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Apostila História do Design A3

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HISTÓRIA	DO	DESIGN
CAPI�TULO 3 - QUAIS SA� O AS PRINCIPAIS
CARACTERI�STICAS DO DESIGN MODERNO?
José Neto de Faria
06/05/24, 21:06 História do Design
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Introdução
Entre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Revolução Russa (1917-1921), a Grande Depressão (1929-
1932) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Europa e a América do Norte foram marcadas por uma série
de altos e baixos. O sistema de produção industrial, depois de mais de um século de sistemática mecanização
e automação, havia conseguido se desprender do sistema artesanal e desenvolver um produto maduro, fruto
dos avanços cientı́�icos e da sistematização dos processos produtivos e dos métodos industriais. Dessa
maneira, o design dos produtos passou a ser caracterizado, principalmente pela racionalização, normatização,
tipi�icação e padronização.
Mas apesar dos avanços no estabelecimento de um sistema produtivo industrial robusto e absorvedor de toda
a mão de obra que, num primeiro momento, poderia induzir à formação de uma crença no estabelecimento de
um caminho único para o desenvolvimento do design, o que pode ser observado é algo bem diferente disso.
Mesmo que algumas das correntes de pensamento tenham, em determinados momentos, demonstrado um
certo gosto e um namoro com o autoritarismo estético, pois o autoritarismo não é um privilégio de algumas
forças polı́ticas, o design do perı́odo é marcado por correntes que buscavam o processo de puri�icação e/ou
sincretismo. Os processos de homogeneização foram arti�icialmente promovidos, e o resgate histórico mostra
exatamente a riqueza da profusão da diversidade na prática e no ensino de design moderno.
Nesse sentido, pode-se dizer que o design moderno tem uma cara? Que a Bauhaus marca o perı́odo moderno
do design? Que o Estilo Internacional dissemina o design moderno para o mundo? Mas se o Estilo
Internacional representa o moderno, o que representa o Art	Déco? E como as dicotomias existentes entre o
atendimento das necessidades básicas e a ostentação do poder e do luxo caracterizam o design moderno?
Quais são essas caracterı́sticas que envolvem o design moderno?
Sem dúvida o debate vivenciado na Staatliches-Bauhaus (Casa da Construção do Estado, 1919-1933), as
formulações que marcaram o Estilo Internacional no design (1920-1965), as experimentações estéticas do Art
Déco (1910-1939) e o modo integrado de conceber o design e promover as vendas do Styling	ou Streamlining
(1930-1955) caracterizam muito bem o antagonismo das experiências e das peripécias no campo do design.
No campo do design, aliás, as tensões também aumentaram, seja pelas disputas teórico-práticas, seja pela
aproximação do design com o mercado. O design enquanto campo de saber encontrou-se numa nova
encruzilhada, muito mais ampla, não bastava mais só repensar a prática pro�issional e a sua relação com os
meios de produção, ou resgatar o valor do artesanato, das artes aplicadas ou das artes; era preciso reconhecer
a extensão das relações que estavam envolvidas nos novos modos de produção, de distribuição e de
promoção dos bens de consumo, que precisavam cada vez mais ser articulados aos valores sociais
comportamentais.
O design podia ser discutido pelo viés do atendimento às necessidades básicas da população, mas isso não
queria dizer que não pudesse ser utilizado também para validar o poder de uma classe esnobe, que tinha
di�iculdade de curvar a cabeça para olhar o que acontecia embaixo dos seus pés. Podia oscilar entre o serviço
técnico prestado à indústria e a exaltação dos processos revolucionários; entre os ideais humanistas e sociais
e os valores performáticos e ilusórios; entre o pensamento comunitário e o individualismo; entre o exercı́cio
da função de uso e a ostentação das diferenças sócias, e entre o aprimoramento do requinte dos sentidos e a
fruição cotidiana do tédio. Formam-se contrapontos lógicos que persistem até hoje no design.
O modelo de design europeu baseado no funcionalismo técnico produtivo, que propunha uma racionalização
de toda a cadeia produtiva e de distribuição, entra em choque com o modelo de design americano baseado no
formalismo estético, que propunha uma estetização condizente com os valores comportamentais do estilo de
vida americano, a �im de atender e estimular as demandas do mercado. As necessidades básicas versus o
sonho e a imaginação. A relação de dependência das partes versus a unidade �luida e ı́ntegra. O funcionalismo
social versus a performance social. A sobriedade e a elegância versus a aparência e a ostentação.
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Alguns vão querer procurar um porto seguro em rótulos claros, bem de�inidos, que permitam uma falsa
sensação de controle e domı́nio sobre o campo da história do design. Mas tentam esquecer como os germes e
as ideias eram – e estão – vivas ainda hoje, agindo sobre o campo de saber do design. Ajudando a reconhecer e
a reformular tanto o que se compreendia da história do design, quando o que se faz atualmente no design.
Bom estudo!
3.1 Staatliches-Bauhaus (1919-1933)
A Staatliches-Bauhaus	 (Casa da Construção do Estado) surge em um contexto bem desfavorável no cenário
alemão. O paı́s saiu da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) derrotado, arrasado e humilhado, sendo
obrigado a assinar acordos que di�icultavam deslumbrar qualquer tipo de possibilidade de reestruturação do
setor produtivo e da economia em curto prazo.
No âmbito sociocultural a Alemanha ainda passava por uma fase de transição entre os ideais e os conceitos
desenvolvidos pelos movimentos de reforma estética Arts	 and	 Crafts e Art	Nouveau, que lutavam contra a
deteriorização da qualidade de vida, a péssima qualidade dos produtos, a decoração que mascarava as formas
e as formas ostensivas e desonestas, e a favor da reforma do sistema produtivo e a quali�icação do sistema de
ensino em geral.
E, também, das ideias propostas na Deutscher	Werkbund (Associação Alemã de Artesãos), da intensi�icação da
implantação do racionalismo produtivo e do funcionalismo produtivo técnico, que podem ser compreendidos
como a condensação das ideias expressas pelo Taylorismo, pelo Fordismo e pelo Sloanismo. Sem contar todo
o debate intenso promovido pelas vanguardas estéticas europeias.
