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Resumo das unidades de Politicas Educacionais

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Unidade 1, Lição 1: Visão Geral
Visão Geral da Lição
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento global de suma importância, criado logo após a Segunda Guerra Mundial. Assinada por diversos países, foi traduzida em inúmeros idiomas e, até hoje, tem sido utilizada de maneira constante em nossa sociedade.
Essa declaração descreve os direitos de todo ser humano e traz garantias básicas e fundamentais, como liberdade, educação, saúde e outros elementos essenciais a uma vida digna. O documento também parte de algumas premissas, associadas, dentre outros aspectos, a questões religiosas e culturais, que apresentam grande relevância social e têm estado cada vez mais em evidência na contemporaneidade — ainda que essa declaração, datada de 1948, não seja novidade.
Ao se relacionar o documento com a educação e o processo de formação do indivíduo, vê-se sua contribuição ímpar, principalmente no que tange à garantia dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento humano. Desde a Constituição Federal de 1988, perpassando pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394/1996), o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e outras referências legais, há uma só voz: garantir a crianças, adolescentes e jovens o direito a uma educação mais digna, democrática e igualitária e de mais qualidade. 
Unidade 1, Lição 1: Resumo
A partir das discussões sobre direitos humanos e educação, é fato considerar o amplo processo de mudanças e conquistas na história do país e da educação. É possível dizer que a luta pela garantia do direito à educação é uma das conquistas mais libertadoras, pois a educação transforma e amplia os horizontes e a visão de mundo. Assim, o sujeito pode, de fato, exercer sua cidadania e ter a oportunidade de reconhecer e exigir todos os outros direitos que lhe são garantidos. Nesse sentido, a partir da associação entre educação, direitos humanos e cidadania, há a possibilidade de se buscar uma formação humana mais emancipatória e crítica, no sentido de validar a responsabilidade dos indivíduos em sociedade.
Há, ainda, a possibilidade de, democraticamente, garantir a todas as pessoas (crianças, adolescentes, adultos) o direito a uma educação digna e com mais qualidade, independentemente de suas condições sociais, culturais, religiosas, econômicas etc. A busca está em garantir o processo de ensino-aprendizagem na escola, por meio de políticas públicas educacionais que viabilizem um conjunto de elementos necessários a uma formação para a cidadania e para o trabalho. 
Foi um enorme passo na legislação brasileira, e, agora, nos cabe cobrar que isso seja verdadeiramente cumprido para que tenhamos uma sociedade mais democrática em prol da cooperação, da solidariedade e da responsabilidade em relação aos direitos e deveres humanos.
Unidade 1 - Lição 2: Visão Geral
Visão Geral da Lição 
O conceito de cidadania é complexo. A palavra “cidadania” vem do latim civitas, que significa “cidade”. Em termos legais, o cidadão é o sujeito no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. Assim, cidadania significa a qualidade de ser cidadão e, consequentemente, indivíduo com direitos e deveres.
Esse conceito vem sendo definido historicamente com base nos movimentos das sociedades, cabendo ao Estado prover aos cidadãos tais direitos a partir de órgãos e instituições nacionais, inclusive da escola por meio do processo de ensino-aprendizagem.
As dimensões clássicas da cidadania são os direitos civis, que são aqueles fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei, assim como os direitos políticos, que dizem respeito à participação do cidadão no governo da sociedade, como o voto. Há também os direitos sociais, que incluem o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde e à aposentadoria.
Unidade 1, Lição 2: Resumo
O processo de evidenciação da educação e o desenvolvimento da cidadania, da democracia e dos direitos humanos potencializam uma esperança renovada nesses pilares formativos, em favor de uma melhor posição social do indivíduo enquanto cidadão em sociedade. Há, nesse sentido, um solo fértil de equivalência que articula educação e cidadania pelo aspecto fundamental dessa relação forte e promotora dos direitos democráticos humanos do cidadão. Consequentemente, uma maior igualdade entre cidadãos, pelo menos em termos de redução da disparidade econômica, também pode ajudar a desenvolver melhores estudantes e pessoas. 
Assim, nessa condição de cidadão, o indivíduo precisa receber uma educação de qualidade e voltada para a garantia dos fundamentos de cidadania e democracia, a partir da organização, da estruturação e do funcionamento de um sistema de educação que seja viabilizador de tais objetivos e propostas educacionais.
As políticas públicas e os fundamentos legais são de grande relevância nesse processo de conquista, entretanto a validação está no cotidiano do trabalho educativo, que precisa se pautar na ação como forma de materialização das intenções educacionais construídas historicamente. O desafio é amplo e envolve todos os profissionais educacionais que precisam garantir um currículo escolar condizente com os discursos oficiais construídos.
Unidade 1, Lição 3: Visão Geral Visão Geral da Lição
A cidadania, no contexto da sociedade contemporânea, tem sido analisada de maneira mais global e não como uma questão particular, individual. Essa “nova cidadania” alavanca termos como “cidadania ativa” e “cidadania planetária”. 
O cidadão ativo é aquele que se compromete e, efetivamente, participa das questões da comunidade em que vive. Ele não é omisso ou neutro, e sim tem uma responsabilidade cidadã no mundo e com o mundo, de maneira participativa, efetiva e crítica.
Já a cidadania planetária parte do princípio de que, independentemente da localidade e do contexto em que vivemos, estamos dividindo um mesmo planeta que precisa ser protegido e cuidado. Esse conceito de cidadania planetária baseia-se na visão unificada do planeta e da sociedade mundial, pautada na questão da sustentabilidade.
Para tanto, a partir dessa compreensão, é necessário refletir sobre as dimensões educacionais para o desenvolvimento da cidadania, da democracia e dos direitos humanos, por meio da organização escolar e da construção de um currículo mais humanizador do ensino. A partir de um conjunto de saberes escolares e de estratégias de ensino, pode-se buscar desenvolver no estudante esses valores sociais garantidos na legislação. 
A tarefa é complexa, mas é possível, desde que firmada por concepções humanizadoras da educação e do ser humano. Assim, para além de uma escola a serviço da sociedade capitalista e excludente, é necessário dispor de uma prática pedagógica que garanta a todos, indiscriminadamente, os direitos de aprendizagem e uma formação mais humana e cidadã.
Unidade 1, Lição 3: Resumo
A discussão sobre educação e cidadania torna-se relevante, principalmente, devido à importância de se compreender o conceito de ser cidadão em um contexto globalizado que precisa ser democrático e que garanta os direitos de cada cidadão. Nessa nova empreitada social e política, ser cidadão é ser participativo e efetivamente responsável pela busca de novos olhares e respostas, e não se limitar à aceitação de tudo que é apresentado como verdade pronta. Ao relacionar educação e cidadania, cabe à escola tecer um papel democraticamente social e político-pedagógico, no sentido de oferecer um ensino voltado para a compreensão crítica e reflexiva da realidade que nos cerca. 
Apostar nos porquês, na dúvida e no questionamento pode ser uma antítese para a aceitação das coisas como são postas na sociedade. Para tanto, é importante que se tenha uma base nacional que garanta as habilidades e competências necessárias para esse processo formativo, desde as crianças até os adultos. 
Há que se pensar que, no contexto atual, há um documento normatizador desse olhar, a Base Nacional Comum Curricular, publicada em 2017 pelo Ministério da Educação e que direciona o trabalho escolar em prol da garantia desse direito.Cabe a cada estabelecimento de ensino revelar, por meio das propostas curriculares e práticas pedagógicas, o compromisso da educação com a cidadania, no sentido de potencializar os estudantes para a criticidade, a autonomia, a solidariedade, a cooperação, a criatividade, entre outros valores humanos.
Unidade 1- lição 4 - Visão Geral da Lição
Quando tratamos de ideologia e questões de ideais e perspectivas, logo nos atemos às políticas públicas estabelecidas na sociedade em que vivemos. Sejam elas econômicas, sociais ou educacionais, estão sempre associadas ao contexto e ao panorama político vigente, bem como aos valores preestabelecidos em cada contexto social e histórico.
Não é errado afirmar que todos os movimentos econômicos e políticos globais impactam, de certa forma, nossa educação e influenciam seus rumos. Portanto, temos que pensar as políticas de educação a partir dos aspectos ideológicos envolvidos em sua elaboração e execução, que ficam a cargo do Estado obviamente, e as analisarmos sempre com olhar crítico, do ângulo de um cidadão comprometido com os valores humanos. 
É importante conhecermos as concepções e finalidades da educação e o papel da escola na sociedade contemporânea e termos em mente quem queremos formar e como faremos isso, ou seja, a partir de qual concepção e/ou fundamento. Essa decisão nos tira da “neutralidade” e nos coloca em um patamar mais emancipado do ensino. Nesse prisma, a educação está longe de ser intitulada um aparelho ideológico do Estado, mas, sim, um lugar em que se pode pensar em novos direcionamentos políticos, sociais, pedagógicos e formativos.
