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APOSTILA V - ANALISTA - D TRIB E FINAN

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CONCURSO PÚBLICO DA PREFEITURA DE CONGONHAS MG 
CARGO: ANALISTA JURÍDICO 
APOSTILA V – CONTEÚDO: DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO 
 
Constituição Federal 
 
TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO 
CAPÍTULO I - DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
SEÇÃO I - DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
§ 3º O Sistema Tributário Nacional deve observar os princípios da simplicidade, da transparência, da justiça tributária, 
da cooperação e da defesa do meio ambiente. 
§ 4º As alterações na legislação tributária buscarão atenuar efeitos regressivos. 
 Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a 
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas, inclusive em relação 
aos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V; 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso dos impostos previstos nos arts. 155, II, e 156-A, das contribuições 
sociais previstas no art. 195, I e V, e § 12 e da contribuição a que se refere o art. 239. 
§ 1º A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos 
entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro 
nacional único de contribuintes. 
§ 2º É facultado ao optante pelo regime único de que trata o § 1º apurar e recolher os tributos previstos nos arts. 156-
A e 195, V, nos termos estabelecidos nesses artigos, hipótese em que as parcelas a eles relativas não serão cobradas 
pelo regime único. 
§ 3º Na hipótese de o recolhimento dos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, ser realizado por meio do regime 
único de que trata o § 1º, enquanto perdurar a opção: 
I - não será permitida a apropriação de créditos dos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, pelo contribuinte optante 
pelo regime único; e 
II - será permitida a apropriação de créditos dos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, pelo adquirente não optante 
pelo regime único de que trata o § 1º de bens materiais ou imateriais, inclusive direitos, e de serviços do optante, em 
montante equivalente ao cobrado por meio do regime único. 
 Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir 
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual 
objetivo. 
 Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em 
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, "b". 
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CARGO: ANALISTA JURÍDICO 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição. 
 Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, 
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de 
regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão 
ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de 
pensões. 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o 
valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a 
instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos 
pensionistas. 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas 
para equacionamento do deficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua instituição. 
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; 
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; 
III - poderão ter alíquotas: 
a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor 
aduaneiro; 
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da 
lei. 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. 
 Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio, a expansão e a melhoria do serviço de iluminação pública e de sistemas de monitoramento para segurança e 
preservação de logradouros públicos, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
 Art. 149-B. Os tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, observarão as mesmas regras em relação a: 
I - fatos geradores, bases de cálculo, hipóteses de não incidência e sujeitos passivos; 
II - imunidades; 
III - regimes específicos, diferenciadosou favorecidos de tributação; 
IV - regras de não cumulatividade e de creditamento. 
Parágrafo único. Os tributos de que trata o caput observarão as imunidades previstas no art. 150, VI, não se aplicando 
a ambos os tributos o disposto no art. 195, § 7º. 
 Art. 149-C. O produto da arrecadação do imposto previsto no art. 156-A e da contribuição prevista no art. 195, V, 
incidentes sobre operações contratadas pela administração pública direta, por autarquias e por fundações públicas, 
inclusive suas importações, será integralmente destinado ao ente federativo contratante, mediante redução a zero das 
alíquotas do imposto e da contribuição devidos aos demais entes e equivalente elevação da alíquota do tributo devido 
ao ente contratante. 
§ 1º As operações de que trata o caput poderão ter alíquotas reduzidas de modo uniforme, nos termos de lei 
complementar. 
§ 2º Lei complementar poderá prever hipóteses em que não se aplicará o disposto no caput e no § 1º. 
§ 3º Nas importações efetuadas pela administração pública direta, por autarquias e por fundações públicas, o disposto 
no art. 150, VI, "a", será implementado na forma do disposto no caput e no § 1º, assegurada a igualdade de tratamento 
em relação às aquisições internas. 
SEÇÃO II - DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica 
dos rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
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c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado 
o disposto na alínea b; 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, 
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) entidades religiosas e templos de qualquer culto, inclusive suas organizações assistenciais e beneficentes; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos 
digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a 
vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação 
da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. 