3.1.1 Alemanha durante a República de Weimar
República de Weimar é o nome para a Alemanha durante o perı́odo de 1919 até 1933. Foi um perı́odo
democrático marcado pela instabilidade polı́tica, social e econômica, por tentativas sucessivas de golpes
militares de estado por parte da direita e insurreições revolucionais por parte da esquerda. Milı́cias de direita
e esquerda se enfrentaram e desestabilizaram o governo desde o �inal da Primeira Guerra Mundial, até 1923.
A República de Weimar tentou implantar uma democracia com um chanceler eleito, em eleições diretas com
poderes para dissolver o parlamento, mas com autoridade restringida pelo poder moderador do parlamento
eleito. Mas nenhuma constituição democrática poderia manter-se sem o apoio da população ao regime.
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Entre 1919 até 1924 o Estado alemão foi marcado por uma série de crises econômicas, �inanceiras e
monetárias, em um processo de hiperin�lação que aumentava cada vez mais as diferenças sociais entre ricos e
pobres. Mas com a crise de 1929, os investimentos e os empréstimos americanos deixam de chegar à
Alemanha. Novamente a classe média alemã sofria as consequências, milhares de pessoas perderamos
empregos, milhares de pequenos negócios fecharam, e a produção nacional caiu para menos da metade.
VOCÊ QUER VER?
O �ilme Triumph	des	Willens (O	triunfo	da	vontade, 1935) documenta e faz propaganda
da ascensão do nazismo através de �ilmagens do 6 Congresso do Partido Nazista.
Produzido e dirigido por Leni Riefenstahl, enfoca os encontros do partido, trechos dos
discursos de Adolf Hitler (1889-1945) e dos demais membros do partido. Mostra,
ainda, os soldados marchando, cozinhando, brincando e jogando ao som de música
clássica. 
o
VOCÊ QUER VER?
O �ilme Undergångensarkitektur (Arquitetura	 da	 destruição, 1989) apresenta uma
leitura sobre os valores estéticos do nazismo e a sua ideia de puri�icação da terra
alemã. A obra do diretor sueco Peter Cohen (1946-) apresenta como a Alemanha
nazista usou a arte e a estética como propaganda da polı́tica de extermı́nio, e o
conceito de degeneração da arte associada à degeneração moral e social ligada às
minorias, que eram vistas como bactérias, vı́rus ou pragas. 
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Assim, grande parte da população acabou �icando arruinada economicamente, e o povo desiludido, deprimido
e enganado começou a dar crédito a caminhos polı́ticos alternativos. Assim, com a ascensão do Partido
Nacional Socialista (Nazista) e do Partido Comunista da Alemanha, a partir das eleições federais de 1930, os
partidos moderados começaram a perder espaço.
As instituições �inanceiras e os conglomerados industriais, como Allianz, Hugo Boss, Deutsche Bank e
Dresdner Bank, por exemplo, com medo de um possı́vel governo comunista, começam a �inanciar o Partido
Nacional Socialista. E o Estado e a Constituição alemães não resistiram à ascensão do Nazismo.
3.1.2 A fundação da Bauhaus e as suas fases
A Staatliches-Bauhaus	 foi fundada em 1919 como uma das iniciativas nacionais da República de Weimar. O
governo de centro-esquerda socialista do estado da Turı́ngia, na cidade conservadora de Weimar, pretendia
formar pro�issionais capazes de aumentar a qualidade e diminuir os preços da fabricação dos produtos, a �im
de ampliar o �luxo interno e externo da circulação de mercadorias e com o objetivo de recuperar o setor
produtivo e a economia da Alemanha.
Dessa maneira, a Staatliches-Bauhaus surgiu do processo de uni�icação entre duas instituições. A Weimer
Kunstgewerbeschule (Escola de Artes e Ofı́cios de Weimar), que entre 1904 e 1915 havia sido implantada e
dirigida por Henri van de Velde (1863-1957), o�icialmente aberta em 1908 e posteriormente fechada em 1915,
e a Großherzoglich-Sächsischen	 Hochschule	 für	 Bildende	 Kunst (Grande Escola do Ducado Saxão de Belas
Artes).
Em 1919, quando surgiu a ideia de reabrir a escola uni�icando-a com a Escola de Belas Artes, Henri van de
Velde indicou Walter Adolf Gropius (1883-1969) que formou a Staatliches-Bauhaus	 (Casa da Construção do
Estado). A escola, entre 1919 e 1925, �icou instalada na cidade de Weimar; entre 1925 e 1932, �icou instalada
em Dessau; e entre 1932 e 1933, �icou instalada em Berlim.
VOCÊ SABIA?
Para que foi usado o termo “funcionalismo técnico produtivo” no design? O termo
foi utilizado pela primeira vez para designar as formas dos objetos culturais que
tivessem sido desenvolvidas considerando as restrições dos processos de
produção e dos materiais. Tinha o intuito de facilitar a adaptação do modelo
industrial à sua implantação em todas as etapas de fabricação, a �im de melhorar
tanto o desempenho do processo de fabricação quanto o desempenho técnico dos
produtos (FARIA, 2017).
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Durante sua existência enquanto instituição, foi marcada por três fases administrativas. Acompanhe clicando
nas abas a seguir.
A de Walter Adolf Gropius (1883-1969), de 1919 a 1928, o qual prometia integrar no ensino todas
as áreas práticas e cientı́�icas do trabalho artı́stico, como pintura, escultura, arquitetura e todas as
principais vertentes do artesanato. Visava desenvolver modelos para �ins industriais, com um
“retorno aos princı́pios do trabalho artesanal em conjunção com uma visão de construção de
futuro” (GROPIUS, 1919	 apud WILHELM, 2006, p. 181), mas que na prática colocava mesmo o
design e a arquitetura a ocupar a posição central, tendo as artes e ofı́cios gravitando ao redor.
