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Sumário de Cirurgia

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Sumário
Cirurgia� 4
Clínica�Médica� 18
Ginecologia�e�Obstetrícia� 60
Pediatria� 90
Preventiva� 146
3
Sumário
C
iru
rg
ia
5
Cirurgia
 Bate�e�pronto�da�dor�abdominal
1.� Dor�periumbilical�que�migra�para�a�fossa�ilíaca�direita?
2.�Dor�abdominal�que�se�localiza�na�fossa�ilíaca�esquerda?
3.�Dor�abdominal�em�faixa�em�epigástrio�irradiada�para�dorso?
4.�Dor�abdominal�com�abdome�em�tábua?
5.�Dor�em�hipocôndrio�direito�com�Murphy�positivo?
6.�Dor�abdominal�desproporcional�ao�exame�físico�com�história�de�arritmia?
7.� Dor�abdominal�com�distensão�e�hiperperistalse?
1. Apendicite; 2. Diverticulite; 3. Pancreatite; 4. Abdome agudo perfurativo; 5. Colecistite; 6. Isquemia mesentérica; 7. Obstrução intestinal. 
�Classificação�de�Hinchey�para�diverticulite�e�conduta�de�cada�grau
Hinchey I Abscesso pericólico - antibioticoterapia 
(ceftriaxona/ciprofloxacina + metronidazol).
Hinchey II Abscesso pélvico - drenagem percutânea + antibioticoterapia 
(ceftriaxona/ ciprofloxacina + metronidazol).
Hinchey III Peritonite purulenta generalizada - lavagem laparoscópica 
ou laparotomia de urgência (cirurgia à Hartmann).
Hinchey IV Peritonite fecal generalizada - laparotomia de urgência 
(cirurgia à Hartmann).
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Cirurgia
Classificação�das�úlceras�gástricas�e�complicações
Tipo I hipo ou normocloridria
Tipo II e III Hipercloridria
Tipo IV Hipocloridria
Tipo V Induzida por AINES
Complicações Perfuração (parede anterior) e sangramento 
(parede posterior - artéria gastroduodenal)
Úlcera�duodenal Úlcera�gástrica
Características Mais comum Sempre biopsiar e repetir EDA após TTO 
(chance de CA gástrico)
Relação com alimentos Melhora a epigastralgia Piora a epigastralgia
 [HCl] Hipercloridria I* e IV: hipocloridria; II e III: hipercloridria
Localização habitual
Bulbo duodenal
Perfuração: anterior 
Sangramento: posterior 
Pequena curvatura (Tipo I)
*I pode ser hipo, normocloridria
Sinais�semiológicos�na�dor�abdominal
Nome�do�sinal Condição�a��
que�é�associado Definição
Blumberg Apendicite aguda Descompressão dolorosa após a palpação 
do ponto de McBurney (na fossa ilíaca direita)
Rovsing Apendicite aguda Dor sentida em fossa ilíaca direita durante 
a palpação profunda de fossa ilíaca esquerda
Murphy Colecistite aguda
Parada súbita da respiração no momento 
da inspiração, por dor à palpação do 
hipocôndrio direito (ponto cístico) 
Cullen Pancreatite aguda Presença de equimose em região periumbilical
Grey-Turner Pancreatite aguda Presença de equimose em região de flancos
Courvoisier-Terrier Tumor periampular Vesícula biliar palpável e indolor em paciente ictérico
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Cirurgia
Apendicite�aguda
•� Outros�sinais�sugestivos: sinal do obturador, sinal do psoas, sinal de Dunphy.
Pancreatite�aguda
Aspecto em "bico de pássaro"
Acalasia:�diagnóstico�e�tratamento
Exame�diagnóstico:�esofagomanometria com deficit do relaxamento do esfíncter esofagiano 
inferior e peristaltismo no esôfago distal.
Principal�tratamento�cirúrgico: miotomia de Heller modificada em casos grau III - em graus 
IV, optar por esofagectomia.
Dica�Aristo
Cullen: 
Um nome, única equimose ao redor do umbigo; 
Grey-Turner: 
Dois nomes, equimose em dois flancos.
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Cirurgia
Classificação Risco
Forrest I
Ia - Sangramento ativo e pulsátil/em jato Alto
Ib - Sangramento ativo, porém não pulsátil babando Alto
Forrest II
IIa - Vaso visível não sangrante Alto
IIb - Coágulo aderido Moderado
IIc - Hematina Baixo
Forrest III III - Úlcera clara Baixo
A�classificação�é�utilizada�para�prever�o�risco�de�ressangramento
Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIa e IIb. 
Nesses casos, deve-se realizar...
Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIa e IIb. Nesses casos, deve-se realizar terapia endoscópica.
Prevenção�de�sangramento�em�paciente�com�varizes�de�esôfago
Profilaxia�primária:�betabloqueador ou ligadura elástica - betabloqueador é o mais utilizado 
(ex.: propranolol). 
Profilaxia�secundária: betabloqueador + ligadura elástica.
Classificação�de�Forrest�para�úlceras�e�sua�finalidade
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Cirurgia
 Bate�e�pronto�das�hérnias
1.� Hérnia�de�Amyand:�o�que�contém?�
2.�Hérnia�de�Littré:�o�que�contém?�
3.�Hérnia�de�Richter:�o�que�contém?�
4.�Hérnia�de�Spiegel:�por�onde�se�insinua?�
5.�Hérnia�de�Bochdalek:�onde�está�o�defeito?
6.�Principal�técnica�cirúrgica�para�hérnias�com�uso�de�tela:�
1. Apêndice; 2. Divertículo de Meckel; 3. Borda antimesentérica da alça; 4. Linha semilunar ou pararretal externa; 5. Diafragmática posterior; 
6. Lichtenstein; 
Classificação�de�Nyhus�
Tipo I: 
Hérnia inguinal indireta Anel inguinal interno normal (ex.: hérnias pediátricas). 
Tipo II: Indireta Anel inguinal interno alargado, porém, com parede posterior 
intacta e vasos epigástricos inferiores não deslocados.
Tipo III:
Defeito em parede posterior 
a) Direta.
b) Indireta: anel inguinal interno dilatado com invasão dos 
limites mediais ou com destruição da fáscia transversalis 
do triângulo de Hasselbach.
c) Crural: lembrar de C de coxa. Crural = femoral.
Tipo IV: Hérnias recidivadas a) Direta b) Indireta c) Crural d) Mista
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Cirurgia
Hérnia� inguinal� direta:� hérnia DIRETA é MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores 
(atravessa diretamente a fáscia transversalis).
Hérnia� inguinal� indireta: hérnia INDIRETA é LATERAL aos vasos epigástricos inferiores 
(atravessa indiretamente a fáscia transversalis - pelo canal inguinal).
Hemorroida�x�Fissura�anal�
Fissura: dor (local mais comum: linha média posterior).
Hemorroida:�sangramento indolor. 
•� Se�tiver�dor: trombose.
Hemorroidas�internas: classificação e tratamento
•� �Todas: mudanças dietéticas (mais água e mais fibras).
•� �Grau�I:�sem prolapso - ligadura elástica.
•� �Grau�II: prolapsa e retorna espontaneamente - ligadura elástica.
•� �Grau�III:�prolapsa e retorna após a redução manual - ligadura elástica ou hemorroidectomia 
(mais eficaz). 
•� �Grau�IV:�prolapsada (não retorna) - hemorroidectomia. 
Obstrução�intestinal�alta�x��baixa
Clínica
Alta Vômitos precedem a dor
Baixa Dor antecede o vômito
Radiografia
Alta Distensão central e empilhamento de moedas
Baixa Distensão periférica e presença de haustrações
Principal�causa
Alta Brida (aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas)
Baixa Neoplasia de colón
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Cirurgia
As�principais�tríades�(e�pêntade)
Tríade de Charcot Dor no quadrante superior direito,�icterícia e febre = colangite
Pêntade de Reynolds Tríade de Charcot + hipotensão + confusão mental
Tríade da isquemia 
mesentérica crônica
Dor abdominal pós-prandial, perda de peso e alteração do hábito 
intestinal (diarreia).
Tríade da isquemia 
mesentérica aguda
Dor abdominal desproporcional aos achados clínicos abdominais, 
fezes sanguinolentas e fonte�embólica�óbvia�(fibrilação�atrial)
Tríade da intussuscepção 
intestinal
Fezes em geleia de morango, massa abdominal palpável e 
dor abdominal
Tríade da acalasia 
 de esôfago Emagrecimento, disfagia e regurgitação
Tríade letal Hipotermia, acidose e coagulopatia = trauma gravíssimo
Tríade de Beck Hipotensão, hipofonese�de�bulhas e turgência jugular 
= tamponamento cardíaco.
Tríade de Horner Ptose ipsilateral, miose e anidrose = tumor de Pancoast
Tríade de Quincke Dor em quadrante superior direito, icterícia e 
hemorragia digestiva alta = hemobilia
Câncer�de�estômago:�classificação�de�Borrmann,�de�Lauren�e�principais�
características�de�cada�subtipo�dentro�dessa�classificação
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Cirurgia
Classificação�de�Lauren:�subtipo�difuso�x�intestinal�
• Difuso: acomete mais mulheres jovens, correlacionado ao tipo sanguíneo A, ulcerativo 
ou difusamente infiltrativo, pouco diferenciado.
•� Intestinal: correlacionado com infecção pelo H. pylori, gastrite atrófica/anemia perniciosa, 
mais comum em homens > 50 anos, menos agressivo, exofítico ou polipoide, bem 
diferenciado. 
Principal�cirurgia
•� Lesão�proximal:�gastrectomia total + linfadenectomia D2. 
•� Lesão�distal:�gastrectomia subtotal + linfadenectomia D2. 
Câncer�colorretal
Pólipo com principalrisco de transformação maligna:�viloso�(vilão). 
Rastreamento: pacientes assintomáticos não alto risco dos 50 - 75 anos.
•� Sangue�oculto�nas�fezes:�anual (Ministério da saúde, se positivo indicar colonoscopia)
•� Colonoscopia:�10/10 anos (US Preventive Services Task Force)
Topografia�conforme�sintomas
•� Cólon�direito:�sangramento oculto - anemia ferropriva.
•� �Cólon�esquerdo: alterações do hábito intestinal + fezes de menor calibre.
•� �Retal: tenesmo + hematoquezia.
Estadiamento: TC de tórax e abdome e pelve + USG endorretal ou RNM de pelve (CA de reto) 
+ CEA (prognóstico e seguimento).
Tumor�de�reto�baixo:�tratamento
Lesão a mais� de� 5cm acima da margem anal: ressecção anterior baixa (RAB) com 
anastomose colorretal
Lesão a menos� de� 5cm acima da margem anal: quimio e radioterapia neoadjuvantes 
para evitar a cirurgia com colostomia definitiva (cirurgia de Miles ou ressecção 
abdominoperineal).
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Cirurgia
Nódulo�de�tireoide
Anamnese, exame físico e TSH
TSH reduzido
Cintilografia
Nódulo 
“quente”
Nódulo 
“frio”
Tratar USG
USG
TSH normal/ elevado
Nódulos 
<1cm 
e sem 
suspeita de 
malignidade
Seguimento
Nódulo 
suspeito 
ou ≥ 1 cm
PAAF
Sinais�de�malignidade�na�USG�de�tireoide
• HIPOecoico. 
• Microcalcificações. 
• Hipervascularização central.
• Altura > largura (A vem antes do L no alfabeto!).
• Halo irregular/ ausente. 
Lembre-se que, em carcinoma FOLICULAR, o PAAF não consegue fechar o diagnóstico! 
Fluxograma de conduta diante de um nódulo de tireoide
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Cirurgia
Links�mentais�no�trauma�de�tórax
Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, hipertimpanismo, 
murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos: pneumotórax hipertensivo (choque 
obstrutivo).
Conduta inicial no pneumotórax hipertensivo → toracocentese de alívio no 5.º EIC (adultos) 
entre linha axilar anterior e linha axilar média.
Primeira conduta no pneumotórax aberto: curativo de 3 pontas.
Tórax instável → fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas em 2 segmentos em cada.
Trauma de tórax com respiração paradoxal → tórax instável.
Exame físico - hemotórax: percussão maciça; pneumotórax: hipertimpanismo.
Tratamento do hemotórax: toracostomia no 5.º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e 
linha axilar média.
Conduta na contusão pulmonar: fisioterapia respiratória, analgesia e suplementação de O₂.
Hemotórax
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Cirurgia
Indicações�de�laparotomia�no�trauma�abdominal�penetrante
Evisceração, peritonite e instabilidade hemodinâmica (choque).