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público e 
à empresa pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a 
suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, 
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, 
ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador 
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, 
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre 
mercadorias e serviços. 
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, 
relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou 
municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem 
prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. 
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto 
ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da 
quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. 
 Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em 
relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a 
remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações 
e para seus agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
 Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e 
serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. 
SEÇÃO III DOS IMPOSTOS DA UNIÃO 
 Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
VIII - produção, extração, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, 
nos termos de lei complementar. 
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos 
impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
§ 2º O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 
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§ 3º O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do capu t: 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades 
improdutivas;II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro 
imóvel; 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução 
do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à 
incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima 
será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
§ 6º O imposto previsto no inciso VIII do caput deste artigo: 
I - não incidirá sobre as exportações nem sobre as operações com energia elétrica e com telecomunicações; 
II - incidirá uma única vez sobre o bem ou serviço; 
III - não integrará sua própria base de cálculo; 
IV - integrará a base de cálculo dos tributos previstos nos arts. 155, II, 156, III, 156-A e 195, V; 
V - poderá ter o mesmo fato gerador e base de cálculo de outros tributos; 
VI - terá suas alíquotas fixadas em lei ordinária, podendo ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad 
valorem; 
VII - na extração, o imposto será cobrado independentemente da destinação, caso em que a alíquota máxima 
corresponderá a 1% (um por cento) do valor de mercado do produto. 
 Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
SEÇÃO IV DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 
 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde era domiciliado ode cujus, ou tiver domicílio 
o doador, ou ao Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
V - não incidirá sobre as doações destinadas, no âmbito do Poder Executivo da União, a projetos socioambientais ou 
destinados a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e às instituições federais de ensino. 
VI - será progressivo em razão do valor do quinhão, do legado ou da doação; 
VII - não incidirá sobre as transmissões e as doações para as instituições sem fins lucrativos com finalidade de 
relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos 
científicos e tecnológicos, e por elas realizadas na consecução dos seus objetivos sociais, observadas as condições 
estabelecidas em lei complementar. 
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou 
prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: 
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; 
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
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IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada 
pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação; 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada 
pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, 
mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; 
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as 
alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser 
inferiores às previstas para as operações interestaduais; 
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, 
localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o 
imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual; 
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a 
interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: 
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; 
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto; 
IX - incidirá também: 
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja 
contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, 
cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, 
bem ou serviço; 
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios; 
X - não incidirá: 
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, 
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações 
anteriores; 
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos 
dele derivados, e energia elétrica; 
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; 
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de 
recepção livre e gratuita; 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a 
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure 
fato gerador dos dois impostos; 
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à 
circulação de mercadorias e das prestações de serviços; 
e) excluir da incidênciado imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados 
no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de 
serviços e de mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios 
fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua 
finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, 
mercadoria ou serviço. 
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e os arts. 153, I e II, e 156-A, nenhum 
outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica e serviços de telecomunicações e, à exceção 
destes e do previsto no art. 153, VIII, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a derivados de 
petróleo, combustíveis e minerais do País. 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h , observar-se-á o seguinte: 
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer 
o consumo; 
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II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis 
não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-
se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; 
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no 
inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, 
XII, g , observando-se o seguinte: 
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; 
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem , incidindo sobre o valor da operação ou 
sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b . 
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, 
serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g . 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo, do valor, da utilização e do impacto ambiental; 
III - incidirá sobre a propriedade de veículos automotores terrestres, aquáticos e aéreos, excetuados: 
a) aeronaves agrícolas e de operador certificado para prestar serviços aéreos a terceiros; 
b) embarcações de pessoa jurídica que detenha outorga para prestar serviços de transporte aquaviário ou de pessoa 
física ou jurídica que pratique pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; 
c) plataformas suscetíveis de se locomoverem na água por meios próprios, inclusive aquelas cuja finalidade principal 
seja a exploração de atividades econômicas em águas territoriais e na zona econômica exclusiva e embarcações que 
tenham essa mesma finalidade principal; 
d) tratores e máquinas agrícolas. 