A de Hannes Meyer (1889-1954), de 1928 a 1930, o qual propunha “formar pro�issionais que
combinassem ciência, teoria e prática no desenvolvimento de projetos de modelos adaptados às
necessidades do povo” (DROSTE, 2006, p. 174), num claro afastamento da “reivindicação
puramente artı́stica” a �im de “abraçar o design industrial nos termos de um funcionalismo social”
(SCHNEIDER, 2010, p. 72). Sua proposta de ensino pode ser entendida entre dois polos o do “ensino
de design artı́stico e do ensino do design fundamentado em ciência básica, o ensino da construção
deve ser cada vez mais direcionado para um conceito de arquitetura determinada principalmente
pelos fatores funcionais e biológicos” (WILHELM, 2006, p. 186).
A de Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969), de 1930 a 1933, o qual, segundo a�irmação de Droste
(2006, p. 208), propunha um ensino apolı́tico com foco principal nas formas de construção
arquitetônica e “ignora a dimensão social do design”. Mas pela natureza da matriz curricular
documentada pode-se perceber que a ênfase nas técnicas construtivas não eliminava o espı́rito
colaborativo produtivo caracterı́stico da escola. 
•
•
•
Primeira
Segunda
Terceira
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A Staatliches-Bauhaus se reconhecia como uma comunidade igualitária, um modo criativo de trabalho, sem
diferenciação entre artesãos e artistas. Por isso introduziu um processo de fomentação da formação hı́brida
baseada no ensino concomitante bipolar. Nesse sentido, contava com a presença e a participação de um
mestre da forma e de um mestre artesão, visto que naquele momento especı́�ico inicial era
[...] necessário trabalhar com dois professores diferentes, pois não havia artesão com imaginação
su�iciente para resolver problemas artı́sticos, nem artistas com conhecimento técnicos su�icientes
para se responsabilizarem por trabalhos o�icinais (GROPIUS apud DROSTE, 2006, p. 36). 
O aprendizado era dividido em um perı́odo de formação básica, no qual os alunos experimentavam sua
relação com a cor, a forma, a textura, o volume, o espaço e os materiais, sem �inalidades precisas; e um
perı́odo de formação nas o�icinas de madeira, metal, cerâmica, vidro, tecelagem, pintura, escultura, mobiliário
e encadernação.
VOCÊ SABIA?
O termo “funcionalismo social” foi desenvolvido para descrever a prática do design
voltada à produção de objetos culturais guiados pela diminuição das distâncias
sociais, pelos aspectos socioculturais e pelos aspectos comportamentais, a �im de
que a integração das atividades produtivas agenciasse a igualdade entre as
classes sociais por meio do acesso e do uso dos objetos culturais (FARIA, 2017).
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Johannes Itten (1888-1967) foi o responsável pelo curso básico, entre 1919 e 1923, e acreditava que os alunos
tinham de aprender com as próprias experiências práticas. Esse pensamento condiz com a teoria educacional
progressista de John Dewey (1859-1952), baseada no estabelecimento de certas situações que sejam capazes
de promover o aprendizado.
No entanto, na primeira fase, a Staatliches-Bauhaus não conseguiu estabelecer uma relação consistente com as
indústrias, e somente teve algumas encomendas para as o�icinas de cerâmicae tecelagem. O periódico De	Stijl,
em 1922, faz pesadas crı́ticas, a�irmando que a arte tinha, sim, se fundido com o artesanato, mas não com a
indústria, e pedia mudanças na direção da escola. A visão acabou provocando o pedido de demissão de
Johannes Itten, por sua visão mais mı́stica e espiritual sobre o ensino, e a contratação, para substituı́-lo, de
László Moholy-Nagy (1895-1946), um artista com orientação mais tecnológica. A mudança fez com que os
alunos da escola experimentassem na prática o trabalho com novos materiais e com novas mı́dias. Assim, a
o�icina de metal deixava de produzir apenas peças únicas artesanais e passava a produzir protótipos práticos
para a indústria.
O novo alinhamento pedagógico tinha relação com a in�luência cada vez maior do movimento De	Stijl sobre a
escola, que pode ser contatado entre 1921 e 1923 nos cursos extracurriculares sobre princı́pios do De	 Stijl
ministrados por Theo van Doesburg (1883-1931). Também El Lissitski (1890-1941) visita a escola, em 1921,
Figura 1 - Logotipo da Bauhaus de 1919, de Walter Adolf Gropius; logotipo da Bauhaus de 1922, de Oskar
Schlemmer; cartaz para a Exposição da Bauhaus de 1923, de Joost Schmidt.
Fonte: DROSTE, 2006, p. 61-62.
Figura 2 - Estudantes da Bauhaus em Dessau, em 1927, foto de T. Lux Feininger; em 1928, professores da
Bauhaus em Dessau; também em 1928, professores no telhado do edifı́cio da Bauhaus em Dessau.
Fonte: DROSTE, 2006, p. 74-222.
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que se torna uma das grandes referências para o desenvolviemnto do estilo elementar. Por sua vez, Naum
Gabo (1890-1977), ao mudar-se para Berlim, em 1922, in�luencia a escola com o seu Manifesto Realista.
Em 1928, Walter Adolf Gropius pede demissão e designa Hannes Meyer como diretor da escola. A decisão
acabou provocando o pedido de demissão de László Moholy-Nagy, Marcel Breuer e Herbert Bayer. No entanto,
no novo perı́odo a escola se torna um sucesso comercial, a Körting & Mathiesen começou a fabricar as
luminárias da o�icina de metal; as o�icinas de mobiliário, tecelagem e cartazes passam a receber várias
encomendas externas.
Devido à sua orientação marxista, Hannes Meyer pede demissão em 1930 e é substituı́do por Ludwig Mies van
der Rohe (1886-1969), que tenta distanciar a escola da polı́tica. Mas já era tarde demais, a escola era acusada
de ser excessivamente cosmopolita e pouco alemã, considerada um dos mais óbvios refúgios do conceito
judaico-marxista de arte. Finalmente, em 1933, devido às pressões crescentes polı́ticas do Partido Nacional
Socialista (nazista), houve o fechamento da escola.
