90% da UVB são absorvidos pelo ozônio da estratosfera, e a UVA passa à atmosfera sem quase ser absorvida. Ao atingir a superfície terrestre, a UVA é ainda subdivida em UVA1 (340-400 nm) e UVA2 (315- 340 nm). A porção mais danosa e citotóxica da luz solar (100-295 nm) é absorvida pela camada de ozônio na estratosfera, distante cerca de 40 km da superfície da Terra (SCHALKA; REIS, 2011). A quantidade de raios ultravioleta que alcança o solo e a relação UVA/UVB dependem de vários fatores como latitude, estação do ano, presença de nuvens e horário do dia. Entretanto, o Sol é uma fonte primária de UVA, com um conteúdo de UVB de aproximadamente apenas 5% que alcança a superfície terrestre. A UVA atravessa a camada de ozônio e virtualmente todo seu conteúdo, alcançando a superfície da Terra. 22 UNIDADE I | REVENDO A PELE A depleção da camada de ozônio por substâncias como os clorofluorcarbonetos (CFC) têm levado a um substancial aumento da transmissão de UV à superfície da Terra (SCHALKA; REIS, 2011). Os efeitos em curto prazo do foto envelhecimento da pele: inflamação das estruturas subdérmicas (podem ser observadas na microscopia), eritema, manchas hiperpigmentadas, alterações vasculares (podem ser observados no exame físico) (FLOR, et al., 2007). Além dos riscos de câncer de pele, a radiação solar é responsável pelo envelhecimento extrínseco da pele, ao qual denominamos fotoenvelhecimento. O uso do filtro solar deve ser concomitante a qualquer protocolo de tratamento anti-aging. E mesmo com o uso constante do FPS, a exposição solar deve ser moderada (FLOR, et al., 2007). Os efeitos em longo prazo do fotoenvelhecimento da pele são: » alteração do DNA, quebra de colágeno e outras estruturas da matriz extracelular (podem ser observados na microscopia) (FLOR, et al., 2007); » telangectasias, rugas, elastose flacidez, tumores benignos e malignos (podem ser observados no exame físico) (FLOR, et al., 2007). A primeira coisa que aparece após a exposição solar é o eritema, seguido do espessamento da camada córnea, da queimadura solar e das lesões pré-cancerosas (SCHALKA; REIS, 2011). A principal radiação causadora de eritema, bronzeado, envelhecimento da pele e certos tipos de câncer é a luz ultravioleta, de comprimento de onda entre 290 e 400 nm. Abaixo desses limites quase não há passagem de luz ultravioleta, pois ela não atravessa a camada de ozônio da atmosfera. Os raios infravermelhos estão na faixa de 700 a 1500 nm e são responsáveis pela elevação da temperatura corporal (sensação de calor) e estimulação da sudorese. A luz visível está na faixa de 400 a 700 nm. (SCHALKA; REIS, 2011). 3.1. Radiação ultravioleta A radiação ultravioleta representa o componente com maior poder energético do espectro solar. Classifica-se em UVA, UVB e UVC, como detalhado a seguir: 3.1.1. UVA (320 nm - 400 nm) » Representa aproximadamente 5,5% da radiação solar total que atinge a Terra. » Responsável pelo bronzeamento direto (pigmentação dourada), devido à foto-oxidação da forma leuco da melanina (bronzeamento mais duradouro). 23 REVENDO A PELE | UNIDADE I » Atua na camada superior da pele. » Ação eritematosa fraca. » Maior efeito bronzeador situa-se em 340 nm. » Penetra até a derme. » Responsável pelo envelhecimento precoce. 3.1.2. UVB (290 - 320 nm) » Representa somente 0,5% da radiação solar que atinge a Terra. » Penetra apenas na epiderme. » Responsável pelo eritema (queimadura) que se maximiza de 6 a 20 horas após a exposição. » Responsável pelo bronzeamento indireto e tardio. » Causa câncer de pele. » Antirraquitismo. » Melhora o aspecto emocional. 