Exploração� digital: trauma abdominal anterior por arma branca sem indicação imediata 
de laparotomia.
Links�mentais�no�trauma�urológico
Bexiga: diagnóstico da lesão com uretrocistografia retrógrada
Laceração�intraperitoneal: 
imagem de “orelhas de Mickey”.
• Tratamento: cistorrafia.
Laceração�extraperitoneal: 
imagem em “chama de vela”.
•� Tratamento: cateter vesical por 2 semanas.
Uretra
•� Posterior:�principal causa é a fratura pélvica.
• Anterior: queda a cavaleiro (lesão da uretra bulbar) / fratura peniana.
Lembre-se de não realizar sondagem vesical antes de descartar lesão uretral.
Testículo�
•� �Torção: dor súbita + sinal de Prehn negativo = USG testículo. 
 – Tratamento: cirurgia
•� Diagnóstico�diferencial: epididimite.
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Cirurgia
 Bate�e�pronto�do�perioperatório
1.� Medicações�no�pré-operatório�
Suspendo:
Mantenho:
2.�Jejum
Líquidos�claros�ou��
sem�resíduos:
Leite�materno:
Antibioticoprofilaxia:
1. Medicações no pré-operatório Suspendo: AAA - Antidiabéticos orais, Antiagregantes plaquetários e Anticoagulantes; Mantenho: AB²CD 
- Anti-hipertensivos, Betabloqueadores, Broncodilatadores, Corticoides e Distúrbio psiquiátrico (medicações psiquiátricas). 
2. Jejum Líquidos claros ou sem resíduos: até 2 horas antes; Leite materno: 4 horas antes; Antibioticoprofilaxia: cefazolina administrada 
60 minutos antes da incisão da pele.
Classificação�das�cirurgias�quanto�ao�potencial�de�infecção
Classe�da�cirurgia Exemplos
Classe I 
(limpa)
Ferida operatória não infectada, na qual não se encontra processo 
inflamatório, e os tratos respiratório, digestivo, genital ou urinário não 
infectados não são invasivos. São fechados primariamente, e só devem ser 
usados drenos quando se fizerem necessários
Classe II 
(limpa/
contaminada)
Ferida operatória com invasão dos tratos respiratório, digestivo, genital ou 
urinário, em condições controladas e livres de contaminação não habitual
Classe III 
(contaminada)
Feridas acidentais recentes, operações com quebra maior da técnica estéril, 
contaminação grosseira do trato gastrointestinal e operações em que 
são encontrados processos inflamatórios não purulentos agudos, feridas 
traumáticas abertas entre 12 e 24h
Classe IV 
(suja/infectada)
Ferida traumática com tecido desvitalizado; e operações que envolvem 
infecções clínicas existentes ou perfuração de vísceras onde é encontrada 
secreção purulenta. Feridas traumáticas com tratamento retardado por 
mais de 24h. Essa definição sugere que os microorganismos causadores 
de infecção pós-operatória estavam presentes no campo operatório antes 
da cirurgia em um espaço de tempo maior
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Cirurgia
Superfície�corpórea�queimada
Correspondência da área anatômica com a porcentagem de superfície corporal do cálculo 
da SCQ em adultos (esquerda) e crianças (direita).
Regra�dos�9
Os cálculos abaixo são os mais utilizados para o cálculo da reposição em 24h:
Adulto: 2 ml X SCQ X peso.
Pediátrico:�3 ml X SCQ X peso. 
Queimadura�elétrica:�4 ml x SCQ x peso (pensar em rabdomiólise).
•� Algo�a�mais:�
•� Fórmula�de�Curreri:�24 kcal x peso corporal em kg + 40 kcal x superfície corporal 
queimada (estima as necessidades calóricas do paciente queimado por dia).
C
lín
ic
a�
M
éd
ic
a
Clínica�Médica
↺↺19
Diabetes
Diagnóstico
Indicações�de�rastreio�para�DM2
IMC ≥ 25 + um fator de risco para DM
IMC ≥ 23 + um fator de risco (asiáticos)
Todos ≥ 45 anos
Todos que fazem uso prolongado de glicocorticoides ou antipsicóticos atípicos
Critérios�diagnósticos�para�pré-diabetes
Diagnóstico Apenas um exame positivo já é suficiente
Exames�
laboratoriais
Hemoglobina glicada ≥ 5,7% a 6,4% (intolerância a glicose)
Glicemia de jejum alterada: ≥ 100 – 126 mg/dl
Intolerância à glicose: TOTG ≥ 140 – 199 mg/dl
Critérios�diagnósticos�para�diabetes�mellitus
Sintomas Presentes Ausentes
Diagnóstico Apenas um exame 
positivo já é suficiente
Após um exame positivo deve-se 
repetir a coleta para confirmação 
(preferencialmente o mesmo exame)
Exames 
laboratoriais
Glicemia aleatória 
≥ 200 mg/dL
Hemoglobina glicada ≥ 6,5%
Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL
TOTG ≥ 200 mg/dL após duas horas 
com sobrecarga de 75 g de glicose
Clínica�Médica
↺↺20
 Bate�e�pronto�do�tratamento�-�hipoglicemiantes�
1.� Quais�hipoglicemiantes�promovem�ganho�de�peso�e�hipoglicemia?
2.�Quais�hipoglicemiantes�promovem�perda�de�peso�e�redução�do�risco�cardiovascular?�
3.�Quais�hipoglicemiantes�reduzem�a�mortalidade�em�pacientes�com�doença�cardiovascular?�
4.�Quais�hipoglicemiantes�provocam�a�maior�redução�de�percentual�de�Hb1Ac?
5.�Quando�iniciar�insulina�direto?�
1. Sulfonilureias, glinidas e pioglitazona; 2. Metformina, agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT-2; 3. Agonistas do GLP-1 e inibidores 
de SGLT-2; 4. Metformina e sulfonilureia; 5. Hiperglicemia franca, gestante, cirurgia, disfunção hepática/renal grave.
Clínica�Médica
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Hipoglicemiantes�orais:�seus�mecanismos�de�ação,�vantagens,�desvantagens�e�contraindicações
Classe�da�droga Mecanismo��
de�ação Vantagens Desvantagens Contraindicações
Biguanidas
(Metformina)
↓ produção 
hepática 
de glicose
↑ do efeito 
periférico 
da insulina
↓ do peso 
e de eventos 
cardiovasculares, 
maior redução da 
HbA1c, prevenção 
da DM2 e melhora 
do perfil lipídico
Sintomas 
gastrointestinais 
(náuseas, vômitos, 
diarreia, gosto 
metálico, anorexia) 
deficiência de 
vitamina B12 e risco 
de acidose lática
Gravidez, acidose 
grave, estresse agudo, 
insuficiênciarenal, 
(taxa de filtração 
glomerular TFG < 30), 
hepática e cardíaca, 
hospitalização
Sulfonilureias 
(Glibenclamida, 
Gliclazida)
↑ secreção 
de insulina
Maior redução da 
HbA1c e redução do 
risco de complicações 
microvasculares
Hipoglicemia 
e ganho de peso
Gravidez, insuficiência 
renal e hepática
Inibidores de 
alfa-glicosidase
(Acarbose)
Retardo na 
absorção dos 
carboidratos
Maior redução 
da glicemia 
pós-prandial, 
melhora do perfil lipídico 
e redução dos eventos 
cardiovasculares
Redução discreta da 
HbA1c, meteorismo, 
flatulência e diarreia
Gravidez e doença 
inflamatória intestinal
Glitazonas
(Tiazolidinedionas)
Aumento 
do efeito 
periférico 
da insulina
Redução relativamente 
maior da HbA1c, melhora 
do perfil lipídico
Retenção hídrica, 
anemia, ganho 
ponderal, demora de 
até 12 semanas para 
início do seu pleno 
efeito terapêutico, 
insuficiência cardíaca 
(IC) e fraturas
IC classes III e IV, 
gravidez 
(atenção às mulheres 
na pré-menopausa) e 
insuficiência hepática
Glinidas 
“equivalente 
oral das insulinas 
de ação rápida”
Aumento 
da secreção 
de insulina
Bom control 
e da glicemia 
pós-prandial
Hipoglicemia 
e discreto 
ganho ponderal
Gravidez
Gliptinas
(Inibidores 
da DPP-4)
Elevação dos 
níveis séricos 
do GLP-1
Efeito neutro 
no peso corporal 
e rara hipoglicemia
Angioedema 
e urticária, 
possibilidade de 
pancreatite aguda
Hipersensibilidade 
aos componentes 
do medicamento
Agonistas do GLP-1 
(Liraglutida)
Estimulam 
os receptores 
do GLP-1
↓ do peso e da 
pressão arterial (PA) 
sistólica, ↓ de eventos 
cardiovasculares (CV) e 
mortalidade em pacientes 
com doenças CV
Náuseas, vômitos, 
diarreias, pancreatite 
aguda, injetável
Hipersensibilidade 
aos componentes 
do medicamento
Inibidores 
do SGLT-2 
(Dapaglifozina)
Inibem 
a reabsorção 
tubular renal 
da glicose 
filtrada no 
glomérulo
↓ de eventos 
cardiovasculares (CV) 
e mortalidade em 
pacientes com doenças 
CV, ↓ do peso e da PA
Infecção do trato 
urinário e candidíase 
vulvovaginal
Disfunção renal 
moderada à grave 
(TFG < 60 ml/min)
Clínica�Médica
↺↺22
Tratamento�-�insulinoterapia
As questões cobram que você saiba a velocidade de ação das diferentes insulinas. Como 
os nomes são muito parecidos, lembre-se que as ultrarrápidas� levam�o�nome�de�uma�
mulher� (ou� todas�as� insulinas�com�a� letra� “S"�no�nome)�e as de ação longa� levam�o�
nome�de�um�homem�francês. 
Tratamento�-�insulinoterapia
Ultra�rápidas
LisA Lisina
Lispro + Aspart + Glulisina
Longas
Deglu Degla
Degludeca + Determir + Glargina
NPH Regular
Aspecto leitoso Aspecto transparente
Ação intermediária Ação rápida
Início de ação em 2 horas Início de ação em 30 minutos
Pico em 4 - 10 horas Pico em 2 - 3 horas
Dica�Aristo
O abdome é o local de absorção mais rápida, e a 
coxa/nádega são os locais de absorção mais lenta, 
sendo preferível esses locais de aplicação se há maior 
risco de hipoglicemia noturna. Deve-se evitar a forma 
IM por absorção errática.
Clínica�Médica
↺↺23
Complicações�da�diabetes
Rastreio�de�complicações�crônicas�na�DM
Quando�iniciar? Após 5 anos de diagnóstico na DM 1 e ao diagnóstico na DM2
Frequência? Anual
Quais�exames�
realizar?
Retinopatia:
Nefropatia:
Neuropatia:
Retinopatia: fundo de olho; Nefropatia: albuminúria e TFG; Neuropatia: teste do monofilamento e índice tornozelo-braço (ITB).
 Bate�e�pronto�da�cetoacidose�diabética�
1.� Quais�os�três�achados�clínico-laboratoriais�que�definem�a�cetoacidose�diabética?
2.�Conduta�inicial�e�mais�importante�no�manejo�da�cetoacidose�diabética:
3.�Contraindicação�importante�ao�início�da�insulinoterapia�na�cetoacidose�diabética:
4.�Quando�mudar�a�insulinoterapia�em�bomba�para�via�subcutânea?
1. Hiperglicemia (> 250 mg/dl). Cetonemia. Acidose metabólica (pH < 7,3 e bic < 15 meq/L); 2. Reposição volêmica vigorosa 
com solução fisiológica; 3. Níveis séricos de potássio < 3,3 mEq/L; 4. Quando a glicemia atingir 200 mg/dl, deve-se reduzir 
a infusão pela metade (de 0,1 /kg/h para 0,05 /kg/h). Quando a glicemia for < 200 mg/dL e houver resolução da acidose 
(pH > 7,3 e bic > 18 meq/L), deve-se passar totalmente para a via SC.
Clínica�Médica
↺↺24
HAS
 Bate�e�pronto�da�hipertensão�arterial�sistêmica
1.�Quais�os�medicamentos�de�primeira�linha�para�tratamento�da�hipertensão��
arterial�sistêmica?
2.�Dentre�os�efeitos�colaterais�dos�tiazídicos,�quais�os�4�hipo�que�ele�pode�causar?
3.�Dentre�os�efeitos�colaterais�dos�tiazídicos,�quais�os�3�hiper�que�ele�pode�causar?