Entretanto, é impossível negligenciar a realidade do sistema educacional, visto que, apesar dos inúmeros avanços advindos das políticas públicas, ela ainda denuncia o descompasso entre o discurso da lei e o cotidiano de muitas instituições de ensino. Acredita-se, desse modo, que a gestão escolar, representada pela coordenação pedagógica e diretiva, configura-se como uma das possibilidades mediadoras no processo de consecução e concretização dos objetivos educacionais e de aprendizagem.
Resumo – lição 4 –unidade 1
O assunto “Educação e ideologia”, bem como as formas de manutenção do Estado e das políticas públicas, provoca um olhar apurado sobre quais caminhos a educação brasileira tem percorrido e se, efetivamente, estamos preparando os alunos para uma atuação mais crítica e digna na sociedade. O discurso de cidadania, direitos humanos e ser cidadão precisa ser viabilizado por ações pedagógicas comprometidas com a formação humana dos alunos, em prol de uma atuação de mais liberdade e emancipação na sociedade atual.
A dupla tarefa da educação é tornar o indivíduo consciente a respeito de si mesmo e do seu papel social no mundo. Por isso, é importante tratá-la com seriedade a partir de um conjunto de elementos que venham fortalecer seu vínculo formativo com a vida do indivíduo e, ainda, buscar melhorias no sistema educacional de ensino, por meio de um currículo pautado na formação crítica e cidadã dos estudantes e da possibilidade do autoconhecimento dos envolvidos.
Nessa relação entre educação, ideologia e Estado, é fundamental que os estudantes tenham práticas de ensino que lhes permitam refletir, discutir, dialogar e interagir, em vez de meramente reproduzir conteúdos factuais e conceituais.
Resumo - lição 5 – unidade 1
Pensar a educação brasileira e a escola como lugar privilegiado de manutenção das forças e do empoderamento neoliberal é abrir mão da luta pela garantia dos direitos e deveres democráticos dos cidadãos. Nesse sentido, há uma responsabilidade no que tange à garantia de uma educação para a cidadania crítica dos indivíduos, de modo que eles possam pensar de maneira mais elaborada sobre a sociedade atual e toda a sua forma de opressão e propagação mercadológica via capital.
Por conseguinte, há o desafio de garantir as premissas educacionais vigentes na legislação em prol de uma educação digna e de mais qualidade a todos os estudantes, desde a menor idade. O certo é que, sem mudanças substantivas na concepção e na prática do ensino, não há possibilidade de melhorar os resultados da aprendizagem na instituição escolar brasileira. A qualidade da educação deve, sem dúvida, versar pelo compromisso com a formação integral dos estudantes, considerando todos os aspectos que envolvem sua vida: social, afetivo, físico, cognitivo etc. 
A grande empreitada para um ensino pautado além dos olhares ideológicos da sociedade e do Estado é tecer um plano de ação com objetivos e metas educacionais, bem como oferecer formação continuada aos professores para que eles sejam subsidiados dos fundamentos teórico-metodológicos críticos e estejam adequados a um ensino mais humanizador, dentre outras ações. 
Resumo da unidade 1
Esta unidade buscou desenvolver um conjunto de discussões pertinentes, principalmente no que se refere à relação entre educação e direitos humanos, advindo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em Paris, em 1948. A partir dessas premissas, vem sendo buscado, historicamente, estabelecer um conjunto de mudanças e de contribuições legais que incentivem o desenvolvimento de políticas públicas no setor da educação.
Para que tais conquistas sejam elevadas no campo educacional, fez-se presente a discussão sobre os conceitos de cidadania, liberdade, emancipação, ser cidadão e educação como direito, o que constitui um arcabouço teórico e substancial de reflexões sobre os rumos da educação e o papel social, político e pedagógico da escola na formação dos indivíduos.
A partir de um olhar apurado e crítico sobre o contexto histórico, suas mudanças e a atualidade, é possível recorrer a necessidade de desenvolver uma educação pautada na transformação e na conservação do conhecimento. Para tanto, pensou-se nas questões ideológicas do Estado, que têm se mantido frente à corrente neoliberal, a qual tem como fim a produção e o lucro.
Nesse prisma, a unidade se preocupa em romper com uma visão ingênua sobre a sociedade capitalista e excludente, em busca de novos horizontes formativos voltados à garantia da cidadania, da liberdade e, principalmente, da emancipação humana. 
Essa discussão se tornará mais complexa quando discorrermos, na próxima unidade, sobre o sistema de ensino brasileiro e toda a sua estruturação e organização educacional.
Visão geral unidade 2
Bem-vindo à Unidade 2!
 Durante esta unidade, vamos aprender um pouco sobre o sistema de ensino brasileiro, seus conceitos, seus fundamentos, sua estrutura e seu funcionamento. Compreenderemos, ainda, sua organização a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em vigor, a LDBEN nº 9.394/1996.
Teremos a oportunidade de conhecer, também, a importância da nossa legislação frente a esse cenário, reconhecendo as políticas educacionais e seu verdadeiro papel na atualidade. Entenderemos as competências da União, dos Estados e dos municípios no tocante à educação no Brasil, principalmente no que diz respeito à Educação Básica, que, atualmente, está organizada nos seguintes níveis de ensino: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Abordaremos questões referentes às modalidades de ensino da educação brasileira que se articulam à Educação Básica, como a Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos, assim como outros aspectos relevantes a serem tratados, considerando seus impactos em nossa sociedade.
Mesmo com os avanços significativos na educação brasileira, é importante considerar um quadro de incertezas no que tange ao trabalho na Educação Básica, especialmente no que se refere ao Ensino Médio, que passa por uma mudança significativa na história. Nesse prisma, vale considerar que a expectativa favorável provocada pelo lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em abril de 2007, logo foi se desfazendo à vista da fragmentação das ações que o compunham e, sobretudo, por não assegurar os investimentos adicionais necessários para se enfrentar adequadamente o problema da qualidade do ensino.
Por conseguinte,em que pesem as limitações das políticas educativas em vigor, é necessário que o trabalho pedagógico na escola prossiga e persista na busca da qualidade do ensino, resistindo à tendência de reprodução da sociedade capitalista, que valoriza, pelo sistema neoliberal, a facilitação e o aligeiramento escolar. 
Ao tratar do sistema de ensino brasileiro, é crucial buscar a compreensão dos conceitos, da estrutura e do funcionamento, bem como dirigir um olhar crítico para um contexto escolar regido por turbulências fervilhantes do cotidiano educativo, relacionadas a coexistência, partilhas, conflitos, de lutas pelo domínio de espaços, sobrevivência e poder. 
Desde a primeira etapa da Educação Básica (Educação Infantil), há um conjunto de valores e concepções que acabam legitimando ações educativas e que, muitas vezes, não condizem com a realidade das crianças, sejam elas menores, sejam elas maiores. Nesse sentido, compreender esse processo da Educação Básica por meio dos níveis de ensino efetiva a luta por uma educação digna e de maior qualidade. 
Diante disso, vale ressaltar que o sistema de ensino e as unidades escolares precisam objetivar uma educação de qualidade para todos. Isso porque, com as políticas públicas de educação, vem-se constituindo o bordão do discurso político brasileiro na área educacional, pretendendo dotar de um poder, para além do que está posto pela política neoliberal, a verdadeira função social da escola. Esta deve ser dirigida à ideia de democracia que, na verdade, abarrota e é congestionada pelo excesso de significados ideológicos, devendo ser ressignificado pela autorreflexão crítica. 
Em relação ao sistema de ensino brasileiro, seus conceitos, sua estrutura e seu funcionamento, é fundamental considerar a necessidade de dirigir um trabalho pedagógico voltado ao processo de sistematização das intencionalidades pedagógicas, bem como a garantia do processo de descentralização e qualidade, participação e transpiração, autonomia e autofinanciamento, cidadania e produtividade do sistema educacional.
Há, ainda, uma revisão de categorias que tem por eixo a centralidade do mercado de trabalho na sociedade globalizada e o estímulo ao desenvolvimento na área educacional, em prol de uma nova subjetividade. Diante disso, as diretrizes e bases da educação brasileira revelam as possibilidades de se pensar em uma educação voltada para a formação emancipatória do ser humano, no sentido de reivindicar seus direitos e desenvolver seus deveres na sociedade. 
Em relação à política educacional brasileira, vale considerar que os discursos ideológicos, na maioria dos casos, reinam com excelência no sistema institucional de ensino, principalmente quando operam fragilidades no que tange aos conceitos sobre sociedade, educação e sujeito. Nesse sentido, compreender as políticas educacionais nos auxilia no processo de entendimento do papel da escola na sociedade capitalista, que precisa se ampliar para a transformação do conhecimento, e não meramente ser uma reprodução servil do saber.
Nesse quadro, a ideia de um novo gerenciamento que associa a qualidade educacional à cultura da excelência do ensino busca renovar a valorização das reformas educacionais como fonte de mudança e transformação, considerando, especificamente, a organização, a estrutura e o funcionamento do ensino por meio das diretrizes e bases da educação brasileira, bem como a efetivação das políticas públicas voltadas à educação de qualidade, democrática e igualitária.
