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INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS- 24/03/2022 Infecções respiratórias agudas: Via aérea Marcador clínico Doenças Superior Sintomas catarrais (sem taquipneia e sem estridor) Resfriado comum; Rinossinusite bacteriana; OMA/Sinusite Faringite Intermediária Estridor (dçs periglotes) Epiglotite Larigotraqueíte viral aguda (crupe) Inferiores Taquipneia Pneumonias Broncopneumonias Taquipneia: < 2 meses (60 dias): ≥ 60 irpm 2-12 meses: ≥ 50 irpm 1-5 anos: ≥ 40 irpm RESFRIADO COMUM: - Principal Agente: Rinovirus (vários sorotipos) - Transmissão: Contato direto - Quadro Clínico: Coriza (inicialmente hialina e que se torna mucopurulenta) / obstrução nasal (roncos) / tosse (predominantemente noturna) / febre - Tratamento: Lavagem nasal com soro fisiológico / aumento da ingesta de líquido / antitérmico NÃO USAR: antitussígenos / descongestionantes / mucolíticos Evitar uso de AAS por risco de Síndrome de Reye (principalmente em pacientes com influenza ou VVZ) OTITE MÉDIA AGUDA - Quadro clínica: Dor (queixa específica ou irratabilidade) / otorreia / febre - Diagnóstico: otoscopia / otoscopia pneumática (MT hiperemiada, opaca e abaulada – mais específico) - Etiologia: S. pneumoniae / H. influenzae não tipável / Moraxella catarrhalis - Tratamento: Analgésicos / antitérmicos (considerar ATB) < 6 meses: Sempre fazer ATB Qualquer idade: Otorreia e doença grave (dor moderada a grave / febre maior 39º / dor mais de 48h Menor de 2 anos: Doença bilateral · Escolha: Amoxicilina 10 dias · Falha terapêutica: Amoxicilina + clavulanato (hemófilo e moraxela produzem beta-latamase) · Pneumococo parcialmente resistente: Possuem PBP de baixa afinidade aumentar dose da amoxicilina · OTITE + CONJUNTIVITE: Haemophilus – iniciar com clavulin Otite média com efusão: Efusão sem infecção aguda (o prognóstico é bom – melhora em até 3 meses) – considerar tubo de ventilação Complicações: Mastoidite aguda (periostite) – dor, eritema e edema retroauricular – causa deslocamento do pavilhaão (tto: Internação + ATB) SINUSITE BACTERIANA AGUDA - Em crianças menores de 5 anos: somente seios maxilares e etmoidais; - Quadro Clínico: quadro arrastado (mais de 10 dias) com tosse diurna / quadro grave – mais de 3 dias com febre alta (>39ºC) – com secreção purulenta / quadro que melhora e depois piora (ou piora súbita) - Diagnóstico é CLÍNICO - Etiologia é a mesma da OMA - Tratamento: Amoxicilina (individualizar duração do ATB – manutenção da tto por mais 7 dias após a melhora do quadro clínico) Complicações: Celulite orbitária (pós septal) – quadro caracterizado por inflamação da pálpebra, proptose, dor à movimentação ocular e edema na conjuntiva – INTERNA, FAZ TC E ATB PARENTERAL Celulite Periorbitária (é pré-septal): Poupa estruturas orbitárias; - DDx: Rinite alérgica: criança com prurido e espirros / palidez de mucosa e eosinófilos (na secreção nasal) /// Sífilis: Rinite sifilítica (primeiros 3 meses) – com obstrução intensa e secreção sanguinolenta // Corpo estranho nasal: Rinorreia fétida e mucopurelenta (UNILATERAL) FARINGITE AGUDA - BACTERIANA - As causas mais comuns das faringites agudas são as infecções virais. - ETIOLOGIA: Streptococcus pyogenes - CLÍNICA: Febre alta e dor de garganta em criança de 5-15 anos – pode ter exsudato amigdaliano, petéquias no palato + adenomegalia cervical – não tem coriza ou tosse! - DDx: Herpangina (úlceras orais – Coxsackie A), Adenovírus (conjuntivite), Mononucleose (EBV) – linfadenopatia com esplenomegalia e linfocitose com atipia PFAPA – Febre Periódica, estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (episódios recorrentes e autolimitados) – tto: corticoide (1 dose) - Diagnóstico complementar: Teste rápido (boa especificidade e sensibilidade não tão boa – confio o positivo) – se negativo envio para => Cultura: É mais sensível - Tratamento – Penicilina Benzatina 1,4 milhões IM DU (se for amoxicilina tem ser por 10 dias) - Complicações: Abscesso periamigdaliano (mais comum) – paciente com amigdalite que evolui amigdalite + disfagia/sialorreia + trismo + desvio úvula // tto: Aspiração por agulha ou drenagem + ATB Abscesso retrofaríngeo: IVAS recente + disfagia/sialorreia + dor a mobilização do pescoço EPIGLOTITE AGUDA - Quadro Clínico: Curso agudo e fulminante – febre alta e toxemia, associado com odinofagia, disfagia e sialorreia (+ ESTRIDOR) – posição em tripé - Etiologia – Haemophilus influenzae B (outras: pneumococo, S. aureus, S pyogenes – - Antibioticoterapia: Bom prognóstico (importante é garantir via aérea) LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL AGUDA - Etiologia: Parainfluenza (75%) - Quadro Clínico: Pródromos catarrais + febre baixa + tosse metálica + rouquidão + ESTRIDOR - Exame complementar: Sinal da ponta do lápis/torre - Tratamento: Estridor em repouso: NBZ com adrenalina + corticoide Sem estridor em repouso: Apenas corticoide Complicação: Traqueíte bacteriana – febre alta + piora clínica e resposta parcial ou ausente à adrenalina (causa é S. aureus) ESCALA DE CENTOR MODIFICADO: Avalia o risco da faringite ser bacteriana, colocando 1 ponto em cada um dos seguintes: · Febre alta (maior que 38 graus) · Adenopatia dolorosa · Não tosse (ausência de tosse) · Tonsila (exsudato ou hipertrofia) · Idade (3 a 14 anos) CAUSAS NÃO INFECCIOSAS DE ESTRIDOR: - Estridor agudo ANAFILAXIA: Manifestações cutânea/mucosa associada a manifestações respiratórias e cardiovascular. CORPO ESTRANHO: Histórico de criança que brinca sem supervisão - Estridor crônica LARINGOMALÁCIA: Instabilidade das vias aéreas que leva a estridor, com piora supina.