3.1.3 Principais representantes da Bauhaus e seus projetos
A Staatliches-Bauhaus foi o resultado de um processo de diálogo e de disputa – ora silenciosa, ora estridente –
entre correntes de pensamento teóricas e práticas, com princı́pios e conceitos estéticos distintos que
envolviam os preceitos expressionistas, futuristas, construtivistas e neoplasticistas. Esses professores e
alunos brilhantes deram voz às suas teorias, destacando as correntes estéticas em seus projetos durante as
três fases da escola.
Nesse processo vivo de construção da história do design devem ser destacados os professores da escola:
Walter Adolf Gropius (1883-1969), Johannes Itten (1888-1967), Paul Klee (1879-1940), Gerhard Marcks
(1889-1981), Georg Muche (1895-1987), Oskar Schlemmer (1888-1943), Lothar Schreyer (1886-1966), Vassili
Kandinski (1866-1944), Adolf Meyer (1881-1929) (sócio de Gropius), László Moholy-Nagy (1895-1946),
Theo van Doesburg (1883-1931), Hannes Meyer (1889-1954), Ludwig Hilberscheimer (1885-1967), Walter
Peterhans (1897-1960) e Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969).
Também vale mencionar os ex-alunos contratados como professores pela escola: Josef Alberts (1888-1976),
Marcel Breuer (1902-1981), Herbert Bayer (1900-1985), Gunta Stölzl (1897-1983), Hinnerk Scheper (1897-
1957) e Joost Schmidt (1893-1948). E os ex-alunos Anni Albers (1899-1994), Friedl Dicker (1898-1944),
Marianne Branst (1893-1983), Kümstler Hans Pryrembel (1900-1945), Hin Bredendieck (1904-1995) e Peter
Keler (1898-1982). 
Figura 3 - Cadeira A� frica de 1921, de Marcel Breuer; cadeira Colorful Woven de 1921, de Marcel Breuer e
Gunta Stölzl; cadeira Modelo B3 (Cadeira Wassily) de 1925, de Marcel Breuer.
Fonte: DROSTE, 2006, p. 41-44.
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O cenário hostil fez com que alguns destes artistas deixassem a Alemanha e se mudassem para os Estados
Unidos. Marcel Breuer e Walter Adolph Gropius foram lecionar na Universidade de Harvard; László Moholy-
Nagy abriu a Nova Bauhaus, futuro Instituto de Design de Chicago; Ludwig Mies van der Rohe tornou-se
diretor do Departamento de Arquitetura do Instituto Armour de Chicago, futuro Instituto de Tecnologia de
Illinois, e Josef Alberts lecionou no Black Mountain College da Carolina do Norte.
Para entender melhor o propósito das escolas de design no inı́cio do século XX, observe o caso a seguir.
Assim, percebemos os aspectos polı́ticos, sociais e culturais que tiveram grande in�luência nos projetos de
design e nas artes no século XX, na Alemanha. Esse contexto é importante para nossos estudos, pois está
constantemente presente, em qualquer paı́s e também no cenário internacional.
No tópico a seguir, vamos nos aprofundar na Escola Suı́ça. 
CASO
No inı́cio do século XX, as escolas de design tinham o desa�io de formar
pro�issionais que fossem capazes de introduzir as matérias-primas industriais na
produção em larga escala de objetos. Em um paralelo com o momento atual, seria
como discutir a introdução da impressão 3D e suas matérias-primas, como o �io
de PVC, na produção residencial de qualquer objeto necessário para equipar
nossos lares. A intenção era produzir uma estética de qualidade condizente com
os novos tempos, e ao mesmo tempo, baratear os produtos para atender à maior
parte da população. Materiais baratos e facilmente produzidos de forma
padronizada, como os tubos de aço, eram ainda pouco usados.
Marcel Breuer, que tinha sido estudante da Bauhaus Weimar, onde passou pelas
o�icinas de madeira e ferro e formou-se em 1924 – e posteriormente virou
professor e chefe da o�icina de móveis da Bauhaus Dessau em 1925 –, buscava
aprimorar metodologias de conformação e montagem de tubos. Era profundo
conhecedor dos processos de fabricação em marcenaria, mas teve de começar do
zero o processo de investigação do comportamento dos tubos nas etapas de
moldagem. Desenvolveu processos para a dobra do tubo, com uso de mancais,
que garantiam a preservação da forma da seção circular do tubo, um sistema de
montagem das partes tubulares com parafusos aparentes. Os métodos
desenvolvidos permitiram que, no mesmo ano de 1925, Marcel Breuer concluı́sse
o projeto da cadeira Modelo	 B3 (Cadeira	 Wassily). Assim, Breuer atingiu o seu
objetivo de introduzir móveis com tubo de aço, mas diferentemente do que se
imaginava, os móveis com a nova estética industrial se tornaram caros, sı́mbolos
de status social de um grupo restrito da sociedade. Marcel Breuer é considerado
o inventor dos móveis modernos de aço tubular. 
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3.2 Estilo Internacional | Swiss Style | Escola Suíça (1920-
1965)
O termo Estilo Internacional geralmente é usado no campo da arquitetura e do design de produto para
denominar o movimento estético que predominou de 1920 até meados de 1965. Porém, no design grá�ico, o
movimento recebe uma série de outras denominações: Swiss	 Style (Estilo Suı́ço), Swiss	 Industrial	 Design
(Design Industrial Suı́ço), Schweizer	 Schule (Escola Suı́ça), Neue	 Gra�ik (Nova Grá�ica),Konstruktive	 Gra�ik
(Construtivos Grá�icos), Neue	 Typographie (Nova Tipogra�ia) e Rational	 Style	 (Estilo Racional).
Independentemente do termo, o Estilo Internacional faz parte do chamado Movimento Moderno.
3.2.1 Estilo Internacional no Design
Na década de 1920 surgiu na Suı́ça um movimento de design grá�ico baseado nos princı́pios estéticos do
Construtivismo, do De	 Stijl e da Bauhaus, e na tradição dos valores sociais puritanos que prezavam pela
simplicidade, austeridade, ordem, objetividade, precisão, rigor e limpeza.
