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Esportes Ginásticos - teorias, objetivos e prática

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Esportes ginásticos: teorias, 
objetivos e prática
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as modalidades gímnicas de solo.
 � Descrever as ginásticas de aparelho, suas características e modalidades.
 � Identificar as modalidades que compõem o grupo de ginástica não 
competitiva.
Introdução
As modalidades gímnicas se manifestam de diferentes formas, seja no 
âmbito lúdico, de prática ou no alto rendimento. Em seu processo de 
desenvolvimento histórico, a ginástica evoluiu até a dimensão que co-
nhecemos hoje, com esportes e atividades amplamente realizadas em 
academias e espaços específicos para práticas corporais diversas.
Os exercícios físicos que envolvem práticas ou esportes ginásticos 
abrangem um grande leque de possibilidades de movimentos e trabalho 
de valências físicas, desde força e potência até coordenação e equilíbrio. 
Além disso, podem ou não utilizar diversos tipos de aparelhos (as moda-
lidades que não fazem uso são as atividades de solo). Vale observar que, 
além das modalidades competitivas de ginástica, que realizam campeo-
natos mundiais e integram os Jogos Olímpicos, também são reconhecidas 
pelo órgão internacional as práticas de caráter não competitivo, a exemplo 
da Ginástica Para Todos (GPT), de grande importância no processo de 
popularização e difusão da ginástica pelo mundo. 
Neste capítulo vamos descrever as modalidades ginásticas de solo e as 
modalidades ginásticas de aparelho, com suas características e exemplos, 
além de apresentar as modalidades não competitivas.
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática2
Modalidades gímnicas de solo
A ginástica é reconhecida como um esporte extremamente abrangente, envol-
vendo os mais diversos movimentos, valências físicas, elementos e aparelhos 
em suas distintas modalidades. Entre elas, é muito comum a prática de co-
reografias no solo. A seguir, vamos abordar cada uma delas, com um breve 
relato histórico, além da apresentação dos seus principais objetivos e das suas 
características mais peculiares.
Ginástica artística
A ginástica artística é caracterizada como uma modalidade gímnica que en-
globa diversos aparelhos (NUNOMURA; PIRES; CARRARA, 2009), sendo 
que uma de suas vertentes é o solo. O solo consiste na execução de acrobacias 
e movimentos gímnicos realizados por meio de uma coreografia ditada por 
uma música. Os movimentos empregados consistem basicamente em deslo-
camentos, saltos, rodantes, rolinhos, execução de elementos de dança, entre 
outros. Além do solo, também trabalha com os seguintes aparelhos: cavalo com 
alças, barra fixa, barras paralelas, barras assimétricas, argolas, trave e mesa.
A forma de realizar o aquecimento na ginástica artística varia conforme 
a modalidade específica. As que envolvem maior participação dos membros 
superiores normalmente demandam alongamentos e exercícios de mobilidade 
para essas articulações. O mesmo conceito se aplica às modalidades que 
exigem mais dos membros inferiores. Além disso, são realizados exercícios 
de aquecimento (corridas, saltos, etc) para aumentar a frequência cardíaca e 
o aporte sanguíneo para os músculos. 
A ginástica artística integra os Jogos Olímpicos desde o ano de 1900, em 
Paris, como parte da rotina geral; desde o ano de 1932, em Los Angeles, como 
modalidade individual para os homens e desde o ano de 1952, em Helsinque, 
para as mulheres. O Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizado 
desde 1903, também é um evento de extrema importância na modalidade. As 
competições podem ser disputadas de forma individual ou por equipes, com 
julgamento das notas sob responsabilidade de comissões de arbitragem que 
avaliam as atletas através de um código de pontos. Os árbitros consideram 
o valor da série e a execução da série. A nota final será a soma desses dois 
critérios.
3Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
Algum tempo atrás a Ginástica Artística era conhecida como Ginástica Olímpica. 
Confira nesse artigo de Myriam Nunomura, Vilma Leni Nista-Piccolo e Grupo Eunegi, 
na Revista Brasileira de Ciência e Movimento, uma análise das definições e algumas 
peculiaridades sobre cada uma delas.
https://goo.gl/8mG9sG
Ginástica rítmica
A ginástica rítmica é uma das modalidades de solo mais difundidas e co-
nhecidas no mundo. É praticada somente por mulheres, apesar de existir um 
movimento propondo implantar a ginástica rítmica masculina. Essa modalidade 
é caracterizada pela execução de movimentos de beleza, elasticidade, equilíbrio 
e desenvoltura, combinando elementos de ginástica e dança, podendo utilizar 
aparatos como fitas, arcos, bolas, cordas e maças (LANARO; BÖHME, 2001).