No artigo a seguir, nas respectivas páginas indicadas, os autores discutem sobre os significados atribuídos ao termo “nacional” desde o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, até a aprovação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014. A análise recorre à história para expor como formações discursivas diferenciadas de sociabilidade política, constitutivas dos Estados-nação, produziram diferentes modos de regulação dos sistemas educacionais. Especificamente no PNE de 2014-2024, há a proposição de mecanismos e dispositivos de regulação por desempenho e a ampliação de políticas distributivas em favor da organização e do funcionamento do ensino brasileiro.
A Democratização do Ensino por Meio de Ações Coletivas
O artigo a seguir, nas respectivas páginas indicadas, direciona o olhar para a permanência e apresentação das novas questões relacionadas à sociedade brasileira contemporânea, bem como a busca e luta pela democratização do ensino por meio de ações coletivas. Além disso, divulga sobre o CONAE e os mecanismos de regulação do sistema nacional de educação, que, de modo geral, direciona para as políticas de financiamento, avaliação e formação profissional voltada à Educação Básica, assim como a constituição dos mecanismos institucionais de gestão educacional. 
Unidade 2 – lição 1 – Resumo
Vimos, nesta lição, a importância da organização de um sistema educacional escolar voltado à democratização do ensino e à busca de um programa de ensino pautado em mudanças significativas, que possam garantir a qualidade do saber escolar. 
Todavia, as políticas públicas educacionais se legitimam em detrimento de uma organização do sistema de ensino escolar pautado em um conjunto de intencionalidades pedagógicas que se firma na formação mais humanizadora do ensino. Nesse segmento, há a necessidade de legitimar se os discursos estabelecidos, em âmbito nacional, por meio de políticas educacionais, firmam o compromisso com uma organização efetiva do ensino e garantem a qualidade que tanto prezamos.
Nesse sentido, é sabido que o planejamento do sistema nacional de educação passa a conter ações específicas da União de distribuição de recursos, como meio de abordagem sistêmica da educação escolar pelo território nacional. 
Destarte, justifica-se a necessidade da busca de novos arranjos no que tange à organização do ensino brasileiro, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, a fim de garantir às crianças, aos adolescentes e aos jovens a constituição da autonomia para alcançar a cidadania crítica almejada. 
Unidede 2 – lição 2 – visão geral
Do ponto de vista legal, a LDBEN nº 9.393/1996 é o documento que organiza o processo educacional brasileiro, trazendo mudanças significativas, como alto teor de autonomia e preocupação com a qualidade do ensino. Contudo, é necessário ultrapassar a dimensão formal da lei, no sentido de criarmos mecanismos de controles social e pedagógico que superem o discurso em detrimento de uma práxis autêntica e que, efetivamente, se valha dos ideais pré-estabelecidos.
Em se tratando do Conselho Nacional de Educação (CNE), por exemplo, é um órgão que atua na formulação de políticas públicas, diretrizes de ensino e avaliação da política nacional de educação. De certa forma, precisa, na prática, definir suas principais atuações em detrimento da elaboração do PNE, que define as metas para a educação brasileira e, mais recentemente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece o currículo mínimo obrigatório em cada série.
Quanto ao financiamento da educação, a Constituição Federal determina que a União aplique, no mínimo, 18% para educação, enquanto os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem aplicar 25%. É da esfera federal que provém a maior soma de recursos para o Ensino Superior, ao passo que os Estados e municípios os destinam para o Ensino Fundamental. Assim se sustenta a educação pública no Brasil.
Unidade 2, Lição 2: Resumo
Nesta discussão, tratamos da LDBEN como um documento legal de grande contribuição para a educação, haja vista que define os princípios e as diretrizes gerais da educação em todos os níveis e todas as modalidades do ensino. 
A LDBEN, em seu processo de tramitação, de certa forma, tem promovido a valorização da escola pública, laica, gratuita e de qualidade.
Nessa luta pela escola pública e de qualidade, há, até os dias de hoje, momentos de muita tensão no que diz respeito aos princípios e às concepções de sociedade, cidadania, educação, escola e ensino, que precisam ser firmados pela escola enquanto processo deformação e emancipação humana dos indivíduos.
Nesse segmento, considera-se imperioso afirmar que a legislação tem implicações significativas para as mudanças na área educacional, mas não significa somente isso. A busca pela melhoria da qualidade do ensino é tarefa de todos, incluindo os diretores, pedagogos, professores, família, estudantes etc.
Por conseguinte, há a necessidade de que os profissionais envolvidos estejam criticamente engajados em uma formação sólida dos estudantes, a ponto de lhes garantir as ferramentas necessárias para o construto de sua humanidade na vida social. O investimento em qualidade de ensino, nesse sentido, envolve saberes mais elaborados cientificamente, professores capacitados, projeto pedagógico da escola envolvido por ações coletivas, dentre outras ações.
Visão Geral da Lição
Muito se tem discutido sobre a qualidade da educação e do ensino no contexto da sociedade atual. A partir dos discursos oficiais, a educação tem sido alvo de possíveis mudanças, mas isso somente se concretiza a partir de ações de gestão, coordenação e docência em práticas participativas e coletivas. 
O grande desafio de efetivação das políticas públicas na escola é quando os profissionais educacionais têm fundamentos claros do que deve ser a escola e seu compromisso social, político e pedagógico.
A educação escolar, nesse sentido, enquanto lócus do saber historicamente construído, precisa desenvolver uma proposta educativa pautada no conhecimento crítico e elaborado dos estudantes, a fim de potencializar a experiência do pensar a partir dos conteúdos e do currículo escolar. Estes, de certa forma, produzem conhecimento, técnicas, valores, comportamentos e atitudes, ou seja, é a própria atualização cultural e histórica do ser humano. 
Nesse prisma, a política educacional precisa priorizar a educação de qualidade, entendida como a apropriação do saber historicamente produzido.
Unidade 2, Lição 3: Resumo
Ao tomar novamente a discussão desta lição, que envolve a política educacional, há a compreensão acerca do debate e das iniciativas concernentes à escola pública e à qualidade do ensino, que têm sido intensas. 
Desde a LDBEN nº 9.394/1996, têm sido introduzidas novidades em relação ao ensino e dado mais atenção às condições curriculares e metodologias de ensino, a fim de garantir uma educação de maior qualidade.
Nas políticas, o desafio em relação ao direito à educação está associado à garantia e efetivação de medidas de universalização do acesso e da permanência das crianças, dos adolescentes e dos jovens na escola, bem como a não reprodução de mecanismos de diferenciação e exclusão social. Diante disso, há a necessidade de consolidar a função social da escola para que esteja ancorada nas demandas sociais, culturais, históricas e educativas, por considerar as etapas da Educação Básica que precisam estar comprometidas com a formação integral dos estudantes.
A escola é, também, um mundo social e tem características e vida próprias, assim como ritmos e ritos, linguagem, regime de produção e gestão de símbolos. Isto é, a cultura da escola possibilita a interiorização, a incorporação de valores, os usos e costumes pelos estudantes. Daí a necessidade de compreendê-la como um lugar de formação que se legitima no seu dia a dia educativo por meio de políticas, currículo, estratégias de ensino e organização do trabalho dos profissionais envolvidos. 
Unidade 2, Lição 4: Resumo
A discussão desenvolvida nesta lição nos permitiu compreender o processo relacional entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que, de maneira colaborativa, fortalecem o sistema de ensino desde a Educação Infantil — como primeira etapa da Educação Básica — até o Ensino Superior. 
Em relação à União, fica estabelecido que lhe compete a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas de ensino e, ainda, exercendo funções normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. Em sua responsabilidade, fica a elaboração do PNE e da BNCC.
Em relação ao Estado, das diversas ações que lhe compete, é mister anunciar sua responsabilidade na organização, na manutenção e no desenvolvimento dos direcionamentos da União, em seu sistema de ensino, além de definir, conjuntamente aos municípios, formas de parceria e cooperação. 
Aos municípios, cabe organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais do seu sistema de ensino, integrando-se às políticas educacionais da União e do Estado. 
Unidade 2, Lição 5: Resumo
A educação perpassa por mudanças significativas. Diante disso, mesmo com as políticas que sinalizam essas mudanças, há uma caminhada a ser construída em favor da garantia de uma formação emancipatória a todas as crianças, aos adolescentes e jovens, independentemente de suas condições e características.
Nesse processo de mudanças, em um contexto complexo, há de anunciar os avanços na área da Educação Infantil, que, no caso, abrange o atendimento às crianças em creches e pré-escolas, exigindo do profissional o cumprimento das funções de cuidar e educar. Assim, o desafio da qualidade se apresenta com uma dimensão maior, e cabe aos cursos de formação inicial a proposição de um currículo que permita uma formação sólida e consistente. 
Em relação à Educação Básica, ela se torna o mínimo formativo que o estudante precisa para a sua vida em sociedade. Entretanto, há a urgente demanda de novos olhares, conhecimentos por meio da efetivação do papel da universidade enquanto lugar de ensino, pesquisa e extensão, que se fortalece a cada tempo social e histórico por sua presença enquanto espaço de formação humana e profissional.