3.1.3. UVC (200 - 290 nm) » Filtrada pela camada de ozônio da atmosfera. » Denominada radiação germicida. » Altamente eritematogênica e prejudicial aos tecidos vivos. » Pode ser obtida artificialmente. (TOFETTI; OLIVEIRA, 2006) Figura 16. Radiação Ultravioleta na pele. UVA UVA UVB EPIDERME DERME HIPODERME Fonte: www. https://images.app.goo.gl/hMsYsyQBcHLgE9z77 Acesso em: 9 março 2016. 24 UNIDADE I | REVENDO A PELE Ângulo de incidência: » Radiação UVB: maior incidência das 10 h - 15 h. » Radiação UVA: maior incidência 6 h 30 -17 h 30. » 12 h todas as radiações são potentes. (TOFETTI ; OLIVEIRA, 2006) Reflexão do meio ambiente (segundo a superfície): » Neve: reflete 80% das radiações. » Areia: reflete 20% das radiações. » Água: reflete 10% das radiações. » Grama: reflete 3% das radiações. » Asfalto: reflete 2% das radiações. » O guarda-sol de algodão deixa passar 5% da radiação. » O guarda sol de poliéster: deixa passar 60% da radiação. (TOFETTI; OLIVEIRA, 2006) 3.2. Aspectos relacionados à cor da pele 3.2.1. Melanogênese Os melanócitos são células dendríticas responsáveis pela produção de melanina, pigmento que protege a pele contra os danos dos raios UV a nível do DNA (Figura 18) (SCHALKA; REIS, 2011). A melanogênese ocorre em organelas celulares especializados dos melanócitos, os melanossomas. A melanina é sintetizada a partir do aminoácido fenilalanina, que é então convertido em tirosina por ação da fenilalanina hidroxilase. A tirosina por sua vez, após uma cascata de reações bioquímicas de oxidação, é convertida em melanina pela tirosinase. Existem dois tipos de melanina: » Eumelanina: são os mais escuros (castanhos ou marrons). Encontram-se na epiderme, nos cabelos e nos pelos. » Feomelanina: são pigmentos mais claros (castanhos a louro, inclusive ruivos). Composição química da melanina.25 REVENDO A PELE | UNIDADE I É a combinação desses dois tipos de pigmentos que define o fototipo do indivíduo. Disfunções nos genes responsáveis pela síntese dessas enzimas levam a patologias como o albinismo ou a fenilcetonúria. O melanossoma cheio de melanina é movimentado desde o corpo da célula até a extremidades dendríticas que penetram na camada espinhosa e estes são transferidos para os queratinócitos. É essa transferência que permite que a pele tenha pigmentação, constituindo a principal proteção do DNA celular contra a radiação ultravioleta. As melaninas são eliminadas através do sistema natural de descamação e renovação da pele (SCHALKA; REIS, 2011). A enzima responsável pela síntese de melanina é a tirosinase, que se armazena no interior dos melanócitos. Nos melanócitos (pré-melanossomas) se inicia a produção de melanina que, sob a ação da tirosinase, resulta no melanossoma, na qual a melanina é armazenada após sua produção. Nesse estágio, o melanossomo passa a ser também denominado “grânulo de melanina”. No final dessa reação, os grânulos de melanina com pigmentos melânicos migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são transferidos para os queratinócitos epiteliais. Na sequência, os grânulos de melanina são aí degradados e a melanina é eliminada na superfície cutânea ou nos pelos (SCHALKA e REIS, 2011). A tirosinase catalisa as etapas A e B da reação da melanogênese (Figura 19). Essa enzima oxida a tirosina em 3,4-diidroxifenilalanina (DOPA) e esta em DOPA-quinona. Após essa reação no interior dos melanossomas, a DOPA-quinona pode se combinar com o oxigênio, resultando em eumelanina, ou pode se combinar com enxofre, resultando em Feomelanina (SCHALKA; REIS, 2011). A cor da pele está relacionada a uma série de fatores. Segundo o dermatologista Thomas B. Fitzpatrick, a cor natural da pele pode ser classificada de duas formas. » Constitutiva: nesse caso, os fatores