4.�Quais�são�as�principais�contraindicações�para�uso�de�IECA�e�BRA?
5.�Quais�efeitos�colaterais�são�causados�pelos�IECA,�mas�não�pelos�BRA?
6.�Qual�é�o�efeito�colateral�mais�comum�com�uso�de�bloqueadores�de�canal�de�cálcio?
1. Diuréticos tiazídicos. IECA. BRA. Bloqueadores de canais de cálcio; 2. Hipovolemia, hiponatremia, hipocalemia, hipomagnesemia; 
3. Hiperglicemia, hiperlipidemia, hiperuricemia; 4. Estenose bilateral das artérias renais, gravidez, K > 5,5; 
5. Tosse seca e angioedema; 6. Edema maleolar.
Crises�hipertensivas
Pseudocrise Urgência�hipertensiva Emergência�hipertensiva
De
fin
iç
ão > 180/120 por 
dor ou estresse 
emocional
> 180/120 SEM 
lesão em órgão-alvo
Aqui os valores pressóricos não são tão 
importantes. Basta que haja hipertensão 
COM lesão de órgão alvo (IAM, edema 
agudo de pulmão, AVE, encefalopatia)
Tr
at
am
en
to
Tratar causa 
base
Anti-hipertensivos 
via oral para normalização 
da PA em 24/48h
Anti-hipertensivos EV para queda de 
15% da PA na primeira hora e 25% nas 
primeiras 24h (exceto AVC isquêmico)
Clínica�Médica
↺↺25
Insuficiência�cardíaca
Classificação�segundo�a�fração�de�ejeção
ICFER: FE < 40%.
ICFEP: FE > 50%.
Classificação�funcional�NYHA�(para�pacientes�em�estágios�C�e�D)
Classe�
funcional Sintomas
NYHA I Apenas em atividades físicas vigorosas. Não há sintomas nos esforços habituais
NYHA II Em atividades usuais do dia a dia, como caminhar, fazer compras e esforços moderados
NYHA III Em mínimos esforços como escovar os dentes, pentear o cabelo e amarrar o sapato
NYHA IV Em repouso 
Classificação�segundo�o�estágio�de�desenvolvimento
Estágio Sintomas
A Paciente com alto risco de IC, mas sem cardiopatia estrutural e sem sintomas
B Cardiopatia estrutural sem sintomas
C Cardiopatia estrutural + sintomas
D Refratário ao tratamento
Drogas�que�mudam�a�mortalidade�na�ICFER
Betabloqueadores: metoprolol, carvedilol e bisoprolol
IECA/ BRA/ sacubitril-valsartana
Espironolactona 
Hidralazina + nitrato (se for contraindicado IECA/ BRA)
Inibidores do SGLT2
Ivabradina
Clínica�Médica
↺↺26
IC�descompensada
Perfil Tratamento
A Quente e seco Melhor prognóstico; ajustar dose das medicações de uso crônico
B Quente e úmido O mais comum; diuréticos e vasodilatadores
C Frio e úmido O mais grave; diuréticos com prudência + inotrópicos
L Frio e seco Hidratação cautelosa + inotrópicos
Anemias
 Bate�e�pronto�das�anemias
1.�Qual�achado�laboratorial�mais�sugere�anemia�ferropriva�no�hemograma?
2.�Quais�os�primeiros�parâmetros�laboratoriais�que�se�alteram�na�deficiência�de�ferro?
3.�Qual�a�principal�alteração�laboratorial�que�fecha�o�diagnóstico�de�anemia�ferropriva?
4.�Como�está�o�TIBC*�e�ferritina�na�anemia�ferropriva?�*Capacidade total de ligação 
do ferro = TIBC
5.�Como�diferenciar�anemia�ferropriva�da�anemia�de�doença�crônica?
6.�O�que�fazer�diante�de�um�idoso�com�anemia�ferropriva?
7.�Quando�suspeitar�de�anemia�por�deficiência�de�B12?
1.Anemia hipocrômica e microcítica; 2. Ferro sérico e ferritina ; 3. Ferritina baixa! (< 15 ng/mL); 4. TIBC alto e ferritina baixa 
(< 15 ng/mL); 5. Doença crônica: TIBC baixo e ferritina normal. Ferropriva: TIBC alto e ferritina baixa; 6. Solicitar colonoscopia; 
7. Anemia macrocítica + neutrófilos hipersegmentados + sintomas neurológicos.
Clínica�Médica
↺↺27
Pneumonia�adquirida�na�comunidade
Provável�agente�etiológico�-�links�mentais
S. pneumoniae 
(pneumococo) O mais comum. Possível de identificar por antígenourinário
Haemophilus influenzae O mais encontrado em exacerbação de DPOC
Mycoplasma pneumoniae
O germe atípico mais comum. Pode causar manifestações 
extrapulmonares, como anemia hemolítica, Stevens-Johnson, 
fenômeno de Raynaud, eritema multiforme e miringite bolhosa
Streptococcus aureus
Clínica e imagem mais graves, principalmente em lactentes 
e pneumopatas. É comum aparecer derrame pleural, 
pneumonia necrotizante e pneumatoceles
Klebsiella pneumoniae Mais comum em DM, etilistas e idosos. Pneumonia do lobo pesado
Legionella sp.
Clínica grave. Hiponatremia por SIADH, aumento de transaminases 
e sintomas gastrointestinais. É possível identificá-lo por antígeno 
urinário. Pode fazer sinal de Faget (febre sem taquicardia)
Pseudomonas aeruginosa Pneumopatas e pacientes com uso recente de antibióticos
Critérios�do�CURB-65
Confusão mental
Ureia > 50 mg/dL (ou 43 a depender da fonte)
FR ≥ 30 irpm
PAS < 90 ou PAD ≤ 60 mmHg
Idade ≥ 65 anos
Clínica�Médica
↺↺28
CURB-65
0 – 1 2 ≥ 3
Mortalidade baixa 
1,5% 
Mortalidade intermediária 
9,2%
Mortalidade alta 
22%
Candidato ao 
tratamento ambulatorial
Considerar tratamento 
hospitalar
Tratamento hospitalar 
como PAC grave 4 – 5: 
avaliar UTI
Tratamento�PAC�-�Antibioticoterapia
Paciente�sem�comorbidades,�sem�uso�recente�de�antibióticos,�sem�fator�de�risco��
para�resistência,�sem�contraindicação�ou�história�de�alergia�a�essas�drogas
Betalactâmico: amoxicilina ou amoxicilina + ácido clavulânico (7 dias) OU
Macrolídeo: azitromicina (3 – 5 dias) ou claritromicina (7 dias)
Pacientes�com�fatores�de�risco*,�doença�mais�grave,�uso�recente�de�antibióticos�
Betalactâmico + macrolídeo (5 – 7 dias)
Em�caso�de�alergia�a�betalactâmicos/macrolídeos
Quinolona respiratória: moxifloxacino ou levofloxacino, ou gemifloxacino (5 – 7 dias)
Pacientes�internados�em�enfermaria
Cefalosporinas de terceira geração: ceftriaxona ou cefotaxima ou ampicilina/sulbactam 
+ um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) (7 – 10 dias) OU
Amoxicilina + ácido clavulânico (7 – 10 dias) OU
Levofloxacino, moxifloxacino ou gemifloxacino em monoterapia (5 – 7 dias)
Pacientes�internados�em�UTI
Cefalosporinas de terceira geração: ceftriaxona ou cefotaxima ou ampicilina/sulbactam 
+ um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) (7 – 14 dias) OU
Cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou cefotaxima) + quinolona respiratória (7 – 14 dias)
* Os principais fatores de risco são:
Doença pulmonar 
crônica
Insuficiência 
cardíaca
Doença hepática 
crônica
Doença 
renal Estilismo Neoplasia 
maligna Asplenia
Clínica�Médica
↺↺29
Critérios�de�Light
Proteína líquido pleural/sérica > 0,5
LDH líquido pleural/sérica > 0,6
LDH líquido pleural > 2/3 do valor do limite 
superior do LDH sérico (200 UI/L)
Se nenhum critério de Light estiver presente: transudato.
• ICC (causa mais comum de todas).
• Cirrose.
• Rim.
 – Síndrome nefrótica. 
 – Hipoalbuminemia.
Se algum critério de Light estiver presente: exsudato.
• Infecções.
• Neoplasias (principalmente MAMA).
• TB pleural (não exige isolamento de gotículas).
• TEP (em 80% dos casos).
Clínica�Médica
↺↺30
Etiologias�e�características�do�derrame�pleural
CAUSA APARÊNCIA CARACTERÍSTICAS
Derrame 
parapneumônico 
complicado
Turvo
Glicose < 60
pH < 7,2
Pode ter a presença 
de pus/leitoso
LDH > 1.000
Leucocitose à custa de PMN 
(> 50% neutrófilos)
Câncer
Turvo Glicose diminuída
Serosanguinolento
pH < 7,3
Leucócitos < 10.000 
(à custa de células mononucleares)
Hemorrágico Citologia → eventualmente positiva
Tuberculose Serosanguinolento 
ou seroso
Glicose igual ao plasma ou diminuída
pH < 7,4
Leucócitos < 10.000 
(à custa de células mononucleares)
ADA > 40 unidades/L
Pancreatite Turvo ou 
serosanguinolento
Glicose normal
pH > 7,3
Leucocitose (à custa de PMN)
Amilase elevada
Clínica�Médica
↺↺31
Tuberculose
 Bate�e�pronto�da�tuberculose
1.� Definição�de�sintomático�respiratório
2.�Quadro�clínico�clássico�da�TB�pulmonar
3.�Diagnóstico�de�TB�pulmonar�no�adulto
4.�Diagnóstico�de�TB�na�criança
5.�Tratamento�básico
6.�Qual�é�a�forma�de�TB�extrapulmonar�mais�comum?
1. Tosse > 3 semanas; 2. Tosse produtiva + perda de peso + febre vespertina + sudorese noturna; 3. Teste rápido molecular OU 
baciloscopia (2 amostras). Sempre pedir cultura também!; 4. Escore baseado em 4 critérios: PPD; Quadro clínico e radiológico; 
Contato com adulto bacilífero; Estado nutricional; 5. Rifampicina; Isoniazida; Pirazinamida; Etambutol. RIPE por 2 meses + 
RI por 4 meses. Notificar o caso + pesquisar contactantes + oferecer teste para HIV; 6. TB pleural (ADA > 40 U/L)
Clínica�Médica
↺↺32
Asma
Critérios�diagnósticos�-�Espirometria
Adultos
Padrão obstrutivo VEF1/ CVF < 75% - 80% em adultos
Prova broncodilatadora positiva Aumento do VEF1 > 12% e > 200 ml 
em relação ao basal
Crianças
Padrão obstrutivo VEF1/ CVF < 90% em crianças
Prova broncodilatadora positiva Aumento do VEF1 > 12% do valor previsto
CONTROLE�DA�ASMA
Critérios�avaliados�nas��
últimas�4�semanas
Asma�
controlada
Asma�parcialmente�
controlada
Asma�não�
controlada
Sintomas diurnos 
(mais de 2 vezes por semana)
Nenhum critério 
preenchido
1 ou 2 critérios 
preenchidos
3 ou 4 critérios 
preenchidos
Uso de medicações de alívio 
(mais de 2 vezes por semana)
Sintomas noturnos 
(basta uma vez)
Limitação de atividades 
devido à asma
Macete�para�o�tratamento�ASMA:
• Não tem CTD regular? Adicione.
• Já tem CTD regular? Beta de longa.
• Já tem ambos? Aumente a dose do corticoide.
• Segue sem controle ideal? Apele.
Atenção:
•� Gravidade�da�asma: avaliada pela intensidade da medicação usada para conseguir controle 
da doença → leve (step 1 e 2), moderada (step 3) e grave (step 4 e 5).
•� Controle�da�asma: questionário GINA de sintomas nas últimas 4 semanas.