Resumo da Unidade 2
Toda a discussão tecida nesta unidade e suas imbricações no campo educacional revelam em nós a necessidade de, cada vez mais, lutar por uma educação de direito e qualidade para as crianças, os adolescentes e os jovens. 
Somente por meio da compreensão de toda a organização do sistema de ensino, das leis que regem o campo formativo e pedagógico e das possibilidades colaborativas entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, seremos capazes de construir um olhar crítico para perceber o cotidiano escolar de forma mais abrangente.
No entanto, é preciso definir os objetivos e as metas educacionais que se firmam no compromisso de todos os envolvidos na escola, principalmente por meio de uma gestão democrática e do planejamento participativo. Desse modo, é fundamental que tenhamos certo o grande desafio da escola que é a formação humana, ou seja, se a escola deve preparar para alguma coisa, deve ser para a própria vida. Esta deve ser entendida como o viver bem, desfrutar dos bens criados socialmente pela humanidade.
Diante disso, esta discussão se torna mais complexa, efetivamente, quando discorrermos, na próxima unidade, sobre a Educação Infantil no Brasil e toda a sua estruturação e organização educacional como primeira etapa da Educação Básica.
Unidade 3, Lição 1: Visão Geral
A Conferência Mundial de Educação para Todos foi um evento realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, uma agência especializada das Nações Unidas), com a participação do Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef, órgão das Nações Unidas que promove a defesa dos direitos das crianças). Igualmente, teve apoio do Banco Mundial, uma instituição financeira internacional que efetua empréstimos a países em desenvolvimento, dentre outros organismos internacionais.
O objetivo da conferência era estabelecer um compromisso mundial para garantir a todas as pessoas os conhecimentos básicos necessários para uma vida digna. Assim, o evento resultou em um dos documentos mais significativos mundialmente em educação: Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem.
Esse documento inclui os compromissos dos países, dentre eles o Brasil, incentivados a elaborar planos decenais de educação, em que as diretrizese metas da conferência são contempladas, como a universalização da Educação Fundamental e a erradicação do analfabetismo.
No que tange às crianças e aos seus direitos de aprendizagem, é inegável que esse documento beneficiou a luta pela garantia desses direitos com vista à uma educação de qualidade. Mediante as prescrições legais, é fecunda a luta incessante em relação à Educação Infantil e busca pela defesa da criança e dos seus direitos via documentos oficiais. Os marcos acabam por evidenciar a insistência pelo reconhecimento das crianças como atores sociais, sujeitos de direitos, portanto, produtores de cultura e participantes ativos nas relações sociais. Ora, é convidativa a ideia, nos documentos oficiais, de uma proposta pedagógica humanizadora da Educação Infantil e de valorização à diversidade cultural. 
Unidade 3, Lição 1: Resumo
Para compreender a Educação Infantil na contemporaneidade, o grande desafio posto é buscar um olhar mais crítico e apurado sobre a história dessa modalidade de ensino no país. Diante disso, a Educação Infantil precisou sofrer grandes mudanças, libertando-se dos ranços do assistencialismo ou como mero lugar de “depósito de crianças” para construir uma história envolvida pelo direito da criança de ter uma educação digna e de qualidade. 
Há, na história, diferentes fatores que contribuíram para o reconhecimento, por parte da sociedade e do poder público, do direito da criança à educação desde o nascimento, como o avanço da ciência e das pesquisas em todas as áreas do conhecimento nas últimas décadas, o aprimoramento da legislação, a própria mudança na estrutura familiar e a reivindicação da população civil em relação à necessidade de expansão das instituições de cuidados e educação da criança pequena, dentre outras conquistas. 
A caminhada é ainda longa, visto que, embora tenhamos conquistado, do ponto de vista histórico e legal, as mudanças necessárias em favor da educação, do cuidado e da brincadeira, ainda há muito a percorrer no que tange ao trabalho efetivo nessa primeira etapa da Educação Básica
Unidade 3, Lição 2: Visão Geral
Do ponto de vista histórico, desde a Constituição Federal de 1988, perpassando pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009), tratam-se de construções legais de grande valia para o processo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2017.
A BNCC é um documento normativo que estabelece os conhecimentos, as competências mínimas e as aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas pelos estudantes em cada etapa de aprendizagem, no sentido de promover grandes mudanças na Educação Infantil, que atende crianças de até cinco anos de idade, prevista em lei e em vários outros documentos normativos do país, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990).
Foi preciso quase um século para que a criança tivesse garantido seu direito à educação na legislação, pois somente com a Carta Constitucional de 1988 esse direito foi, efetivamente, reconhecido. Diante disso, a Educação Infantil marca o começo do processo educacional e é o primeiro contato da criança com um espaço de socialização formalmente estruturado, com intenções pedagógicas e uma estruturação curricular que assegura o desenvolvimento integral da criança em todos os aspectos (físico, social, cognitivo e motor).
A BNCC, hoje, compreende o ensino como uma ação interacionista, por meio de práticas como o cuidado pessoal, as brincadeiras, as experimentações, a leitura e as relações interpessoais, tendo a Educação Infantil o compromisso com a educação integral dos pequenos e a garantia de uma educação mais digna e de qualidade.
Unidade 3, Lição 2: Resumo
Ao tratar da Educação Infantil e BNCC, é visível o acúmulo reflexivo, evidente desde a Constituição Federal de 1988, em ratificar concepções de currículo pautadas nos direitos de aprendizagem em articulação com os campos de experiência, em prol do fomento de um conjunto de objetivos para orientar a construção curricular e pedagógica das instituições de Educação Infantil. 
É, portanto, nesse amontoado reflexivo, teórico e normativo, que se tem constituído o processo de fragilização e esfacelamento do que se entende por especificidades da Educação Infantil, em especial quando o assunto é a prática pedagógica. 
Mesmo com as contribuições legais, ainda lutamos para garantir às nossas crianças um lugar de aprendizagem e desenvolvimento integral, valorizando o trabalho pedagógico dos professores em detrimento de uma formação qualificada e sólida do conhecimento, articulando teoria e prática pedagógica com o cuidar, educar e brincar na Educação Infantil.
Do ponto de vista prático, a atuação docente dependerá da concepção de educação, sociedade, infância e criança. Sobre isso, a BNCC explicita, de maneira clara e objetiva, principalmente ao reforçar a necessidade da articulação entre os saberes escolares estabelecidos no currículo da Educação Infantil e os saberes infantis a partir das experiências das crianças. Por meio de uma ação pedagógica mediadora, o professor precisa confrontar os saberes construídos historicamente com os saberes espontâneos das crianças, em prol do seu desenvolvimento humano.
Unidade 3, Lição 3: Visão Geral
A Educação Infantil como parte da Educação Básica cumpre a finalidade primordial de promover o desenvolvimento integral da criança de até cinco anos de idade. Isso porque a Constituição Federal de 1988 determinou a obrigatoriedade do Estado em ofertar vagas para todas as crianças, independentemente de sua classe social.
A partir desse avanço, em termos de reconhecimento dos direitos da criança à educação desde o nascimento, foi possível reescrever toda a história dessa etapa educacional, não mais como um espaço de guarda e assistência enquanto os pais desempenham atividades extradomiciliares, mas como um ambiente que acolhe a criança, educa, ensina e cuida, além de complementar a educação familiar. 
A Constituição de 1988 é um marco que inaugura uma nova era na história do atendimento à criança pequena em nosso país, principalmente no que diz respeito à garantia da Educação Infantil como um direito da criança. A LDBEN de 1996 também contribuiu em termos de legislação, já que foi a primeira a inserir a Educação Infantil nos sistemas de ensino, especificamente esclarecendo sua função pedagógica, que envolve a relação indissociável entre o cuidar e educar.
Unidade 3, Lição 3: Resumo
A discussão nesta lição foi voltada aos avanços legais no que tange ao trabalho pedagógico na Educação Infantil, principalmente em relação ao processo indissociável de cuidar e educar as crianças pequenas. A partir disso, reconhecemos que, em muito, a Educação Infantil avançou, visto que, hoje, busca-se garantir que as crianças tenham uma educação de qualidade e que priorize o desenvolvimento integral dos pequenos de até cinco anos de idade. 
Para tanto, como forma de validar esses avanços, temos a BNCC, que é um documento de caráter normativo o qual define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o PNE.
O PNE normatiza a garantia dos direitos de aprendizagem a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, sociais, cognitivas e afetivas, em favor da garantia de uma formação integral e mais humanizada das crianças. Ainda, baseado pelos princípios éticos, políticos e estéticos, amplia o olhar da Educação Infantil para além do cuidar, sendo, efetivamente, marcado pela educação, pelo ensino e pela ludicidade, já que estabelece como eixos norteadores da prática pedagógica as interações e brincadeiras. 
Unidade 3, Lição 4: Visão Geral
A Educação Infantil é envolvida por um território de grande complexidade, principalmente no quese refere ao processo de desenvolvimento integral da criança a partir da ludicidade e de situações de aprendizagem brincantes. Daí a necessidade de a criança vivenciar experiências formativas lúdicas, interativas, desafiadoras e, desse modo, promotoras da criatividade, expressividade e reelaboração do conhecimento por meio da ação protagonista do brincar na infância.