genéticos determinam e atuam em todas as etapas da melanogênese, fornecendo as características específicas aos melanossomos pelos genes de pigmentação. » Facultativa: aqui, a cor natural da pele é dependente da exposição ao sol, dos hormônios e do processo de envelhecimento. Assim, dois componentes de pigmentação constituem a cor da pele. A cor constitutiva da pele é a melanina básica herdada geneticamente e sem interferência da radiação solar – e, portanto, constante. A síntese desse tipo de pigmentação é controlada pela tirosinase (GUIRRO; GUIRRO, 2002). A cor facultativa da pele é reversível e pode ser induzida. Resulta da exposição solar, pode ser por bronzeamento imediato ou tardio e inclusive pode alterar a cor constitutiva da pele (GUIRRO; GUIRRO, 2002). 26 UNIDADE I | REVENDO A PELE 3.3. Discromia 3.3.1. Hipercromia Melasma ou cloasma – hiperpigmentação facial que afeta frequentemente mulheres grávidas ou que usam estrógenos (anticoncepcional). Elas aumentam de intensidade com a exposição solar, que é estimulante da formação da melanina (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Sardas – são manchas castanho-claro que aparecem na infância, após a exposição solar (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Melanose solar (senil) – manchas marrons, variando de claras a escuras, que surgem no dorso das mãos e antebraços em pessoas com mais de 40 anos (GUIRRO; GUIRRO, 2002). 3.3.2. Acromia 3.3.2.1. Vitiligo É uma doença caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas acrômicas de bordas bem delimitadas e crescimento centrífugo. Também é possível que exista despigmentação do cabelo. É frequente em 1% da população e, em 30% dos casos há ocorrência familiar. O diagnóstico em doentes com patologias oculares é significativamente maior que na população em geral. Eventualmente, o vitiligo surge após traumas ou queimaduras solares (KEDE; SABATOVICH, 2003). A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos melanócitos: Teoria Imunológica: admite que o vitiligo é uma doença autoimune pela formação de anticorpos antimelanócitos. É associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, Síndrome de Down, Tireoidite de Hashimoto, entre outras (KEDE; SABATOVICH, 2003). Teoria Cititóxica: é possível que os metabólitos intermediários ─ dopaquinona e indois, formados durante a síntese da melanina, possam destruir as células melanocíticas (KEDE; SABATOVICH, 2003). Teoria Neural: um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de melanina (KEDE; SABATOVICH, 2003). 3.3.2.2. Albinismo A palavra albinismo deriva do latim albus (branco) e se refere à incapacidade de um indivíduo ou animal em fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, 27 REVENDO A PELE | UNIDADE I negro), que dá cor à pele e protege da radiação ultravioleta tanto do sol como de qualquer dispositivo artificial, como as câmaras de bronzeamento artificial (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma das enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas células responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para construir o pigmento, em melanina (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Isto é, no caso do albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, que se gera a melanina, mas uma disfunção não permite que essas células fabriquem o pigmento (GUIRRO; GUIRRO, 2002). As pessoas ou animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em seus olhos, pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente brancas ou de um amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos podem chegar a ser rosados. A despigmentação com que as pessoas nascem não se modifica com a idade (GUIRRO; GUIRRO, 2002). Os albinos têm dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer queimaduras por radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam câncer de pele caso não se protejam adequadamente (GUIRRO; GUIRRO, 2002). O albinismo pode se apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o corpo ou só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total (GUIRRO ; GUIRRO, 2002). 