Clínica�Médica
↺↺33
Estratificação�da�crise�asmática
Leve/moderada Grave
Fala através de frases Fala através de palavras isoladas
Prefere ficar sentado a ficar deitado Senta-se curvado para frente
Calmo Agitado ou sonolento
Frequência respiratória aumentada Frequência respiratória > 30 irpm
Sem uso de musculatura acessória Uso de musculatura acessória
Frequência cardíaca de 100-120 bpm Frequência cardíaca > 120 bpm
Saturação O₂ (ar ambiente) 90%-95% Saturação O₂ (ar ambiente) < 90%
PEF > 50% do previsto ou basal PEF ≤ 50% do previsto ou basal
Conduta�na�crise�asmática
C
on
du
ta
Beta-2 agonistas de curta
Realizar 3 inalações com intervalo de 20 minutos em 1 hora e reavaliar
Oxigênio, se SpO2 92% ou menos
Ipratrópio (Atrovent)
Corticoide sistêmico (pode ser oral)
Outros remédios Sulfato de magnésio
Alta Corticoide oral por 5 - 7 dias
Clínica�Médica
↺↺34
DPOC
Classificação�segundo�os�sintomas
Classificação�mMRC
mMRC Sintomas
Grau 0 Dispneia apenas em exercício extenuante
Grau 1 Dispneia ao acelerar o passo no plano ou ao subir escadas/rampas
Grau 2 Anda mais lentamente que pessoas da mesma idade pela dispneia 
ou precisa parar quando anda no seu próprio passo no plano
Grau 3 Precisa parar devido à dispneia após andar 100 metros no plano 
ou após alguns minutos em subidas
Grau 4 Não consegue sair de casa devido à dispneia ou tem dispneia para se vestir
Estadiamento clínico (GOLD): lembre-se que a linha é definida pelo número de exacerbações 
no último ano e a coluna pela sintomatologia. 
Estadiamento clínico
Mudança�na�classificação�de�sintomas�e�exacerbação�pelo�GOLD�2023
Histórico�de�exacerbação Sintomas
≥ 2 exacerbações moderadas 
ou ≥ 1 com necessidade de hospitalização E
0 ou 1 exacerbação 
(sem necessidade de hospitalização)
A B
mMRC 0-1
CAT < 10
mMRC ≥ 2
CAT ≥ 10
Clínica�Médica
↺↺35
 Bate�e�pronto�DPOC
1.�Quais�são�as�condutas�que�mudam�a�mortalidade�na�DPOC?
2.�Quais�são�as�indicações�de�oxigenoterapia�domiciliar�na�DPOC?
3.�Como�diagnosticar�exacerbação�da�DPOC?
4.�Quais�são�os�principais�patógenos�envolvidos�na�exacerbação�de�DPOC?
5.�Quais�são�as�principais�medidas�para�exacerbação�de�DPOC?
1.Interrupção do tabagismo; Oxigenioterapia domiciliar; Cirurgia para redução do volume pulmonar; Uso de VNI se apneia do sono 
associada; 2. Gasometria arterial com PaO₂ < 55 mmHg OU saturação de O₂ < 88%; Se houver policitemia, cor pulmonale ou hipertensão 
pulmonar: gasometria arterial com PaO₂ entre 55 - 60 mmHg OU saturação de O₂ < 89%; 3. Piora aguda dos sintomas respiratórios 
como aumento da dispneia OU alteração de volume/cor do escarro; 4. Moraxella catarrhalis e Streptococcus pneumoniae (pneumococo). 
“Muito Catarrhalis Purulento”; 5. Antibioticoterapia; Broncodilatadores de curta duração; Corticoide sistêmico; Oxigenioterapia com alvo 
de saturação de O₂ entre 88 e 92%.
Clínica�Médica
↺↺36
Hepatites�virais
 Bate�e�pronto�das�hepatites�virais
1.� Quais�hepatites�são�de�transmissão�oral-fecal?
2.�Qual�é�o�único�vírus�da�hepatite�que�tem�como�material�genético�DNA?
3.�Qual�é�a�hepatite�que�mais�cronifica?
4.�Quais�hepatites�são�prevenidas�através�da�vacinação?
5.�Quais�pacientes�têm�indicação�de�tratamento�para�hepatite�C?
6.�Como�é�feito�o�diagnóstico�de�infecção�ativa�por�HCV?
7.�Qual�é�o�significado�das�sorologias�para�HBV?
8.�Quais�são�as�manifestações�extra-hepáticas�características?�
9.�Hepatite�B�+�D:�qual�tipo�de�infecção�aumenta�o�risco�de�cirrose�hepática?
1. Hepatites A e E; 2. Hepatite B (HBV); 3. Hepatite C; 4. Hepatite A: dose única aos 15 meses (PNI); Hepatite B: dose ao nascimento + 
doses da pentavalente com 2, 4 e 6 meses (PNI); 5. TODOS!; 6. Anti-HCV positivo + RNA-HCV positivo (carga viral); 7. HBsAg: presença 
do vírus; Anti-HBs: imunidade; Anti-HBe: replicação viral; Anti-HBc: história de contato com vírus; 8. Hepatite B: poliarterite nodosa, 
acrodermatite papular (Gianotti - Crosti) e glomerulonefrite memBranosa. Hepatite C: glomerulonefrite mesangioCapilar, líquen plano 
e Crioglobulinemia; 9. Super infecção (paciente portador de hepatite B crônica que se infecta com hepatite D aguda).
Clínica�Médica
↺↺37
⏳ Jogo�rápido�das�taquiarritmias
Ausência de onda P + 
intervalo R-R irregular 
Flutter atrial 
Ausência de onda P + 
intervalo R-R regular 
Taquicardia 
ventricular
Anarquia!
Torsades de pointes
Fibrilação atrial ; Ondas F (ondas em serra); Taquicardia supraventricular; QRS alargado; Fibrilação ventricular; QRS alargado 
alternando entre positivo e negativo
*Se houver taquiarritmia + instabilidade (hipotensão, rebaixamento do nível de consciência, 
dor torácica, edema agudo de pulmão) = cardioversão elétrica.
Clínica�Médica
↺↺38
Manejo�da�fibrilação�atrial
Escore�CHA2DS2-VASc
C Insuficiência cardíaca 1 ponto
H HAS 1 ponto
A
Idade > ou igual a 75 anos (age) 2 pontos
Idade entre 65-74 anos 1 ponto
D Diabetes 1 ponto
S HPP de fenômenos cardioembólicos (AVE - “stroke”) 2 pontos
VA HPP de doença vascular (DAC, DAP, aortopatia) 1 ponto
SC Sexo feminino (“sex category”) 1 ponto
Considerar anticoagulação a partir de 1 ponto
Clínica�Médica
↺↺39
Parada�cardiorrespiratória�e�RCP�(ACLS)
 Bate�e�pronto�de�parada�cardiorrespiratória
1.�Quais�as�características�da�massagem�cardíaca�de�qualidade?
2.�Quais�são�os�ritmos�chocáveis�(desfibrilação)?
3.�Quais�são�as�causas�reversíveis�de�PCR?
4.�Quais�os�ritmos�não�chocáveis?
5.�Qual�é�o�protocolo�da�linha�reta?
6.�Qual�é�a�dose�de�epinefrina�usada�durante�a�RCP?
7.�Quais�antiarrítmicos�são�utilizados�além�da�epinefrina�quando�o�ritmo�é�chocável?
1. 100 a 120 compressões/minuto; Compressão de ao menos 5 cm do tórax (adultos); Aguardar o retorno total do tórax; Minimizar 
interrupções; 30 compressões: 2 ventilações (adultos); 2. Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso (FV e TV sem pulso); 
3. 5H + 5T; Hipovolemia; Hipoxemia; H+ (acidose); Hipotermia; Hipo K ou hiper K; Tensão no tórax (pneumotórax); Tamponamento 
cardíaco; Toxinas (intoxicação exógena); TEP; Trombose de coronárias (IAM); 4. AESP (atividade elétrica sem pulso) e assistolia; 
5. Checar cabos + aumentar o ganho + mudar a derivação; 6. 1 mg; 7. Amiodarona ou lidocaína.
Clínica�Médica
↺↺40
Sepse�
Atenção: qSOFA na sepse tem valor prognóstico, e não diagnóstico!
Ilustração para memorização do quick SOFA
Clínica�Médica
↺↺41
Escore�SOFA�- Sequential Organ Failure Assessment
0 1�ponto 2�pontos 3�pontos 4�pontos
Respiração
PaO2/FiO2 ≥ 400 < 400 < 300
< 200 com 
suporte 
respiratório
< 100 com suporte 
respiratório
Coagulação
Plaquetas/mm³ ≥ 150 mil < 150 mil < 100 mil < 50 mil < 20 mil
Fígado
Bilirrubina (mg/dL) < 1,2 1,2 - 1,9 2 - 5,9 6 - 11,9 > 12
Cardiovascular
(drogas: mcg/kg/min)
PAM ≥ 
70 mmHg
PAM < 
70 mmHg
Dopamina < 5 
ou dobutamina 
(qualquer dose)
Dopamina 5,1 - 15 
ou adrenalina 
≤ 0,1, ou 
noradrenalina 
≤ 0,1
Dopamina > 15 
ou adrenalina 
> 0,1 e 
noradrenalina 
> 0,1
SNC
Escala de Glasgow 15 13 - 14 10 - 12 6 - 9 3 - 5
Renal
Creatinina (mg/dL) 
Ou débito urinário
< 1,2 1,2 - 1,9 2 - 3,4 3,5 - 4,9 
< 500 ml/dia
> 5 
< 200 ml/dia
�Pacote�de�1�hora
Medir o nível de lactato;
Obter culturas antes do antibiótico (se isso for atrasar o antibiótico, 
não há problema em pular);
Administrar antibiótico de amplo espectro;
Começar uma rápida administração de cristaloide em 30 ml/kg 
do peso ideal - até 3 horas para realização, mas iniciar na primeira hora;
Fazer vasopressor em pacientes hipotensos (PAM < 65 mmHg), mesmo após 
ressuscitação com fluidos.
Elementos�presentes�no�critério�SOFA
Tem disfunção pulmonar? PaO₂/FiO2
Tem disfunção de coagulação? Plaquetopenia
Tem disfunção hepática? Bilirrubinas elevadas
Tem disfunção cardiovascular? Hipotensão
Tem disfunção do sistema nervoso central? Diminuição da escala de Glasgow
Tem disfunção renal? Elevação de ureia ou oligúria
Clínica�Médica
↺↺42
Choque
 Bate�e�pronto�do�choque
1.�Qual�é�o�quadro�clínico�do�choque?
2.�Qual�é�o�melhor�parâmetro�para�avaliação�da�perfusão?
3.�Quais�são�os�estágios�do�choque�hipovolêmico?
4.�Qual�é�o�tipo�de�choque�que�é�hiperdinâmico�(débito�cardíaco�normal)?
5.�Quais�são�as�causas�de�choque�distributivo?
6.�Quais�são�as�causas�de�choque�obstrutivo?
1. Hipotensão, taquicardia e hipoperfusão periférica representada por extremidades frias, oligúria, TEC > 2 seg., confusão mental, 
sonolência e lactato > 2 mmol/L; 2. Débito urinário (ideal > 0,5 ml/kg/h); 3. Estágio 2: FC > 100 e PA normal – Cristaloides; Estágio 3: 
FC 120 - 140 e PA baixa - Considerar hemoderivados; Estágio 4: FC > 140 e PA baixa - Hemoderivados; 4. Distributivo; 5. Séptico, 
anafilático e neurogênico; 6. Tamponamento cardíaco, pneumotórax hipertensivo e TEP.
Clínica�Médica
↺↺43
Dengue
Sinais�de�alarme
TGI
Dor abdominal contínua e intensa ou à palpação 
Vômitos persistentes 
Hepatomegalia > 2 cm 
Comportamento
Letargia
Irritabilidade
Extravasamento�
de�plasma
Aumento do hematócrito
Hipotensão postural 
Derrames cavitários 
Sangramento��
de�mucosas
Gengivorragia 
Epistaxe
Sinais�de�dengue�grave
Choque
Sangramento TGI ou SNC
Encefalite, miocardite ou hepatite
Clínica�Médica
↺↺44
Tratamento�da�dengue
Grupo Critérios Tratamento
Grupo�A Sem critérios para 
outros grupos
Tratamento ambulatorial. Repouso + sintomáticos + 
hidratação via oral (60 ml/kg/dia sendo 1/3 soro de 
reidratação oral). Orientar sobre os sinais de alarme. 
Reavaliar entre o 3.º e 6.º dia de doença
Grupo�B
Apresenta petéquias, 
prova do laço 
positiva, risco social, 
comorbidades, ou são 
idosos ou gestantes
Solicitar hemograma e iniciar hidratação de acordo com 
o grupo A até o resultado. Se o hematócrito for normal, 
é mantida a conduta do grupo A. Se o hematócrito for 
elevado, toma-se a conduta do grupo C
Grupo�C Apresenta sinais 
de alarme
Reposição polêmica com 20 ml/kg de SF 0,9% em 
2 horas. Manter em observação por no mínimo 48h. 
