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2 Sumário Cirurgia� 4 Clínica�Médica� 18 Ginecologia�e�Obstetrícia� 60 Pediatria� 90 Preventiva� 146 3 Sumário C iru rg ia 5 Cirurgia Bate�e�pronto�da�dor�abdominal 1.� Dor�periumbilical�que�migra�para�a�fossa�ilíaca�direita? 2.�Dor�abdominal�que�se�localiza�na�fossa�ilíaca�esquerda? 3.�Dor�abdominal�em�faixa�em�epigástrio�irradiada�para�dorso? 4.�Dor�abdominal�com�abdome�em�tábua? 5.�Dor�em�hipocôndrio�direito�com�Murphy�positivo? 6.�Dor�abdominal�desproporcional�ao�exame�físico�com�história�de�arritmia? 7.� Dor�abdominal�com�distensão�e�hiperperistalse? 1. Apendicite; 2. Diverticulite; 3. Pancreatite; 4. Abdome agudo perfurativo; 5. Colecistite; 6. Isquemia mesentérica; 7. Obstrução intestinal. �Classificação�de�Hinchey�para�diverticulite�e�conduta�de�cada�grau Hinchey I Abscesso pericólico - antibioticoterapia (ceftriaxona/ciprofloxacina + metronidazol). Hinchey II Abscesso pélvico - drenagem percutânea + antibioticoterapia (ceftriaxona/ ciprofloxacina + metronidazol). Hinchey III Peritonite purulenta generalizada - lavagem laparoscópica ou laparotomia de urgência (cirurgia à Hartmann). Hinchey IV Peritonite fecal generalizada - laparotomia de urgência (cirurgia à Hartmann). 6 Cirurgia Classificação�das�úlceras�gástricas�e�complicações Tipo I hipo ou normocloridria Tipo II e III Hipercloridria Tipo IV Hipocloridria Tipo V Induzida por AINES Complicações Perfuração (parede anterior) e sangramento (parede posterior - artéria gastroduodenal) Úlcera�duodenal Úlcera�gástrica Características Mais comum Sempre biopsiar e repetir EDA após TTO (chance de CA gástrico) Relação com alimentos Melhora a epigastralgia Piora a epigastralgia [HCl] Hipercloridria I* e IV: hipocloridria; II e III: hipercloridria Localização habitual Bulbo duodenal Perfuração: anterior Sangramento: posterior Pequena curvatura (Tipo I) *I pode ser hipo, normocloridria Sinais�semiológicos�na�dor�abdominal Nome�do�sinal Condição�a�� que�é�associado Definição Blumberg Apendicite aguda Descompressão dolorosa após a palpação do ponto de McBurney (na fossa ilíaca direita) Rovsing Apendicite aguda Dor sentida em fossa ilíaca direita durante a palpação profunda de fossa ilíaca esquerda Murphy Colecistite aguda Parada súbita da respiração no momento da inspiração, por dor à palpação do hipocôndrio direito (ponto cístico) Cullen Pancreatite aguda Presença de equimose em região periumbilical Grey-Turner Pancreatite aguda Presença de equimose em região de flancos Courvoisier-Terrier Tumor periampular Vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico 7 Cirurgia Apendicite�aguda •� Outros�sinais�sugestivos: sinal do obturador, sinal do psoas, sinal de Dunphy. Pancreatite�aguda Aspecto em "bico de pássaro" Acalasia:�diagnóstico�e�tratamento Exame�diagnóstico:�esofagomanometria com deficit do relaxamento do esfíncter esofagiano inferior e peristaltismo no esôfago distal. Principal�tratamento�cirúrgico: miotomia de Heller modificada em casos grau III - em graus IV, optar por esofagectomia. Dica�Aristo Cullen: Um nome, única equimose ao redor do umbigo; Grey-Turner: Dois nomes, equimose em dois flancos. 8 Cirurgia Classificação Risco Forrest I Ia - Sangramento ativo e pulsátil/em jato Alto Ib - Sangramento ativo, porém não pulsátil babando Alto Forrest II IIa - Vaso visível não sangrante Alto IIb - Coágulo aderido Moderado IIc - Hematina Baixo Forrest III III - Úlcera clara Baixo A�classificação�é�utilizada�para�prever�o�risco�de�ressangramento Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIa e IIb. Nesses casos, deve-se realizar... Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIa e IIb. Nesses casos, deve-se realizar terapia endoscópica. Prevenção�de�sangramento�em�paciente�com�varizes�de�esôfago Profilaxia�primária:�betabloqueador ou ligadura elástica - betabloqueador é o mais utilizado (ex.: propranolol). Profilaxia�secundária: betabloqueador + ligadura elástica. Classificação�de�Forrest�para�úlceras�e�sua�finalidade 9 Cirurgia Bate�e�pronto�das�hérnias 1.� Hérnia�de�Amyand:�o�que�contém?� 2.�Hérnia�de�Littré:�o�que�contém?� 3.�Hérnia�de�Richter:�o�que�contém?� 4.�Hérnia�de�Spiegel:�por�onde�se�insinua?� 5.�Hérnia�de�Bochdalek:�onde�está�o�defeito? 6.�Principal�técnica�cirúrgica�para�hérnias�com�uso�de�tela:� 1. Apêndice; 2. Divertículo de Meckel; 3. Borda antimesentérica da alça; 4. Linha semilunar ou pararretal externa; 5. Diafragmática posterior; 6. Lichtenstein; Classificação�de�Nyhus� Tipo I: Hérnia inguinal indireta Anel inguinal interno normal (ex.: hérnias pediátricas). Tipo II: Indireta Anel inguinal interno alargado, porém, com parede posterior intacta e vasos epigástricos inferiores não deslocados. Tipo III: Defeito em parede posterior a) Direta. b) Indireta: anel inguinal interno dilatado com invasão dos limites mediais ou com destruição da fáscia transversalis do triângulo de Hasselbach. c) Crural: lembrar de C de coxa. Crural = femoral. Tipo IV: Hérnias recidivadas a) Direta b) Indireta c) Crural d) Mista 10 Cirurgia Hérnia� inguinal� direta:� hérnia DIRETA é MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores (atravessa diretamente a fáscia transversalis). Hérnia� inguinal� indireta: hérnia INDIRETA é LATERAL aos vasos epigástricos inferiores (atravessa indiretamente a fáscia transversalis - pelo canal inguinal). Hemorroida�x�Fissura�anal� Fissura: dor (local mais comum: linha média posterior). Hemorroida:�sangramento indolor. •� Se�tiver�dor: trombose. Hemorroidas�internas: classificação e tratamento •� �Todas: mudanças dietéticas (mais água e mais fibras). •� �Grau�I:�sem prolapso - ligadura elástica. •� �Grau�II: prolapsa e retorna espontaneamente - ligadura elástica. •� �Grau�III:�prolapsa e retorna após a redução manual - ligadura elástica ou hemorroidectomia (mais eficaz). •� �Grau�IV:�prolapsada (não retorna) - hemorroidectomia. Obstrução�intestinal�alta�x��baixa Clínica Alta Vômitos precedem a dor Baixa Dor antecede o vômito Radiografia Alta Distensão central e empilhamento de moedas Baixa Distensão periférica e presença de haustrações Principal�causa Alta Brida (aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas) Baixa Neoplasia de colón 11 Cirurgia As�principais�tríades�(e�pêntade) Tríade de Charcot Dor no quadrante superior direito,�icterícia e febre = colangite Pêntade de Reynolds Tríade de Charcot + hipotensão + confusão mental Tríade da isquemia mesentérica crônica Dor abdominal pós-prandial, perda de peso e alteração do hábito intestinal (diarreia). Tríade da isquemia mesentérica aguda Dor abdominal desproporcional aos achados clínicos abdominais, fezes sanguinolentas e fonte�embólica�óbvia�(fibrilação�atrial) Tríade da intussuscepção intestinal Fezes em geleia de morango, massa abdominal palpável e dor abdominal Tríade da acalasia de esôfago Emagrecimento, disfagia e regurgitação Tríade letal Hipotermia, acidose e coagulopatia = trauma gravíssimo Tríade de Beck Hipotensão, hipofonese�de�bulhas e turgência jugular = tamponamento cardíaco. Tríade de Horner Ptose ipsilateral, miose e anidrose = tumor de Pancoast Tríade de Quincke Dor em quadrante superior direito, icterícia e hemorragia digestiva alta = hemobilia Câncer�de�estômago:�classificação�de�Borrmann,�de�Lauren�e�principais� características�de�cada�subtipo�dentro�dessa�classificação 12 Cirurgia Classificação�de�Lauren:�subtipo�difuso�x�intestinal� • Difuso: acomete mais mulheres jovens, correlacionado ao tipo sanguíneo A, ulcerativo ou difusamente infiltrativo, pouco diferenciado. •� Intestinal: correlacionado com infecção pelo H. pylori, gastrite atrófica/anemia perniciosa, mais comum em homens > 50 anos, menos agressivo, exofítico ou polipoide, bem diferenciado. Principal�cirurgia •� Lesão�proximal:�gastrectomia total + linfadenectomia D2. •� Lesão�distal:�gastrectomia subtotal + linfadenectomia D2. Câncer�colorretal Pólipo com principalrisco de transformação maligna:�viloso�(vilão). Rastreamento: pacientes assintomáticos não alto risco dos 50 - 75 anos. •� Sangue�oculto�nas�fezes:�anual (Ministério da saúde, se positivo indicar colonoscopia) •� Colonoscopia:�10/10 anos (US Preventive Services Task Force) Topografia�conforme�sintomas •� Cólon�direito:�sangramento oculto - anemia ferropriva. •� �Cólon�esquerdo: alterações do hábito intestinal + fezes de menor calibre. •� �Retal: tenesmo + hematoquezia. Estadiamento: TC de tórax e abdome e pelve + USG endorretal ou RNM de pelve (CA de reto) + CEA (prognóstico e seguimento). Tumor�de�reto�baixo:�tratamento Lesão a mais� de� 5cm acima da margem anal: ressecção anterior baixa (RAB) com anastomose colorretal Lesão a menos� de� 5cm acima da margem anal: quimio e radioterapia neoadjuvantes para evitar a cirurgia com colostomia definitiva (cirurgia de Miles ou ressecção abdominoperineal). 13 Cirurgia Nódulo�de�tireoide Anamnese, exame físico e TSH TSH reduzido Cintilografia Nódulo “quente” Nódulo “frio” Tratar USG USG TSH normal/ elevado Nódulos <1cm e sem suspeita de malignidade Seguimento Nódulo suspeito ou ≥ 1 cm PAAF Sinais�de�malignidade�na�USG�de�tireoide • HIPOecoico. • Microcalcificações. • Hipervascularização central. • Altura > largura (A vem antes do L no alfabeto!). • Halo irregular/ ausente. Lembre-se que, em carcinoma FOLICULAR, o PAAF não consegue fechar o diagnóstico! Fluxograma de conduta diante de um nódulo de tireoide 14 Cirurgia Links�mentais�no�trauma�de�tórax Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, hipertimpanismo, murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos: pneumotórax hipertensivo (choque obstrutivo). Conduta inicial no pneumotórax hipertensivo → toracocentese de alívio no 5.