3.4. Fototipo de pele – classificação de Fitzpatrick A mais famosa classificação dos Fototipos cutâneos é a Escala Fitzpatrick, criada em 1976, pelo dermatologista e diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard, Thomas B. Fitzpatrick (KEDE; SABATOVICH, 2003). Fitzpatrick classificou a pele em Fototipo a partir da capacidade de cada pessoa em se bronzear sob exposição solar e sua sensibilidade e tendência a ficar vermelha sob os raios solares (KEDE; SABATOVICH, 2003). Fitzpatrick elaborou sua escala a partir de visualizações empíricas. Ele classificou a pele de cada um como sendo potencialmente de uma das seis classificações listadas a seguir (grupo, eritema, pigmentação e sensibilidade ao Sol) (KEDE; SABATOVICH, 2003). I. Branca – Sempre queima – Nunca bronzeia – Muito sensível ao sol. II. Branca – Sempre queima – Bronzeia muito pouco – Sensível ao sol. 28 UNIDADE I | REVENDO A PELE III. Morena clara – Queima (moderadamente) – Bronzeia (moderadamente) – Sensibilidade normal ao sol. IV. Morena moderada – Queima (pouco) – Sempre bronzeia – Sensibilidade normal ao sol. V. Morena escura – Queima (raramente) – Sempre bronzeia – Pouco sensível ao sol. VI. Negra – Nunca queima – Totalmente pigmentada – Insensível ao sol. Veja a figura 20 para verificar os fototipos. Figura 20. Tabela Fototipo por Fitpatrick. I Pele: Pele muito clara Sardas: Muitas Cabelo: Ruivo Olhos: Azuis, Avermelhados (Raramente) Mamilos: Muito claros Denominação: Tipo céltico Aparecimento de queimadura solar: Constante, acentuado, doloroso Aparecimento de bronzeado: Nunca, vermelhão que desaparece em 1 ou 2 dias, muda a pele Tempo de autoproteção ao sol: 5-10 minutos II Pele: Pele clara mas um pouco mais escura que a do primeiroSardas: Algumas Cabelo: Louro a louro escuro Olhos: Azuis, Avermelhados (Raramente) Mamilos: Muito claros Denominação: Europeu de pele clara Aparecimento de queimadura solar: Constante, acentuado, doloroso Aparecimento de bronzeado: Quase nunca muda a pele Tempo de autoproteção ao sol: 5-10 minutos III Pele: Morena clara Sardas: Nenhumas Cabelo: Louro escuro a castanho Olhos: Azuis, verdes e cinzentos Mamilos: Muito claros Denominação: Europeu de pele escura Aparecimento de queimadura solar: Raramente, Moderado Aparecimento de bronzeado: Médio Tempo de autoproteção ao sol: 20-30 minutos 29 REVENDO A PELE | UNIDADE I IV Pele: Morena moderada Sardas: Nenhumas Cabelo: Castanho Olhos: Escuros Mamilos: Escuros Denominação: Tipo mediterrâneo Aparecimento de queimadura solar: Muito raramente Aparecimento de bronzeado: Rápido e profundo Tempo de autoproteção ao sol: 40 minutos V Pele: Morena escura (mulatas) Sardas: Nenhumas Cabelo: Castanho escuro Olhos: Escuros Mamilos: Escuros Denominação: Mulatos Aparecimento de queimadura solar: Muito raramente Aparecimento de bronzeado: Intenso Tempo de autoproteção ao sol: 50-60 minutos VI Pele: Negra Sardas: Nenhumas Cabelo: Negro Olhos: Escuros Mamilos: Escuros Denominação: Negros Aparecimento de queimadura solar: Nunca Aparecimento de bronzeado: Intenso Tempo de autoproteção ao sol: +60 minutos Fonte: http://www.solariobodysun.pt/tipos-de-pele.html. 30 REFERÊNCIAS ALTCHECK, D.; SODRÉ, C.; AZULAY, D. Dermatologia. 4. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. AZEVEDO, M. M. M. Nanoesperas e a liberação controlada de fármacos. Laboratório de Química do Estado Sólido – Instituto de Química – UNICAMP 2010. AZULAY-ABULAFIA, L. et al. Tratamento tópico do melasma com monometil éter da hidroquinona (NMEH). Estudo de observação de eficácia clínica. RBM – REV. BRAS. MED., 60(8) (2003). BARQUET, A. P.; FUNCK, A. P. G.; KOESTER, L. S. Comparação entre alfa-hidroxiácidos e poli-hidroxiácidos na cosmiatria e dermatologia. Rev. Bras. Farm, 87(3):67-73 2006. BAUMANN, L. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Revinter 223 2004. BORGES, F. Dermato-funcional – modalidades terapêuticas nas disfunções Estéticas. Ed. Phorte, (2006). BOURGEOIS, P. El extraordinário poder curativo de la argila. Barcelona: De Vicchi 2006. BRANDÃO, M. S. B. Substâncias tensoativas. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento. 30-4 2000. CUNHA, M. N. Experiência com peeling de ácido salicílico a 30% no tratamento de acne. Revista Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. 2009. DRAELOS, Z. K. Cosméticos em dermatologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 245 1999. FITZPATRICK, R. E.; MEHTA, R. C. Endogenous growth factor as cosmeceutical Dermatologic Therapy (20):350-59 (2007). FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.; CORREA, M. A. Protetores solares. Quim. Nova, 30(1):153-58 (2007). FONSECA, A.; PRISTA, L. N. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Roca, 436 (1993). FU, X.; SHEN, Z.; GUO, Z.; ZHANG, M.; SHENG, Z. Healing of chronic cutaneous wounds by topical treatment with basic fibroblast growth factor. GALEMBECK, F.; CSORDA, Cosméticos: a química da beleza (2015). GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia em cores. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. GUERRA, F. M. R. M.; KRINSK, G. G.; CAMPIOTTO, L. G.; GUIMARÃES, K. M. F. Aplicabilidade dos peelings químicos em tratamentos faciais – Estudo de Revisão Brazilian Journal of Surgery and Clinical 4(3):33- 6 (2013). GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional: fundamentos-recursos-patologias. 3. Ed. São Paulo: Monole, 2004. HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M. M. Manual de cosmetologia. 3° Ed. Rio de Janeiro: Editora Revinter (1999). KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu 2003. KINDERSLEY, D. Cuidados com a pele e o sol. Isto é – Guia da Saúde Familiar, 12 2001. 31 REFERÊNCIAS KOROLKOVAS, A.; FRANCA, F. Dicionário terapêutico Guanabara. Ed 2004. MAIBACH, H. I.; GOROUCHI, F. Role of topical peptides in preventing or treating aged skin International. Journal of Cosmetic Science,31:327-45 2009. MANELA-AZULAY, M et al . Vitamina C. An. Bras. Dermatol. Rio de Janeiro. 78(3):265-72 2003. MASSON, F. A quarta geração de cosméticos. Cosmetics &Toiletries. 15:88-95 2003. MÊNE, R.; ANDREONI, W. R.; MENDONÇA, O. Peelings combinados. 2007 http://www.romulomene.med. br/pdf%20files/peelingscombinados.pdf MERCANTE, R.; CIELO, I. D.; ILVA, F.; RODRIGUE, K. F.; FRANZ, A. C.; HAHN, P.; BUENO, R. K. Sabonetes líquidos. Projeto Gerar. 17:22 2009. MONTEIRO, E.; BAUMANN, L. S. A ciência do cosmecêutico: cosmético ou droga? Ver. Bras. de Medicina 22-25 2008. MONTEIRO, V. N.; SILVA, R. N. Aplicações industriais da biotecnologia enzimática. Revista Processos Químicos 3(5) 2009. PEYREFITTE FRASSON, A. P. Z.; CANSSI, C. M. Análise da qualidade de cremes com hidroquinona 2% manipulados no município de Ijuí/RS. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl. 29(2):197-01 2008. RAJATANAVIN, N. et al. Dihydroxyacetone: a safe camouflaging option in vitiligo. Int J Dermatol. 