Por conseguinte, tratar do sentido de educar a criança, na contemporaneidade, revela a pertinência de refletir acerca da função social da Educação Infantil. Nessa perspectiva, a concepção que orienta o trabalho com a Educação Infantil deve considerar a criança enquanto sujeito histórico, com capacidades de apropriação da produção cultural da humanidade, por meio da ação educativa intencional e sistematizada, e que precisa aprender, de maneira lúdica, interativa e criativa a partir da ação do brincar sobre o meio e as relações entre seus pares. 
Assim, a educação da criança precisa priorizar as experiências ricas e diversificadas por meio das múltiplas linguagens que se efetivam em campos de experiência: arte, música, poesia, dança, corporeidade etc.
Desse modo, a finalidade da Educação Infantil está envolvida no amplo projeto formativo de crianças, em que, por uma proposta pedagógica adequada, seja garantida a valorização delas e de suas especificidades humanas, bem como a valorização da identidade pessoal e de sociabilidade, o que envolve um aprendizado de direitos e deveres. Ainda, deve-se garantir as competências necessárias relacionadas à sensibilidade (estética e interpessoal), à solidariedade (intelectual e comportamental) e ao senso crítico (autonomia e pensamento divergente) por meio da experiência do conhecimento historicamente elaborado em sintonia com o desenvolvimento humano, por meio do desafio e da importância do brincar no processo de ensino e aprendizagem dos pequenos.
Unidade 3, Lição 4: Resumo
Ao realizar o exercício de reflexão sobre o brincar na infância, há um descortinar para novos olhares que precisam ser ampliados. 
A educação, sintonizada com as práticas de ensino à luz de jogos, brinquedos e brincadeiras, possibilita-nos compreender que, desde a mais tenra idade, o brincar se constitui como uma possibilidade de ler o mundo e, a partir disso, desenvolver-se. 
Ora, desde que nasce, a criança é introduzida no mundo do adulto por meio dos jogos, independentemente de eles serem voltados ao campo da descoberta ou de representações de papéis sociais. Assim, sua imaginação eleva suas habilidades conceituais, sociais, afetivas, cognitivas e físicas, resultando no grande desafio que é a formação da sua humanidade.
Pensar sobre o processo do brincar à luz da cultura e das mudanças sociais e históricas nos ajuda a compreender porque, em alguns momentos, algumas brincadeiras eram oferecidas às crianças e, em outras situações, não. Ainda, conhecer as brincadeiras e o seu surgimento auxilia no processo de compreensão do sujeito que brinca e age sobre o mundo de maneira brincante e interativa.
O desafio, a partir dessas discussões, é compreender que brincar é aprender e aprender é brincar. Além disso, temos que a brincadeira é uma necessidade humana da criança. É por meio dessa linguagem que há a capacidade maior de aprender com sentido e significado. Logo, ao brincar, a criança não só aprende os elementos da cultura e vida em sociedade, mas, também, é capaz de transformá-los a partir do seu modo peculiar de agir sobre o mundo.
Destarte, profissionais da infância precisam reconhecer que as práticas lúdicas podem ser eficazes para o desenvolvimento integral da criança, sendo um direito constituído perante a lei. Para tanto, é inegável que professores da infância venham a secundarizar esses momentos brincantes, haja vista que a brincadeira, o jogo e o brinquedo, se intencionalmente planejados, podem elevar as capacidades psíquicas da criança por meio de saberes significativos para o seu desenvolvimento. 
Unidade 3, Lição 5: Visão Geral
A criança, desde que nasce, forma, para si, capacidades, habilidades e aptidões humanas, principalmente por meio das interações sociais, que contribuem para o seu processo de educação e formação humana. Nesse sentido, a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil proporciona à criança sentidos e significados para que ela aprenda e se desenvolva integralmente. 
Desse modo, a organização do trabalho pedagógico docente potencializa um território envolvido por experiências diversificadas e que sejam efetivamente brincantes, uma vez que, segundo o Art. 3º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, o currículo precisa ser concebido por um conjunto de ações e práticas pedagógicas que possam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos historicamente elaborados (BRASIL, 2010). 
Nesse processo, a mediação docente se faz urgentemente necessária em detrimento do grande desafio que existe na Educação Infantil: a democratização do acesso aos bens culturais e educacionais, ao pluralismo de ideias, o respeito à liberdade e o apreço à tolerância. Se considerarmos que um dos fatores que tornam a instituição de Educação Infantil, no contexto das transformações, um espaço privilegiado de desenvolvimento da criança e da possibilidade de interações com outros pequenos e adultos, é, desse modo, inoportuno um documento de tal importância normatizar o que é de excelência no trabalho pedagógico com esses indivíduos.
Unidade 3, Lição 5: Resumo
Em relação às práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem na Educação Infantil, bem como o processo de organização do trabalho pedagógico, é mister reconhecer a finalidade dessa primeira etapa da Educação básica, a qual está articulada para garantir o desenvolvimento integral da criança em todos os aspectos (sociais, cognitivos, físicos, psicomotores etc.). 
A partir do reconhecimento e da compreensão da finalidade da Educação Infantil, é fundamental que as bases teórico-metodológicas considerem a criança como sujeito ativo do processo de ensino e aprendizagem, protagonista na ação do saber fazer, principalmente no que tange aos direitos de aprendizagem por meio dos eixos norteadores da prática pedagógica: interações e brincadeiras. 
Nesse processo de intencionalidades, cabe ao professor desenvolver um planejamento que considere um conjunto de saberes e objetivos de aprendizagem articulados aos campos de experiências por meio da arte, música, matemática, linguagem oral e escrita, geografia, ciências e história. À luz de um planejamento bem intencionado, há a necessidade de que haja a organização do espaço, dos ambientes de aprendizagem, do tempo e da rotina pedagógica que envolve a relação entre educação e cuidado. 
Mediante esse conjunto de ações, é importante e necessário que os professores busquem, cada vez mais, ampliar seus horizontes formativos em prol de uma educação de mais qualidade às nossas crianças de até cinco anos de idade.
Unidade 3: Resumo
A partir das discussões tecidas nesta unidade, é possível vislumbrar novos horizontes do pensar crítico em relação aos direitos das crianças na Educação Infantil, por meio da lembrança do vivido e do construído historicamente enquanto movimento de luta e resistência. Esse quintal da infância precisava ser legitimado enquanto lugar de garantia dos direitos à uma educação digna e de mais qualidade.
É incontestável que, historicamente, a sociedade brasileira avançou no que diz respeito a assegurar, pelo menos no papel, os direitos das crianças, bem como o processo de cidadania por meio das políticas públicas. Em contrapartida, é fato, também, que, mesmo com todo esse movimento, temos vivido um tempo incerto quando em meio ao século XXI, com a apresentação de um documento de caráter unificador da educação (BNCC de 2018), que apresenta como meta normatizar concepções e práticas que já foram legitimadas por meio da luta e defesa pela Educação Infantil pública e democrática. Esse mesmo documento poderia ter avançado mais no sentido de promover aos professores da infânciacondições mais dignas e sólidas para um trabalho humanizador do ensino.
Em contraposição, há algumas conquistas fundamentais para o trabalho pedagógico na Educação Infantil, principalmente no que se refere à relação indissociável entre cuidar e educar, as interações e brincadeiras como eixos norteadores da prática pedagógica, a organização pedagógica da rotina, a busca pela formação continuada dos professores, dentre outras conquistas.
Na próxima unidade, buscaremos explanar, de modo mais complexo, o trabalho pedagógico com as crianças, dando um olhar especial para as mudanças no ensino fundamental no Brasil.
Unidade 4: Visão Geral
Bem-vindo à Unidade 4! A expressão “Ensino Fundamental” foi criada a partir da LDBEN de 1996, substituindo o antigo Primeiro Grau. Ele é obrigatório e gratuito na escola pública, tendo por objetivo a formação básica para a cidadania e qualificação para o mundo do trabalho.
O Ensino Fundamental no Brasil, até 2010, tinha oito anos de duração. Após debates em torno do aumento da escolarização e do tempo das crianças na escola, depois do Plano Nacional de Educação (PNE) de 2010, a ampliação do Ensino Fundamental e a obrigatoriedade da matrícula do aluno aos seis anos foram passos importantes para a melhoria da educação como um todo.
Há de se registrar que, em termos mundiais, a escolarização obrigatória brasileira ficava aquém, em duração, não só em relação ao Primeiro Mundo, mas, também, a vários países do nosso continente. Isso demonstra que, na história da educação brasileira, houve um descompromisso do governo federal em relação à escolaridade obrigatória. De fato, a interpretação que prevaleceu do Ato Adicional de 1834 relegou às Províncias — e, posteriormente, aos Estados — a oferta e manutenção do ensino das primeiras letras que, no caso, hoje é conhecido como Ensino Fundamental (BRANDÃO; PASCHOAL, 2009).