º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha axilar média. Primeira conduta no pneumotórax aberto: curativo de 3 pontas. Tórax instável → fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas em 2 segmentos em cada. Trauma de tórax com respiração paradoxal → tórax instável. Exame físico - hemotórax: percussão maciça; pneumotórax: hipertimpanismo. Tratamento do hemotórax: toracostomia no 5.º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha axilar média. Conduta na contusão pulmonar: fisioterapia respiratória, analgesia e suplementação de O₂. Hemotórax 15 Cirurgia Indicações�de�laparotomia�no�trauma�abdominal�penetrante Evisceração, peritonite e instabilidade hemodinâmica (choque). Exploração� digital: trauma abdominal anterior por arma branca sem indicação imediata de laparotomia. Links�mentais�no�trauma�urológico Bexiga: diagnóstico da lesão com uretrocistografia retrógrada Laceração�intraperitoneal: imagem de “orelhas de Mickey”. • Tratamento: cistorrafia. Laceração�extraperitoneal: imagem em “chama de vela”. •� Tratamento: cateter vesical por 2 semanas. Uretra •� Posterior:�principal causa é a fratura pélvica. • Anterior: queda a cavaleiro (lesão da uretra bulbar) / fratura peniana. Lembre-se de não realizar sondagem vesical antes de descartar lesão uretral. Testículo� •� �Torção: dor súbita + sinal de Prehn negativo = USG testículo. – Tratamento: cirurgia •� Diagnóstico�diferencial: epididimite. 16 Cirurgia Bate�e�pronto�do�perioperatório 1.� Medicações�no�pré-operatório� Suspendo: Mantenho: 2.�Jejum Líquidos�claros�ou�� sem�resíduos: Leite�materno: Antibioticoprofilaxia: 1. Medicações no pré-operatório Suspendo: AAA - Antidiabéticos orais, Antiagregantes plaquetários e Anticoagulantes; Mantenho: AB²CD - Anti-hipertensivos, Betabloqueadores, Broncodilatadores, Corticoides e Distúrbio psiquiátrico (medicações psiquiátricas). 2. Jejum Líquidos claros ou sem resíduos: até 2 horas antes; Leite materno: 4 horas antes; Antibioticoprofilaxia: cefazolina administrada 60 minutos antes da incisão da pele. Classificação�das�cirurgias�quanto�ao�potencial�de�infecção Classe�da�cirurgia Exemplos Classe I (limpa) Ferida operatória não infectada, na qual não se encontra processo inflamatório, e os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário não infectados não são invasivos. São fechados primariamente, e só devem ser usados drenos quando se fizerem necessários Classe II (limpa/ contaminada) Ferida operatória com invasão dos tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário, em condições controladas e livres de contaminação não habitual Classe III (contaminada) Feridas acidentais recentes, operações com quebra maior da técnica estéril, contaminação grosseira do trato gastrointestinal e operações em que são encontrados processos inflamatórios não purulentos agudos, feridas traumáticas abertas entre 12 e 24h Classe IV (suja/infectada) Ferida traumática com tecido desvitalizado; e operações que envolvem infecções clínicas existentes ou perfuração de vísceras onde é encontrada secreção purulenta. Feridas traumáticas com tratamento retardado por mais de 24h. Essa definição sugere que os microorganismos causadores de infecção pós-operatória estavam presentes no campo operatório antes da cirurgia em um espaço de tempo maior 17 Cirurgia Superfície�corpórea�queimada Correspondência da área anatômica com a porcentagem de superfície corporal do cálculo da SCQ em adultos (esquerda) e crianças (direita). Regra�dos�9 Os cálculos abaixo são os mais utilizados para o cálculo da reposição em 24h: Adulto: 2 ml X SCQ X peso. Pediátrico:�3 ml X SCQ X peso. Queimadura�elétrica:�4 ml x SCQ x peso (pensar em rabdomiólise). •� Algo�a�mais:� •� Fórmula�de�Curreri:�24 kcal x peso corporal em kg + 40 kcal x superfície corporal queimada (estima as necessidades calóricas do paciente queimado por dia). C lín ic a� M éd ic a Clínica�Médica ↺↺19 Diabetes Diagnóstico Indicações�de�rastreio�para�DM2 IMC ≥ 25 + um fator de risco para DM IMC ≥ 23 + um fator de risco (asiáticos) Todos ≥ 45 anos Todos que fazem uso prolongado de glicocorticoides ou antipsicóticos atípicos Critérios�diagnósticos�para�pré-diabetes Diagnóstico Apenas um exame positivo já é suficiente Exames� laboratoriais Hemoglobina glicada ≥ 5,7% a 6,4% (intolerância a glicose) Glicemia de jejum alterada: ≥ 100 – 126 mg/dl Intolerância à glicose: TOTG ≥ 140 – 199 mg/dl Critérios�diagnósticos�para�diabetes�mellitus Sintomas Presentes Ausentes Diagnóstico Apenas um exame positivo já é suficiente Após um exame positivo deve-se repetir a coleta para confirmação (preferencialmente o mesmo exame) Exames laboratoriais Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL Hemoglobina glicada ≥ 6,5% Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL TOTG ≥ 200 mg/dL após duas horas com sobrecarga de 75 g de glicose Clínica�Médica ↺↺20 Bate�e�pronto�do�tratamento�-�hipoglicemiantes� 1.� Quais�hipoglicemiantes�promovem�ganho�de�peso�e�hipoglicemia? 2.�Quais�hipoglicemiantes�promovem�perda�de�peso�e�redução�do�risco�cardiovascular?� 3.�Quais�hipoglicemiantes�reduzem�a�mortalidade�em�pacientes�com�doença�cardiovascular?� 4.�Quais�hipoglicemiantes�provocam�a�maior�redução�de�percentual�de�Hb1Ac? 5.�Quando�iniciar�insulina�direto?� 1. Sulfonilureias, glinidas e pioglitazona; 2. Metformina, agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT-2; 3. Agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT-2; 4. Metformina e sulfonilureia; 5. Hiperglicemia franca, gestante, cirurgia, disfunção hepática/renal grave. Clínica�Médica ↺↺21 Hipoglicemiantes�orais:�seus�mecanismos�de�ação,�vantagens,�desvantagens�e�contraindicações Classe�da�droga Mecanismo�� de�ação Vantagens Desvantagens Contraindicações Biguanidas (Metformina) ↓ produção hepática de glicose ↑ do efeito periférico da insulina ↓ do peso e de eventos cardiovasculares, maior redução da HbA1c, prevenção da DM2 e melhora do perfil lipídico Sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia, gosto metálico, anorexia) deficiência de vitamina B12 e risco de acidose lática Gravidez, acidose grave, estresse agudo, insuficiênciarenal, (taxa de filtração glomerular TFG < 30), hepática e cardíaca, hospitalização Sulfonilureias (Glibenclamida, Gliclazida) ↑ secreção de insulina Maior redução da HbA1c e redução do risco de complicações microvasculares Hipoglicemia e ganho de peso Gravidez, insuficiência renal e hepática Inibidores de alfa-glicosidase (Acarbose) Retardo na absorção dos carboidratos Maior redução da glicemia pós-prandial, melhora do perfil lipídico e redução dos eventos cardiovasculares Redução discreta da HbA1c, meteorismo, flatulência e diarreia Gravidez e doença inflamatória intestinal Glitazonas (Tiazolidinedionas) Aumento do efeito periférico da insulina Redução relativamente maior da HbA1c, melhora do perfil lipídico Retenção hídrica, anemia, ganho ponderal, demora de até 12 semanas para início do seu pleno efeito terapêutico, insuficiência cardíaca (IC) e fraturas IC classes III e IV, gravidez (atenção às mulheres na pré-menopausa) e insuficiência hepática Glinidas “equivalente oral das insulinas de ação rápida” Aumento da secreção de insulina Bom control e da glicemia pós-prandial Hipoglicemia e discreto ganho ponderal Gravidez Gliptinas (Inibidores da DPP-4) Elevação dos níveis séricos do GLP-1 Efeito neutro no peso corporal e rara hipoglicemia Angioedema e urticária, possibilidade de pancreatite aguda Hipersensibilidade aos componentes do medicamento Agonistas do GLP-1 (Liraglutida) Estimulam os receptores do GLP-1 ↓ do peso e da pressão arterial (PA) sistólica, ↓ de eventos cardiovasculares (CV) e mortalidade em pacientes com doenças CV Náuseas, vômitos, diarreias, pancreatite aguda, injetável Hipersensibilidade aos componentes do medicamento Inibidores do SGLT-2 (Dapaglifozina) Inibem a reabsorção tubular renal da glicose filtrada no glomérulo ↓ de eventos cardiovasculares (CV) e mortalidade em pacientes com doenças CV, ↓ do peso e da PA Infecção do trato urinário e candidíase vulvovaginal Disfunção renal moderada à grave (TFG < 60 ml/min) Clínica�Médica ↺↺22 Tratamento�-�insulinoterapia As questões cobram que você saiba a velocidade de ação das diferentes insulinas. Como os nomes são muito parecidos, lembre-se que as ultrarrápidas� levam�o�nome�de�uma� mulher� (ou� todas�as� insulinas�com�a� letra� “S"�no�nome)�e as de ação longa� levam�o� nome�de�um�homem�francês. Tratamento�-�insulinoterapia Ultra�rápidas LisA Lisina Lispro + Aspart + Glulisina Longas Deglu Degla Degludeca + Determir + Glargina NPH Regular Aspecto leitoso Aspecto transparente Ação intermediária Ação rápida Início de ação em 2 horas Início de ação em 30 minutos Pico em 4 - 10 horas Pico em 2 - 3 horas Dica�Aristo O abdome é o local de absorção mais rápida, e a coxa/nádega são os locais de absorção mais lenta, sendo preferível esses locais de aplicação se há maior risco de hipoglicemia noturna. Deve-se evitar a forma IM por absorção errática. Clínica�Médica ↺↺23 Complicações�da�diabetes Rastreio�de�complicações�crônicas�na�DM Quando�iniciar? Após 5 anos de diagnóstico na DM 1 e ao diagnóstico na DM2 Frequência? Anual Quais�exames� realizar? Retinopatia: Nefropatia: Neuropatia: Retinopatia: fundo de olho; Nefropatia: albuminúria e TFG; Neuropatia: teste do monofilamento e índice tornozelo-braço (ITB). Bate�e�pronto�da�cetoacidose�diabética� 1.� Quais�os�três�achados�clínico-laboratoriais�que�definem�a�cetoacidose�diabética? 2.�Conduta�inicial�e�mais�importante�no�manejo�da�cetoacidose�diabética: 3.�Contraindicação�importante�ao�início�da�insulinoterapia�na�cetoacidose�diabética: 4.�Quando�mudar�a�insulinoterapia�em�bomba�para�via�subcutânea? 1. Hiperglicemia (> 250 mg/dl). Cetonemia. Acidose metabólica (pH < 7,3 e bic < 15 meq/L); 2. Reposição volêmica vigorosa com solução fisiológica; 3. Níveis séricos de potássio < 3,3 mEq/L; 4. Quando a glicemia atingir 200 mg/dl, deve-se reduzir a infusão pela metade (de 0,1 /kg/h para 0,05 /kg/h). Quando a glicemia for < 200 mg/dL e houver resolução da acidose (pH > 7,3 e bic > 18 meq/L), deve-se passar totalmente para a via SC. Clínica�Médica ↺↺24 HAS Bate�e�pronto�da�hipertensão�arterial�sistêmica 1.