Coletar hemograma completo, albumina e transaminases. 
Solicitar raio-x de tórax e USG de abdome para avaliar 
derrames cavitários. Reavaliar hematócrito a cada 2 horas. 
Pode repetir a expansão até 3 vezes. Ao melhorar, passa 
para a fase de manutenção.Se não houver melhora, 
passar para o grupo D
Grupo�D Apresenta sinais 
de gravidade
Reposição polêmica com 20 ml/kg de SF 0,9% em 
20 minutos com reavaliações clínicas a cada 30 minutos 
e hematócrito a cada 2 horas. Pode repetir a expansão até 
3 vezes. Permanecer em leito de UTI por pelo menos 48h
Intoxicações�exógenas
Intoxicações�exógenas�-�Substância�x�Antídoto
Substância Antídoto
Organofosforados e carbamatos Atropina
Opioides Naloxone
Paracetamol N-acetilcisteína
Antidepressivos tricíclicos Bicarbonato de sódio
Digitálicos Anticorpo Fab antidigoxina 
Benzodiazepínicos Flumazenil
Betabloqueadores Glucagon
Cianeto Hidroxicobalamina (vitamina B12)
Etilenoglicol/metanol Etanol
Clínica�Médica
↺↺45
Síndrome�coronariana�aguda
Tipos�de�síndrome�coronariana�aguda
IAM com supra 
do segmento ST
ECG com supra de ST de 
ao menos 1 mm em duas 
derivações contíguas 
ou BRE novo. Obstrução coronariana total 
com necrose miocárdica
* V2-V3 ("supra fisiológico"): 
≥ 2 - 2,5 mm em homens 
e ≥ 1,5 mm em mulheres
IAM sem supra 
do segmento ST 
ECG com alterações do 
segmento ST ou da onda T, 
OU ECG normal.
Obstrução coronariana 
parcial, mas que já causou 
necrose miocárdicaMarcadores de necrose 
miocárdica alterados
Angina estável 
ECG com alterações do 
segmento ST ou da onda T, 
OU ECG normal Apenas isquemia miocárdica, 
ainda sem necrose
Marcadores de necrose 
miocárdica normais
Localização�do�IAM
Derivação Parede Coronária
V1-V4 Anterior Descendente anterior 
(coronária esquerda)
V1-V2 Septal Descendente anterior 
(coronária esquerda)
V5-V6 Lateral-apical Circunflexa 
(coronária esquerda)
D1 e aVL Lateral-alta Circunflexa 
(coronária esquerda)
DII, DIII e aVF Inferior Coronária direita
V7 e V8 
(V1 - V3 em espelho) Posterior Coronária direita
V3R + V4R VD Coronária direita
Clínica�Médica
↺↺46
Derivações no eletrocardiograma
Clínica�Médica
↺↺47
 Bate�e�pronto�da�síndrome�coronariana�aguda
1.� Na�suspeita�de�síndrome�coronariana�aguda,�qual�exame�complementar�deve�ser�
obtido�e�interpretado�em�até�dez�minutos?
2.�Qual�é�o�marcador�de�necrose�miocárdica�de�escolha?
3.�Pacote�de�tratamento�SCA
4.�Qual�o�tempo�"porta-agulha"�ideal�(tempo�entre�chegada�do�paciente�e�infusão��
do�trombolítico)?
5.�Quais�são�as�contraindicações�absolutas�para�trombólise?
6.�Qual�o�tempo�“porta-balão”�ideal�(tempo�entre�chegada�do�paciente�e�angioplastia)?
1. Eletrocardiograma; 2. Troponina ultrassensível (0 - 1h - 2h da admissão) *ECG com supra ST não precisa aguardar resultado; 3. Dupla 
antiagregação plaquetária; Anticoagulação; Nitrato; Morfina se dor refratária; Oxigenioterapia se sat < 90%; Betabloqueador; IECA 
ou BRA; Estatina de alta potência. *Se houver suspeita de comprometimento da coronária direita, não se deve usar nitrato, morfina 
e betabloqueador; 4. 30 minutos; 5. História de hemorragia do SNC; AVEi nos últimos 3 meses; Alterações vasculares cerebrais; 
Suspeita de dissecção aórtica; Sangramento ativo; 6. 90 minutos ou 120 minutos se transferência para outro serviço.
Clínica�Médica
↺↺48
Acidente�vascular�encefálico
 Bate�e�pronto�do�AVE
1.�Qual�o�principal�fator�de�risco�para�AVEi�aterotrombótico?
2.�Qual�a�artéria�mais�acometida�no�AVEi?
3.�Qual�a�principal�causa�de�AVEi�embólico?
4.�Qual�o�objetivo�da�TC�de�crânio�no�AVE?
5.�Quais�as�condutas�iniciais�no�AVEi?
6.�Qual�é�a�indicação�de�trombólise�no�AVEi?
7.�Quais�são�as�contraindicações�absolutas�de�trombólise?
1. HAS; 2. Artéria cerebral média (carótida interna); 3. Fibrilação atrial; 4. Descartar AVE hemorrágico; 5. Estabilização clínica + AAS nas 
primeiras 48h + anticoagulação em dose profilática (se o paciente for submetido a trombólise, iniciar AAS e anticoagulante apenas 24h 
depois do fim do procedimento); 6. Tempo entre início dos sintomas e infusão de alteplase < 4,5h (delta-T); Idade > 18 anos; NIHSS entre 
4 – 25; PA < 185/110; Sem contraindicações para trombólise; 7. No momento: dissecção aórtica, endocardite infecciosa, AVE multilobar, 
glicemia < 50 mg/dl, hemorragia ativa, uso de anticoagulantes, plaquetopenia e PAS > 185/110. Na última semana: punção arterial em 
sítio não compressível; Nas últimas 3 semanas: neoplasia gastrointestinal ou hemorragia digestiva; Nos últimos 3 meses: TCE, AVE 
e neurocirurgia; Em qualquer momento da vida: hemorragia intracraniana, neoplasia do SNC, malformação arteriovenosa e aneurisma.
Clínica�Médica
↺↺49
Insuficiência�renal�aguda�(KDIGO)
Diagnóstico:
↑ de 0,3 mg/dl ou mais de creatinina basal em 2 - 7 dias.
↑ de 50% ou mais de creatinina basal em 2 - 7 dias.
Diurese < 0,5 ml/kg/h por mais de 6 horas.
KDIGO:�classificação�da�lesão�renal�aguda
Estágio Creatinina�sérica Diurese
I 1,5 a 1,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 6h a 12h
II Entre 2 a 2,9 vezes o valor basal < 0,5 ml/kg/h por 12h a 24h
III Mais de 3 vezes o valor basal 
ou ≥ 4 mg/dl
< 0,3 ml/kg/h por mais de 24h 
ou anúria por mais de 12h
Estágio Pré-renal�x�NTA
Estágio Pré-renal Necrose�tubular�aguda
Sódio�urinário < 20 mEq/L > 40 mEq/L 
Fração�excretada�
de�sódio� < 1% > 1%
Ureia/Creatinina�
(plasma) > 40 < 20
Osmolaridade�
urinária > 500 mOsm/L < 350 mOsm/L
Sedimento�
urinário Cilindros hialinos apenas Cilindros granulosos 
pigmentares
Clínica�Médica
↺↺50
Indicações�de�diálise�de�urgência
Acidose grave ou refratária
Hipercalemia grave ou refratária
Hipervolemia grave ou refratária
Uremia franca com encefalopatia ou pericardite
Intoxicação por metanol, salicilatos, etilenoglicol e barbitúrico
Doença�renal�crônica
TFG < 60 por 3 meses
Albuminúria > 30 mg/dia por 3 meses
Estadiamento�da�doença�renal�crônica
Estágios�de�TFG Taxa�de�filtração�glomerular�(ml/min/1,73�m²)
Estágio 1 (G1) ≥ 90
Estágio 2 (G2) 60 – 89
Estágio 3a (G3a) 45 – 59
Estágio 3b (G3b) 30 – 44
Estágio 4 (G4) 15 – 29
Estágio 5 (G5)
Se necessitar de diálise, 
acrescentar letra “D”
< 15
Estágios�de�albuminúria Taxa�de�excreção�de�albumina�(mg/dia)
A1 < 30
A2 30 – 300
A3 > 300
Clínica�Médica
↺↺51
Fórmula�de�Cockroft-Gault�para�cálculo�da�taxa�de�filtração�glomerular:
CL CR = (140 - idade) x peso (kg) / creatinina sérica (mg/dl) x 72.
Se for mulher, multiplicar resultado por 0,85.
Síndrome�nefrítica�(GNPE�-�glomerulonefrite�pós-estreptocócica)
 Bate�e�pronto�da�GNPE
1.�Qual�a�principal�faixa�etária�acometida?
2.�Qual�o�principal�desencadeante?
3.�Qual�é�a�tríade�clássica?
4.�Como�é�feito�o�diagnóstico?
5.�Como�é�feito�o�tratamento?
1. 3 aos 15 anos; 2. Infecção estreptocócica (S. pyogenes); Faringoamigdalite - 1 a 3 semanas; Piodermite - 2 a 6 semanas; 3. Hematúria 
dismórfica + hipertensão + edema; 4. História de infecção estreptocócica com incubação compatível; ASLO ou anti-DNAse positivo; 
Queda transitória de C3 (< 8 semanas); 5. Repouso relativo; Restrição de água e sal; Diuréticos, caso sejam necessários; Penicilina 
benzatina em dose única para eliminar a cepa nefrogênica.
Clínica�Médica
↺↺52
Síndrome�nefrótica
 Bate�e�pronto�da�síndrome�nefrótica
1.�Qual�é�a�definição?
2.�Quais�são�as�consequências�da�perda�de�proteínas?
3.�Como�é�feito�o�diagnóstico?
4.�Quais�são�os�pacientes�com�síndrome�nefrótica�que�não�têm�indicação�de�biópsia�renal?
5.�Qual�é�a�principal�causa�de�síndrome�nefrótica�em�adultos?
6.�Qual�é�a�principal�causa�de�síndrome�nefrótica�em�crianças?
1. Proteinúria > 3,5 g/dia; 2. Hipoalbuminemia: edema e hipotensão; Hipercoagulabilidade; Maior susceptibilidade à infecção por germes 
encapsulados; Anemia refratária à reposição de ferro; Hiperlipidemia; Hipotireoidismo; Hipovitaminose D; 3. Biópsia renal; 4. Diabéticos 
e crianças entre 1 - 8 anos (causa é lesão mínima); 5. GESF (glomeruloesclerose segmentar e focal); 6. Lesão mínima.
Clínica�Médica
↺↺53
Síndrome�hemolítico-urêmica
 Bate�e�pronto�da�síndrome�hemolítico-urêmica
1.�Qual�é�a�principal�causa?
2.�Qual�a�faixa�etária�mais�comum?
3.�Qual�é�a�tríade�clássica?
4.�Quais�são�os�achados�laboratoriais?
5.�Como�é�o�prognóstico?
1. Gastroenteritepor E. coli O157:H7; 2. Até 4 anos; 3. Lesão renal aguda; Anemia hemolítica microangiopática; Trombocitopenia; 
4. Aumento do LDH; Reticulocitose; HiperK; Acidose metabólica; Hematúria; Proteinúria; 5. Bom; autolimitada em 1 - 3 semanas.
Clínica�Médica
↺↺54
Hiponatremia�
 Bate�e�pronto�da�hiponatremia
1.�Qual�é�a�definição?
2.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�hipovolêmica?
3.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�hipervolêmica?
4.�Causas�de�hiponatremia�hiposmolar�euvolêmica?
5.�Tratamento�crônico
6.�Tratamento�agudo
1. Na < 135 meq/L; 2. Vômitos, diarreia, hemorragias, uso de diuréticos tiazídicos, hipoaldosteronismo e síndrome cerebral perdedora 
de sal; 3. ICC, IR, cirrose hepática; 4. Causas “endócrinas” (hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal secundária e a SIAD), além 
da polidipsia psicogênica; 5. Hiponatremia hipovolêmica: NaCl 0,9%. Hiponatremia hipervolêmica: diurético de alça + restrição 
hidrossalina + dieta hipossódica + tratamento da doença de base. Hiponatremia euvolêmica (SIAD): restrição hídrica + dieta hipersódica* 
+ bloqueador dos receptores (V₂ no túbulo coletor) de ADH; 6. Repor sempre com salina 3%. Aumentar a natremia em até 1 - 2 mEq/L 
por hora nas primeiras 3 horas. Aumentar em até 12 mEq/L (ideal até 10 mEq/L) em 24 horas.