O aquecimento envolve basicamente exercícios de alongamento muscular, 
corridas, saltos e movimentos específicos com cada um dos aparelhos a serem 
utilizados. 
É esporte olímpico desde o ano de 1984, em Los Angeles, e tem seu cam-
peonato mundial realizado desde o ano de 1963. Também a ginástica rítmica 
pode ser disputada por equipes ou individualmente, julgada por duas equipes 
de arbitragem, os árbitros de dificuldade e os árbitros de execução, com a nota 
final correspondendo à soma desses dois critérios.
Ginástica acrobática
A ginástica acrobática envolve a realização de diversos movimentos acrobá-
ticos, como saltos, giros, rodantes, além de movimentos de sustentação. É 
sempre realizada com algum parceiro, não usa aparelhos e envolve valências 
fundamentais na ginástica, como força, equilíbrio e coordenação.
Os aquecimentos são semelhantes àqueles executados na modalidade 
de solo da ginástica artística, com alongamentos, exercícios de resistência, 
mobilidade e aquecimento geral. 
https://goo.gl/8mG9sG
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática4
É uma das modalidades de solo que não integra o calendário olímpico, mas 
realiza seu campeonato mundial, organizado pela Federação Internacional 
de Ginástica (FIG), desde 1974. As provas são executadas em um tablado 
de doze metros quadrados e a comissão de arbitragem avalia a execução de 
séries estáticas, dinâmicas e mistas, com a realização de figuras, lançamentos 
e diagonais.
Ginástica de trampolim
Criada em 1936, nos Estados Unidos da América, por George Nissen, a ginástica 
de trampolim consiste na realização de uma série de saltos acrobáticos de alto 
grau de dificuldade, com movimentos envolvendo giros nos eixos longitudinal, 
laterolateral e anteroposterior. No Brasil, a modalidade foi promovida pelo 
professor José Filho, a partir de 1975. 
O aquecimento envolve exercícios de alongamento e uma sequência de 
saltos menos complexos.
Foi integrada aos Jogos Olímpicos recentemente, no ano de 2000, nas 
Olimpíadas de Sydney, na Austrália, enquanto o campeonato mundial da mo-
dalidade é realizado desde 1964. Utiliza como aparelho somente o trampolim 
(também conhecido como cama elástica), que consiste em uma tela de nylon 
com área de 5 m x 3 m. Os árbitros julgam elementos da série livre e da série 
obrigatória, com nota final resultante desses dois critérios. Os ginastas podem 
se apresentar individualmente ou na forma sincronizada, em que os atletas 
realizam uma mesma série de saltos ao mesmo tempo, mas em trampolins 
diferentes.
A ginástica de trampolim (Figura 1) é uma das modalidades mais apreciadas pelo 
público. Isso porque as apresentações envolvem movimentos de grande comple-
xidade e o atleta atinge alturas consideráveis devido à capacidade de propulsão 
do trampolim. 
5Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
Ginástica circense
As modalidades de origem circense integram a categoria de exercícios de 
Educação Física relacionados a atividades expressivas e artísticas. Datam de 
muitos anos mas sofrem preconceito, marginalizadas por parte da população, 
que considera seus praticantes como desocupados, pessoas de baixo nível, 
pedintes, vagabundos, entre outros adjetivos pejorativos. Esse cenário está 
mudando. Países da Europa tem atletas reconhecidos em gruposde ginástica 
circense que realizam excursões por todo o mundo. Além disso, algumas 
escolas vêm implantando a prática circense nos currículos escolares. No Brasil, 
embora a mudança seja mais lenta e recente, também há escolas que começam a 
incorporar essa prática aos seus programas pedagógicos (BORTOLETO, 2003).
Essa modalidade aproveita uma extensa variedade de movimentos influen-
ciados por diferentes práticas corporais (GONÇALVES; LAVOURA, 2011). 