Atualmente, o Ensino Fundamental é reconhecido, do ponto de vista legal e curricular, como a segunda etapa da Educação Básica, tendo como referência a Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos, no sentido de estabelecer os princípios, fundamentos e procedimentos para orientar as práticas educacionais em todo país. Agora, mais recentemente, temos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que trata das aprendizagens essenciais para essa etapa do sistema de ensino brasileiro, enfatizado pelas competências da educação (BRASIL, 2018).
Unidade 4, Lição 2: Resumo
A partir das discussões relacionadas sobre o analfabetismo funcional no contexto brasileiro, verifica-se que várias ações têm se realizado em prol da minimização dessa situação de aprendizagem na escola, haja vista que a maioria dos alunos, principalmente no Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano), revelam significativas dificuldades no que tange ao processo de leitura, escrita e interpretação. 
Há a responsabilidade, por parte da escola, enquanto processo formativo e em sua organização curricular, zelar pelo ensino e pela aprendizagem das crianças e dos adolescentes. No entanto, é necessário que haja um plano de trabalho a curto, médio e longo prazos, no sentido de validar a importância da aprendizagem para além da tecnificação do saber.
A BNCC, ao declarar as dez competências de aprendizagem, acaba por envolver essa preocupação em relação ao processo de alfabetização na escola, no sentido de validar a compreensão crítica sobre a leitura e escrita, fazendo intercessões entre o conteúdo erudito (escola) e o conteúdo advindo das experiências cotidianas (realidade social).
Diante disso, fica o desafio de buscarmos, cada vez mais, envolver a aprendizagem em situações de ensino que valide a compreensão crítica da realidade por meio de textos, poesias, músicas, reportagens, dentre outras formas de manifestação textual na escola.
Unidade 4, Lição 3: Visão Geral
O acesso, a permanência e a qualidade da educação são direitos constitucionais garantidos a todo e qualquer cidadão brasileiro, reiterados pela LDBEN. Porém, ainda há muitas barreiras que precisam ser vencidas para atingirmos esse objetivo, dando igualdade de condições de acesso e permanência para todos, pois temos muitas variáveis que acabam, de certa forma, influenciando nessa questão, como condições sociais, culturais, econômicas etc.
O Brasil apresenta desigualdades regionais gritantes, não somente em termos geográficos, mas, também, sociais, econômicos e culturais, as quais influenciam, de forma marcante e significativa, suas redes de ensino e os desafios que precisam ser ultrapassados, principalmente no que tange ao processo de constituição de estereótipos. Estes acabam sendo desenvolvidos na cultura escolar, como: “as crianças não aprendem porque passam necessidades econômicas" ou “porque vivem em famílias desestruturadas”. Há, sim, uma parcela que pode sofrer esse tipo de influência, mas como podemos justificar as crianças que vivem em condições economicamente favoráveis, com todos os seus familiares presentes, e, mesmo assim, apresentam dificuldades de aprendizagem? Isso não seria uma contradição?
Diante disso, é mister saber que a exclusão escolar é um fenômeno extremamente complexo, sendo que a superação requer mais do que boa vontade. Muitos fatores podem estar relacionados, inclusive em como a escola tem desenvolvido suas formas de acolher, ensinar e promover a aprendizagem. Já foi o tempo em que todo o fracasso escolar era lançado para a criança e o adolescente.
Assim, é necessário que o Estado cumpra o seu dever constitucional e que haja a participação e o compromisso de toda a sociedade para que as crianças tenham, na prática, seus direitos preservados, a fim de que possam entrar, permanecer, aprender e concluir não somente o Ensino Fundamental — que é o grande gargalo —, mas toda a Educação Básica, de preferência na idade certa.
Unidade 4, Lição 3: Resumo
A partir das discussões desenvolvidas sobre o acesso, a permanência e a qualidade da educação, muitas mudanças foram significativas, mas ainda temos um caminho a trilhar no que se refere a essas garantias, principalmente por termos barreiras no que tange às políticas públicas educacionais e à prática pedagógica na escola. 
Apesar de toda a gama de contribuições legais para que se alcance efetivamente o sucesso da implantação do Ensino Fundamental de nove anos e a qualidade da educação, não se pode perder de vista que o processo educativo é multifacetado, ou seja, é:
[...] mediado pelo contexto sociocultural, pelas condições em em que se efetiva o ensino-aprendizagem, pelos aspectos organizacionais e, consequentemente, pela dinâmica com que se constrói o projeto político-pedagógico e se materializam os processos de organização e gestão da educação básica (DOURADO, 2007, p. 922).
Assim, de certa forma, a implantação do Ensino Fundamental de nove anos corrobora para o aprimoramento do processo em desenvolvimento, que é a universalização do acesso ao Ensino Fundamental, bem como a permanência e qualidade da educação.
Unidade 4, Lição 4: Resumo
Chegamos ao final desta lição, em que novos desafios são colocados em pauta. Uma grande questão surge: mesmo com tantas contribuições legais, caminhamos efetivamente no sentido de garantir uma organização curricular que venha a atender as exigências formativas em relação ao desenvolvimento integral de nossas crianças e nossos adolescentes?
Essa questão ainda faz parte de nossos olhares e objetivos, visto que é necessário todo um arranjo teórico e metodológico que venha a garantir a construção de um sistema de ensino mais qualificado, público e democraticamente igualitário. 
Nesse prisma, ao pensar na organização curricular e estrutura de uma escola, remetemo-nos a todo o arranjo físico e espacial da instituição, como as instalações físicas (biblioteca, laboratórios e outros). Em relação ao seu funcionamento, reiteramos que se constitui a partir de uma organização curricular e pedagógica planejada a partir de intenções bem definidas sobre o ensino e a aprendizagem, nas respectivasetapas de ensino, que, no caso, é o Ensino Fundamental. 
Há de confirmar que, quando a estrutura e o funcionamento são bem planejados e articulados, há uma probabilidade maior de a escola apresentar os elementos necessários no que tange ao processo de aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes, sejam crianças, sejam adolescentes. É possível encontrarmos escolas com boa estrutura e mau funcionamento, assim como o inverso pode ser verdadeiro. 
Diante disso, há a busca de novos direcionamentos pedagógicos e escolares em sintonia com a necessidade de uma melhor organização do ensino, a partir da estrutura, do funcionamento e do currículo. Toda essa demanda e esse desafio se devem ao cumprimento do direito à educação, no sentido de garantir e efetivar medidas de universalização do acesso e permanência, uma experiência que pode ser enriquecedora do ponto de vista humano e formativo.
Unidade 4, Lição 5: Visão Geral
O financiamento da educação no Brasil é realizado por intermédio de recursos públicos, empresas privadas e cidadãos, cabendo ao Ministério da Educação implementar a política nacional de educação, com o objetivo de articular ações com o que é proposto na LDBEN, segundo a qual municípios, Estados e governo federal devem organizar, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
Assim, os recursos públicos destinados à educação têm origem em receitas de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, receita de transferências constitucionais, receita da contribuição social do salário-educação e de outras contribuições sociais.
A Constituição Federal determina que a União aplique, no mínimo, 18% para a educação e os Estados, enquanto o Distrito Federal e os municípios devem aplicar 25%. É da esfera federal que provém a maior soma de recursos para o Ensino Superior, ao passo que Estados e municípios os destinam para o Ensino Fundamental.
A legislação ainda define que os recursos públicos devem ser destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas.
Unidade 4, Lição 5: Resumo
De modo particular, nesta lição, tivemos a oportunidade de compreender e identificar todo o processo de organização e funcionamento do Ensino Fundamental como uma das etapas da Educação Básica. 
Nesse processo de identificação, os desafios foram apresentados, principalmente no que se refere ao analfabetismo funcional, uma realidade que ocorre no sistema de ensino brasileiro, principalmente no Ensino Fundamental, e que, na maioria dos casos, tem se intensificado de maneira mais evidente do 6º ao 9º ano. Algumas medidas têm sido tomadas nesse contexto e, de certa forma, têm se intensificado em formações continuadas de professores, especialmente com o reconhecido programa intitulado “Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa”, que é uma proposta do governo federal aprovada em 2013. 
Nesse segmento, a busca pela identificação dos desafios de acesso, permanência e qualidade têm sido os potencializadores para a organização curricular no Ensino Fundamental brasileiro, principalmente ao considerar as mudanças no que se refere às políticas educacionais.
Unidade 4: Resumo
Esta unidade chega ao fim no sentido de que tenhamos aprendido e apreendido um pouco sobre o Ensino Fundamental brasileiro e toda a sua estrutura, organização e implementação em prol da garantia de todas as crianças e adolescentes terem um sistema público de ensino democrático e de maior qualidade. Para isso, estudamos sobre a identificação, a organização e o funcionamento do Ensino Fundamental enquanto uma das etapas da Educação Básica a partir de documentos oficiais e estudos de autores que discutem sobre esse nível de ensino. 
De forma geral, um dos grandes avanços consiste na ampliação do Ensino Fundamental de oito para nove anos, além do processo de universalização da escola para a população de seis a 14 anos de idade. Nesse contexto, refletimos e identificamos os desafios em relação à expansão do analfabetismo funcional no Brasil, em que, mesmo a partir do PNE, do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC) e de outros, ainda temos um índice alarmante de crianças que não compreendem e interpretam o que leem e escrevem.
