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O Nordeste é rico em diversidade cultural e linguística, com isso muitas vezes enfrentam preconceito linguístico devido ao seu modo de falar. Exemplos disso: - estigmatização de sotaque, podem ser chamados de “caipira” ou “inculto”, sendo assim uma discriminação social - subvalorização do vocabulário regional, expressões ou palavras que são vistos como coisas de menos valor e menos sofisticadas - desqualificação de uso de expressões coloquiais, a palavra “bicho” que para os nordestinos é usado para se referir a uma pessoa, pode ser visto como inadequado - ridicularização da gramática regional, muitas vezes omitem o “eu” em certas construções Esses desafios em relação ao preconceito linguístico impactam de forma significativa na vida dos nordestinos e em como se comunicam, pois se sentem desvalorizados e constrangidos pela forma que falam, afetando em suas relações sociais. Como por exemplo: - situações formais, podem sentir a necessidade de esconder seu sotaque e usar outro registro linguístico “aceito” pela sociedade - esfera política, podem enfrentar críticas e desqualificações afetando assim sua credibilidade e aceitação pela sociedade O preconceito linguístico gerado pela forma que se expressam não afeta apenas em suas relações sociais, mas também em sua autoestima, fazendo eles se sentirem constrangidos e ter uma visão ruim deles mesmos. O preconceito pode limitar oportunidades de emprego e ascensão social, refletindo também na desigualdade e marginalização do Brasil. O preconceito linguístico relacionado com os gêneros discursivos, que são formas específicas de linguagem utilizadas em diferentes contextos sociais para diferentes comunicações, podem ser articulados como: - Em programas de televisão o sotaque nordestino pode ser retratado de maneira estereotipada e ridicularizada, retratando assim a estigmatização linguística - Nas redes sociais e na produção cultural podem criar e promover conteúdos que celebrem sua linguagem, retratando assim o em poderá mentor linguístico - Em gêneros como a educação, literatura e produção acadêmica, podem destacar a riqueza e a impotência da variação linguística, retratando assim a inclusão linguística Podemos articular o preconceito linguístico contra o nordeste com os gêneros discursivos, compreendendo as práticas de linguagem que são produzidas e influenciadas em diferentes contextos sociais e assim utilizando esses discursos como estratégia para promover a inclusão linguística e cultural.