Existem as práticas que envolvem o equilíbrio, como as pernas de pau e o 
monociclo; as que envolvem os malabarismos, com a utilização de bastões 
e arcos, por exemplo; as acrobáticas de solo, com a execução de pirâmides 
humanas e paradas de mão; e as acrobáticas aéreas, com movimentos no 
trapézio e no tecido.
Figura 1. Ginástica de trampolim.
Fonte: Eugene Onischenko/Shutterstock.com.
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática6
A ginástica circense não é uma modalidade olímpica e nem mesmo de ginástica reco-
nhecida pela FIG. No entanto, sem dúvida, é uma prática muito rica em possibilidades 
de variação e criação de movimentos com implementos externos.
Dentre as atividades circenses mais conhecidas e que mais despertam a curiosidade 
do público, as pernas de pau têm grande destaque. Confira nesse artigo, publicado 
por Marco Antonio Coelho Bortoleto, na Revista Motriz, um pouco sobre a definição, 
as possibilidades de aplicação e as consequências da prática dessa modalidade de 
origem circense.
https://goo.gl/TgRmkt
Duas práticas de origem circense vem se tornando cada vez mais popu-
lares em academias ou espaços de apresentação. Estamos falando do Tecido 
Circense e da Lira Circense. 
O Tecido Circense consiste na realização de acrobacias em suspensão 
em um tecido, com giros, inversões do corpo ou mesmo saltos (SOARES; 
BORTOLETO, 2011). O tecido fica preso pelas suas extremidades e o artista 
realiza movimentos atrelado ao mesmo, sem equipamentos de segurança 
(alguns utilizam resina para aumentar a aderência com o tecido), dependendo 
exclusivamente de sua capacidade e habilidade para evitar possíveis acidentes. 
Já a lira circense consiste na execução de movimentos acrobáticos com a 
utilização de um arco suspenso. O atleta realiza movimentos de suspensão 
no arco, o que exige muito da força muscular e do equilíbrio. Assim como no 
Tecido Circense, não existe um aparato de segurança que mantenha o executor 
preso ao arco em caso de uma eventual queda.
Além do tecido e da lira, podemos citar outros aparelhos comumente uti-
lizados na ginástica circense: monociclo, trapézio, perna de pau e malabares.
https://goo.gl/TgRmkt
7Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
 � Monociclo — caracteriza-se por ter apenas uma roda e exigir muito do 
equilíbrio do praticante. Seu surgimento tem relação com os primeiros 
modelos de bicicleta, em que havia uma grande diferença no diâmetro 
da roda traseira em relação à dianteira. O condutor fica sentado em um 
banco ligado à única roda, com os pés apoiados nos pedais. É necessário 
movimento constante para se manter equilibrado. As apresentações 
costumam ser enriquecidas pela realização simultânea de exercícios 
de malabares ou ainda pelo equilíbrio em bases reduzidas.
 � Trapézio — consiste em uma barra de ferro acoplada em duas cordas 
suspensas no teto ou no alto de uma estrutura metálica. O atleta se 
mantém suspenso utilizando as mãos ou os membros inferiores enquanto 
realiza movimentos pendulares com o trapézio. A partir dos movimentos 
pendulares, realiza transições de um trapézio para outro, com ou sem 
o auxílio de um companheiro. Para fins de segurança, há uma tela de 
nylon que faz o papel de trampolim, caso um dos atletas caia do trapézio.
 � Perna de pau — caracteriza-se pelo uso de um aparato que aumenta a 
estatura do atleta circense, exigindo muito do equilíbrio para se manter 
em pé. A perna de pau pode ser utilizada de duas formas distintas: com 
apoio somente para os pés ou com apoio para os pés e para as mãos 
(maior comprimento). A segunda forma é de mais fácil execução mas 
é pouco comum nos circos.
 � Malabares — consiste na manipulação de alguns objetos (pinos, bolas, 
argolas, etc) que são arremessados para o ar, de uma mão para outra, 
sem que o executante os deixe cair. Essa modalidade exige muito da 
coordenação motora e da habilidade em equilibrar objetos por parte do 
atleta circense. O nível de dificuldade varia de acordo com o número de 
objetos manipulados ou com a destreza que exigem como, por exemplo, 
no uso de objetos em chamas. 