O processo de migração dos alemães Herbert Bayer, Anton Stankowski (1906-1998) e Jan Tschichold (1902-
1974) para a cidade de Basel, na Suı́ça, e a integração deles com os suı́ços Théo Ballmer (1902-1965), Max Bill
(1908-1994), Xanti Schawinsky (1904-1979), Herbert Matter (1907-1984) e Ernst Keller (1891-1968),
promoveram um processo de revigoramento do design grá�ico e da tipogra�ia na região. Este grupo, por ter se
instalado na Suı́ça, foi reconhecido como parte do Estilo Internacional, mas ligado aos avanços do design
grá�ico e da tipogra�ia do Swiss	Style.
O Swiss	Style foi muito importante no desenvolvimento do design corporativo e pode-se creditar a isso, que as
artes grá�icas pouco a pouco foram sendo denominadas de comunicação visual. “A razão da sua rápida
propagação estava na harmonia e na ordenação precisa de seus métodos e na capacidade de expressar ideias
complexas de uma maneira clara e objetiva por meio de formas elementares” (SCHNEIDER, 2010, p. 127).
Deve-se destacar a sistematização do design corporativo de Paul Rand (1914-1996) para a IBM em 1956, 1960
e 1972, e o trabalho de Otl Aicher para a Lufthansa, em 1962; a Braun, em 1969, e a 20ª Olimpı́ada, de 1972.
O Swiss	Style tinha como objetivo expressar a mensagem ao máximo com o mı́nimo. Buscava ordem e clareza
numa forma de composição cientı́�ica e universal. Por isso, negava a expressão pessoal e as soluções
exageradas ou excêntricas. Em resumo, pode-se dizer que tinha as caracterı́sticas apresentadas nos itens a
seguir, clique para ver (MEGGS, PURVIS, 2009).
Composição visual obtida em organizações assimétricas dos elementos em um grid qua
matemático.
Imagens em ilustrações e fotogra�ias claras e objetivas.
Textos com tipogra�ia sem serifa, alinhados à esquerda e descontinuados à direita.
Veja a imagem a seguir:
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•
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Os integrantes do Estilo Internacional desenvolveram um design menos utilitarista, com formas simples e
esculturais, sem elementos decorativos. Tinham uma visão funcionalista aparentemente estilı́stica baseada na
teoria da estética elementar e realçavam as propriedades dos materiais industriais, como o aço e o vidro.
Foi associado ao Estilo Internacional o selo Good	Design, um conceito europeu e americano que se estabeleceu
após a Segunda Guerra Mundial, que servia para categorizar os objetos de design pelo uso de princı́pios que
quali�icavam as soluções formais, técnicas e estéticas.
No desenvolvimento do Estilo Internacional, houve o desdobramento de duas vertentes de arquitetura e de
design do produto: a do “Design Orgânico e Biomor�ismo, que buscava certa �luidez e humanização dos
produtos”, contrastando formas geométricas e orgânicas; e a do “Brutalismo, que buscava desumanizar o
objeto pela forma crua que usava as superfı́cies e os materiais” (BHASKARAN, 2007, p. 146-155).
Dentre os principais nomes do Estilo Internacional do design do produto, podemos destacar os alemães
Ludwig Mies van der Rohe, Walter Adolph Gropius e Dieter Rams (1932-); os americanos Charles Ormond
Eames Jr. (1907-1978), Ray (Bernice Alexandra Kaiser) Eames (1912-1988), Philip Cortelyou Johnson (1906-
2005) e o historiador e primeiro diretor do MoMA, Alfred Hamilton Barr Jr. (1902-1981); o holandês Jacobus
Johannes Pieter Oud (1890-1963); o italiano Achille Castiglioni (1918-2002), e o �inlandês Aero Saarinen
(1910-1961).
Figura 4 - Fonte Bauhaus de 1925 e cartaz da Exposição de 1926, de Herbert Bayer; capa do livro “Elementare
Typographie”, de 1925, de Jan Tschichold.
Fonte: MEGGS; PURVIS, 2009, p. 412.
Figura 5 - Poltrona Barcelona de 1929, de Ludwig Mies van der Rohe; conjunto de chá TAC de 1969, de Walter
Adolph Gropius; gravador-tocador SK4 de 1956, de Dieter Rams.
Fonte: FLORES, 1992, p. 78-79.
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O Estilo Internacional entra em crise com o avanço dos movimentos pós-modernos que questionam o
contingenciamento dos aspectos emocionais no design dos produtos e buscam se aproximar do
multiculturalismo.
3.2.2 Estilo Internacional na tipografia
O Swiss	Style se desenvolveu basicamente a partir de duas correntes: a da escola de artes e ofı́cios de Basel,
que era marcada por um design grá�ico mais ilustrativo, baseada nos princı́pios clássicos da composição com
o pincel e o lápis, ênfase na prática do cartaz; e da escola de artes e ofı́cios de Zurick, que era marcada por um
design baseado em princı́pios construtivos, baseada na utilização dos novos meios técnicos de composição
em tipogra�ia, fotogra�ia e fotomontagem, ênfase na produção de livros, prospectos e logotipos.
Schneider (2010, p. 129-130) cita como principais nomes: de Basel, o precursor da escola Niklaus Stoecklin
(1896-1982), Herbert Leupin (1916-1999), Karl Gerstner (1930-2017) e Armin Hofmann (1920-); de Zurick,
Richard P. Lohse (1902-1988), Josef Müller-Brockmann (1914-1996), Hans Neuburg (1904-1983), Carlo L.
Vivarelli (1919-1986), Gottfried Honegger (1917-2016) e Emil Ruder (1914-1970).
A contribuição para o século XX do trabalho desenvolvido na tipogra�ia pela Neue	 Typographie	 deve ser
compreendida em duas dimensões, na dimensão da microtipogra�ia relacionada ao desenvolvimento de tipos
e das relações entre os tipos; e na dimensão da macrotipogra�ia relacionada à composição das relações dos
tipos e das imagens no plano.