SEÇÃO V DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS 
 Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I 
poderá: 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios estabelecidos em lei municipal. 
§ 1º-A O imposto previsto no inciso I do caput deste artigo não incide sobre templos de qualquer culto, ainda que as 
entidades abrangidas pela imunidade de que trata a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição 
sejam apenas locatárias do bem imóvel. 
§ 2º O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de 
capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa 
jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, 
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. 
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
Seção V-A Do Imposto de Competência Compartilhada entre Estados,Distrito Federal e Municípios 
 Art. 156-A. Lei complementar instituirá imposto sobre bens e serviços de competência compartilhada entre Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
§ 1º O imposto previsto no caput será informado pelo princípio da neutralidade e atenderá ao seguinte: 
I - incidirá sobre operações com bens materiais ou imateriais, inclusive direitos, ou com serviços; 
II - incidirá também sobre a importação de bens materiais ou imateriais, inclusive direitos, ou de serviços realizada por 
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja sujeito passivo habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; 
III - não incidirá sobre as exportações, assegurados ao exportador a manutenção e o aproveitamento dos créditos 
relativos às operações nas quais seja adquirente de bem material ou imaterial, inclusive direitos, ou serviço, observado 
o disposto no § 5º, III; 
IV - terá legislação única e uniforme em todo o território nacional, ressalvado o disposto no inciso V; 
V - cada ente federativo fixará sua alíquota própria por lei específica; 
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VI - a alíquota fixada pelo ente federativo na forma do inciso V será a mesma para todas as operações com bens 
materiais ou imateriais, inclusive direitos, ou com serviços, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Constituição; 
VII - será cobrado pelo somatório das alíquotas do Estado e do Município de destino da operação; 
VIII - será não cumulativo, compensando-se o imposto devido pelo contribuinte com o montante cobrado sobre todas 
as operações nas quais seja adquirente de bem material ou imaterial, inclusive direito, ou de serviço, excetuadas 
exclusivamente as consideradas de uso ou consumo pessoal especificadas em lei complementar e as hipóteses 
previstas nesta Constituição; 
IX - não integrará sua própria base de cálculo nem a dos tributos previstos nos arts. 153, VIII, e 195, I, "b", IV e V, e da 
contribuição para o Programa de Integração Social de que trata o art. 239; 
X - não seráobjeto de concessão de incentivos e benefícios financeiros ou fiscais relativos ao imposto ou de regimes 
específicos, diferenciados ou favorecidos de tributação, excetuadas as hipóteses previstas nesta Constituição; 
XI - não incidirá nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens de recepção livre e gratuita; 
XII - resolução do Senado Federal fixará alíquota de referência do imposto para cada esfera federativa, nos termos de 
lei complementar, que será aplicada se outra não houver sido estabelecida pelo próprio ente federativo; 
XIII - sempre que possível, terá seu valor informado, de forma específica, no respectivo documento fiscal. 
§ 2º Para fins do disposto no § 1º, V, o Distrito Federal exercerá as competências estadual e municipal na fixação de 
suas alíquotas. 
§ 3º Lei complementar poderá definir como sujeito passivo do imposto a pessoa que concorrer para a realização, a 
execução ou o pagamento da operação, ainda que residente ou domiciliada no exterior. 
§ 4º Para fins de distribuição do produto da arrecadação do imposto, o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e 
Serviços: 
I - reterá montante equivalente ao saldo acumulado de créditos do imposto não compensados pelos contribuintes e 
não ressarcidos ao final de cada período de apuração e aos valores decorrentes do cumprimento do § 5º, VIII; 
II - distribuirá o produto da arrecadação do imposto, deduzida a retenção de que trata o inciso I deste parágrafo, ao 
ente federativo de destino das operações que não tenham gerado creditamento. 