47(4):402- 6. 2008. REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 7a ed. São Paulo. Ed. Senac, 160p. RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2ed. São Paulo: Pharmabooks Editora 2010. RICHTER, M.; LANNES, S. C. S. Ingredientes usados na indústria de chocolates. Rev. Bras. Cienc. Farm. 43(3):357-69 2007. ROCCA, A. R. Despigmentantes. Acofar. 1(457):28-30 2006. ROSSETTI FILHO, Paschoal. Proteção Solar: uma questão de saúde (2011). Disponível em: http://www. revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=184034. ROSADO, C.; RAIMUNDO, H.; RODRIGUES, L. Acerca da Medição da Hidratação “profunda” da Pele / About “Deep” Skin Hydration Measurement. Revista Lusófona de Ciências e Tecnologias da Saúde, América do Norte 2009. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia. 2.ed.. São Paulo: Artes Médicas, 2000. SCHALKA, A.; REIS, V. M. S. Fator de proteção solar: significado e controvérsias. An Bras Dermatol. 86(3):507-15 2011. SCHULMAN, M. Cosmética atualidade. Vitória da Ciência. 70 2004. SOLER, C. Despigmentantes. Acofar. 1(433):27-29 2004. SOUZA, V. M. Ativos dermatologicos, vol 2 tecnopress 2003. TERCI, D. B. L. A química dos protetores solares. VIII SIMPEQ 2008. 32 REFERÊNCIAS TERRA-SOUZA, R.; MININ, M. M.; CHORILLI, M. Desenvolvimento e avaliação da estabilidade físico-química de formulação anticelulítica acrescida de lipossomas contendo sinefrina e cafeína. Rev. Bras. Farm. 90(4): 303-08 2009. TOFETTI, M. H. F.; OLIVEIRA, V. R. A importância do uso do filtro solar na prevenção do fotoenvelhecimento e do câncer de pele. Revista Científica da Universidade de Franca, 6(1):59-66 2011. TOLEDO, Anna Maria Farias. Pele e anexos. In: MAIO, Maurício (editor). Tratado de medicina estética. 1. ed. São Paulo: Editora Roca, 2004, cap 2, p. 19-35. VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Conceitos e aplicações dos adjuvantes. Passo Fundo: Embrapa Trigo (2006) Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do56.htm VELASCO, M. V. R.; OKUBO, F. R.; RIBEIRO, M. E.; BEDIN, V.; STEINER, D. Rejuvenescimento da pele por peeling químico: enfoque no peeling de fenol. An bras Dermatol, 79(1):91-99 2004. YOKOMIZO, V. M. F.; BENEMOND, T. M. H.; CHIASAKII, C.; BENEMOND, P. H. Peelings químicos: revisão e aplicação prática. Surg Cosmet Dermatol 5(1):58-68 2008. ZANGUE, V.; SANTOS, D. A.; BABY, A. R.; VELASCO, M. V. R. Argilas: natureza nas máscaras faciais. cosmestics & toiletries. São Paulo, 19:64-66 2007. Figuras Souza HC - Apostila Teórica de Cosmetologia 2018 http://www.todamateria.com.br/pele-humana/ www.scf-online.com http://www.pucrs.br/fabio/histologia/atlasvirtual/maxim/tec-ep-rev-estr-pav-quer5.htm https://www.haikudeck.com/la-epidermis-uncategorized-presentation-2QX5CIGTyi https://www.haikudeck.com/la-epidermis-uncategorized-presentation-2QX5CIGTyi http://static.examenblad.nl/9336111/d/ex2011/vw-1018-a-11-1-c.pdf https://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=c%C3%A9lulas+de+merkel&lang=3 https://images.app.goo.gl/Xd88irJXcFmKrsTZA http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=s0101-59072008000100009&script=sci_arttext www.sbd-sp.org.br https://images.app.goo.gl/hMsYsyQBcHLgE9z77 33 REFERÊNCIAS www.geopalavras.pt http://www.dermatofuncional.pt/melanogenese/melanocito http://www.solariobodysun.pt/tipos-de-pele.html www.scykness.wordpress.com www.sbd-sp.org.br FDA: Food and Drug Administration; INCI: International Nomenclature of Cosmetic Ingredients Introdução UNIDADE I Revendo A Pele Capítulo 1 Anatomia e Fisiologia da Pele Capítulo 2 Classificação dos tipos de pele Capítulo 3 Radiação solar Referências
Compartilhar