�Quais�os�medicamentos�de�primeira�linha�para�tratamento�da�hipertensão�� arterial�sistêmica? 2.�Dentre�os�efeitos�colaterais�dos�tiazídicos,�quais�os�4�hipo�que�ele�pode�causar? 3.�Dentre�os�efeitos�colaterais�dos�tiazídicos,�quais�os�3�hiper�que�ele�pode�causar? 4.�Quais�são�as�principais�contraindicações�para�uso�de�IECA�e�BRA? 5.�Quais�efeitos�colaterais�são�causados�pelos�IECA,�mas�não�pelos�BRA? 6.�Qual�é�o�efeito�colateral�mais�comum�com�uso�de�bloqueadores�de�canal�de�cálcio? 1. Diuréticos tiazídicos. IECA. BRA. Bloqueadores de canais de cálcio; 2. Hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia; 3. Hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperuricemia; 4. Estenose bilateral das artérias renais, gravidez, K > 5,5; 5. Tosse seca e angioedema; 6. Edema maleolar. Crises�hipertensivas Pseudocrise Urgência�hipertensiva Emergência�hipertensiva De fin iç ão > 180/120 por dor ou estresse emocional > 180/120 SEM lesão em órgão-alvo Aqui os valores pressóricos não são tão importantes. Basta que haja hipertensão COM lesão de órgão alvo (IAM, edema agudo de pulmão, AVE, encefalopatia) Tr at am en to Tratar causa base Anti-hipertensivos via oral para normalização da PA em 24/48h Anti-hipertensivos EV para queda de 15% da PA na primeira hora e 25% nas primeiras 24h (exceto AVC isquêmico) Clínica�Médica ↺↺25 Insuficiência�cardíaca Classificação�segundo�a�fração�de�ejeção ICFER: FE < 40%. ICFEP: FE > 50%. Classificação�funcional�NYHA�(para�pacientes�em�estágios�C�e�D) Classe� funcional Sintomas NYHA I Apenas em atividades físicas vigorosas. Não há sintomas nos esforços habituais NYHA II Em atividades usuais do dia a dia, como caminhar, fazer compras e esforços moderados NYHA III Em mínimos esforços como escovar os dentes, pentear o cabelo e amarrar o sapato NYHA IV Em repouso Classificação�segundo�o�estágio�de�desenvolvimento Estágio Sintomas A Paciente com alto risco de IC, mas sem cardiopatia estrutural e sem sintomas B Cardiopatia estrutural sem sintomas C Cardiopatia estrutural + sintomas D Refratário ao tratamento Drogas�que�mudam�a�mortalidade�na�ICFER Betabloqueadores: metoprolol, carvedilol e bisoprolol IECA/ BRA/ sacubitril-valsartana Espironolactona Hidralazina + nitrato (se for contraindicado IECA/ BRA) Inibidores do SGLT2 Ivabradina Clínica�Médica ↺↺26 IC�descompensada Perfil Tratamento A Quente e seco Melhor prognóstico; ajustar dose das medicações de uso crônico B Quente e úmido O mais comum; diuréticos e vasodilatadores C Frio e úmido O mais grave; diuréticos com prudência + inotrópicos L Frio e seco Hidratação cautelosa + inotrópicos Anemias Bate�e�pronto�das�anemias 1.�Qual�achado�laboratorial�mais�sugere�anemia�ferropriva�no�hemograma? 2.�Quais�os�primeiros�parâmetros�laboratoriais�que�se�alteram�na�deficiência�de�ferro? 3.�Qual�a�principal�alteração�laboratorial�que�fecha�o�diagnóstico�de�anemia�ferropriva? 4.�Como�está�o�TIBC*�e�ferritina�na�anemia�ferropriva?�*Capacidade total de ligação do ferro = TIBC 5.�Como�diferenciar�anemia�ferropriva�da�anemia�de�doença�crônica? 6.�O�que�fazer�diante�de�um�idoso�com�anemia�ferropriva? 7.�Quando�suspeitar�de�anemia�por�deficiência�de�B12? 1.Anemia hipocrômica e microcítica; 2. Ferro sérico e ferritina ; 3. Ferritina baixa! (< 15 ng/mL); 4. TIBC alto e ferritina baixa (< 15 ng/mL); 5. Doença crônica: TIBC baixo e ferritina normal. Ferropriva: TIBC alto e ferritina baixa; 6. Solicitar colonoscopia; 7. Anemia macrocítica + neutrófilos hipersegmentados + sintomas neurológicos. Clínica�Médica ↺↺27 Pneumonia�adquirida�na�comunidade Provável�agente�etiológico�-�links�mentais S. pneumoniae (pneumococo) O mais comum. Possível de identificar por antígenourinário Haemophilus influenzae O mais encontrado em exacerbação de DPOC Mycoplasma pneumoniae O germe atípico mais comum. Pode causar manifestações extrapulmonares, como anemia hemolítica, Stevens-Johnson, fenômeno de Raynaud, eritema multiforme e miringite bolhosa Streptococcus aureus Clínica e imagem mais graves, principalmente em lactentes e pneumopatas. É comum aparecer derrame pleural, pneumonia necrotizante e pneumatoceles Klebsiella pneumoniae Mais comum em DM, etilistas e idosos. Pneumonia do lobo pesado Legionella sp. Clínica grave. Hiponatremia por SIADH, aumento de transaminases e sintomas gastrointestinais. É possível identificá-lo por antígeno urinário. Pode fazer sinal de Faget (febre sem taquicardia) Pseudomonas aeruginosa Pneumopatas e pacientes com uso recente de antibióticos Critérios�do�CURB-65 Confusão mental Ureia > 50 mg/dL (ou 43 a depender da fonte) FR ≥ 30 irpm PAS < 90 ou PAD ≤ 60 mmHg Idade ≥ 65 anos Clínica�Médica ↺↺28 CURB-65 0 – 1 2 ≥ 3 Mortalidade baixa 1,5% Mortalidade intermediária 9,2% Mortalidade alta 22% Candidato ao tratamento ambulatorial Considerar tratamento hospitalar Tratamento hospitalar como PAC grave 4 – 5: avaliar UTI Tratamento�PAC�-�Antibioticoterapia Paciente�sem�comorbidades,�sem�uso�recente�de�antibióticos,�sem�fator�de�risco�� para�resistência,�sem�contraindicação�ou�história�de�alergia�a�essas�drogas Betalactâmico: amoxicilina ou amoxicilina + ácido clavulânico (7 dias) OU Macrolídeo: azitromicina (3 – 5 dias) ou claritromicina (7 dias) Pacientes�com�fatores�de�risco*,�doença�mais�grave,�uso�recente�de�antibióticos� Betalactâmico + macrolídeo (5 – 7 dias) Em�caso�de�alergia�a�betalactâmicos/macrolídeos Quinolona respiratória: moxifloxacino ou levofloxacino, ou gemifloxacino (5 – 7 dias) Pacientes�internados�em�enfermaria Cefalosporinas de terceira geração: ceftriaxona ou cefotaxima ou ampicilina/sulbactam + um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) (7 – 10 dias) OU Amoxicilina + ácido clavulânico (7 – 10 dias) OU Levofloxacino, moxifloxacino ou gemifloxacino em monoterapia (5 – 7 dias) Pacientes�internados�em�UTI Cefalosporinas de terceira geração: ceftriaxona ou cefotaxima ou ampicilina/sulbactam + um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) (7 – 14 dias) OU Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou cefotaxima) + quinolona respiratória (7 – 14 dias) * Os principais fatores de risco são: Doença pulmonar crônica Insuficiência cardíaca Doença hepática crônica Doença renal Estilismo Neoplasia maligna Asplenia Clínica�Médica ↺↺29 Critérios�de�Light Proteína líquido pleural/sérica > 0,5 LDH líquido pleural/sérica > 0,6 LDH líquido pleural > 2/3 do valor do limite superior do LDH sérico (200 UI/L) Se nenhum critério de Light estiver presente: transudato. • ICC (causa mais comum de todas). • Cirrose. • Rim. – Síndrome nefrótica. – Hipoalbuminemia. Se algum critério de Light estiver presente: exsudato. • Infecções. • Neoplasias (principalmente MAMA). • TB pleural (não exige isolamento de gotículas). • TEP (em 80% dos casos). Clínica�Médica ↺↺30 Etiologias�e�características�do�derrame�pleural CAUSA APARÊNCIA CARACTERÍSTICAS Derrame parapneumônico complicado Turvo Glicose < 60 pH < 7,2 Pode ter a presença de pus/leitoso LDH > 1.000 Leucocitose à custa de PMN (> 50% neutrófilos) Câncer Turvo Glicose diminuída Serosanguinolento pH < 7,3 Leucócitos < 10.000 (à custa de células mononucleares) Hemorrágico Citologia → eventualmente positiva Tuberculose Serosanguinolento ou seroso Glicose igual ao plasma ou diminuída pH < 7,4 Leucócitos < 10.000 (à custa de células mononucleares) ADA > 40 unidades/L Pancreatite Turvo ou serosanguinolento Glicose normal pH > 7,3 Leucocitose (à custa de PMN) Amilase elevada Clínica�Médica ↺↺31 Tuberculose Bate�e�pronto�da�tuberculose 1.� Definição�de�sintomático�respiratório 2.�Quadro�clínico�clássico�da�TB�pulmonar 3.�Diagnóstico�de�TB�pulmonar�no�adulto 4.�Diagnóstico�de�TB�na�criança 5.�Tratamento�básico 6.�Qual�é�a�forma�de�TB�extrapulmonar�mais�comum? 1. Tosse > 3 semanas; 2. Tosse produtiva + perda de peso + febre vespertina + sudorese noturna; 3. Teste rápido molecular OU baciloscopia (2 amostras). Sempre pedir cultura também!; 4. Escore baseado em 4 critérios: PPD; Quadro clínico e radiológico; Contato com adulto bacilífero; Estado nutricional; 5. Rifampicina; Isoniazida; Pirazinamida; Etambutol. RIPE por 2 meses + RI por 4 meses. Notificar o caso + pesquisar contactantes + oferecer teste para HIV; 6. TB pleural (ADA > 40 U/L) Clínica�Médica ↺↺32 Asma Critérios�diagnósticos�-�Espirometria Adultos Padrão obstrutivo VEF1/ CVF < 75% - 80% em adultos Prova broncodilatadora positiva Aumento do VEF1 > 12% e > 200 ml em relação ao basal Crianças Padrão obstrutivo VEF1/ CVF < 90% em crianças Prova broncodilatadora positiva Aumento do VEF1 > 12% do valor previsto CONTROLE�DA�ASMA Critérios�avaliados�nas�� últimas�4�semanas Asma� controlada Asma�parcialmente� controlada Asma�não� controlada Sintomas diurnos (mais de 2 vezes por semana) Nenhum critério preenchido 1 ou 2 critérios preenchidos 3 ou 4 critérios preenchidos Uso de medicações de alívio (mais de 2 vezes por semana) Sintomas noturnos (basta uma vez) Limitação de atividades devido à asma Macete�para�o�tratamento�ASMA: • Não tem CTD regular? Adicione. • Já tem CTD regular? Beta de longa. • Já tem ambos? Aumente a dose do corticoide. • Segue sem controle ideal? Apele. Atenção: •� Gravidade�da�asma: avaliada pela intensidade da medicação usada para conseguir controle da doença → leve (step 1 e 2), moderada (step 3) e grave (step 4 e 5). •� Controle�da�asma: questionário GINA de sintomas nas últimas 4 semanas. Clínica�Médica ↺↺33 Estratificação�da�crise�asmática Leve/moderada Grave Fala através de frases Fala através de palavras isoladas Prefere ficar sentado a ficar deitado Senta-se curvado para frente Calmo Agitado ou sonolento Frequência respiratória aumentada Frequência respiratória > 30 irpm Sem uso de musculatura acessória Uso de musculatura acessória Frequência cardíaca de 100-120 bpm Frequência cardíaca > 120 bpm Saturação O₂ (ar ambiente) 90%-95% Saturação O₂ (ar ambiente) < 90% PEF > 50% do previsto ou basal PEF ≤ 50% do previsto ou basal Conduta�na�crise�asmática C on du ta Beta-2 agonistas de curta Realizar 3 inalações com intervalo de 20 minutos em 1 hora e reavaliar Oxigênio, se SpO2 92% ou menos Ipratrópio (Atrovent) Corticoide sistêmico (pode ser oral) Outros remédios Sulfato de magnésio Alta Corticoide oral por 5 - 7 dias Clínica�Médica ↺↺34 DPOC Classificação�segundo�os�sintomas Classificação�mMRC mMRC Sintomas Grau 0 Dispneia apenas em exercício extenuante Grau 1 Dispneia ao acelerar o passo no plano ou ao subir escadas/rampas Grau 2 Anda mais lentamente que pessoas da mesma idade pela dispneia ou precisa parar quando anda no seu próprio passo no plano Grau 3 Precisa parar devido à dispneia após andar 100 metros no plano ou após alguns minutos em subidas Grau 4 Não consegue sair de casa devido à dispneia ou tem dispneia para se vestir Estadiamento clínico (GOLD): lembre-se que a linha é definida pelo número de exacerbações no último ano e a coluna pela sintomatologia. Estadiamento clínico Mudança�na�classificação�de�sintomas�e�exacerbação�pelo�GOLD�2023 Histórico�de�exacerbação Sintomas ≥ 2 exacerbações moderadas ou ≥ 1 com necessidade de hospitalização E 0 ou 1 exacerbação (sem necessidade de hospitalização) A B mMRC 0-1 CAT < 10 mMRC ≥ 2 CAT ≥ 10 Clínica�Médica ↺↺35 Bate�e�pronto�DPOC 1.