As formas de aquecimento empregadas na ginástica circense não diferem 
tanto daquelas utilizadas nas demais modalidades de ginástica. Normalmente 
desenvolvem-se exercícios de alongamento, mobilidade e aquecimento espe-
cíficos (movimentos presentes em cada prática). Com relação ao processo de 
aprendizagem, é importante que os atletas possam começar experimentando 
formas mais simples de execução, como por exemplo, a utilização de uma 
perna de pau menor ou, ainda, com uma base maior, para que o equilíbrio seja 
mais fácil. Com o tempo, o atleta é capaz de avançar, passando dos processos 
mais simples para os mais complexos.
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática8
Modalidades de ginástica de aparelhos
Vimos que existem diversas formas de praticar ginástica sem o uso de apa-
relhos específicos. Contudo, cabe ressaltar que as modalidades que exigem 
esses aparatos são muito populares e tem importância gigantesca na Educação 
Física e no meio esportivo. Vamos abordar agora essas modalidades e suas 
particularidades, conhecendo as principais características e como os atletas 
ou alunos interagem com os aparelhos.
Seu uso em exercícios de ginástica, exigindo movimentos específicos e 
coordenados dos executantes, foi implementado pelo alemão Friedrich Ludwig 
Christoph Jahn (1778-1852), um dos maiores influenciadores da escola alemã 
de ginástica, considerado o pai dos aparelhos de ginástica. Com o tempo, se 
tornou cada vez mais popular e passou a realizar competições específicas 
para cada aparelho.
As modalidades de ginástica que necessitam de aparelhos envolvem di-
ferentes categorias de ginástica artística, exceto o solo, sendo elas: o cavalo 
com alças, as argolas, as barras paralelas, a barra fixa, as barras assimétricas, 
a trave olímpica e o salto sobre o cavalo. Vamos abordar a seguir a principais 
características de cada um, dimensões, principais atletas e principais movi-
mentos realizados numa rotina de exercícios.
Cavalo com alças
O cavalo com alças consiste em um corpo estreito, com duas alças acopladas 
em sua parte superior. Fica a 1,5 metro do chão, tem 1,6 metro de comprimento 
e 35 centímetros de largura. As alças estão a 12 centímetros do corpo do apa-
relho e estão separadas entre si por uma distância de 45 centímetros. É de uso 
exclusivo da categoria masculina, sendo um esporte olímpico desde a primeira 
edição dos jogos, no ano de 1896, em Atenas. A característica fundamental 
dessa modalidade é que, ao longo de toda a série, somente as mãos do atleta 
podem tocar o aparelho. Portanto, a exigência de força e resistência muscular 
é enorme, bem como coordenação para realizar os complexos movimentos 
exigidos. São realizados movimentos de giros, tesouras, volteios, parada de 
mãos e saltos (saída do aparelho), sendo que diversos atletas acreditam que esse 
é o aparelho da ginástica artística com maior grau de dificuldade entre todos. 
Descontos ao longo da série são computados em caso de falta dos movimentos 
obrigatórios, toques de pernas no cavalo, perda de postura de pernas e perda 
de contato com o aparelho. O chinês Xiao Qin e o húngaro Zoltan Magyar 
são dois dos principais nomes do esporte.
9Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
Argolas
Esse aparelho consiste em duas argolas suspensas em uma grande estrutura de 
ferro, situadas a 2,75 metros do solo e distanciadas entre si por 50 centímetros. 
A estrutura de ferro tem 5,8 metros de altura. Assimcomo o cavalo com alças, 
é de uso exclusivo da categoria masculina e é um esporte olímpico desde o 
ano de 1896 nos jogos de Atenas. As argolas são de execução extremamente 
difícil e exigem altos níveis de força e potência muscular, bem como de con-
trole, já que não pode haver movimento excessivo das argolas, o que gera 
descontos na nota final do ginasta. Outro critério importante de desconto é 
o tempo mínimo de sustentação em posições estáticas, que deve ser de dois 
segundos. Tempos inferiores caracterizam a posição como não mantida. O 
atleta alcança a posição inicial nas argolas com auxílio do treinador, e durante 
a rotina, executa movimentos como crucifixo, vela e parada de mãos, além de 
saltos, que caracterizam a saída do atleta. Dentre os nomes mais importantes 
do esporte, podemos citar o italiano Yuri Cechi, o chinês Yibing Chen e o 
brasileiro Arthur Zanetti, campeões mundiais e olímpicos na modalidade.