A Neue	Typographie	desenvolvida entre 1920 e 1930, baseada no estilo do Construtivismo, do De	Stijl e da
Bauhaus, teve na microtipogra�ia uma abordagem de puri�icação das formas dos tipos geométricos e o
contrabalanceamento da forma e contraforma; e na macrotipogra�ia uma abordagem baseada no grid	 e no
equilı́brio assimétrico.
Mas essa abordagem perdurou somente até os anos de 1950, quando os traçados sem serifa dos tipos feitos
com instrumentos de desenho foram rejeitados, e começou-se a re�inar fontes do século XIX, como a Akzidenz
Grotesk. Marcam a tipogra�ia a famı́lia de fontes Univers do jovem suı́ço Adrian Frutiger (1928-2015) de 1954,
VOCÊ QUER LER?
Jan Tschichold escreveu e publicou, em 1925, a obra Elementare	 typographie,	 uma
re�lexão ilustrada da prática da nova tipogra�ia suı́ça. A obra é considerada um
expoente da divulgação do movimento pela nova tipogra�ia e orienta a prática
pro�issional nas composições de macro tipogra�ia (TSCHICHOLD, 2007).
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a Neue	Haas	Grotesk ou Helvetica de Eduard Hoffman (1892-1980) e Max Miedlinger (1910-1980), de 1957.
3.3 Art Déco (1910-1939)    
O Art	Déco manifestou-se entre 1910 e 1939, um estilo que surgiu na França sendo inicialmente reconhecido
como uma antı́tese do Art	 Nouveau. Era destinado aos mercados de luxo, considerado mais decorativo e
inspirado nas cores brilhantes dos balés russos de Serguei Diaghilev (1872-1929), nos desenhos de moda de
Paul Poiret (1879-1944), nas caracterı́sticas plásticas do fauvismo, cubismo, futurismo e construtivismo, nos
elementos materiais e decorativos da tumba de Tutankhamon, descoberta no Egito por Howard Carter (1874-
1939) em 1922, e nas pirâmides astecas da cidade do México.
O estilo não tinhaconceitos uniformes e coerentes, era uma mistura eclética de componentes retirados de
vários lugares. A construção do belo – e do prazer em contemplar o belo – movia os entusiastas do Art	Déco,
uma vanguarda artista considerada elitista.
Paul Poiret e Louis Süe (1875-1968) visitaram a Winer	Werkstätte (Ateliê de Viena) e �icaram impressionados
com a qualidade estética formal das peças da Secessionsstil austrı́aca. De volta a Paris, abriram ateliês Art	Déco
baseados nas representações geométricas. Em 1911, Poiret fundou a École	d´Art	Décoratif	Martine e o Atelier
Martine, para produzir móveis, padrões têxteis e arranjos �lorais, os quais �icariam conhecidos como Estilo
Martine. Em 1919, Süe fundou, com André Mare (1887-1932), a La	Compagnie	des	Arts	Français para produzir
móveis inspirados em desenhos tradicionais, mas feitos com materiais luxuosos.
3.3.1 As referências das vanguardas no Art Déco
O contraste social, a luta de classes e as guerras da época não eram uma questão relevante para o Art	Déco,
pois o estilo era usado pelos ricos para demonstrar o poder econômico e o modo de vida elevado e luxuoso.
Era aplicado em todas as áreas: roupas, móveis, design de interiores, cartazes, livros, revistas, cruzeiros de
navios de luxo, �ilmes de Hollywood, assim como na pintura e escultura.
O estilo ciscava com a vitalidade das artes populares e buscava elementos nos ornamentos com histórico de
estilos estranhos, sempre em busca de uma liberdade que gerasse formas e objetos exuberantes. Não se
limitou a somente imitar os elementos do Art	Nouveau, do Jugendstil, do Secessionsstil e da Bauhaus; bebeu
também nos movimentos de vanguarda, se apropriando de elementos do cubismo (formas facetadas),
futurismo (dinamismo), De	Stijl e do construtivismo (equilı́brio geométrico formal).
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No inı́cio, o Art	 Déco era voltado principalmente para o consumo de luxo fazendo peças exclusivas com
materiais preciosos e caros, mas conforme foi se difundindo na Europa e nos EUA, começou a aderir ao uso de
processos de produção seriado e ao uso de materiais industriais, desenvolvendo uma série de objetos para o
consumo das massas. Em resumo, pode-se dizer que tinha em comum as caracterı́sticas listadas a seguir.
Clique para ler.
Estruturas geométricas misturadas com elementos orgânicos ou �lorais.
Uso de formas geométricas e escalonadas.
Uso de formas com in�luência egı́pcia, asteca e maia.
Uso de cores, texturas e formas com referências na velocidade e no luxo.
Uso de cores vivas e do contraste entre materiais metálicos, pedras e superfı́cies mais opac
para realçar a luz e a volumetria dos objetos.
Bordas agudas com esquinas arredondadas.
VOCÊ QUER LER?
Francis Scott Fitzgerald escreveu e publicou, em 1925, a obra The	 Great	 Gatsby,	que
descreve e analisa criticamente a vida da alta sociedade. O enredo é uma crı́tica ao
sonho americano e acontece em Nova York e Long Island. Entre o caos da Primeira
Guerra Mundial, a prosperidade americana na década de 1920 e a organização
criminosa relacionada às bebidas alcoólicas, traz tudo sobre o cenário Art	 Déco
(FITZGERALD, 2003). 
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Uso de matérias-primas nobres com alto valor agregado como esmalte, mar�im, bronze, ped
polida, cristal e pedras preciosas.
Uso de materiais industriais como vidro, aço, cromo, fórmica, baquelite (primeiro plásti
usado em 1907) e alumı́nio.
Veja a imagem a seguir.
Entre os principais artesãos, artistas, arquitetos e designers do movimento destacam-se André Mare, Jacques-
Emile Ruhlmann (1879-1933), Raoul Ernest Joseph Dufy (1877-1953), Alfonso Bialetti (1888-1970), Jean
Prouvê (1901-1984), Adolphe Jean-Marie Mouron Cassandre (1901-1968), Eileen Gray (1879-1976), André
Groult (1884-1967), Jean Dunand (1877-1942), Paul Follet (1877-1941), René Lalique (1860-1945), Pierre
Chareau (1883-1950), Willian van Alen (1883-1954), Donald Deskey (1894-1989) e Walter Dorwin Teague
(1883-1960).