�Quais�são�as�condutas�que�mudam�a�mortalidade�na�DPOC? 2.�Quais�são�as�indicações�de�oxigenoterapia�domiciliar�na�DPOC? 3.�Como�diagnosticar�exacerbação�da�DPOC? 4.�Quais�são�os�principais�patógenos�envolvidos�na�exacerbação�de�DPOC? 5.�Quais�são�as�principais�medidas�para�exacerbação�de�DPOC? 1.Interrupção do tabagismo; Oxigenioterapia domiciliar; Cirurgia para redução do volume pulmonar; Uso de VNI se apneia do sono associada; 2. Gasometria arterial com PaO₂ < 55 mmHg OU saturação de O₂ < 88%; Se houver policitemia, cor pulmonale ou hipertensão pulmonar: gasometria arterial com PaO₂ entre 55 - 60 mmHg OU saturação de O₂ < 89%; 3. Piora aguda dos sintomas respiratórios como aumento da dispneia OU alteração de volume/cor do escarro; 4. Moraxella catarrhalis e Streptococcus pneumoniae (pneumococo). “Muito Catarrhalis Purulento”; 5. Antibioticoterapia; Broncodilatadores de curta duração; Corticoide sistêmico; Oxigenioterapia com alvo de saturação de O₂ entre 88 e 92%. Clínica�Médica ↺↺36 Hepatites�virais Bate�e�pronto�das�hepatites�virais 1.� Quais�hepatites�são�de�transmissão�oral-fecal? 2.�Qual�é�o�único�vírus�da�hepatite�que�tem�como�material�genético�DNA? 3.�Qual�é�a�hepatite�que�mais�cronifica? 4.�Quais�hepatites�são�prevenidas�através�da�vacinação? 5.�Quais�pacientes�têm�indicação�de�tratamento�para�hepatite�C? 6.�Como�é�feito�o�diagnóstico�de�infecção�ativa�por�HCV? 7.�Qual�é�o�significado�das�sorologias�para�HBV? 8.�Quais�são�as�manifestações�extra-hepáticas�características?� 9.�Hepatite�B�+�D:�qual�tipo�de�infecção�aumenta�o�risco�de�cirrose�hepática? 1. Hepatites A e E; 2. Hepatite B (HBV); 3. Hepatite C; 4. Hepatite A: dose única aos 15 meses (PNI); Hepatite B: dose ao nascimento + doses da pentavalente com 2, 4 e 6 meses (PNI); 5. TODOS!; 6. Anti-HCV positivo + RNA-HCV positivo (carga viral); 7. HBsAg: presença do vírus; Anti-HBs: imunidade; Anti-HBe: replicação viral; Anti-HBc: história de contato com vírus; 8. Hepatite B: poliarterite nodosa, acrodermatite papular (Gianotti - Crosti) e glomerulonefrite memBranosa. Hepatite C: glomerulonefrite mesangioCapilar, líquen plano e Crioglobulinemia; 9. Super infecção (paciente portador de hepatite B crônica que se infecta com hepatite D aguda). Clínica�Médica ↺↺37 ⏳ Jogo�rápido�das�taquiarritmias Ausência de onda P + intervalo R-R irregular Flutter atrial Ausência de onda P + intervalo R-R regular Taquicardia ventricular Anarquia! Torsades de pointes Fibrilação atrial ; Ondas F (ondas em serra); Taquicardia supraventricular; QRS alargado; Fibrilação ventricular; QRS alargado alternando entre positivo e negativo *Se houver taquiarritmia + instabilidade (hipotensão, rebaixamento do nível de consciência, dor torácica, edema agudo de pulmão) = cardioversão elétrica. Clínica�Médica ↺↺38 Manejo�da�fibrilação�atrial Escore�CHA2DS2-VASc C Insuficiência cardíaca 1 ponto H HAS 1 ponto A Idade > ou igual a 75 anos (age) 2 pontos Idade entre 65-74 anos 1 ponto D Diabetes 1 ponto S HPP de fenômenos cardioembólicos (AVE - “stroke”) 2 pontos VA HPP de doença vascular (DAC, DAP, aortopatia) 1 ponto SC Sexo feminino (“sex category”) 1 ponto Considerar anticoagulação a partir de 1 ponto Clínica�Médica ↺↺39 Parada�cardiorrespiratória�e�RCP�(ACLS) Bate�e�pronto�de�parada�cardiorrespiratória 1.�Quais�as�características�da�massagem�cardíaca�de�qualidade? 2.�Quais�são�os�ritmos�chocáveis�(desfibrilação)? 3.�Quais�são�as�causas�reversíveis�de�PCR? 4.�Quais�os�ritmos�não�chocáveis? 5.�Qual�é�o�protocolo�da�linha�reta? 6.�Qual�é�a�dose�de�epinefrina�usada�durante�a�RCP? 7.�Quais�antiarrítmicos�são�utilizados�além�da�epinefrina�quando�o�ritmo�é�chocável? 1. 100 a 120 compressões/minuto; Compressão de ao menos 5 cm do tórax (adultos); Aguardar o retorno total do tórax; Minimizar interrupções; 30 compressões: 2 ventilações (adultos); 2. Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso (FV e TV sem pulso); 3. 5H + 5T; Hipovolemia; Hipoxemia; H+ (acidose); Hipotermia; Hipo K ou hiper K; Tensão no tórax (pneumotórax); Tamponamento cardíaco; Toxinas (intoxicação exógena); TEP; Trombose de coronárias (IAM); 4. AESP (atividade elétrica sem pulso) e assistolia; 5. Checar cabos + aumentar o ganho + mudar a derivação; 6. 1 mg; 7. Amiodarona ou lidocaína. Clínica�Médica ↺↺40 Sepse� Atenção: qSOFA na sepse tem valor prognóstico, e não diagnóstico! Ilustração para memorização do quick SOFA Clínica�Médica ↺↺41 Escore�SOFA�- Sequential Organ Failure Assessment 0 1�ponto 2�pontos 3�pontos 4�pontos Respiração PaO2/FiO2 ≥ 400 < 400 < 300 < 200 com suporte respiratório < 100 com suporte respiratório Coagulação Plaquetas/mm³ ≥ 150 mil < 150 mil < 100 mil < 50 mil < 20 mil Fígado Bilirrubina (mg/dL) < 1,2 1,2 - 1,9 2 - 5,9 6 - 11,9 > 12 Cardiovascular (drogas: mcg/kg/min) PAM ≥ 70 mmHg PAM < 70 mmHg Dopamina < 5 ou dobutamina (qualquer dose) Dopamina 5,1 - 15 ou adrenalina ≤ 0,1, ou noradrenalina ≤ 0,1 Dopamina > 15 ou adrenalina > 0,1 e noradrenalina > 0,1 SNC Escala de Glasgow 15 13 - 14 10 - 12 6 - 9 3 - 5 Renal Creatinina (mg/dL) Ou débito urinário < 1,2 1,2 - 1,9 2 - 3,4 3,5 - 4,9 < 500 ml/dia > 5 < 200 ml/dia �Pacote�de�1�hora Medir o nível de lactato; Obter culturas antes do antibiótico (se isso for atrasar o antibiótico, não há problema em pular); Administrar antibiótico de amplo espectro; Começar uma rápida administração de cristaloide em 30 ml/kg do peso ideal - até 3 horas para realização, mas iniciar na primeira hora; Fazer vasopressor em pacientes hipotensos (PAM < 65 mmHg), mesmo após ressuscitação com fluidos. Elementos�presentes�no�critério�SOFA Tem disfunção pulmonar? PaO₂/FiO2 Tem disfunção de coagulação? Plaquetopenia Tem disfunção hepática? Bilirrubinas elevadas Tem disfunção cardiovascular? Hipotensão Tem disfunção do sistema nervoso central? Diminuição da escala de Glasgow Tem disfunção renal? Elevação de ureia ou oligúria Clínica�Médica ↺↺42 Choque Bate�e�pronto�do�choque 1.�Qual�é�o�quadro�clínico�do�choque? 2.�Qual�é�o�melhor�parâmetro�para�avaliação�da�perfusão? 3.�Quais�são�os�estágios�do�choque�hipovolêmico? 4.�Qual�é�o�tipo�de�choque�que�é�hiperdinâmico�(débito�cardíaco�normal)? 5.�Quais�são�as�causas�de�choque�distributivo? 6.�Quais�são�as�causas�de�choque�obstrutivo? 1. Hipotensão, taquicardia e hipoperfusão periférica representada por extremidades frias, oligúria, TEC > 2 seg., confusão mental, sonolência e lactato > 2 mmol/L; 2. Débito urinário (ideal > 0,5 ml/kg/h); 3. Estágio 2: FC > 100 e PA normal – Cristaloides; Estágio 3: FC 120 - 140 e PA baixa - Considerar hemoderivados; Estágio 4: FC > 140 e PA baixa - Hemoderivados; 4. Distributivo; 5. Séptico, anafilático e neurogênico; 6. Tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e TEP. Clínica�Médica ↺↺43 Dengue Sinais�de�alarme TGI Dor abdominal contínua e intensa ou à palpação Vômitos persistentes Hepatomegalia > 2 cm Comportamento Letargia Irritabilidade Extravasamento� de�plasma Aumento do hematócrito Hipotensão postural Derrames cavitários Sangramento�� de�mucosas Gengivorragia Epistaxe Sinais�de�dengue�grave Choque Sangramento TGI ou SNC Encefalite, miocardite ou hepatite Clínica�Médica ↺↺44 Tratamento�da�dengue Grupo Critérios Tratamento Grupo�A Sem critérios para outros grupos Tratamento ambulatorial. Repouso + sintomáticos + hidratação via oral (60 ml/kg/dia sendo 1/3 soro de reidratação oral). Orientar sobre os sinais de alarme. Reavaliar entre o 3.º e 6.