§ 5º Lei complementar disporá sobre: 
I - as regras para a distribuição do produto da arrecadação do imposto, disciplinando, entre outros aspectos: 
a) a sua forma de cálculo; 
b) o tratamento em relação às operações em que o imposto não seja recolhido tempestivamente; 
c) as regras de distribuição aplicáveis aos regimes favorecidos, específicos e diferenciados de tributação previstos 
nesta Constituição; 
II - o regime de compensação, podendo estabelecer hipóteses em que o aproveitamento do crédito ficará condicionado 
à verificação do efetivo recolhimento do imposto incidente sobre a operação com bens materiais ou imateriais, inclusive 
direitos, ou com serviços, desde que: 
a) o adquirente possa efetuar o recolhimento do imposto incidente nas suas aquisições de bens ou serviços; ou 
b) o recolhimento do imposto ocorra na liquidação financeira da operação; 
III - a forma e o prazo para ressarcimento de créditos acumulados pelo contribuinte; 
IV - os critérios para a definição do destino da operação, que poderá ser, inclusive, o local da entrega, da 
disponibilização ou da localização do bem, o da prestação ou da disponibilização do serviço ou o do domicílio ou da 
localização do adquirente ou destinatário do bem ou serviço, admitidas diferenciações em razão das características da 
operação; 
V - a forma de desoneração da aquisição de bens de capital pelos contribuintes, que poderá ser implementada por 
meio de: 
a) crédito integral e imediato do imposto; 
b) diferimento; ou 
c) redução em 100% (cem por cento) das alíquotas do imposto; 
VI - as hipóteses de diferimento e desoneração do imposto aplicáveis aos regimes aduaneiros especiais e às zonas de 
processamento de exportação; 
VII - o processo administrativo fiscal do imposto; 
VIII - as hipóteses de devolução do imposto a pessoas físicas, inclusive os limites e os beneficiários, com o objetivo de 
reduzir as desigualdades de renda; 
IX - os critérios para as obrigações tributárias acessórias, visando à sua simplificação. 
§ 6º Lei complementar disporá sobre regimes específicos de tributação para: 
I - combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, 
hipótese em que: 
a) serão as alíquotas uniformes em todo o território nacional, específicas por unidade de medida e diferenciadas por 
produto, admitida a não aplicação do disposto no § 1º, V a VII; 
b) será vedada a apropriação de créditos em relação às aquisições dos produtos de que trata este inciso destinados a 
distribuição, comercialização ou revenda; 
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c) será concedido crédito nas aquisições dos produtos de que trata este inciso por sujeito passivo do imposto, 
observado o disposto na alínea "b" e no § 1º, VIII; 
II - serviços financeiros, operações com bens imóveis, planos de assistência à saúde e concursos de prognósticos, 
podendo prever: 
a) alterações nas alíquotas, nas regras de creditamento e na base de cálculo, admitida, em relação aos adquirentes 
dos bens e serviços de que trata este inciso, a não aplicação do disposto no § 1º, VIII; 
b) hipóteses em que o imposto incidirá sobre a receita ou o faturamento, com alíquota uniforme em todo o território 
nacional, admitida a não aplicação do disposto no § 1º, V a VII, e, em relação aos adquirentes dos bens e serviços de 
que trata este inciso, também do disposto no § 1º, VIII; 
III - sociedades cooperativas, que será optativo, com vistas a assegurar sua competitividade, observados os princípios 
da livre concorrência e da isonomia tributária, definindo, inclusive: 
a) as hipóteses em que o imposto não incidirá sobre as operações realizadas entre a sociedade cooperativa e seus 
associados, entre estes e aquela e pelas sociedades cooperativas entre si quando associadas para a consecução dos 
objetivos sociais; 
b) o regime de aproveitamento do crédito das etapas anteriores; 
IV - serviços de hotelaria, parques de diversão e parques temáticos, agências de viagens e de turismo, bares e 
restaurantes, atividade esportiva desenvolvida por Sociedade Anônima do Futebol e aviação regional, podendo prever 
hipóteses de alterações nas alíquotas, nas bases de cálculo e nas regras de creditamento, admitida a não aplicação 
do disposto no § 1º, V a VIII; 
V - operações alcançadas por tratado ou convenção internacional, inclusive referentes a missões diplomáticas, 
repartições consulares, representações de organismos internacionais e respectivos funcionários acreditados; 
VI - serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário intermunicipal e interestadual, ferroviário e hidroviário, 
podendo prever hipóteses de alterações nas alíquotas e nas regras de creditamento, admitida a não aplicação do 
disposto no § 1º, V a VIII. 