Ademais, a busca pela compreensão sobre os desafios de acesso, permanência e qualidade são colocados em pauta, principalmente por conta da evasão e do abandono escolar, que estão associados ao próprio fracasso escolar da criança. De fato, vários são os fatores que podem contribuir para essa questão, haja vista que não podemos mais lançar toda a culpa no estudante.
Somente a partir de uma organização curricular e articulação das políticas educacionais às práticas pedagógicas, é possível pensar em um Ensino Fundamental que seja efetivamente promissor de uma educação integral voltada à formação humana das crianças, de maneira democrática e qualitativa.
Unidade 5: Visão Geral
Durante esta semana, vamos aprender um pouco sobre o Ensino Médio no Brasil, sua trajetória, suas funções históricas, sua concepção, suas características e suas finalidades, conforme o panorama político e econômico da sociedade, no contexto da legislação e do sistema de ensino brasileiro, principalmente no que tange ao processo de Reforma do Ensino Médio a partir da Lei n. 13.415/2017.
De modo particular, há a necessidade de identificar a estrutura do Ensino Médio brasileiro e suas funções históricas, bem como relacionar o Ensino Médio e o ensino profissionalizante na legislação e nas políticas públicas educacionais brasileiras. Em sintonia com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), há o imperativo de reconhecer os fundamentos das novas diretrizes curriculares para o Ensino Médio em tempo integral, a ampliação da carga horária e a reorganização curricular em conjuntos de unidades, a fim de potencializar o estudante para aprofundar o conhecimento escolar e se preparar para o mundo do trabalho por meio do ensino profissionalizante.
Compreenderemos a organização e a estruturação propriamente ditas do Ensino Médio brasileiro a partir da LDB em vigor, a Lei n. 9.394/1996, e à luz da Lei n. 13.415/2017, conhecida como Reforma do Ensino Médio, que estabeleceu mudanças na estrutura desse nível de ensino. Além disso, veremos as normas da BNCC em vigor, que também atingem esse nível de ensino.
Teremos a oportunidade de conhecer os princípios do Ensino Médio profissionalizante, as questões referentes a políticas educacionais, os currículos, as avaliações e, inclusive, o amplamente difundido Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Ao tratar da discussão sobre a organização e estrutura do Ensino Médio brasileiro, para a efetivação da Reforma do Ensino Médio, temos a Lei n. 13.415/2017 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de oitocentas horas para mil horas anuais, mudança a ser implementada na escola até o ano base 2022. 
A partir dessa mudança em termos de carga horária, há a alteração efetiva da organização curricular, de modo que, na reforma, discursa-se sobre uma estrutura curricular mais flexível e adequada ao mundo da cidadania e do trabalho. Diante disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta uma proposta normativa de reforma a partir da oferta de diferentes possibilidades de escolhas ao estudante, no que se refere aos itinerários formativos com foco nas áreas do conhecimento e na formação técnica e profissional. 
Para a efetivação da reforma do Ensino Médio, foi publicada a Resolução n. 3/2018, com o objetivo de definir as diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio, principalmente fazendo alusão aos itinerários formativos que são definidos como:
[...] cada conjunto de unidades curriculares ofertadas pelas instituições e redes de ensino que possibilitam ao estudante aprofundar seus conhecimentos e se preparar para o prosseguimento de estudos ou para o mundo do trabalho de forma a contribuir para a construçãode soluções de problemas específicos da sociedade (BRASIL, 2018, on-line).
O propósito desses itinerários formativos é uma iniciativa da lei e da BNCC no sentido de elevar a qualidade do ensino no país por meio de uma referência obrigatória para todas as escolas de educação básica, a partir do documento normativo estabelecido e vigente. 
Unidade 5, Lição 1: Resumo
Chegamos ao final da nossa primeira lição, em que estudamos sobre as estruturas do Ensino Médio. Durante nossos estudos, vimos como a discussão enveredou pela identificação e pela organização curricular do Ensino Médio brasileiro a partir da Lei n. 13.415/2017, que estabelece a Reforma do Ensino Médio e que, de certa forma, caminha na direção contrária de uma educação qualitativa conforme se afirma. 
De modo geral, há a propagação de uma reforma aparentemente voltada à diversidade ao definir os itinerários formativos, com base em competências cognitivas e socioemocionais. De fato, a preocupação deve se voltar, especificamente, à produção social dos diferentes jovens estudantes e, também, às condições efetivas de funcionamento das escolas públicas de ensino.
Unidade 5, Lição 2: Resumo
As três funções do Ensino Médio no Brasil correspondem a um processo histórico de idas e vindas, em que, por um tempo, havia dois modelos de Ensino Médio, o propedêutico e o profissionalizante. Agora, com a Reforma do Ensino Médio, o desafio é unir as duas estruturas curriculares em uma só, no sentido de dar ao estudante condições para continuar seus estudos e se qualificar para o mundo do trabalho. 
Parece ser muito positiva essa medida, entretanto outros contextos vêm à tona, principalmente no que se refere à ampliação da carga horária e à real condição da escola estadual acolher o estudante em tempo integral e, ainda, garantir vaga para todos os jovens entre 15 e 17 anos. Ainda, a própria condição do professor que trabalha na rede estadual precisará ser revista, uma vez que a ampliação da carga horária exige mais profissionais capacitados e disponíveis para o ensino.
As medidas precisam ser tomadas de maneira macro e não somente micro, ou seja, o grande desafio é garantir que o jovem tenha o desejo de continuar seus estudos, mesmo que, a curto prazo, precise ser inserido no mundo do trabalho.
Unidade 5, Lição 3: Resumo
A educação profissional técnica do Ensino Médio apresenta duas facetas. Ao mesmo tempo que parece ser algo interessante para o jovem entre 15 e 17 anos em termos de qualificação para o mundo do trabalho, pode ser também um divisor na sociedade no sentido de segregar cada vez mais o jovem, principalmente o de condições economicamente precárias, em detrimento de uma continuidade de estudos em nível superior.
Há a repetição de um passado em que muitos jovens se habilitaram tecnicamente em uma profissão em nível médio e nunca chegaram à universidade em favor da ampliação dos estudos. Isso pode gerar um certo preconceito em relação à continuidade dos estudos e um certo aligeiramento na profissional, no sentido de se restringir especificamente para uma demanda do mundo do trabalho, já que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta, com notoriedade, seu conceito de formação e de cidadania em nível de Ensino Médio condicionado ao mundo do trabalho. 
Nesse prisma, os conhecimentos escolares de base geral, principalmente algumas áreas, acabam sofrendo seu processo de desvalorização e até uma possível extinção no currículo escolar, como é o caso das áreas de cunho mais humanístico, como filosofia, arte, sociologia, história etc.
O exercício crítico está em analisar a aparência e a essência dessa nova configuração do Ensino Médio para não cairmos nas malhas de um reforçamento ideológico neoliberal do estado.
Unidade 5, Lição 4: Resumo
A partir das contribuições das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e de outras medidas legais e políticas, tem-se caminhado para uma efetivação de uma nova proposta de formação voltada ao contexto da cidadania e do trabalho. Nesse segmento, as estratégias se fizeram firmar pela organização do currículo em áreas do conhecimento, reiteração das finalidades previstas pela Lei n. 9.394/1996 e pela Lei n. 13.415/2017, que institui a Reforma do Ensino Médio.
Ainda, as iniciativas de cunho curricular se deram no destaque das competências de caráter geral e específico em articulação com as dez competências gerais estabelecidas pela BNCC, com a definição dos princípios axiológicos e pedagógicos do ensino.
Na organização curricular, há os referenciais de elaboração dos itinerários formativos que se baseiam em quatro eixos, nomeadamente evidenciados como: investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural e empreendedorismo. Nesse sentido, por meio dos itinerários que devem ser desenvolvidos de maneira integrada, há a possibilidade de proporcionar diferentes vivências ao jovem estudante. Entretanto se na organização curricular isso não se fizer claro, podemos alimentar um sucateamento escolar e uma proliferação da desigualdade social, principalmente quando a escola assume, somente, a preparação servil do estudante para o mundo do trabalho.
	
Unidade 5, Lição 5: Resumo
Ao reconhecer as políticas educacionais voltadas para o Ensino Médio profissionalizante, há a possibilidade de se pensar em um conjunto de certezas e incertezas, ou seja, há um discurso de que as concepções e os princípios em que se baseiam a educação profissional e tecnológica estejam pautados no compromisso com a redução das desigualdades sociais e o desenvolvimento da sociedade.
Para isso, as políticas e as diretrizes gerais para o Ensino Médio promovem a integração da educação básica ao mundo do trabalho; a interação com outras políticas públicas, como é o caso da formação e da valorização do magistério; a reestruturação do sistema público de Ensino Médio técnico; e o compromisso com a qualidade do ensino.