Barras paralelas
Esse aparelho consiste em dois barrotes em paralelo, fixados a dois suportes de 
metal. As barras possuem 3,5 metros de comprimento e estão situadas a 1,75 
metro do solo. Ainda, a distância que separa as barras é de aproximadamente 
50 centímetros, mas passível de alteração, considerando-se dimensões físicas 
do atleta. Assim como os dois aparelhos citados anteriormente, teve sua pri-
meira aparição nas olimpíadas de Atenas em 1896 e é de execução exclusiva 
dos homens. Também exige muito da força e equilíbrio do atleta, que executa 
movimentos como giros, parada de mãos, elementos de sustentação e saltos. 
Caso não percorra toda a extensão das barras, o competidor será penalizado 
com perda de pontos. Dentre os atletas reconhecidos na modalidade, podemos 
citar o chinês Li Xiaopeng e o japonês Sawao Kato.
Barra fixa
Também essa modalidade teve início já na primeira edição dos jogos olímpicos 
e é executada somente por homens. Consiste em barra fixa numa estrutura 
metálica, a 2,8 metros do solo, com 2,4 metros de comprimento. Exige muita 
velocidade do atleta na execução dos movimentos, com o corpo em movimento 
constante durante toda a série. Alguns elementos básicos presentes na rotina de 
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática10
exercícios de barra fixa são os giros ao redor da barra, as trocas nas pegadas, 
as largadas e as retomadas da barra. Os movimentos são executados tanto no 
sentido anterior quanto no sentido posterior, sendo as séries curtas, com tempo 
limite de 30 segundos. Podemos citar, como grandes nomes da modalidade, 
os japoneses Takashi Ono e Mitsuo Tsukahara.
Barras assimétricas
As barras assimétricas consistem em duas barras fixadas em uma estrutura 
de metal, em diferentes alturas. Essas alturas podem variar, mas a primeira 
costuma ficar a 2,36 metros do solo e a segunda a 1,57 metro. O compri-
mento de ambas é sempre de 2,4 metros. É uma modalidade olímpica desde 
os Jogos Olímpicos de Berlin, no ano de 1936, e pode ser executada somente 
por mulheres, criada como variação das barras paralelas masculinas. Exige 
muito da velocidade, força e coordenação da executante, tendo implementos 
de segurança para possíveis quedas, como colchões. Dentre os movimentos 
e elementos que compõe uma rotina nas barras assimétricas, podemos citar a 
transferência do corpo da barra superior para a inferior, a transferência do corpo 
da barra inferior para a superior, giros e movimentos de largada e retomada 
de uma mesma barra. A atleta pode sofrer descontos em sua pontuação em 
caso de quedas, postura desalinhada do corpo e pausas entre os exercícios. 
Algumas das atletas de maior destaque nessa modalidade são as romenas 
Nadia Comaneci e Daniela Silivas.
Nadia Comaneci foi uma das maiores ginastas da história do esporte. Ela é mundial-
mente reconhecida por diversos feitos ao longo de sua carreira e talvez um dos mais 
marcantes, tenha sido em Montreal, no Canadá, no ano de 1976, quando pela primeira 
vez na história, uma ginasta conseguiu a marca de uma nota perfeita, uma nota dez.
Confira no vídeo disponível no link a seguir o desempenho da romena nas barras 
assimétricas.
https://goo.gl/obycxT
https://goo.gl/obycxT
11Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
Trave olímpica
A trave consiste em uma barra com 5 metros de comprimento e apenas 10 
centímetros de largura, situada a 1,25 metro do chão. Teve sua estreia em Jogos 
Olímpicos no ano de 1952, em Helsinque, na Finlândia. Modalidade exclusiva 
da categoria feminina, se caracteriza pela imensa exigência de equilíbrio e 
coordenação por parte da ginasta. Alguns dos elementos que compõe a série 
na trave são os giros de 360 graus, os saltos na trave, giros e saltos para sair e 
entrar na trave. No caso de desequilíbrios exagerados, queda da trave ou ainda 
a falta de elementos obrigatórios, a atleta sofrerá descontos na sua pontuação 
final. O tempo limite para a atleta realizar a sua série é de um minuto e meio. 