Clínica�Médica
↺↺55
Água corporal total
Homem = 0,6 × peso
Mulher = 0,5 × peso
 ΔNa = NA soro - Na paciente
Água corporal total + 1
Adrogue Madias
Fórmula utilizada para saber o quanto a concentração de sódio sérico:
• Deve aumentar a cada litro de solução que será administrada.
 Bate�e�pronto�da�hipercalemia
1.�Qual�é�a�definição?
2.�Quais�as�causas�mais�comuns?
3.�Quais�são�as�alterações�encontradas�no�ECG?
4.�Qual�é�a�primeira�conduta�se�houver�alterações�no�ECG?
5.�Quais�as�medidas�para�a�redução�do�nível�sérico�de�potássio?
1. K > 5,5 meq/L; 2. IRA ou DRC (o renal crônico que faltou na diálise é clássico); Acidose metabólica; Uso de IECA e/ou 
espironolactona; Hemólise; Rabdomiólise; Síndrome da lise tumoral; 3. Onda T apiculada; Achatamento da onda P; Alargamento do 
QRS; 4. Gluconato de cálcio EV para evitar arritmias não diminui os níveis de potássio!; 5. Glicoinsulina EV; Nebulização com beta-
agonista (salbutamol); Resina de troca; Furosemida; Diálise se grave e refratária.
Hipercalemia
Clínica�Médica
↺↺56
R
P T
Q S
K= 5 mEq/L
K= 10 mEq/L K= 11 mEq/L K= 12 mEq/L
K= 7 mEq/L K= 8 mEq/L
ECG - Hipercalemia
Classificação�de�Child-Pugh�na�cirrose�hepática
Escore�Child-Pugh
�1�ponto 2�pontos 3�pontos
Ascite Ausente Leve/ Fácil controle Moderada/grave/ 
Difícil controle
Bilirrubina < 2 2 a 3 > 3
Albumina > 3,5
3,5 a 2,8* 
(algumas referências consideram 
3,0 como valor inferior)
< 2,8
Tempo de protrombina 
(aumento do tempo em s) 
ou INR
1-3 s 
< 1,7
4-6 s 
1,7 a 2,3
> 6 s 
> 2,3
Encefalopatia Ausente Mínima
Graus I a II
Avançada
Graus III e IV
Clínica�Médica
↺↺57
Nódulos�e�câncer�de�tireoide
Cintilo
Nódulo “frio”Nódulo “quente”
Tratar USG
TSH 
reduzido
TSH normal/
elevado
USG
Nódulo não suspeito
ou <1cm
Nódulo > 1cm
ou suspeito
Follow up PAAF
Anamnese, exame físico, TSH
Fluxograma - Conduta diante de um nódulo de tireoide
Comparação�entre�achados�no�ultrassom�sugestivos�de�lesões�benignas�vs�malignas
Benigno Maligno
Hiperecoico Hipoecoico
Calcificações grosseiras (exceto tipo medular) 
ou em "casca de ovo" Presença de microcalcificações
Largura > altura Altura > largura
Confinado à tireoide Extensão além da tireoide
Hipervascularização periférica ou ausente 
(Chammas I, II e III)
Hipervascularização predominantemente central 
(Chammas IV e V)
Comparação�entre�os�dois�principais�tipos�histológicos�de�câncer�de�tireoide
Carcinoma�papilífero Carcinoma�folicular
Mais comum 2.º mais comum
Forte associação com radiação na infância Associação com radiação; deficiência de iodo é um 
fator de risco também
Prognóstico bom Prognóstico bom, mas pior em relação ao papilífero
Disseminação linfática Disseminação hematogênica
Presença de corpos psamomatosos Subtipo mais agressivos: células de Hürthle
Clínica�Médica
↺↺58
Parasitoses�intestinais
Resumo�parasitoses�intestinais
Agente Transmissão Particularidades Tratamento
Entamoeba 
histolytica 
(protozoário)
Ingestão 
de cistos
Disenteria e megacólon tóxico. 
Extraintestinal mais comum: 
abscesso hepático
Metronidazol 
ou tinidazol
Giardia duodenalis/
lamblia/intestinalis 
(protozoário)
Ingestão 
de cistos. 
Pode acontecer em surtos ou 
como diarreia dos viajantes. 
Pode fazer síndrome 
disabsortiva e intolerância 
secundária à lactose
Tinidazol
Nitazoxanida
Metronidazol
Ascaris 
lumbricoides Ingestão de ovos Causa comum de obstrução 
intestinal abaixo dos 5 anos
Albendazol dose única
Mebendazol dose única
Ancylostoma 
duodenale 
e Necator 
americanus
Penetração 
de larvas pela pele 
(solo)
Prurido e traçado no local 
da penetração. Conhecida 
como “amarelão” pela palidez 
causada pela anemia crônica
Albendazol dose única
Mebendazol por 3 dias
Strongyloides 
stercoralis
Penetração de 
larvas na pele
Endêmico em área rural. 
Em imunossuprimidos pode 
fazer hiperinfecção 
e translocação bacteriana
Ivermectina 
Albendazol
Enterobius 
vermicularis Ingestão de ovos
Prurido anal. 
Alta transmissibilidade. 
Diagnóstico com fita gomada
Albendazol
Mebendazol
Pamoato de pirantel
Trichuris Trichiura Ingestão de ovos Complicação mais comum 
é prolapso retal
Mebendazol
Albendazol
Ivermectina
Toxocara canis
Ingestão de ovos 
ou carne com 
larvas. Crianças 
em contato com 
areia com fezes 
de cães e gatos
Larva migrans visceral 
e ocular. Eosinofilia intensa
Albendazol
Mebendazol
Teníase Ingestão de carne 
com larvas Sintomas GI 
Praziquantel
Nitazoxanida
Cisticercose 
(Taenia solium) Ingestão de ovos
Neurocisticercose: lesões 
múltiplas com calcificação 
causando epilepsia
Albendazol ou 
praziquantel + corticoide 
+ anticonvulsivantes 
se necessário
Esquistossomose
Penetração 
de larvas na 
pele (água)
Hipertensão portal 
+ esplenomegalia Praziquantel
Clínica�Médica
↺↺59
Ciclo�de�Loss/Síndrome�de�Loëffler
Mnemônico�ANTAS
Para�você�gravar�fácil:
"Aqueles caras são uns vermes, são umas ANTAS!"
Ascaris lumbricoides.
Necator americanus.
Toxocara canis.
Ancylostoma duodenale
Strongyloides stercoralis.
G
in
ec
ol
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Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺61
GINECOLOGIA
Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�vulvovaginites
Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�vulvovaginites
Característica Candidíase Vaginose Tricomoníase
Corrimento Branco grumoso Branco/amarelo 
acinzentado homogêneo
Amarelo-esverdeado 
bolhoso
Odor Sem odor Odor fétido Odor fétido
Sintomas irritativos Prurido, dispareunia Ausentes Prurido, dispareunia
Especular Corrimento aderido, 
eritema Corrimento homogêneo Colpite, eritema
pH < 4,5 > 4,5 > 4,5
Teste das aminas 
(Whiff test) Negativo Positivo Positivo
Teste de Schiller Negativo Negativo Positivo
Microscopia Hifas/pseudo-hifas Células alvo 
(clue cells) Protozoários
Tratamento
Tópico: miconazol 2% 
5 a 7 dias ou nistatina 
100.000 UI 14 dias
Metronidazol tópico por 
5 dias ou oral 500 mg 
12/12 horas por 7 dias
Metronidazol oral 2 g 
dose única ou 500 mg 
12/12 horas por 7 dias
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺62
Critérios�diagnósticos�para�DIP
Critérios�diagnósticos�para�DIP
Critérios�Maiores
Dor no hipogástrio
Dor à palpação dos anexos
Dor à mobilização de colo uterino
Critérios�Menores
Temperatura axilar > 37,5 °C ou temperatura retal > 38,3 °C
Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal
Massa pélvica
Mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice
Leucocitose em sangue periférico
Proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação (VHS) elevada
Comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasmas
Critérios�Elaborados
Evidência histopatológica de endometrite
Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de sacode Douglas em estudo de imagem
Laparoscopia com evidência de DIP
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺63
Tratamento�medicamentoso
1ª�OPÇÃO�DE�TRATAMENTO�MEDICAMENTOSO
Ambulatorial Hospitalar
Ceftriaxona, 500 mg, dose única
+
Doxiciclina, 100 mg, 14 dias
+
Metronidazol, 500 mg, 14 dias
Ceftriaxona, 1 g, 14 dias
+
Doxiciclina, 100 mg, 14 dias
+
Metronidazol, 400 mg
2ª�OPÇÃO�DE�TRATAMENTO�MEDICAMENTOSO
Cefotaxima, 500 mg, dose única
+
Doxiciclina, 100 mg, 14 dias
+
Metronidazol, 500 mg, 14 dias
Clindamicina, 900 mg, 14 dias
+
Gentamicina, 3 - 5 mg/kg, 14 dias
Diferenciação�das�úlceras�genitais
Diagnóstico�diferencial�e�tratamento�das�úlceras�genitais
Característica Herpes Cancroide Sífilis�
primária Donovanose Linfogranuloma�
venéreo
Lesões Vesiculares 
que ulceram
Múltiplas úlceras 
de fundo sujo, 
friável e borda 
irregular
Úlcera única, 
de borda 
elevada e 
fundo limpo
Úlcero-vegetante 
friável
Úlcera única 
de fundo limpo
Dor Sim Sim Não Não Não
Adenopatia Bilateral sem 
fistulização
Unilateral com 
fistulização em 
orifício único
Uni ou 
bilateral sem 
fistulização
Geralmente 
ausente
Geralmente 
unilateral, 
dolorosa e 
fistulização em 
bico de regador
Tratamento
Aciclovir, 
VO, 400 mg, 
8/8 horas
Azitromicina, 
VO, 1g, 
dose única
Penicilina 
benzatina, 
IM, 2,4 mi UI, 
dose única
Azitromicina, 
VO, 1g, 1x/sem
Doxiciclina, 
VO, 100 mg, 
12/12 horas
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺64
Neoplasia�de�colo�uterino:�conduta�conforme�resultado�de�colpocitologia�oncótica
Síntese�de�resultados�do�exame�preventivo�e�condutas
Diagnóstico�citopatológico Faixa�etária Conduta�inicial
Células escamosas atípicas 
(ASC)
De significado 
indeterminado 
(ASC-US)
< 25 anos Repetir em três anos
Entre 25 e 
29 anos
Repetir a citologia 
em 12 meses
≥ 30 anos Repetir a citologia 
em seis meses
 Não se podendo 
afastar lesão de alto 
grupo (ASC-H)
Encaminhar para 
colposcopia
Células glandulares atípicas 
de significado indeterminado 
(AGC/AGC-US)
Possivelmente não 
neoplásicas ou não 
se podendo afastar 
lesão de alto grau 
Encaminhar para 
colposcopia
Células atípicas de origem 
indefinida (AOI)
Possivelmente não 
neoplásicas ou não 
se podendo afastar 
lesão de alto grau
Encaminhar para 
colposcopia
Lesão de baixo grau 
(LSIL/LIE-BG)
< 25 anos Repetir em três anos
≥ 25 anos Repetir a citologia 
em seis meses
Lesão de alto grau 
(HSIL/LIE-AG)
Encaminhar para 
colposcopia
Lesão intraepitelial de 
alto grau não podendo 
excluir microinvasão
Encaminhar para 
colposcopia
Carcinoma escamoso invasor Encaminhar para 
colposcopia
Adenocarcinoma in situ (AIS) 
ou invasor
Encaminhar para 
colposcopia
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺65
Estadiamento�BI-RADS�e�respectivas�condutas
Categorias�descritas�na�mamografia
Categoria Impressão�diagnóstica��
da�mamografia Recomendação
0 Inconclusivo Indicado complementação
1 Normal Mamografia de rotina
2 Achado radiológico benigno Mamografia de rotina
3 Achado provavelmente benigno Acompanhamento do achado em 6 meses 
e depois anual até completar 2 ou 3 anos
4 Achado suspeito Biópsia
5 Achado altamente suspeito Biópsia ou cirurgia
6 Achado com 
comprovação maligna Conduta de acordo com tumor
Conduta�no�sangramento�pós-menopausa
1.ª�hipótese�–�Atrofia�endometrial�(a�mais�comum).
Mas não podemos deixar 
de investigar o câncer 
de endométrio!