º dia de doença Grupo�B Apresenta petéquias, prova do laço positiva, risco social, comorbidades, ou são idosos ou gestantes Solicitar hemograma e iniciar hidratação de acordo com o grupo A até o resultado. Se o hematócrito for normal, é mantida a conduta do grupo A. Se o hematócrito for elevado, toma-se a conduta do grupo C Grupo�C Apresenta sinais de alarme Reposição polêmica com 20 ml/kg de SF 0,9% em 2 horas. Manter em observação por no mínimo 48h. Coletar hemograma completo, albumina e transaminases. Solicitar raio-x de tórax e USG de abdome para avaliar derrames cavitários. Reavaliar hematócrito a cada 2 horas. Pode repetir a expansão até 3 vezes. Ao melhorar, passa para a fase de manutenção.Se não houver melhora, passar para o grupo D Grupo�D Apresenta sinais de gravidade Reposição polêmica com 20 ml/kg de SF 0,9% em 20 minutos com reavaliações clínicas a cada 30 minutos e hematócrito a cada 2 horas. Pode repetir a expansão até 3 vezes. Permanecer em leito de UTI por pelo menos 48h Intoxicações�exógenas Intoxicações�exógenas�-�Substância�x�Antídoto Substância Antídoto Organofosforados e carbamatos Atropina Opioides Naloxone Paracetamol N-acetilcisteína Antidepressivos tricíclicos Bicarbonato de sódio Digitálicos Anticorpo Fab antidigoxina Benzodiazepínicos Flumazenil Betabloqueadores Glucagon Cianeto Hidroxicobalamina (vitamina B12) Etilenoglicol/metanol Etanol Clínica�Médica ↺↺45 Síndrome�coronariana�aguda Tipos�de�síndrome�coronariana�aguda IAM com supra do segmento ST ECG com supra de ST de ao menos 1 mm em duas derivações contíguas ou BRE novo. Obstrução coronariana total com necrose miocárdica * V2-V3 ("supra fisiológico"): ≥ 2 - 2,5 mm em homens e ≥ 1,5 mm em mulheres IAM sem supra do segmento ST ECG com alterações do segmento ST ou da onda T, OU ECG normal. Obstrução coronariana parcial, mas que já causou necrose miocárdicaMarcadores de necrose miocárdica alterados Angina estável ECG com alterações do segmento ST ou da onda T, OU ECG normal Apenas isquemia miocárdica, ainda sem necrose Marcadores de necrose miocárdica normais Localização�do�IAM Derivação Parede Coronária V1-V4 Anterior Descendente anterior (coronária esquerda) V1-V2 Septal Descendente anterior (coronária esquerda) V5-V6 Lateral-apical Circunflexa (coronária esquerda) D1 e aVL Lateral-alta Circunflexa (coronária esquerda) DII, DIII e aVF Inferior Coronária direita V7 e V8 (V1 - V3 em espelho) Posterior Coronária direita V3R + V4R VD Coronária direita Clínica�Médica ↺↺46 Derivações no eletrocardiograma Clínica�Médica ↺↺47 Bate�e�pronto�da�síndrome�coronariana�aguda 1.� Na�suspeita�de�síndrome�coronariana�aguda,�qual�exame�complementar�deve�ser� obtido�e�interpretado�em�até�dez�minutos? 2.�Qual�é�o�marcador�de�necrose�miocárdica�de�escolha? 3.�Pacote�de�tratamento�SCA 4.�Qual�o�tempo�"porta-agulha"�ideal�(tempo�entre�chegada�do�paciente�e�infusão�� do�trombolítico)? 5.�Quais�são�as�contraindicações�absolutas�para�trombólise? 6.�Qual�o�tempo�“porta-balão”�ideal�(tempo�entre�chegada�do�paciente�e�angioplastia)? 1. Eletrocardiograma; 2. Troponina ultrassensível (0 - 1h - 2h da admissão) *ECG com supra ST não precisa aguardar resultado; 3. Dupla antiagregação plaquetária; Anticoagulação; Nitrato; Morfina se dor refratária; Oxigenioterapia se sat < 90%; Betabloqueador; IECA ou BRA; Estatina de alta potência. *Se houver suspeita de comprometimento da coronária direita, não se deve usar nitrato, morfina e betabloqueador; 4. 30 minutos; 5. História de hemorragia do SNC; AVEi nos últimos 3 meses; Alterações vasculares cerebrais; Suspeita de dissecção aórtica; Sangramento ativo; 6. 90 minutos ou 120 minutos se transferência para outro serviço. Clínica�Médica ↺↺48 Acidente�vascular�encefálico Bate�e�pronto�do�AVE 1.�Qual�o�principal�fator�de�risco�para�AVEi�aterotrombótico? 2.�Qual�a�artéria�mais�acometida�no�AVEi? 3.�Qual�a�principal�causa�de�AVEi�embólico? 4.�Qual�o�objetivo�da�TC�de�crânio�no�AVE? 5.�Quais�as�condutas�iniciais�no�AVEi? 6.�Qual�é�a�indicação�de�trombólise�no�AVEi? 7.�Quais�são�as�contraindicações�absolutas�de�trombólise? 1. HAS; 2. Artéria cerebral média (carótida interna); 3. Fibrilação atrial; 4. Descartar AVE hemorrágico; 5. Estabilização clínica + AAS nas primeiras 48h + anticoagulação em dose profilática (se o paciente for submetido a trombólise, iniciar AAS e anticoagulante apenas 24h depois do fim do procedimento); 6. Tempo entre início dos sintomas e infusão de alteplase < 4,5h (delta-T); Idade > 18 anos; NIHSS entre 4 – 25; PA < 185/110; Sem contraindicações para trombólise; 7. No momento: dissecção aórtica, endocardite infecciosa, AVE multilobar, glicemia < 50 mg/dl, hemorragia ativa, uso de anticoagulantes, plaquetopenia e PAS > 185/110. Na última semana: punção arterial em sítio não compressível; Nas últimas 3 semanas: neoplasia gastrointestinal ou hemorragia digestiva; Nos últimos 3 meses: TCE, AVE e neurocirurgia; Em qualquer momento da vida: hemorragia intracraniana, neoplasia do SNC, malformação arteriovenosa e aneurisma. Clínica�Médica ↺↺49 Insuficiência�renal�aguda�(KDIGO) Diagnóstico: ↑ de 0,3 mg/dl ou mais de creatinina basal em 2 - 7 dias. ↑ de 50% ou mais de creatinina basal em 2 - 7 dias. Diurese < 0,5 ml/kg/h por mais de 6 horas. KDIGO:�classificação�da�lesão�renal�aguda Estágio Creatinina�sérica Diurese I 1,5 a 1,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 6h a 12h II Entre 2 a 2,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 12h a 24h III Mais de 3 vezes o valor basal ou ≥ 4 mg/dl < 0,3 ml/kg/h por mais de 24h ou anúria por mais de 12h Estágio Pré-renal�x�NTA Estágio Pré-renal Necrose�tubular�aguda Sódio�urinário < 20 mEq/L > 40 mEq/L Fração�excretada� de�sódio� < 1% > 1% Ureia/Creatinina� (plasma) > 40 < 20 Osmolaridade� urinária > 500 mOsm/L < 350 mOsm/L Sedimento� urinário Cilindros hialinos apenas Cilindros granulosos pigmentares Clínica�Médica ↺↺50 Indicações�de�diálise�de�urgência Acidose grave ou refratária Hipercalemia grave ou refratária Hipervolemia grave ou refratária Uremia franca com encefalopatia ou pericardite Intoxicação por metanol, salicilatos, etilenoglicol e barbitúrico Doença�renal�crônica TFG < 60 por 3 meses Albuminúria > 30 mg/dia por 3 meses Estadiamento�da�doença�renal�crônica Estágios�de�TFG Taxa�de�filtração�glomerular�(ml/min/1,73�m²) Estágio 1 (G1) ≥ 90 Estágio 2 (G2) 60 – 89 Estágio 3a (G3a) 45 – 59 Estágio 3b (G3b) 30 – 44 Estágio 4 (G4) 15 – 29 Estágio 5 (G5) Se necessitar de diálise, acrescentar letra “D” < 15 Estágios�de�albuminúria Taxa�de�excreção�de�albumina�(mg/dia) A1 < 30 A2 30 – 300 A3 > 300 Clínica�Médica ↺↺51 Fórmula�de�Cockroft-Gault�para�cálculo�da�taxa�de�filtração�glomerular: CL CR = (140 - idade) x peso (kg) / creatinina sérica (mg/dl) x 72. Se for mulher, multiplicar resultado por 0,85. Síndrome�nefrítica�(GNPE�-�glomerulonefrite�pós-estreptocócica) Bate�e�pronto�da�GNPE 1.�Qual�a�principal�faixa�etária�acometida? 2.�Qual�o�principal�desencadeante? 3.�Qual�é�a�tríade�clássica? 4.�Como�é�feito�o�diagnóstico? 5.�Como�é�feito�o�tratamento? 1. 3 aos 15 anos; 2. Infecção estreptocócica (S. pyogenes); Faringoamigdalite - 1 a 3 semanas; Piodermite - 2 a 6 semanas; 3. Hematúria dismórfica + hipertensão + edema; 4. História de infecção estreptocócica com incubação compatível; ASLO ou anti-DNAse positivo; Queda transitória de C3 (< 8 semanas); 5. Repouso relativo; Restrição de água e sal; Diuréticos, caso sejam necessários; Penicilina benzatina em dose única para eliminar a cepa nefrogênica. Clínica�Médica ↺↺52 Síndrome�nefrótica Bate�e�pronto�da�síndrome�nefrótica 1.�Qual�é�a�definição? 2.�Quais�são�as�consequências�da�perda�de�proteínas? 3.�Como�é�feito�o�diagnóstico? 4.�Quais�são�os�pacientes�com�síndrome�nefrótica�que�não�têm�indicação�de�biópsia�renal? 5.�Qual�é�a�principal�causa�de�síndrome�nefrótica�em�adultos? 6.�Qual�é�a�principal�causa�de�síndrome�nefrótica�em�crianças? 1. Proteinúria > 3,5 g/dia; 2. Hipoalbuminemia: edema e hipotensão; Hipercoagulabilidade; Maior susceptibilidade à infecção por germes encapsulados; Anemia refratária à reposição de ferro; Hiperlipidemia; Hipotireoidismo; Hipovitaminose D; 3. Biópsia renal; 4. Diabéticos e crianças entre 1 - 8 anos (causa é lesão mínima); 5. GESF (glomeruloesclerose segmentar e focal); 6. Lesão mínima. Clínica�Médica ↺↺53 Síndrome�hemolítico-urêmica Bate�e�pronto�da�síndrome�hemolítico-urêmica 1.�Qual�é�a�principal�causa? 2.�Qual�a�faixa�etária�mais�comum? 3.�Qual�é�a�tríade�clássica? 4.�Quais�são�os�achados�laboratoriais? 5.�Como�é�o�prognóstico? 1. Gastroenteritepor E. coli O157:H7; 2. Até 4 anos; 3. Lesão renal aguda; Anemia hemolítica microangiopática; Trombocitopenia; 4. Aumento do LDH; Reticulocitose; HiperK; Acidose metabólica; Hematúria; Proteinúria; 5. Bom; autolimitada em 1 - 3 semanas. Clínica�Médica ↺↺54 Hiponatremia� Bate�e�pronto�da�hiponatremia 1.�Qual�é�a�definição? 2.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�hipovolêmica? 3.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�hipervolêmica? 4.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�euvolêmica? 5.�Tratamento�crônico 6.�Tratamento�agudo 1. Na < 135 meq/L; 2. Vômitos, diarreia, hemorragias, uso de diuréticos tiazídicos, hipoaldosteronismo e síndrome cerebral perdedora de sal; 3. ICC, IR, cirrose hepática; 4. Causas “endócrinas” (hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal secundária e a SIAD), além da polidipsia psicogênica; 5. Hiponatremia hipovolêmica: NaCl 0,9%. Hiponatremia hipervolêmica: diurético de alça + restrição hidrossalina + dieta hipossódica + tratamento da doença de base. Hiponatremia euvolêmica (SIAD): restrição hídrica + dieta hipersódica* + bloqueador dos receptores (V₂ no túbulo coletor) de ADH; 6. Repor sempre com salina 3%. Aumentar a natremia em até 1 - 2 mEq/L por hora nas primeiras 3 horas. Aumentar em até 12 mEq/L (ideal até 10 mEq/L) em 24 horas. Clínica�Médica ↺↺55 Água corporal total Homem = 0,6 × peso Mulher = 0,5 × peso ΔNa = NA soro - Na paciente Água corporal total + 1 Adrogue Madias Fórmula utilizada para saber o quanto a concentração de sódio sérico: • Deve aumentar a cada litro de solução que será administrada. Bate�e�pronto�da�hipercalemia 1.�Qual�é�a�definição? 2.�Quais�as�causas�mais�comuns? 3.�Quais�são�as�alterações�encontradas�no�ECG? 4.�Qual�é�a�primeira�conduta�se�houver�alterações�no�ECG? 5.�Quais�as�medidas�para�a�redução�do�nível�sérico�de�potássio? 