3.3.2 Exposição Internacional de Artes Decorativas Industriais Modernas
(1925)
Em 1907 o governo francês inicia a concepção e o planejamento da Exposition	 Internationale	 des	 Arts
Décoratifs	et	Industriels	Modernes	(Exposição Internacional de Artes Decorativas Industriais Modernas) com o
objetivo de encorajar a cooperação entre artesãos, artistas, designers e fabricantes de manufaturas, a �im de
promover os produtos franceses e gerar a abertura de mercados externos. A organização do evento de�iniu que
só poderiam participar aqueles que apresentassem criações inovadoras e originais, o que excluı́a obras que
representassem uma retrospectiva do passado.
A Exposição Internacional de Artes Decorativas Industriais Modernas ocorreu em 1925, apresentando a
arquitetura de prédios, a decoração de interiores, pintura, escultura, tapeçaria, móveis, o design de estamparia,
joias, objetos de metal, luminárias, cerâmica e vidraria. O Atelier Martine mostrou 14 tapeçarias de parede
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Figura 6 - Cafeteira Moka Express de 1933, de Alfonso Bialetti; poltrona Grand Repos de 1928-1930, de Jean
Prouvê; edifı́cio Chrysler de 1928-1930, de Willian van Alen.
Fonte: SCHNEIDER, 2010, p. 70-71; Artem Avetisyan, Shutterstock, 2019.
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desenvolvidas por Raoul Dufy. La	 Compagnie	 des	 Arts	 Français apresentou um mobiliário de madeira
dourado num salão musical requintado. Jacques-Emile Ruhlmann trouxe Hôtel	 Du	 Collectionneur, uma
extravagante coleção de móveis. Sonia Delaunay (1885-1980) expôs, com a colaboração de Jacques Heim,
trajes, acessórios e estampas.
3.4 Styling ou Streamlining (1930-1955)
Os EUA, após participarem, a partir de 1917, da Primeira Guerra Mundial passaram por um processo de
modernização acelerado. Com crescente prosperidade, assumiram a liderança mundial em uso de tecnologias
nos processos industriais, assimilando tanto a aplicação dos avanços cientı́�icos quanto a administração
cientı́�ica dos processos industriais. Essa assimilação acabou caracterizando o design americano, que tentava
eliminar ao máximo a distância entre o setor produtivo e o mercado consumidor para estimular, cada vez
mais, a economia.
Entre 1879 e 1929, a produção industrial americana havia quadruplicado. Pode-se a�irmar que a atitude
polı́tica de condução das questões econômicas acabou regando a primeira sociedade capitalista de consumo
de massa.
De certo modo, o avanço econômico dos EUA deixou evidente que começaram a coexistir duas correntes de
design no mundo, conforme a�irma Schneider (2010, p. 101) nos mostra na interação a seguir. Clique para ver.
Primeira	corrente
A primeira, ligada à Europa, mais tradicional e que promovia o design em função de questões
sociais, comportamentais e funcionais, na qual o bom design “produz objetos adequados ao uso,
com formas bonitas, esteticamente educativas e úteis do ponto de vista social”.
Segunda	corrente
A segunda, ligada aos EUA, sem o peso da tradição europeia, mais atrelada ao mercado, mais
ligada a questões de concorrência, de marketing e de logı́stica, na qual o bom design “tem um
efeito estimulante sobre as vendas e cuja estética serve a essa �inalidade”.
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Contudo, o cenário mudou completamente em 1929, quando começou a Grande Depressão (1929-1932) que
arruinou com parte dos avanços obtidos pela economia americana.
3.4.1 A Grande Depressão (1929)
A Grande Depressão foi considerada pelos economistas o pior e o mais longo perı́odo de criseeconômica do
século XX. Começou com o crash da Bolsa de Nova York, no dia 29 de outubro de 1929, conhecido como
“terça-feira negra”, que se alastrou para quase todos os paı́ses do mundo. Afetou a renda, a arrecadação �iscal,
os benefı́cios empresariais e os preços dos produtos. Uma parte do sistema bancário quebrou.
A crise só foi superada quando Franklin Roosevelt (1882-1945) assumiu a presidência dos EUA, em 1933, e
implantou a sua polı́tica intervencionista, denominada de New	Deal (Novo Acordo). As medidas buscaram dar
assistência às camadas mais pobres da população, formação e ajuda para o trabalho, leis sindicais de proteção
ao trabalhador, aumento do poder aquisitivo da população, programas de incentivos agrı́colas, reforma do
sistema �inanceiro e dinamização da economia. As medidas diminuı́ram o desemprego, mas aumentaram o
dé�icit público americano (PEVSNER, 2001).
VOCÊ SABIA?
A New	York	World’s	 Fair	 teve, em vários momentos, a participação do Brasil. Em
1936, três anos antes da feira, o Brasil e mais 60 nações foram convidadas pelo
então presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, para expor seus produtos, como
parte da polı́tica de boa vizinhança e um modo de promover a entrada dos
produtos americanos na América Latina (COMAS, [s. d.]). Leia o artigo completo
sobre a participação do Brasil na Feira Mundial de Nova York de 1939 em:
<https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.
pdf
(https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.p
df )>. 
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https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.pdf
https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.pdf
https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.pdf
https://www.ufrgs.br/propar/publicacoes/ARQtextos/pdfs_revista_16/03_CEC.pdf
Quando, em 1939, aconteceu a New	York	World’s	 Fair (Feira Mundial de Nova York), que tinha como tema
Building	the	World	of	Tomorrow (Construindo o Mundo de Amanhã), �icou evidente que o paı́s havia superado
a Grande Depressão e que tinha desenvolvido um caminho teórico e prático próprio no design. Agora o clima
geral era de euforia, otimismo, dinamismo e progresso.
3.4.2 Design, estilização e obsolescência planejada
O governo americano, para superar a crise econômica, tentou estimular, por todos os meios, a volta do
consumo. Clique na interação a seguir para saber como este fato in�luenciou o design.