Se no ultrassom transvaginal der acima de 4�mm 
em mulheres sem reposição hormonal e acima de 8�mm 
em mulheres com TRH = histeroscopia + biópsia
4 mm; 8 mm.
Características� que� levantam� suspeita� para� o� câncer� de� ovário� no� ultrassom�
transvaginal
Achados�na�ultrassonografia�transvaginal�(USG-TV)
Características�benignas Características�malignas
< 8 cm > 8 cm 
Parede interna regular Parede interna irregular
Septações finas ou ausentes Septações grosseiras e/ou espessas
Conteúdo puramente cístico, unilocular Conteúdo misto, multilocular
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺66
Definição�de�amenorreia�primária
Ausência de menstruação aos 13 - 14 anos sem caracteres sexuais secundários, ou aos 
15 - 16 anos com caracteres sexuais secundários.
Sequência�de�exames�para�investigação�de�amenorreia�secundária
Investigação�de�amenorreia�secundária
1º BHCG
2º TSH PROLACTINA HIPO/HIPERTIROIDISMO HIPERPROLACTINEMIA
3º Teste da 
progesterona
Positivo 
(sangramento) ANOVULAÇÃO
Negativo Prosseguir investigação
4º Teste do 
estrogênio
Negativo Problema no COMPARTIMENTO�I�-��
ÚTERO�VAGINAL
Positivo 
(sangramento) Prosseguir investigação
5º FSH
> 20 alto HIPOGONADISMO 
HIPERGONADOTRÓFICO
PROBLEMA NO 
COMPARTIMENTO II 
OVARIANO
< 5 baixo HIPOGONADISMO 
HIPOGONADOTRÓFICO Prosseguir investigação
6º Teste do GnRH
Positivo 
(↑ FSH e LH) Problema no COMPARTIMENTO�IV�-�HIPOTÁLAMO
Negativo 
(FSH e LH normais) Problema no COMPARTIMENTO�III�-�HIPÓFISE
Diferença�entre�Síndrome�de�Rokitansky�e�Síndrome�de�Morris
Síndrome�de�Rokitansky�X�Síndrome�de�Morris
Características Síndrome�de�Rokitansky Síndrome�de�Morris
Cariótipo 46, XX 46, XY
Mamas Normais Pequenas
Vagina Curta Curta
Pelos Normais Ausentes ou escassos
Órgão reprodutor Ovários Testículos (intra abdominais)
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺67
Investigação�do�casal�infértil
Fator�
masculino Espermograma
Fatores�
femininos
Exames iniciais: TSH, T4 livre, prolactinemia, FSH (na primeira fase do ciclo), 
progesterona (na segunda fase do ciclo) e estradiol
Tuboperitoneal: histerossalpingografia → Prova de Cotte negativa = videolaparoscopia
Ovulatório: Dosagem de progesterona na fase lútea (> 3 ng/dl indica ovulação); 
USG-TV seriada a partir do 11.º dia do ciclo para documentar ovulação (principal)
Avaliação�da�reserva�ovariana
Dosagem de FSH entre o 2.º e 5.º dia do ciclo menstrual → FSH > 10 UI/ml indica baixa 
reserva ovariana.
USG com contagem de folículos antrais → considerada alterada quando há menos que 
6 folículos antrais.
O exame mais acurado para avaliar a reserva folicular é o hormônio antimülleriano (HAM ou AMH) - 
não faz parte da propedêutica básica, mas tem ganhado espaço nas provas.
Funcionamento�da�teoria�das�duas�células
Teca
Colesterol
Granulosa
Androstenediona Testosterona
Androstenediona Testosterona
Aromatização
Estrona Estradiol
FSH
LH
Sistema das duas células
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺68
Principais�contraindicações�dos�anticoncepcionais�combinados
Método Estrogênio��
(combinado�com�progesterona) Progesterona
Tabagismo em ≥ 35 anos
<�15�cigarros/dia:��
contraindicação�relativa�(3)�
≥�15�cigarros/dia:��
contraindicação�absoluta�(4)
Sem�contraindicação�(1)
Tabagismo < 35 anos Sem�contraindicação�(2) Sem�contraindicação�(1)
Pós-parto 
com aleitamento materno
< 6 semanas do parto: 
Contraindicação�absoluta�(4)
6 semanas a 6 meses do parto:�
Contraindicação�relativa�(3)
Sem�contraindicação
Pós-parto 
sem aleitamento materno
≤�21�dias:�contraindicado*
>�21�dias:�sem�contraindicação Sem�contraindicação
Enxaqueca com aura Contraindicação�absoluta�(4)
Controverso:�Iniciar��
o�método�pode�(2),��
continuar�o�método,�não�(3).
Para�a�prova:�Sem�
contraindicação
Câncer de mama
Atual:�contraindicação�absoluta�(4)
>�5�anos�sem�doença:�
contraindicação�relativa�(3)
Atual:�contraindicação�
absoluta�(4)
>�5�anos�sem�doença:�
contraindicação�relativa�(3)
Legenda: 1 e 2: pode usar; 3 e 4: não pode usar → 3: contraindicação relativa 
e 4 contraindicação absoluta.
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺69
Outras�contraindicações�de�métodos�combinados�relevantes�para�a�prova
Método Estrogênio��
(combinado�com�progesterona) Progesterona
Hipertensão arterial Contraindicação�relativa�(3),�ou�
absoluta�se�≥�16x10mmHg�(4)
Não�é�contraindicação.
Exceção:�contraindicado�
injetável�se�PA�≥�16x10mmHg�(3)
Múltiplos fatores de risco 
para doença cardiovascular
Contraindicação��
relativa/absoluta�(3�/�4)
Sem�contraindicação�(2).�
Exceção para os injetáveis (3)
Tromboembolismo venoso Atual�ou�prévio:��
contraindicação�absoluta�(4)
Atual:�contraindicação�(3)
Prévio:�Sem�contraindicaçãoDiabetes por mais 
de 20 anos ou 
com complicações
>29�anos�ou�complicações:�
Contraindicação�(3�/�4)�
<20�anos�e�sem�complicações:�
Sem�contraindicação�(2)
Sem�contraindicação�(2).�
Exceção: injetáveis
Valvulopatia com 
complicações (hipertensão 
pulmonar, risco de FA)
Contraindicação�absoluta�(4).�
Sem complicações não 
é contraindicação (2).
Sem�contraindicação�(1)
Trombofilia 
(como fator V de Leiden) Contraindicação�absoluta�(4) Sem�contraindicação�(2)
Infarto ou AVE prévio Contraindicação�absoluta�(4)
Controverso:�Iniciar�
o�método�pode�(2),��
continuar�o�método,�não�(3).
Enxaqueca sem aura 
≥ 35 anos Contraindicação�(3�/�4) Sem�contraindicação
Anticonvulsivantes 
como carbamazepina, 
topiramato
Contraindicação�relativa�(3)
Sem�contraindicação�para��
os�implantes�e�injetáveis��
(1�/�2).�Oral�não�pode�(3).
Ácido valproico 
(anticonvulsivante) Sem�contraindicação Sem�contraindicação
Massa em mama, 
neoplasia benigna, 
história familiar, 
gene BRCA1/2
Sem�contraindicação Sem�contraindicação
Antibióticos, antifúngicos, 
antiparasitários
Sem�contraindicação.��
Exceção: rifampicina
Sem�contraindicação.��
Exceção: rifampicina
Legenda: 1 e 2: pode usar; 3 e 4: não pode usar → 3: contraindicação relativa 
e 4 contraindicação absoluta.
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺70
Indicação�de�anticoncepção�no�puerpério
Pacientes�amamentando:
•� 6�semanas: o método hormonal combinado é contraindicação absoluta.
•� 6�semanas�a�6�meses: o método hormonal combinado é categoria 3.
•� 6�meses: pode tudo!
Pacientes�que�não�estão�amamentando:
•� <�3�semanas: método hormonal combinado é categoria 3. Demais métodos são categoria 1.
•� >�3�semanas: pode tudo!
Principais�efeitos�dos�progestágenos�mais�usados
Progestágenos
Menos trombogênico Levonorgestrel
Mais trombogênico (mas ainda não 
se compara com o de estrogênios) Desogestrel e ciproterona
Mais antiandrogênico Ciproterona
Mais atividade antimineralocorticoide Drospirenona (derivado de espironolactona)
Principais�causas�de�SUA�em�cada�faixa�etária�e�mnemônico�PALM-COEIN
Principais�causas�de�SUA
Período Principais�causas
Neonatal Privação de estrogênio materno
Infância Corpo estranho, infecções, puberdade precoce, abuso sexual, neoplasias
Adolescência Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, coagulopatia, infecções
Menacme
Sangramentos da gestação e sangramento uterino disfuncional (SUD) por 
anovulação, hipotireoidismo, hiperprolactinemia, uso de anticoncepcionais, 
alterações estruturais benignas e malignas
Pós-menopausa Atrofia endometrial, terapia de reposição hormonal, câncer de endométrio
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺71
PALM-COEIN
Miomas
Classificação�dos�miomas�pela�Federação�Internacional�de�Ginecologia�e�Obstetrícia�
(FIGO)
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺72
Tríade�clínica�da�endometriose
Dismenorreia progressiva + dispareunia + infertilidade.
Climatério:�contraindicações�absolutas�à�terapia�de�reposição�hormonal�(TRH)
Contraindicações:
• Hepatopatia descompensada.
• Tromboembolismo agudo.
• Câncer de mama ou endométrio.
• Porfiria
• Sangramento vaginal sem diagnóstico.
• AVE, IAM, TVP, LES anticorpos positivos, SAF.
Indicações�das�diferentes�vias�de�administração�da�terapia�de�reposição�hormonal
Indicações:
•� Tópica: é a 1.ª escolha quando há sintomas vaginais isolados.
•� Oral: mulheres sem comorbidades ou com hipercolesterolemia devem receber a TRH 
por via oral, caso não se encaixem na indicação da via tópica (outros sintomas).
•� Parenteral: mulheres com diversas comorbidades, como hipertensão, diabetes, doença 
hepática, fumantes e hipertrigliceridemia, devem receber a TRH por via parenteral 
preferencialmente.
Classificação�POP-Q
Aa
Parede anterior
Ba
Parede anterior
C
Colo ou cúpula 
GH ou HG
Hiato genital
CP ou PB
Corpo perineal
CVT ou TVL
Comprimento vaginal total
Ap
Parede posterior
Bp
Parede posterior
D
Fundo de saco de Douglas
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺73
Imagem POP Q
Incontinência�urinária�de�esforço:�valor�de�pressão�de�perda�esperada�(PPE)
PPE > 90 cm de H2O Hipermobilidade vesical
PPE < 60 cm de H2O Defeito esfincteriano
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺74
OBSTETRÍCIA
Cálculo�da�data�provável�do�parto
DUM + 9 meses e 7 dias.
Atenção: cuidado com anos bissextos.
Manobra�de�Leopold
1.º�tempo Avaliação da situação fetal
2.º�tempo avaliação da posição (direita, por exemplo, ou esquerda)
3.º�tempo Diagnostica a apresentação fetal e encaixe (cefálica, pélvica ou córmica, por exemplo)
4.º�tempo Avaliar o grau de penetração e flexão do feto
Manobra de Leopold/Manobras de Leopold em ordem: 1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺75
Principais�alterações�fisiológicas�na�gravidez
Aumenta Reduz
Débito cardíaco Resistência vascular periférica
Frequência cardíaca Pressão arterial (PAD cai mais do que PAS)
Volume sanguíneo (50% = hemodiluição) Plaquetas
Fatores de coagulação (fibrinogênio) Volume residual (capacidade respiratória total)
Volume corrente 
 (volume-minuto = hiperventilação) Tônus muscular liso - TGI, urinário e vascular
Taxa de filtração glomerular Trânsito intestinal - constipação, refluxo
Hiperglicemia pós-prandial Hipoglicemia em jejum
Mnemônico�“GUTHS”
“Quando�a�mulher�avisa�a�família�que�está�grávida,�
todo�mundo�fica�cheio�de�‘gute-gute’�com�ela.”
Glicemia de jejum
Urina (EAS + urocultura)
Tipagem sanguínea e fator Rh
Hemograma
Sorologias
Exames� obrigatórios� na� primeira� consulta� do� pré-natal� segundo� o� Ministério��
da�Saúde�(MS)
Observação�1: sorologias que devem ser solicitadas - toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatite B e C.
Observação�2: lembrar que sorologias como rubéola, citomegalovírus e Zika, para as quais 
ainda não há tratamento comprovadamente eficaz, não são obrigatórias pelo MS, mas são 
ditas como importantes pela FEBRASGO.