Muito se tem feito em políticas educacionais voltadas para a área da educação, por exemplo: a Constituição Federal de 1988, que prioriza a educação; a LDB de 1996, que reforça a obrigatoriedade do Ensino Médio; as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, de 1998; o Decreto n. 2.208/1997; e o Decreto n. 5.154/2004, que possibilitou a integração entre Ensino Médio e educação profissional, sinalizando possibilidade de formação unitária e politécnica.
Isso implica a necessidade de se adotar diferentes formas de organização dessa etapa de ensino e de estabelecer princípios para a formação do jovem que o façam dar um novo sentido para essa escola e permitam avanços não apenas na expansão da oferta mas também na permanência e no sucesso desses alunos na escola.
Unidade 5: Resumo
Chegamos ao final desta unidade, em que pudemos aprender um pouco mais sobre a estrutura do Ensino Médio brasileiro, bem como a constituição das suas três funções históricas, a saber: propedêutica, profissionalizante e formativa. A partir da reforma do Ensino Médio no Brasil, uma gama de novas competências é evidenciada, principalmente em relação ao mundo da educação com a formação cidadã e para a qualificação ao trabalho.
Nesse prisma, a história recente educacional contou com uma das políticas públicas voltadas para a reforma do Ensino Médio da educação básica em âmbito nacional. Em 22 de setembro de 2016, o Ministério da Educação encaminhou ao Congresso Nacional, em caráter de Medida Provisória, a MP n. 746 (BRASIL, 2016). Nessa MP, foram apresentadas propostas de alterações da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e também da Lei n. 11.494, de 20 de junho de 2007, chamada de Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação — Fundeb, que funcionou como uma base para a formulação e promulgação da Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017.
Os desafios são evidentes, considerando que novas habilidades são apresentadas para o Ensino Médio e que, com a reforma e a ressignificação curricular, há a possibilidade, pelo menos em termos de discurso, do fortalecimentodo protagonismo juvenil, principalmente pela escolha do itinerário formativo por meio do aprofundamento dos seus conhecimentos.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio revelam que há a urgente necessidade de se pensar, por meio dos itinerários formativos em uma formação geral que esteja articulada com a BNCC, por meio da identificação, pelo estudante, das áreas de interesse para continuidade dos estudos em universidades.
Diante disso, cabe aos profissionais educacionais se imbuir dessa empreitada em termos formativos, garantindo ao estudante uma formação para além do mundo do trabalho, ou seja, uma formação que esteja voltada para a continuidade dos seus estudos em outros níveis escolares.
Unidade 6: Visão Geral
 Nesta unidade, aprenderemos um pouco sobre as modalidades de ensino da educação básica, suas características e suas finalidades, assim como a maneira com que são organizadas e operacionalizadas no contexto da legislação e do sistema de ensino brasileiros.
Em se tratando do sistema educacional brasileiro, podemos afirmar, conforme os documentos oficiais (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e Base Nacional Comum Curricular), que é constituído por níveis e modalidades de ensino. Em relação aos níveis, aprendemos sobre a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
No que compete às modalidades de ensino, temos a Educação de Jovens e Adultos (EJA); a educação especial e a educação profissional e tecnológica. Compreenderemos, ainda, as questões referentes à educação especial e às suas peculiaridades e, também, as especificidades da educação escolar indígena e da educação escolar quilombola, reconhecendo a sua importância para a cultura nacional, assim como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a sua perspectiva de reparação histórica para com a sociedade brasileira.
Teremos a oportunidade de conhecer os princípios e os fundamentos da educação no campo e da Educação a Distância (EAD), bem como as suas práticas, à luz da Lei de Diretrizes e Bases vigente.
Unidade 6, Lição 1: Resumo
Nesta lição, a educação especial foi o nosso ponto de discussão e aprendizado. A partir da luta pelo direito de todos a ter uma educação de qualidade, muitas mudanças têm acontecido no campo da educação especial, entretanto, ainda há necessidade de revisitarmos essa modalidade do ensino, no sentido de, cada vez mais, lutarmos para que os estudantes deficientes sejam efetivamente incluídos no sistema escolar da educação básica, e não meramente integrados. Até porque, independentemente da condição ou da limitação física ou mental dos estudantes, todos têm capacidade para aprender e se desenvolver.
Isso é fato, pois a escola e os profissionais educacionais (gestores, pedagogos e professores) precisam ter clara a ideia de que cada pessoa (criança, jovem ou adulto) precisa ter o direito de aproveitar as oportunidades educativas destinadas a satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem por meio dos conhecimentos e dos saberes escolares essenciais.
O caminho consiste em firmar o compromisso com o direito à educação com respeito, valorização da diversidade e qualidade, principalmente no sentido de legitimar a Política Nacional de Educação Especial, efetivada por decretos, garantindo os princípios democráticos no que tange aos direitos sociais dessa população específica. Na contramão de práticas segregadoras, o movimento de luta está pautado na inclusão das pessoas deficientes no ambiente escolar a partir do comprometimento com o aspecto social e ético formativo.
Unidade 6, Lição 2: Visão Geral
A discussão versa sobre a educação indígena e quilombola. Em se tratando da educação indígena no Brasil, vemos, a partir da Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999, que as escolas indígenas passam a ser reconhecidas como aquelas que estão localizadas em terras ou comunidades indígenas (BRASIL, 1999). A partir disso, um dos marcos históricos e legais está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei nº 9.394/1996) que, em seu Artigo 32, assegura às comunidades indígenas a utilização da língua materna e, no Artigo 78 estabelece que a educação escolar indígena deve ser organizada por meio do currículo intercultural e bilíngue, no sentido de assegurar aos povos indígenas as identidades étnicas, as suas histórias, as suas línguas, as suas crenças etc. (BRASIL, 1996).
Em relação à educação quilombola, a Resolução CNE/CEB nº 8, de 20 de novembro de 2012, traz a contribuição em relação às escolas quilombolas, que são aquelas localizadas em território quilombola, habitado por grupos étnico-raciais, com cultura e trajetória histórica próprias. Para tanto, a respectiva resolução revela a necessidade da organização de uma proposta pedagógica que valorize a memória coletiva dos povos quilombolas, as suas línguas, as suas práticas culturais, as suas formas de sobrevivência, os seus repertórios orais, os seus registros, a sua territorialidade, os seus festejos, os seus usos e costumes etc. (BRASIL, 2012).
Unidade 6, Lição 2: Resumo
Ao chegar neste momento final da lição, novos contornos se intensificam em relação à educação indígena e quilombola, haja vista que, por mais que a lei garanta um processo emancipatório de formação a esses povos, ainda precisamos ampliar nossos olhares e nossas mentalidades sobre a cultura e a educação indígena e quilombola.
Ao pensarmos na educação como um processo que acontece de maneiras distintas e por meio de pedagogias e instituições próprias em cada cultura, podemos destacar que a Constituição Federal, desde 1988, reconhece a necessidade de os povos indígenas e quilombolas serem respeitados quanto às suas línguas maternas e às suas formas peculiares de aprender e se desenvolver.
Nessa luta, há a busca pela garantia do direito a uma educação escolar diferenciada para esses povos, no sentido de assegurar-lhes o direito de preservar suas crenças, suas histórias, suas memórias etc. Diante disso, as escolas indígenas e quilombolas precisam pautar-se na construção de novos conhecimentos e novas estratégias pedagógicas, sociais e culturais de valorização do povo indígena e quilombola, a fim de garantir a participação cidadã na sociedade.
Unidade 6, Lição 3: Visão Geral
Historicamente falando, a Educação de Jovens e Adultos no século passado deu-se, inicialmente, por meio de grupos informais, com alfabetização e letramento. Posteriormente, com o início da industrialização em 1930, houve um incremento dessa prática; e, já em 1940, por conta das eleições e do direito a voto apenas dos alfabetizados, a EJA foi utilizada para fins eleitoreiros.
Mais adiante, a prática ganhou destaque com Paulo Freire e seus métodos de alfabetização conscientizadora, mas, no regime militar, Freire foi exilado por conta de suas ideias, que eram consideradas subversivas.
Outro marco da EJA é o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral). O Mobral foi lançado em 1967, no período militar, a fim de lidar com o grave problema do analfabetismo no Brasil e, certamente, criou uma geração de analfabetos funcionais com sua metodologia.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1971 já tratava do ensino supletivo, mas foi a Constituição de 1988 e a LDB de 1996 que alçaram a educação enquanto direito fundamental do cidadão e deram visibilidade aos sujeitos da EJA, os quais são foco de programas como Alfabetização Solidária e Programa Brasil Alfabetizado, dentre outros
Unidade 6, Lição 3: Resumo
Esta lição contemplou a discussão sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil e todo o seu processo de configuração, oferta e ensino. Entretanto, é importante destacar que a EJA ainda tem um lugar secular nas políticas educacionais, principalmente com o sucateamento dos ambientes que ofertam essa modalidade de ensino e, até, a precarização do trabalho docente.
Assim como nas etapas da educação básica, essa modalidade de ensino precisa ter garantido o direito a uma educação de qualidade, mesmo que os estudantes tenham

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