No entanto, as formas eram desenvolvidas e substituı́das tão rapidamente que promoviam uma obsolescência
estética, diminuindo a vida útil dos objetos. Enquanto a obsolescência planejada funcional não deixava de ser
uma consequência da própria evolução tecnológica, a obsolescência estética era estimulada culturalmente por
valores morais. 
No entanto, o mais relevante para o campo do design foi o programa voltado ao incentivo da
utilização do design para gerar novos atrativos, mediante ajustes e reformulações formais dos
aspectos exclusivamente estéticos dos produtos, orientados pelas novas pesquisas de marketing.
A metodologia �icou conhecida como Styling. A forma estética desenvolvida pelos designers que
mais simbolizou o Styling	 foi a forma aerodinâmica, o Streamline, a forma de gota, por isso o
movimento foi denominado de Styling ou Streamlining.
Basicamente o reaquecimento da economia na América dependia de quatro ações:
disponibilização de crédito �inanceiro; promoção de uma cultura com valores sociais da classe
média branca, que se estendeu para todas as classes, que estimulasse o consumo; estı́mulo a
necessidades consideradas supér�luas; e a promoção da obsolescência planejada estética e da
obsolescência planejada funcional.
A diferença entre a prática do design europeu e a do design americano se intensi�icou. As formas
plásticas do Styling ou Streamlining	 e, com toda a sua força estética e simbólica, foram
extremamente e�icientes para estimular o consumo das massas. A aparência aerodinâmica, as
bordas arredondadas e os volumes com acabamentos suaves viraram o sı́mbolo estético certo
para a imaginação de uma sociedade em pleno desenvolvimento e progresso. 
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Diferentemente do funcionalismo que decompunha os objetos em partes que formavam depois um todo
composto, o Styling ou Streamlining	propunha os objetos buscando fazer com que cada parte se integrasse a
um todo indivisı́vel. Por outro lado, o funcionalismo se preocupava com o funcionamento dos mecanismos
internos, já o Styling não via problema em mascarar os mecanismos internos e tirar a atenção sobre eles,
deixando-os em segundo plano. Não havia problema em ocultar “o bom, o feio e o mau”. As formas
aerodinâmicas não tinham obrigação de ter conotação funcional, motivo pelo qual as formas foram usadas
para todo tipo de objeto (BHASKARAN, 2007, p. 140-141).
Entre os grandes nomes do Styling ou Streamlining destacam-se o francês Raymond Loewy; os americanos
Walter Dorwin Teague, Harley Earl (1893-1969), Henry Dreyfuss (1904-1972) e Norman Bell Geddes (1893-
1958); e o japonês Issamu Noguchi (1904-1988).
VOCÊ O CONHECE?
O francês Raymond Loewy (1893-1986) foi ilustrador, vitrinista, designer de marcas e
designer industrial, trabalhando nos EUA. Executou projetos para a Shell, Exxon, TWA,
Coca-cola, Westinghouse, Hupp Motor Company e Sears-Roebuck. Fez o redesign da
locomotiva PRR K4S da Pennsylvania Railroad em 1937, o design do Studebaker em
1953 e o design dos talheres da Air France Concorde em 1978. E� considerado o maior
designer industrial americano do século XX (LOEWY, 2007). 
Figura 7 - Cadillac Sedan DeVille da General Motors, 1959, de Harley Earl; apontador de lápis, 1933, de
Raymond Loewy; rádio-babá, 1937, de Issamu Noguchi.
Fonte: SCHNEIDER, 2010, p. 96; FLORES, 1992, p. 84-85.
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Junto com o desenvolvimento do Styling foram sendo empregados novos materiais e técnicas que facilitavam
a moldagem das mais diversas formas. Deve-se destacar o uso dos plásticos, dos compensados, das chapas
metálicas estampadas e das ligas de moldagem rápida como o Zamac (Zinco, Alumı́nio, Magnésio e Cobre).
Pode-se dizer que o American	way	of	life (estilo de vida americano) é o resultado bem-sucedido do programa
cultural de estı́mulo ao consumo encampado pelos setores produtivos e pelo design nos EUA. O Styling se
desenvolveu até 1955, quando começou a perder força.
Síntese
Concluı́mos este estudo que apresentou, de forma sucinta, a contribuição do projeto pedagógico da Staatliches-
Bauhaus para o desenvolvimento do design moderno, os desdobramentos do design grá�ico e do design de
produto que marcaram o Estilo Internacional, o ensaio estético de re�inamento da elegância e da beleza dos
objetos do Art	 Déco e a inovação formal baseada no aerodinamismo das formas associada à promoção do
estı́mulo do consumo do Styling	 ou Streamlining.	 E, ainda, alguns dos principais designers e produtos do
campo do design da primeira metade do século XX.
Neste capı́tulo, você teve a oportunidade de:
identificar as diferentes vertentes do pensamento no campo do
design;
reconhecer as inter-relações dinâmicas existentes entre o campo
de saber do design, a sociedade, a cultura, a tecnologia e a
economia;
entender os processos de promoção dos produtos artesanais e
industriais da Exposição Internacional de Artes Decorativas
Industriais Modernas (1925) e Feira Mundial de Nova York (1939);
conhecer a formação da primeira escola moderna de ensino de
design;
compreender como o “funcionalismo técnico produtivo” e o
“funcionalismosocial” ajudaram a estabelecer as principais
teorias do design, relacionado as funções dos objetos de design
quanto à indústria, à produção e ao bem-estar social;
reconhecer e distinguir as ideias e as formas de pensar, os objetos
e os principais teóricos e autores do design da Staatliches-Bauhaus;
reconhecer e distinguir as ideias e as formas de pensar, os objetos
e os principais autores do Estilo Internacional ligados ao design
gráfico e ao design do produto;
reconhecer e distinguir as ideias e as formas de pensar, os objetos
e os principais autores do design do Art Déco;
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reconhecer e distinguir as ideias e as formas de pensar, os objetos
e os principais autores do design do Styling ou Streamlining.
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