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Língua e Cidadania no Ensino

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CAMPUS FLORESTA
CENTRO DE EDUCAÇÃO E LETRAS
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
IURI DAVI SILVA ARAÚJO
Língua e Cidadania:
Repercussões para o ensino
Cruzeiro do Sul-Acre
2023
IURI DAVI SILVA ARAÚJO
Língua e Cidadania:
Repercussões para o ensino
Texto referente ao capítulo 2 Língua e cidadania: Repercussões para o ensino ao curso de Pedagogia, como requisito parcial para obtenção da N1 na disciplina Linguística Aplicada e Alfabetização.
 Orientador (a): Prof. Dr Djalma Enes
Cruzeiro do Sul - Acre
2023
É notório que, o ensino de línguas que marcam a identidade cultural de um povo desempenha um papel crucial na formação do sujeito para a cidadania. Entretanto, a língua como é trabalhada hoje, principalmente nas aulas de português, revela uma concepção limitada, prevalecendo uma visão descontextualizada, simplificada, distorcida e estática. Predominando um conjunto de regras e estruturas gramaticais, ignorando completamente os contextos de uso. Em decorrência disso, se espalha a crença que o português é quase “inaprendível”, e que o aluno é o principal culpado disso, se disseminando a ideia da incompetência, que surgir após passar pela escola. 
Contudo, é importante ressaltar que concepções de língua podem favorecer um ensino que tenha repercussões positivas na formação do cidadão, como por exemplo: em 1°, a língua é uma atividade funcional, que existe em função de seus falantes, servindo para interação. Ademais, vale ressaltar que enquanto o ensino de português tiver o foco em gramática, não irá alcançar o almejado. Em 2°, há uma estreita e inexorável reciprocidade entre língua e sociedade, entre língua e história, entre língua e cultura, por conta mesmo dessa funcionalidade da linguagem, ou seja, é necessário ter uma relação entre a língua falada em sociedade e a falada na escola. Em 3°, a linguagem é, geral e específica, regulada e moldada pelas estruturas sociais, de forma que não existe uso linguísticos aleatórios ou de aplicações irrestritas. Em 4° e último lugar, uma concepção de língua-em-função. Nessa abordagem, enfatiza que o ensino adequado deveria focar no estudo da língua em suas completudes, como fonética, fonologia, sintaxe, semântica e morfologia, ou seja, deveria proporcionar ao aluno a compreensão e utilização da língua de forma maus eficaz e consciente, como uma ferramenta social para diferentes contextos comunicativos.
De encontro a isso, a sociedade, de forma ampla, não costuma avaliar se as escolas estão cumprindo suas funções, causando um excessivo enfoque na gramática e no ensino voltado à transmissão de conhecimento. O certo seria o foco voltado a compreensão e produção em gêneros textuais, especialmente na literatura, invés de focar exclusivamente na gramática, essa que deve ser abordada de forma natural, voltada ao contexto comunicativo e no momento certo. Além disso, a sociedade precisa entender que também tem responsabilidade pela educação pública, e não só o Estado, e que é essencial engajamento e participação da comunidade da valorização da educação
REFERENCIAS: ANTUNES, Irandé. Língua e cidadania: repercussões para o ensino. ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, p. 33-45, 2009.

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