Dentre os grandes nomes do esporte que podemos citar, temos a romena Nadia 
Comaneci e a holandesa Sanne Wevers.
Salto sobre o cavalo
Essa modalidade da ginástica artística apareceu pela primeira vez nos Jogos 
Olímpicos de Atenas, em 1896, para os homens, e nos Jogos Olímpicos de 
Helsinque, em 1952, para as mulheres. Consiste na realização de uma corrida 
de aproximação e na execução de um salto sobre uma mesa, finalizando com 
a aterrissagem sobre um colchão. Há uma pequena pista para a corrida de 
aproximação, com 25 metros de comprimento. A mesa está situada a 1,25 
metro do solo para as mulheres e a 1,35 metro para os homens. Logo em frente 
a ela, existe um pequeno trampolim, utilizado para projetar o atleta sobre a 
mesa. Essa modalidade envolve diversas valências, como velocidade, potência 
e coordenação do atleta, para realizar desde a corrida até os movimentos 
acrobáticos sobre a mesa e a aterrissagem. O atleta escolhe previamente um 
salto, com valor de nota já estabelecido em um código de pontuação. Os saltos 
são movimentos acrobáticos que envolvem giros nos três planos espaciais, 
sendo que o atleta pode ser descontado por pequenas variações na execução 
do movimento ou por uma aterrissagem desequilibrada. O espanhol Gervasio 
Deferr e a chinesa Fei Cheng são grandes nomes que podem ser lembrados 
nessa modalidade.
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática12
Modalidades de ginástica não competitiva
Nos dois tópicos anteriores desse capítulo, vimos algumas características e 
curiosidades das modalidades competitivas de ginástica, sejam de solo ou 
de aparelhos, olímpicas ou não. Entretanto, existem também modalidades 
de ginástica que não tem caráter competitivo, extremamente importantes e 
valiosas para os professores de Educação Física. Vamos conhecer agora um 
pouco dessas modalidades, suas particularidades e características a serem 
exploradas.
Além de todas as modalidades de ginástica reguladas e controladas pela 
Federação Internacional de Ginástica (FIG) e que realizam competições pró-
prias, como campeonatos mundiais ou os próprios Jogos Olímpicos, existem 
as que se desenvolvem única e exclusivamente com o intuito de fortalecer 
corpo e mente. As modalidades não competitivas são muito mais acessíveis 
para a população, porque não exigem resultados e alto rendimento daqueles 
que a praticam. Por isso, diferem das modalidades competitivas, que acabam 
excluindo uma grande parcela da população. Vale observar, porém, que tam-
bém a ginástica não competitiva, mesmo que em menor escala, preza pela 
boa execução de determinados movimentos e pelo bom desempenho dentro 
de uma determinada rotina de exercícios.
Ginástica de academia
Dentre as práticas mais populares e mais difundidas no mundo, podemos 
destacar as modalidades praticadas em academia. Diferentes tipos de aula e 
atividade acontecem nesses espaços, com destaque para a ginástica localizada, 
o jump, o spinning, a dança e o treinamento funcional.
Muitas dessas aulas envolvem sistemas prontos e fechados, em que o 
professor simplesmente reproduz os exercícios,sem liberdade de criação ou 
condução da aula. São os casos, geralmente, de aulas de ginástica localizada, 
jump e spinning. As aulas normalmente são conduzidas com um alongamento 
ou aquecimento inicial, com intensidade leve, seguidos da parte principal, com 
exercícios mais complexos e de maior intensidade. Ao fim, normalmente são 
empregados exercícios de alongamento.
Aulas de treinamento funcional e dança dão maior liberdade para o professor 
empregar métodos diferentes em cada sessão, de acordo com sua formação e 
suas experiências prévias. Nessas aulas, costumam ser aplicados exercícios 
para o refinamento da técnica.
13Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
As aulas de ginástica de academia podem trabalhar diferentes valências 
físicas, de acordo com o tipo de modalidade em questão. A resistência mus-
cular, a resistência cardiorrespiratória, a potência muscular e a coordenação 
costumam ser bastante solicitadas.