1. K > 5,5 meq/L; 2. IRA ou DRC (o renal crônico que faltou na diálise é clássico); Acidose metabólica; Uso de IECA e/ou espironolactona; Hemólise; Rabdomiólise; Síndrome da lise tumoral; 3. Onda T apiculada; Achatamento da onda P; Alargamento do QRS; 4. Gluconato de cálcio EV para evitar arritmias não diminui os níveis de potássio!; 5. Glicoinsulina EV; Nebulização com beta- agonista (salbutamol); Resina de troca; Furosemida; Diálise se grave e refratária. Hipercalemia Clínica�Médica ↺↺56 R P T Q S K= 5 mEq/L K= 10 mEq/L K= 11 mEq/L K= 12 mEq/L K= 7 mEq/L K= 8 mEq/L ECG - Hipercalemia Classificação�de�Child-Pugh�na�cirrose�hepática Escore�Child-Pugh �1�ponto 2�pontos 3�pontos Ascite Ausente Leve/ Fácil controle Moderada/grave/ Difícil controle Bilirrubina < 2 2 a 3 > 3 Albumina > 3,5 3,5 a 2,8* (algumas referências consideram 3,0 como valor inferior) < 2,8 Tempo de protrombina (aumento do tempo em s) ou INR 1-3 s < 1,7 4-6 s 1,7 a 2,3 > 6 s > 2,3 Encefalopatia Ausente Mínima Graus I a II Avançada Graus III e IV Clínica�Médica ↺↺57 Nódulos�e�câncer�de�tireoide Cintilo Nódulo “frio”Nódulo “quente” Tratar USG TSH reduzido TSH normal/ elevado USG Nódulo não suspeito ou <1cm Nódulo > 1cm ou suspeito Follow up PAAF Anamnese, exame físico, TSH Fluxograma - Conduta diante de um nódulo de tireoide Comparação�entre�achados�no�ultrassom�sugestivos�de�lesões�benignas�vs�malignas Benigno Maligno Hiperecoico Hipoecoico Calcificações grosseiras (exceto tipo medular) ou em "casca de ovo" Presença de microcalcificações Largura > altura Altura > largura Confinado à tireoide Extensão além da tireoide Hipervascularização periférica ou ausente (Chammas I, II e III) Hipervascularização predominantemente central (Chammas IV e V) Comparação�entre�os�dois�principais�tipos�histológicos�de�câncer�de�tireoide Carcinoma�papilífero Carcinoma�folicular Mais comum 2.º mais comum Forte associação com radiação na infância Associação com radiação; deficiência de iodo é um fator de risco também Prognóstico bom Prognóstico bom, mas pior em relação ao papilífero Disseminação linfática Disseminação hematogênica Presença de corpos psamomatosos Subtipo mais agressivos: células de Hürthle Clínica�Médica ↺↺58 Parasitoses�intestinais Resumo�parasitoses�intestinais Agente Transmissão Particularidades Tratamento Entamoeba histolytica (protozoário) Ingestão de cistos Disenteria e megacólon tóxico. Extraintestinal mais comum: abscesso hepático Metronidazol ou tinidazol Giardia duodenalis/ lamblia/intestinalis (protozoário) Ingestão de cistos. Pode acontecer em surtos ou como diarreia dos viajantes. Pode fazer síndrome disabsortiva e intolerância secundária à lactose Tinidazol Nitazoxanida Metronidazol Ascaris lumbricoides Ingestão de ovos Causa comum de obstrução intestinal abaixo dos 5 anos Albendazol dose única Mebendazol dose única Ancylostoma duodenale e Necator americanus Penetração de larvas pela pele (solo) Prurido e traçado no local da penetração. Conhecida como “amarelão” pela palidez causada pela anemia crônica Albendazol dose única Mebendazol por 3 dias Strongyloides stercoralis Penetração de larvas na pele Endêmico em área rural. Em imunossuprimidos pode fazer hiperinfecção e translocação bacteriana Ivermectina Albendazol Enterobius vermicularis Ingestão de ovos Prurido anal. Alta transmissibilidade. Diagnóstico com fita gomada Albendazol Mebendazol Pamoato de pirantel Trichuris Trichiura Ingestão de ovos Complicação mais comum é prolapso retal Mebendazol Albendazol Ivermectina Toxocara canis Ingestão de ovos ou carne com larvas. Crianças em contato com areia com fezes de cães e gatos Larva migrans visceral e ocular. Eosinofilia intensa Albendazol Mebendazol Teníase Ingestão de carne com larvas Sintomas GI Praziquantel Nitazoxanida Cisticercose (Taenia solium) Ingestão de ovos Neurocisticercose: lesões múltiplas com calcificação causando epilepsia Albendazol ou praziquantel + corticoide + anticonvulsivantes se necessário Esquistossomose Penetração de larvas na pele (água) Hipertensão portal + esplenomegalia Praziquantel Clínica�Médica ↺↺59 Ciclo�de�Loss/Síndrome�de�Loëffler Mnemônico�ANTAS Para�você�gravar�fácil: "Aqueles caras são uns vermes, são umas ANTAS!" Ascaris lumbricoides. Necator americanus. Toxocara canis. Ancylostoma duodenale Strongyloides stercoralis. G in ec ol og ia �e �O bs te tr íc ia Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺61 GINECOLOGIA Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�vulvovaginites Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�vulvovaginites Característica Candidíase Vaginose Tricomoníase Corrimento Branco grumoso Branco/amarelo acinzentado homogêneo Amarelo-esverdeado bolhoso Odor Sem odor Odor fétido Odor fétido Sintomas irritativos Prurido, dispareunia Ausentes Prurido, dispareunia Especular Corrimento aderido, eritema Corrimento homogêneo Colpite, eritema pH < 4,5 > 4,5 > 4,5 Teste das aminas (Whiff test) Negativo Positivo Positivo Teste de Schiller Negativo Negativo Positivo Microscopia Hifas/pseudo-hifas Células alvo (clue cells) Protozoários Tratamento Tópico: miconazol 2% 5 a 7 dias ou nistatina 100.000 UI 14 dias Metronidazol tópico por 5 dias ou oral 500 mg 12/12 horas por 7 dias Metronidazol oral 2 g dose única ou 500 mg 12/12 horas por 7 dias Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺62 Critérios�diagnósticos�para�DIP Critérios�diagnósticos�para�DIP Critérios�Maiores Dor no hipogástrio Dor à palpação dos anexos Dor à mobilização de colo uterino Critérios�Menores Temperatura axilar > 37,5 °C ou temperatura retal > 38,3 °C Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal Massa pélvica Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice Leucocitose em sangue periférico Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada Comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasmas Critérios�Elaborados Evidência histopatológica de endometrite Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de sacode Douglas em estudo de imagem Laparoscopia com evidência de DIP Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺63 Tratamento�medicamentoso 1ª�OPÇÃO�DE�TRATAMENTO�MEDICAMENTOSO Ambulatorial Hospitalar Ceftriaxona, 500 mg, dose única + Doxiciclina, 100 mg, 14 dias + Metronidazol, 500 mg, 14 dias Ceftriaxona, 1 g, 14 dias + Doxiciclina, 100 mg, 14 dias + Metronidazol, 400 mg 2ª�OPÇÃO�DE�TRATAMENTO�MEDICAMENTOSO Cefotaxima, 500 mg, dose única + Doxiciclina, 100 mg, 14 dias + Metronidazol, 500 mg, 14 dias Clindamicina, 900 mg, 14 dias + Gentamicina, 3 - 5 mg/kg, 14 dias Diferenciação�das�úlceras�genitais Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�úlceras�genitais Característica Herpes Cancroide Sífilis� primária Donovanose Linfogranuloma� venéreo Lesões Vesiculares que ulceram Múltiplas úlceras de fundo sujo, friável e borda irregular Úlcera única, de borda elevada e fundo limpo Úlcero-vegetante friável Úlcera única de fundo limpo Dor Sim Sim Não Não Não Adenopatia Bilateral sem fistulização Unilateral com fistulização em orifício único Uni ou bilateral sem fistulização Geralmente ausente Geralmente unilateral, dolorosa e fistulização em bico de regador Tratamento Aciclovir, VO, 400 mg, 8/8 horas Azitromicina, VO, 1g, dose única Penicilina benzatina, IM, 2,4 mi UI, dose única Azitromicina, VO, 1g, 1x/sem Doxiciclina, VO, 100 mg, 12/12 horas Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺64 Neoplasia�de�colo�uterino:�conduta�conforme�resultado�de�colpocitologia�oncótica Síntese�de�resultados�do�exame�preventivo�e�condutas Diagnóstico�citopatológico Faixa�etária Conduta�inicial Células escamosas atípicas (ASC) De significado indeterminado (ASC-US) < 25 anos Repetir em três anos Entre 25 e 29 anos Repetir a citologia em 12 meses ≥ 30 anos Repetir a citologia em seis meses Não se podendo afastar lesão de alto grupo (ASC-H) Encaminhar para colposcopia Células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC/AGC-US) Possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau Encaminhar para colposcopia Células atípicas de origem indefinida (AOI) Possivelmente não neoplásicas ou não se podendo afastar lesão de alto grau Encaminhar para colposcopia Lesão de baixo grau (LSIL/LIE-BG) < 25 anos Repetir em três anos ≥ 25 anos Repetir a citologia em seis meses Lesão de alto grau (HSIL/LIE-AG) Encaminhar para colposcopia Lesão intraepitelial de alto grau não podendo excluir microinvasão Encaminhar para colposcopia Carcinoma escamoso invasor Encaminhar para colposcopia Adenocarcinoma in situ (AIS) ou invasor Encaminhar para colposcopia Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺65 Estadiamento�BI-RADS�e�respectivas�condutas Categorias�descritas�na�mamografia Categoria Impressão�diagnóstica�� da�mamografia Recomendação 0 Inconclusivo Indicado complementação 1 Normal Mamografia de rotina 2 Achado radiológico benigno Mamografia de rotina 3 Achado provavelmente benigno Acompanhamento do achado em 6 meses e depois anual até completar 2 ou 3 anos 4 Achado suspeito Biópsia 5 Achado altamente suspeito Biópsia ou cirurgia 6 Achado com comprovação maligna Conduta de acordo com tumor Conduta�no�sangramento�pós-menopausa 1.ª�hipótese�–�Atrofia�endometrial�(a�mais�comum). Mas não podemos deixar de investigar o câncer de endométrio! Se no ultrassom transvaginal der acima de 4�mm em mulheres sem reposição hormonal e acima de 8�mm em mulheres com TRH = histeroscopia + biópsia 4 mm; 8 mm. Características� que� levantam� suspeita� para� o� câncer� de� ovário� no� ultrassom� transvaginal Achados�na�ultrassonografia�transvaginal�(USG-TV) Características�benignas Características�malignas < 8 cm > 8 cm Parede interna regular Parede interna irregular Septações finas ou ausentes Septações grosseiras e/ou espessas Conteúdo puramente cístico, unilocular Conteúdo misto, multilocular Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺66 Definição�de�amenorreia�primária Ausência de menstruação aos 13 - 14 anos sem caracteres sexuais secundários, ou aos 15 - 16 anos com caracteres sexuais secundários. Sequência�de�exames�para�investigação�de�amenorreia�secundária Investigação�de�amenorreia�secundária 1º BHCG 2º TSH PROLACTINA HIPO/HIPERTIROIDISMO HIPERPROLACTINEMIA 3º Teste da progesterona Positivo (sangramento) ANOVULAÇÃO Negativo Prosseguir investigação 4º Teste do estrogênio Negativo Problema no COMPARTIMENTO�I�-�� ÚTERO�VAGINAL Positivo (sangramento) Prosseguir investigação 5º FSH > 20 alto HIPOGONADISMO HIPERGONADOTRÓFICO PROBLEMA NO COMPARTIMENTO II OVARIANO < 5 baixo HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO Prosseguir investigação 6º Teste do GnRH Positivo (↑ FSH e LH) Problema no COMPARTIMENTO�IV�-�HIPOTÁLAMO Negativo (FSH e LH normais) Problema no COMPARTIMENTO�III�-�HIPÓFISE Diferença�entre�Síndrome�de�Rokitansky�e�Síndrome�de�Morris Síndrome�de�Rokitansky�X�Síndrome�de�Morris Características Síndrome�de�Rokitansky Síndrome�de�Morris Cariótipo 46, XX 46, XY Mamas Normais Pequenas Vagina Curta Curta Pelos Normais Ausentes ou escassos Órgão reprodutor Ovários Testículos (intra abdominais) Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺67 Investigação�do�casal�infértil Fator� masculino Espermograma Fatores� femininos Exames iniciais: TSH, T4 livre, prolactinemia, FSH (na primeira fase do ciclo), progesterona (na segunda fase do ciclo) e estradiol Tuboperitoneal: histerossalpingografia → Prova de Cotte negativa = videolaparoscopia Ovulatório: Dosagem de progesterona na fase lútea (> 3 ng/dl indica ovulação); USG-TV seriada a partir do 11.