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺76
Valores�de�referência�para�diagnóstico�de�DMG
Principais�alterações�fisiológicas�na�gravidez
Glicemia�de�jejum TOTG
< 92 mg/dL = normal Jejum ≥ 92 mg/dL OU
92 a 125 mg/dL = DMG 1h pós-prandial ≥ 180 mg/dL OU
≥ 126 = DM prévio 2h pós-prandial ≥ 153 mg/dL
Atualização�da�conduta�em�gestante�positiva�para�toxoplasmose
Toxoplasmose 
materna aguda
Pré-natal de alto risco
IG < 16 semanas
• Iniciar ESPIRAMICINA
IG≥ 16 semanas
• Iniciar ESQUEMA TRÍPLICE
Pirimetamina + sulfadiazina + 
ácido folínico
Manter espiramicina 
até o parto
US seriada
PCR do líquido amniótico (ig > 18 semanas)
US normal
PCR negativo
US alterado
PCR positivo
Manter esquema 
tríplice até o parto
Fluxograma toxoplasmose
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺77
Imunoglobulina�anti-D�na�paciente�Rh�negativo
• Com 28 semanas.
• Até 72h pós-parto se recém-nascido for Rh+.
• Após qualquer episódio de sangramento na gestação, exames invasivos ou abortamento.
Critérios�de�tratamento�adequado�para�as�gestantes�diagnosticadas�com�sífilis
Critérios:
• Administração de penicilina benzatina.
• Início do tratamento até 30 dias antes do parto.
• Esquema terapêutico conforme o estágio clínico da doença (sífilis recente: 1 dose; sífilis 
tardia ou tempo indeterminado: 3 doses).
• Respeito ao intervalo recomendado de doses;
• Documentação da queda do título do teste não treponêmico em pelo menos duas diluições 
após a conclusão do tratamento – resposta imunológica adequada.
Atenção!�A(s) parceria(s) sexual(is) também deverão ser tratadas, porém, esse critério não 
é mais obrigatório para considerar a gestante como adequadamente tratada.
Indicação� de� TARV� na� gestação� e� indicações� da� via� de� parto� na� gestante��
HIV�positivo
Indicação�de�TARV�na�gestação
Gestante�que�vai�iniciar��
TARV�na�gestação TDF + 3TC + DTG
Gestante�que�já�usava��
TARV�antes�da�gestação
CV indetectável CV detectável
Não trocar TARV Avaliar motivos para falha e indicar coleta de 
genotipagem do HIV (se CV ≥ 500 cópias/mL)
TDF = tenofovir, 3TC = lamivudina, RAL = raltegravir, DTG = dolutegravir, EFZ = efavirenz, 
ATV/r = atazanavir/ritonavir.
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺78Gestante com
CV desconhecida 
ou detectável 
na 34.ª semana
Parto cesáreo eletivo, 
empelicado, a partir 
da 38.ª semana
AZT injetável
no parto
AZT injetável
no parto
Gestante com 
CV detectável, 
porém menor que 
1.000 cópias/mL 
na 34.ª semana
Parto segundo 
indicação obstétrica; 
pode ser vaginal
Gestante com 
CV indetectável 
na 34.ª semana
Parto segundo 
indicação obstétrica, 
preferencialmente 
vaginal
Manter TARV 
habitual via oral
Indicação de via de parto e uso de AZT
Medicações�na�gestação
Medicações�proibidas Medicações�permitidas
Inibidores de ECA, BRA, diuréticos de alça Metildopa, hidralazina, nifedipino
Antidiabéticos orais (exceto metformina) insulina, metformina
Quinolonas (ciprofloxacino, levofloxacino), 
aminoglicosídeos (gentamicina)
Betalactâmicos, cefalosporinas, 
azitromicina, clindamicina
Varfarina Heparina
Fluconazol Antifúngicos tópicos
Valproato, fenitoína, topiramato, 
fenobarbital, carbamazepina
Lamotrigina; ácido fólico (5 mg/dia) 
durante toda a gestação, começando 
três meses antes da concepção
Principais�medicações�contraindicadas�na�gestação
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺79
Determinação�da�corionicidade�de�gêmeos�monozigóticos
Depende�da�data�que�ocorreu�a�divisão:
• Separação até 72 horas (3 dias) após a fertilização: dicoriônica e diamniótica (30% das 
gestações monozigóticas).
• Separação entre 4 – 7 dias: monocoriônica, diamniótica (68%).
• Separação entre 8 – 12 dias: monocoriônica, monoamniótica (2%).
• Separação > 12 dias: gemelaridade imperfeita (fetos conjugados).
Resumo�das�medicações�indicadas�nas�emergências�hipertensivas
Sulfato de Magnésio EV (Zuspan) Hidralazina EV se PA ≥ 160 x 110
Ataque: 4g em 15 – 20 minutos Ataque: 5 mg EV
Manutenção: 1 – 2 g/hora em BIC Repetir a cada 20 minutos até PA ficar abaixo 
de 160 x 110 ou máximo de 30- 45 mg
Conduta�inicial�na�pré-eclâmpsia�grave/eclâmpsia
Nível�pressórico Primeira�linha�de�tratamento
PAS ≥ 160 mmHg e/ou Sulfato de magnésio +
PAD ≥ 110 mmHg Anti-hipertensivo (Hidralazina - 1.ª opção)
Sinais�de�gravidade�da�pré-eclâmpsia
Pressão arterial ≥ 160 X 110 mmHg
Sinais da síndrome HELLP (plaquetopenia, lesão hepática, hemólise)
Lesão renal aguda (creatinina >= 1,2 mg/dl ou diurese inferior a 500mL/24h)
Edema pulmonar
Cefaleia frontoccipital de forte intensidade
Sintomas visuais, como escotomas, turvação e amaurose
Dor epigástrica
Reflexos tendinosos profundos exaltados
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺80
Identificação�de�uma�síndrome�HELLP
Hemólise Presença de esquizócitos, bilirrubina total ≥ 1,2 mg/dl, LDH > 600 UI/L
Lesão hepatocelular Enzimas hepáticas elevadas (AST ≥ 70 UI/ L)
Plaquetopenia < 100.000
Diagnóstico�diferencial�e�conduta�-�incompetência�istmocervical�e�SAF
Diagnóstico IIC SAF
Clínica 
sugestiva
Gestante com perdas súbitas e indolores 
no segundo trimestre recorrentes em 
idades gestacionais cada vez mais precoces
Morte intrauterina inexplicada 
ou história de trombose 
venosa/arterial na mãe
Conduta Cerclagem de McDonald entre 
12 e 16 semanas de IG
AAS + heparina (dose depende 
da história pregressa)
Diferença�dos�tipos�de�aborto
Comparação�entre�os�tipos�de�aborto�com�colo�fechado
Ameaça� Completo Retido
Orifício�do�colo Fechado Fechado Fechado
Sangramento Pouco Já sangrou ou chega 
com pouco sangramento Pouco 
Dor Pouco ou nenhuma Nenhuma Pouco ou nenhuma
Especular� Normal Normal Normal
Febre Não Não Não
Ultrassom� Normal, BCF+ Útero vazio Embrião sem BCF
Conduta Orientação Orientação Expectante por até 
30 dias ou esvaziamento 
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺81
Comparação�entre�os�tipos�de�aborto�com�colo�aberto�
Inevitável Incompleto� Infectado
Orifício�do�colo Aberto Aberto Aberto 
Sangramento Sim Sim Sim ou não
Dor Sim Sim Sim
Especular�
Hemorragia pelo 
orifício externo, 
sem saída de tecido
Hemorragia pelo 
 orifício externo, 
com saída de tecido
Secreção purulenta
Febre Não Não Sim
Ultrassom�
Ovo deformado, 
hematoma retro 
ovular, ovo baixo
Restos ovulares 
e/ou espessamento 
endometrial > 15-20 mm
Restos ovulares
Conduta Suporte + analgesia/
esvaziamento uterino Esvaziamento uterino Esvaziamento uterino 
+ antibioticoterapia
Diagnóstico�de�gestação�ectópica
B-hCG > 1.500 mU/mL + útero vazio.
Indicações�de�tratamento�medicamento�(metotrexato)�na�gestação�ectópica�
Beta-hCG ≤ 5.000 mUI/ml + SG < 3,5 cm + ausência de batimentos cardíacos fetais.
Identificação�da�doença�trofoblástica�gestacional�nos�enunciados
• Sangramento vaginal intermitente com aspecto de ameixa ou em cachos de uva.
• Útero aumentado para a IG e em sanfona (cresce e diminui).
• Beta-hCG aumentado para a IG e hiperêmese gravídica (sintomas de gravidez exuberantes).
• Cistos tecaluteínicos (anexiais bilaterais).
• Pré-eclâmpsia precoce.
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺82
Diferença� das� duas� principais� causas� de� sangramentos� da� segunda� metade��
da�gestação
Principais�pontos�para�diferenciação�entre�DPP�e�PP
Descolamento�prematuro�
de�placenta�(DPP) Placenta�prévia�(PP)
Sangramento Vermelho-escuro, único Vermelho vivo, intermitente
Dor Presente Ausente
Principal fator de risco Hipertensão Cesariana prévia
Feto Bradicardia Normal
Útero Hipertônico Normal
Itens�avaliados�pelo�índice�de�Bishop
• Dilatação.
• Esvaecimento.
• Altura da apresentação.
• Consistência.
• Posição do colo.
Rastreio�de�prematuridade�em�gestantes�de�alto�risco
1. USG para medição do comprimento do colo uterino, entre 20 e 24 semanas. Se menor 
do que 25 mm, o rastreio é positivo.
2. Dosagem de fibronectina em secreção coletada em fundo de saco. Se maior do que 
50 ng/ml, o rastreio é positivo.
Conduta�em�um�trabalho�de�parto�prematuro�
• Acima de 34 semanas = assistência ao parto.
• Abaixo de 34 semanas = tocólise + corticoterapia para amadurecimento pulmonar do feto 
+ sulfato de magnésio em gestantes entre 24 e 32 semanas de IG para neuroproteção 
fetal + profilaxia com penicilina cristalina ou ampicilina se não houver realização do swab 
para pesquisa do Streptococcus do grupo B (GBS).
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺83
Indicações�de�profilaxia�contra�GBS
Indicações�de�profilaxia�contra�o�Streptococcus�do�grupo�B
Gestantes com swab vaginal e/ou retal positivo
Gestantes que não fizeram swab, mas possuem algum fator de risco para essa 
infecção (febre, trabalho de parto prematuro ou amniorrexe > 18 horas)
Gestantes com urinocultura positiva para GBS na gestação atual
Gestantes com filhos acometidos pela GBS anteriormente
Exceção: parto cesariano sem trabalho de parto ou rotura prematura de membranas ovulares. 
Nesse caso, a gente não recebe a profilaxia, ainda que preencha algum dos critérios citados 
na tabela acima
Atitudes�fetais�que�podem�ocorrer�no�parto�e�suas�referências
Referências�de�apresentação�resumo/atitude�fetal
Imagem��
correspondente�acima Atitude Ponto�de�referência
Imagem A Flexão Lambda
Imagem B Defletido de 1.° grau Bregma
Imagem C Defletido de 2.° grau Glabela
Imagem D Defletido de 3.° grau Mento
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺84
Diagnóstico�de�partos�distócicos
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
Nome
Dia de início
Hora Real
Hora de
Registro
RG
- AM
- 3
- 2
- 1
1
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
2 3 4 5 6 7 8 9 10
+ 1
+ 2
+ 3
+ 4
Vulva
0
De Lee
Linha de Alerta Linha de Ação
Tempo (horas)
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
- AM
- 3
- 2
- 1
+ 1
+ 2
+ 3
+ 4
Vulva
0
De LeeRGNome
Diagnóstico: período pélvico prolongado
Diagnóstico: parto taquitócico
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺85
Linha de Alerta Linha de Ação
Tempo (horas)
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
- AM
- 3
- 2
- 1
+ 1
+ 2
+ 3
+ 4
Vulva
0
De LeeRGNome
Diagnóstico: parada secundária da dilatação
Diagnóstico: parada secundária da descida
Tempo (horas)
D
ila
ta
çã
o
(c
m
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
- AM
- 3
- 2
- 1
+ 1
+ 2
+ 3
+ 4
Vulva
0
De LeeNome RG
Linha de AçãoLinha de Alerta
Ginecologia�e�Obstetrícia
↺↺86
Identificação�do�tipo�de�desaceleração�da�cardiotocografia�(CTG)
• Na DIP I,

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