Ginástica laboral
A ginástica laboral é a estratégia de exercícios físicos empregada no ambiente 
de trabalho, com o objetivo de trabalhar os músculos e estruturas sobrecarre-
gadas durante as atividades diárias. Dessa forma, é possível prevenir possíveis 
lesões decorrentes dos movimentos laborais ou amenizar desconfortos ou 
distúrbios que já existem, melhorando, em última instância, o desempenho e 
a produtividade de uma empresa.
Essa modalidade de ginástica é cada vez mais comum em diferentes setores 
da indústria pois, além de proteger o funcionário, promove um ambiente de 
trabalho mais leve e agradável, fazendo com que ele se perceba valorizado pelo 
empregador. A forma como a ginástica laboral é trabalhada varia de acordo 
com a demanda dos funcionários. Pode ser necessária a maior utilização 
de exercícios de aquecimento antes do turno de trabalho de indivíduos que 
tenham que lidar com carregamento ou manipulação de grandes cargas, ou 
pode ser necessária a maior utilização de exercícios de relaxamento e alívio 
de tensão muscular, no caso de indivíduos que trabalhem longos períodos na 
frente de um computador.
As aulas de ginástica laboral normalmente são conduzidas em períodos 
curtos (de 10 a 15 minutos) e envolvem exercícios de alongamento, mobilidade 
articular, realização de movimentos contra uma resistência, educação postural 
e relaxamento muscular, aliviando possíveis tensões nas estruturas, bem como 
preparando as mesmas para suportar a jornada de trabalho.
Hidroginástica
A hidroginástica é uma das modalidades de ginástica não competitiva mais 
praticadas no mundo, principalmente pelo público da terceira idade. Essa 
modalidade consiste em atividades de resistência muscular e resistência cardior-
respiratória, realizadas através de movimentos repetitivos em meio aquático. 
Pode ser aplicada uma sobrecarga através de palmares e halteres propícios 
para o uso na água, aumentando dessa forma a intensidade dos exercícios.
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática14
No meio aquático, os exercícios envolvem muito menos impacto e por isso 
são comumente indicados para a população idosa, que já sofre com desgastes 
articulares e com perda de densidade mineral óssea, precisando de alternativas 
para realizar um bom trabalho de fortalecimento muscular e cardiorrespiratório 
sem agravar sua condição ou expor os praticantes a riscos desnecessários.
As aulas de hidroginástica normalmente começam com movimentos básicos 
de aquecimento, tanto para as articulações quanto para o aumento do fluxo 
sanguíneo. A parte principal vai tratar dos movimentos específicos voltados 
para aquela aula (normalmente são escolhidas algumas articulações para um 
plano de aula) com a utilização de uma resistência externa para elevar o grau 
de dificuldade desta etapa. Na parte final, é indicado realizar uma atividade de 
volta à calma, com exercícios de relaxamento. A aula costuma ser conduzida 
com o auxílio de um aparelho de som e o professor demonstra os exercícios, 
que devem ser reproduzidos pelos alunos em ordem sequencial.
Ginástica Para Todos
A Ginástica Para Todos (GPT) é uma modalidade de ginástica não competitiva 
reconhecida pela FIG e proporciona a realização de importantes festivais em 
todo o mundo. Como o nome já sugere, a prática pode ser desenvolvida por 
qualquer pessoa, pois tem caráter demonstrativo, e não competitivo. Nessa 
prática, podemos identificar diferentes elementos de todas as modalidades de 
ginástica existentes, como dança, expressões folclóricas e culturais - tudo o 
que puder ser realizado pelos indivíduos e elaborado por sua criatividade. O 
intuito explícito da GPT é promover o exercício gímnico com lazer, diversão 
e liberdade de criação.
A GPT não tem características fechadas de estrutura de aula, já que pri-
vilegia a liberdade dos alunos para criarem coreografias com determinados 
elementos. É comum, em aulas de GPT, oportunizar um primeiro momento 
de interação social entre os alunos, seguido por um momento de apresentação 
ao tema da aula (assunto e movimentos a serem trabalhados), um momento de 
aprendizagem e de desenvolvimento dos elementos e, por fim, um momento 
de apresentação daquilo que foi desenvolvido.
Essa modalidade trabalha diferentes valências da aptidão física, como 
resistência cardiorrespiratória, coordenação, agilidade e capacidade de expres-
são corporal, além de propiciar o trabalho de diversos aspectos psicossociais, 
como a autossuperação individual e coletiva, o trabalho em grupo, a interação 
sociocultural e o bem-estar.
15Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática
Contorcionismo
O contorcionismo é a modalidade de ginástica que consiste na execução de 
movimentos em graus de flexibilidade extremos, além da manutenção de 
posições nesses graus severos. É uma prática que exige muito treinamento e 
até mesmo condições corporais específicas, como indivíduos que possuam 
hiperlassidão ou afrouxamento ligamentar. Não é uma forma comum de gi-
nástica e não é tão aplicável na prática quantos as demais, já que sua execução 
normalmente é observada no ambiente circense. Podemos observar elementos 
de contorcionismo em menor escala em práticas como a Yoga ou o Pilates.
O contorcionismo exige movimentos pouco comuns, como girar a hiperex-
tensão de coluna até o sujeito tocar as pernas ou o solo, movimentos de flexão 
e abdução severos do quadril até o sujeito conseguir passar a perna por trás do 
pescoço, hiperextensão horizontal dos ombros até o sujeito conseguir cruzar 
posteriormente os braços, entre outros.
Como é possível perceber, a principal valência trabalhada no contorcio-
nismo é a flexibilidade, por meio de treinamentos sistemáticos que envolvem 
alongamento em graus limítrofes. Indivíduos que treinam essa modalidade 
normalmente realizam longas sessões de aquecimento, específicas para cada 
articulação do corpo, com o intuito de prepará-lo para a exigência extrema 
dessa prática. 
O Cirque Du Soleil é um dos conjuntos de ginástica circense e contorcionismo mais 
conhecidos no mundo. Suas apresentações são reconhecidas como verdadeiros 
espetáculos, acompanhadas por multidões nos mais diversos países, inclusive o Brasil.
No site oficial, é possível ver algumas informações sobre o grupo e também sobre 
futuros eventos programados para as apresentações.
https://goo.gl/zyB0dh
Neste capítulo, aprendemos sobre a relevância das atividades gímnicas 
não competitivas, absolutamente presentes em nosso dia a dia, como alterna-
tivas muito interessantes para a população em geral. Também conhecemos 
as modalidades competitivas, que são a representação da ginástica quando 
https://goo.gl/zyB0dh
Esportes ginásticos: teorias, objetivos e prática16
pensamos em rendimento. Vale lembrar que é possível aplicar os conceitos das 
modalidades competitivas em outros contextos, desde que exista a adaptação 
necessária para tal. O professor de Educação Física deve conhecer, compre-
ender e incluir os mais variados tipos de atividades relacionadas à ginástica 
dentro das suas aulas, pois dessaforma elas serão mais ricas em conteúdo e 
consequentemente em vivências e aprendizados para os seus alunos.
BORTOLETO, M.A.C. A perna de pau circense: o mundo sob outra perspectiva. Motriz, 
v. 9, n.3, p. 125–133, set./dez. 2003.
GONÇALVES, L. L.; LAVOURA, N. T. O circo como conteúdo da Cultura Corporal na 
Educação Física escolar: possibilidades de prática pedagógica na perspectiva histórico- 
crítica. Revista Brasileira de Ciência e Movimento,. v. 19, n. (4, 2011.
LANARO FILHO, P.; BÖHME, M. T. S. Detecção, seleção e promoção de talentos es-
portivos em ginástica rítmica desportiva: um estudo de revisão. Revista Paulista de 
Educação Física,. v. 15, n. (2, 2001.
NUNOMURA, M.; NISTA-PICCOLO, V. L. Ginástica olímpica ou ginástica artística? Qual a 
sua denominação? Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 12, n. 4, p. 69-74, dez. 2004.
NUNOMURA, M.; PIRES, F. R.; CARRARA, P.. Análise do treinamento na ginástica artística. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 31, n. 1, 2009.
SOARES, D. B.; BORTOLETO, M. A. C.. A prática do tecido circense nas academias de 
ginástica da cidade de Campinas-SP: o aluno, o professor e o proprietário. Revista 
Corpoconsciência,. v. 15, n. (2, 2011.
Leitura recomendada
SILVA, L. R. V. et al. Avaliação da flexibilidade e análise postural em atletas de ginástica 
rítmica desportiva: flexibilidade e postura na ginástica rítmica. Revista Mackenzie de 
Educação Física e Esporte, v. 7, n. 1, 2008.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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