º dia do ciclo para documentar ovulação (principal) Avaliação�da�reserva�ovariana Dosagem de FSH entre o 2.º e 5.º dia do ciclo menstrual → FSH > 10 UI/ml indica baixa reserva ovariana. USG com contagem de folículos antrais → considerada alterada quando há menos que 6 folículos antrais. O exame mais acurado para avaliar a reserva folicular é o hormônio antimülleriano (HAM ou AMH) - não faz parte da propedêutica básica, mas tem ganhado espaço nas provas. Funcionamento�da�teoria�das�duas�células Teca Colesterol Granulosa Androstenediona Testosterona Androstenediona Testosterona Aromatização Estrona Estradiol FSH LH Sistema das duas células Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺68 Principais�contraindicações�dos�anticoncepcionais�combinados Método Estrogênio�� (combinado�com�progesterona) Progesterona Tabagismo em ≥ 35 anos <�15�cigarros/dia:�� contraindicação�relativa�(3)� ≥�15�cigarros/dia:�� contraindicação�absoluta�(4) Sem�contraindicação�(1) Tabagismo < 35 anos Sem�contraindicação�(2) Sem�contraindicação�(1) Pós-parto com aleitamento materno < 6 semanas do parto: Contraindicação�absoluta�(4) 6 semanas a 6 meses do parto:� Contraindicação�relativa�(3) Sem�contraindicação Pós-parto sem aleitamento materno ≤�21�dias:�contraindicado* >�21�dias:�sem�contraindicação Sem�contraindicação Enxaqueca com aura Contraindicação�absoluta�(4) Controverso:�Iniciar�� o�método�pode�(2),�� continuar�o�método,�não�(3). Para�a�prova:�Sem� contraindicação Câncer de mama Atual:�contraindicação�absoluta�(4) >�5�anos�sem�doença:� contraindicação�relativa�(3) Atual:�contraindicação� absoluta�(4) >�5�anos�sem�doença:� contraindicação�relativa�(3) Legenda: 1 e 2: pode usar; 3 e 4: não pode usar → 3: contraindicação relativa e 4 contraindicação absoluta. Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺69 Outras�contraindicações�de�métodos�combinados�relevantes�para�a�prova Método Estrogênio�� (combinado�com�progesterona) Progesterona Hipertensão arterial Contraindicação�relativa�(3),�ou� absoluta�se�≥�16x10mmHg�(4) Não�é�contraindicação. Exceção:�contraindicado� injetável�se�PA�≥�16x10mmHg�(3) Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular Contraindicação�� relativa/absoluta�(3�/�4) Sem�contraindicação�(2).� Exceção para os injetáveis (3) Tromboembolismo venoso Atual�ou�prévio:�� contraindicação�absoluta�(4) Atual:�contraindicação�(3) Prévio:�Sem�contraindicaçãoDiabetes por mais de 20 anos ou com complicações >29�anos�ou�complicações:� Contraindicação�(3�/�4)� <20�anos�e�sem�complicações:� Sem�contraindicação�(2) Sem�contraindicação�(2).� Exceção: injetáveis Valvulopatia com complicações (hipertensão pulmonar, risco de FA) Contraindicação�absoluta�(4).� Sem complicações não é contraindicação (2). Sem�contraindicação�(1) Trombofilia (como fator V de Leiden) Contraindicação�absoluta�(4) Sem�contraindicação�(2) Infarto ou AVE prévio Contraindicação�absoluta�(4) Controverso:�Iniciar� o�método�pode�(2),�� continuar�o�método,�não�(3). Enxaqueca sem aura ≥ 35 anos Contraindicação�(3�/�4) Sem�contraindicação Anticonvulsivantes como carbamazepina, topiramato Contraindicação�relativa�(3) Sem�contraindicação�para�� os�implantes�e�injetáveis�� (1�/�2).�Oral�não�pode�(3). Ácido valproico (anticonvulsivante) Sem�contraindicação Sem�contraindicação Massa em mama, neoplasia benigna, história familiar, gene BRCA1/2 Sem�contraindicação Sem�contraindicação Antibióticos, antifúngicos, antiparasitários Sem�contraindicação.�� Exceção: rifampicina Sem�contraindicação.�� Exceção: rifampicina Legenda: 1 e 2: pode usar; 3 e 4: não pode usar → 3: contraindicação relativa e 4 contraindicação absoluta. Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺70 Indicação�de�anticoncepção�no�puerpério Pacientes�amamentando: •� 6�semanas: o método hormonal combinado é contraindicação absoluta. •� 6�semanas�a�6�meses: o método hormonal combinado é categoria 3. •� 6�meses: pode tudo! Pacientes�que�não�estão�amamentando: •� <�3�semanas: método hormonal combinado é categoria 3. Demais métodos são categoria 1. •� >�3�semanas: pode tudo! Principais�efeitos�dos�progestágenos�mais�usados Progestágenos Menos trombogênico Levonorgestrel Mais trombogênico (mas ainda não se compara com o de estrogênios) Desogestrel e ciproterona Mais antiandrogênico Ciproterona Mais atividade antimineralocorticoide Drospirenona (derivado de espironolactona) Principais�causas�de�SUA�em�cada�faixa�etária�e�mnemônico�PALM-COEIN Principais�causas�de�SUA Período Principais�causas Neonatal Privação de estrogênio materno Infância Corpo estranho, infecções, puberdade precoce, abuso sexual, neoplasias Adolescência Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, coagulopatia, infecções Menacme Sangramentos da gestação e sangramento uterino disfuncional (SUD) por anovulação, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, uso de anticoncepcionais, alterações estruturais benignas e malignas Pós-menopausa Atrofia endometrial, terapia de reposição hormonal, câncer de endométrio Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺71 PALM-COEIN Miomas Classificação�dos�miomas�pela�Federação�Internacional�de�Ginecologia�e�Obstetrícia� (FIGO) Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺72 Tríade�clínica�da�endometriose Dismenorreia progressiva + dispareunia + infertilidade. Climatério:�contraindicações�absolutas�à�terapia�de�reposição�hormonal�(TRH) Contraindicações: • Hepatopatia descompensada. • Tromboembolismo agudo. • Câncer de mama ou endométrio. • Porfiria • Sangramento vaginal sem diagnóstico. • AVE, IAM, TVP, LES anticorpos positivos, SAF. Indicações�das�diferentes�vias�de�administração�da�terapia�de�reposição�hormonal Indicações: •� Tópica: é a 1.ª escolha quando há sintomas vaginais isolados. •� Oral: mulheres sem comorbidades ou com hipercolesterolemia devem receber a TRH por via oral, caso não se encaixem na indicação da via tópica (outros sintomas). •� Parenteral: mulheres com diversas comorbidades, como hipertensão, diabetes, doença hepática, fumantes e hipertrigliceridemia, devem receber a TRH por via parenteral preferencialmente. Classificação�POP-Q Aa Parede anterior Ba Parede anterior C Colo ou cúpula GH ou HG Hiato genital CP ou PB Corpo perineal CVT ou TVL Comprimento vaginal total Ap Parede posterior Bp Parede posterior D Fundo de saco de Douglas Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺73 Imagem POP Q Incontinência�urinária�de�esforço:�valor�de�pressão�de�perda�esperada�(PPE) PPE > 90 cm de H2O Hipermobilidade vesical PPE < 60 cm de H2O Defeito esfincteriano Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺74 OBSTETRÍCIA Cálculo�da�data�provável�do�parto DUM + 9 meses e 7 dias. Atenção: cuidado com anos bissextos. Manobra�de�Leopold 1.º�tempo Avaliação da situação fetal 2.º�tempo avaliação da posição (direita, por exemplo, ou esquerda) 3.º�tempo Diagnostica a apresentação fetal e encaixe (cefálica, pélvica ou córmica, por exemplo) 4.º�tempo Avaliar o grau de penetração e flexão do feto Manobra de Leopold/Manobras de Leopold em ordem: 1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺75 Principais�alterações�fisiológicas�na�gravidez Aumenta Reduz Débito cardíaco Resistência vascular periférica Frequência cardíaca Pressão arterial (PAD cai mais do que PAS) Volume sanguíneo (50% = hemodiluição) Plaquetas Fatores de coagulação (fibrinogênio) Volume residual (capacidade respiratória total) Volume corrente (volume-minuto = hiperventilação) Tônus muscular liso - TGI, urinário e vascular Taxa de filtração glomerular Trânsito intestinal - constipação, refluxo Hiperglicemia pós-prandial Hipoglicemia em jejum Mnemônico�“GUTHS” “Quando�a�mulher�avisa�a�família�que�está�grávida,� todo�mundo�fica�cheio�de�‘gute-gute’�com�ela.” Glicemia de jejum Urina (EAS + urocultura) Tipagem sanguínea e fator Rh Hemograma Sorologias Exames� obrigatórios� na� primeira� consulta� do� pré-natal� segundo� o� Ministério�� da�Saúde�(MS) Observação�1: sorologias que devem ser solicitadas - toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatite B e C. Observação�2: lembrar que sorologias como rubéola, citomegalovírus e Zika, para as quais ainda não há tratamento comprovadamente eficaz, não são obrigatórias pelo MS, mas são ditas como importantes pela FEBRASGO. Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺76 Valores�de�referência�para�diagnóstico�de�DMG Principais�alterações�fisiológicas�na�gravidez Glicemia�de�jejum TOTG < 92 mg/dL = normal Jejum ≥ 92 mg/dL OU 92 a 125 mg/dL = DMG 1h pós-prandial ≥ 180 mg/dL OU ≥ 126 = DM prévio 2h pós-prandial ≥ 153 mg/dL Atualização�da�conduta�em�gestante�positiva�para�toxoplasmose Toxoplasmose materna aguda Pré-natal de alto risco IG < 16 semanas • Iniciar ESPIRAMICINA IG≥ 16 semanas • Iniciar ESQUEMA TRÍPLICE Pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico Manter espiramicina até o parto US seriada PCR do líquido amniótico (ig > 18 semanas) US normal PCR negativo US alterado PCR positivo Manter esquema tríplice até o parto Fluxograma toxoplasmose Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺77 Imunoglobulina�anti-D�na�paciente�Rh�negativo • Com 28 semanas. • Até 72h pós-parto se recém-nascido for Rh+. • Após qualquer episódio de sangramento na gestação, exames invasivos ou abortamento. Critérios�de�tratamento�adequado�para�as�gestantes�diagnosticadas�com�sífilis Critérios: • Administração de penicilina benzatina. • Início do tratamento até 30 dias antes do parto. • Esquema terapêutico conforme o estágio clínico da doença (sífilis recente: 1 dose; sífilis tardia ou tempo indeterminado: 3 doses). • Respeito ao intervalo recomendado de doses; • Documentação da queda do título do teste não treponêmico em pelo menos duas diluições após a conclusão do tratamento – resposta imunológica adequada. Atenção!�A(s) parceria(s) sexual(is) também deverão ser tratadas, porém, esse critério não é mais obrigatório para considerar a gestante como adequadamente tratada. Indicação� de� TARV� na� gestação� e� indicações� da� via� de� parto� na� gestante�� HIV�positivo Indicação�de�TARV�na�gestação Gestante�que�vai�iniciar�� TARV�na�gestação TDF + 3TC + DTG Gestante�que�já�usava�� TARV�antes�da�gestação CV indetectável CV detectável Não trocar TARV Avaliar motivos para falha e indicar coleta de genotipagem do HIV (se CV ≥ 500 cópias/mL) TDF = tenofovir, 3TC = lamivudina, RAL = raltegravir, DTG = dolutegravir, EFZ = efavirenz, ATV/r = atazanavir/ritonavir. Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺78Gestante com CV desconhecida ou detectável na 34.ª semana Parto cesáreo eletivo, empelicado, a partir da 38.ª semana AZT injetável no parto AZT injetável no parto Gestante com CV detectável, porém menor que 1.000 cópias/mL na 34.ª semana Parto segundo indicação obstétrica; pode ser vaginal Gestante com CV indetectável na 34.ª semana Parto segundo indicação obstétrica, preferencialmente vaginal Manter TARV habitual via oral Indicação de via de parto e uso de AZT Medicações�na�gestação Medicações�proibidas Medicações�permitidas Inibidores de ECA, BRA, diuréticos de alça Metildopa, hidralazina, nifedipino Antidiabéticos orais (exceto metformina) insulina, metformina Quinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino), aminoglicosídeos (gentamicina) Betalactâmicos, cefalosporinas, azitromicina, clindamicina Varfarina Heparina Fluconazol Antifúngicos tópicos Valproato, fenitoína, topiramato, fenobarbital, carbamazepina Lamotrigina; ácido fólico (5 mg/dia) durante toda a gestação, começando três meses antes da concepção Principais�medicações�contraindicadas�na�gestação Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺79 Determinação�da�corionicidade�de�gêmeos�monozigóticos Depende�da�data�que�ocorreu�a�divisão: • Separação até 72 horas (3 dias) após a fertilização: dicoriônica e diamniótica (30% das gestações monozigóticas). • Separação entre 4 – 7 dias: monocoriônica, diamniótica (68%). • Separação entre 8 – 12 dias: monocoriônica, monoamniótica (2%). • Separação > 12 dias: gemelaridade imperfeita (fetos conjugados). Resumo�das�medicações�indicadas�nas�emergências�hipertensivas Sulfato de Magnésio EV (Zuspan) Hidralazina EV se PA ≥ 160 x 110 Ataque: 4g em 15 – 20 minutos Ataque: 5 mg EV Manutenção: 1 – 2 g/hora em BIC Repetir a cada 20 minutos até PA ficar abaixo de 160 x 110 ou máximo de 30- 45 mg Conduta�inicial�na�pré-eclâmpsia�grave/eclâmpsia Nível�pressórico Primeira�linha�de�tratamento PAS ≥ 160 mmHg e/ou Sulfato de magnésio + PAD ≥ 110 mmHg Anti-hipertensivo (Hidralazina - 1.ª opção) Sinais�de�gravidade�da�pré-eclâmpsia Pressão arterial ≥ 160 X 110 mmHg Sinais da síndrome HELLP (plaquetopenia, lesão hepática, hemólise) Lesão renal aguda (creatinina >= 1,2 mg/dl ou diurese inferior a 500mL/24h) Edema pulmonar Cefaleia frontoccipital de forte intensidade Sintomas visuais, como escotomas, turvação e amaurose Dor epigástrica Reflexos tendinosos profundos exaltados Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺80 Identificação�de�uma�síndrome�HELLP Hemólise Presença de esquizócitos, bilirrubina total ≥ 1,2 mg/dl, LDH > 600 UI/L Lesão hepatocelular Enzimas hepáticas elevadas (AST ≥ 70 UI/ L) Plaquetopenia < 100.000 Diagnóstico�diferencial�e�conduta�-�incompetência�istmocervical�e�SAF Diagnóstico IIC SAF Clínica sugestiva Gestante com perdas súbitas e indolores no segundo trimestre recorrentes em idades gestacionais cada vez mais precoces Morte intrauterina inexplicada ou história de trombose venosa/arterial na mãe Conduta Cerclagem de McDonald entre 12 e 16 semanas de IG AAS + heparina (dose depende da história pregressa) Diferença�dos�tipos�de�aborto Comparação�entre�os�tipos�de�aborto�com�colo�fechado Ameaça� Completo Retido Orifício�do�colo Fechado Fechado Fechado Sangramento Pouco Já sangrou ou chega com pouco sangramento Pouco Dor Pouco ou nenhuma Nenhuma Pouco ou nenhuma Especular� Normal Normal Normal Febre Não Não Não Ultrassom� Normal, BCF+ Útero vazio Embrião sem BCF Conduta Orientação Orientação Expectante por até 30 dias ou esvaziamento Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺81 Comparação�entre�os�tipos�de�aborto�com�colo�aberto� Inevitável Incompleto� Infectado Orifício�do�colo Aberto Aberto Aberto Sangramento Sim Sim Sim ou não Dor Sim Sim Sim Especular� Hemorragia pelo orifício externo, sem saída de tecido Hemorragia pelo orifício externo, com saída de tecido Secreção purulenta Febre Não Não Sim Ultrassom� Ovo deformado, hematoma retro ovular, ovo baixo Restos ovulares e/ou espessamento endometrial > 15-20 mm Restos ovulares Conduta Suporte + analgesia/ esvaziamento uterino Esvaziamento uterino Esvaziamento uterino + antibioticoterapia Diagnóstico�de�gestação�ectópica B-hCG > 1.500 mU/mL + útero vazio. Indicações�de�tratamento�medicamento�(metotrexato)�na�gestação�ectópica� Beta-hCG ≤ 5.000 mUI/ml + SG < 3,5 cm + ausência de batimentos cardíacos fetais. Identificação�da�doença�trofoblástica�gestacional�nos�enunciados • Sangramento vaginal intermitente com aspecto de ameixa ou em cachos de uva. • Útero aumentado para a IG e em sanfona (cresce e diminui). • Beta-hCG aumentado para a IG e hiperêmese gravídica (sintomas de gravidez exuberantes). • Cistos tecaluteínicos (anexiais bilaterais). • Pré-eclâmpsia precoce. Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺82 Diferença� das� duas� principais� causas� de� sangramentos� da� segunda� metade�� da�gestação Principais�pontos�para�diferenciação�entre�DPP�e�PP Descolamento�prematuro� de�placenta�(DPP) Placenta�prévia�(PP) Sangramento Vermelho-escuro, único Vermelho vivo, intermitente Dor Presente Ausente Principal fator de risco Hipertensão Cesariana prévia Feto Bradicardia Normal Útero Hipertônico Normal Itens�avaliados�pelo�índice�de�Bishop • Dilatação. • Esvaecimento. • Altura da apresentação. • Consistência. • Posição do colo. Rastreio�de�prematuridade�em�gestantes�de�alto�risco 1. USG para medição do comprimento do colo uterino, entre 20 e 24 semanas. Se menor do que 25 mm, o rastreio é positivo. 2. Dosagem de fibronectina em secreção coletada em fundo de saco. Se maior do que 50 ng/ml, o rastreio é positivo. Conduta�em�um�trabalho�de�parto�prematuro� • Acima de 34 semanas = assistência ao parto. • Abaixo de 34 semanas = tocólise + corticoterapia para amadurecimento pulmonar do feto + sulfato de magnésio em gestantes entre 24 e 32 semanas de IG para neuroproteção fetal + profilaxia com penicilina cristalina ou ampicilina se não houver realização do swab para pesquisa do Streptococcus do grupo B (GBS). Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺83 Indicações�de�profilaxia�contra�GBS Indicações�de�profilaxia�contra�o�Streptococcus�do�grupo�B Gestantes com swab vaginal e/ou retal positivo Gestantes que não fizeram swab, mas possuem algum fator de risco para essa infecção (febre, trabalho de parto prematuro ou amniorrexe > 18 horas) Gestantes com urinocultura positiva para GBS na gestação atual Gestantes com filhos acometidos pela GBS anteriormente Exceção: parto cesariano sem trabalho de parto ou rotura prematura de membranas ovulares. Nesse caso, a gente não recebe a profilaxia, ainda que preencha algum dos critérios citados na tabela acima Atitudes�fetais�que�podem�ocorrer�no�parto�e�suas�referências Referências�de�apresentação�resumo/atitude�fetal Imagem�� correspondente�acima Atitude Ponto�de�referência Imagem A Flexão Lambda Imagem B Defletido de 1.° grau Bregma Imagem C Defletido de 2.° grau Glabela Imagem D Defletido de 3.° grau Mento Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺84 Diagnóstico�de�partos�distócicos D ila ta çã o (c m ) Nome Dia de início Hora Real Hora de Registro RG - AM - 3 - 2 - 1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 9 10 + 1 + 2 + 3 + 4 Vulva 0 De Lee Linha de Alerta Linha de Ação Tempo (horas) D ila ta çã o (c m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 - AM - 3 - 2 - 1 + 1 + 2 + 3 + 4 Vulva 0 De LeeRGNome Diagnóstico: período pélvico prolongado Diagnóstico: parto taquitócico Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺85 Linha de Alerta Linha de Ação Tempo (horas) D ila ta çã o (c m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 - AM - 3 - 2 - 1 + 1 + 2 + 3 + 4 Vulva 0 De LeeRGNome Diagnóstico: parada secundária da dilatação Diagnóstico: parada secundária da descida Tempo (horas) D ila ta çã o (c m ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 - AM - 3 - 2 - 1 + 1 + 2 + 3 + 4 Vulva 0 De LeeNome RG Linha de AçãoLinha de Alerta Ginecologia�e�Obstetrícia ↺↺86 Identificação�do�tipo�de�desaceleração�da�cardiotocografia�(CTG) • Na DIP I,