§ 7º A isenção e a imunidade: 
I - não implicarão crédito para compensação com o montante devido nas operações seguintes; 
II - acarretarão a anulação do crédito relativo às operações anteriores, salvo, na hipótese da imunidade, inclusive em 
relação ao inciso XI do § 1º, quando determinado em contrário em lei complementar. 
§ 8º Para fins do disposto neste artigo, a lei complementar de que trata o caput poderá estabelecer o conceito de 
operações com serviços, seu conteúdo e alcance, admitida essa definição para qualquer operação que não seja 
classificada como operação com bens materiais ou imateriais, inclusive direitos. 
§ 9º Qualquer alteração na legislação federal que reduza ou eleve a arrecadação do imposto: 
I - deverá ser compensada pela elevação ou redução, pelo Senado Federal, das alíquotas de referência de que trata o 
§ 1º, XII, de modo a preservar a arrecadação das esferas federativas, nos termos de lei complementar; 
II - somente entrará em vigor com o início da produção de efeitos do ajuste das alíquotas de referência de que trata o 
inciso I deste parágrafo. 
§ 10. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão optar por vincular suas alíquotas à alíquota de referência 
de que trata o § 1º, XII. 
§ 11. Projeto de lei complementar em tramitação no Congresso Nacional que reduza ou aumente a arrecadação do 
imposto somente será apreciado se acompanhadode estimativa de impacto no valor das alíquotas de referência de 
que trata o § 1º, XII. 
§ 12. A devolução de que trata o § 5º, VIII, não será considerada nas bases de cálculo de que tratam os arts. 29-A, 
198, § 2º, 204, parágrafo único, 212, 212-A, II, e 216, § 6º, não se aplicando a ela, ainda, o disposto no art. 158, IV, 
"b". 
§ 13. A devolução de que trata o § 5º, VIII, será obrigatória nas operações de fornecimento de energia elétrica e de gás 
liquefeito de petróleo ao consumidor de baixa renda, podendo a lei complementar determinar que seja calculada e 
concedida no momento da cobrança da operação. 
 Art. 156-B. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão de forma integrada, exclusivamente por meio do 
Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, nos termos e limites estabelecidos nesta Constituição e em lei 
complementar, as seguintes competências administrativas relativas ao imposto de que trata o art. 156-A: 
I - editar regulamento único e uniformizar a interpretação e a aplicação da legislação do imposto; 
II - arrecadar o imposto, efetuar as compensações e distribuir o produto da arrecadação entre Estados, Distrito Federal 
e Municípios; 
III - decidir o contencioso administrativo. 
§ 1º O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, entidade pública sob regime especial, terá independência 
técnica, administrativa, orçamentária e financeira. 
§ 2º Na forma da lei complementar: 
I - os Estados, o Distrito Federal e os Municípios serão representados, de forma paritária, na instância máxima de 
deliberação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços; 
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II - será assegurada a alternância na presidência do Comitê Gestor entre o conjunto dos Estados e o Distrito Federal e 
o conjunto dos Municípios e o Distrito Federal; 
III - o Comitê Gestor será financiado por percentual do produto da arrecadação do imposto destinado a cada ente 
federativo; 
IV - o controle externo do Comitê Gestor será exercido pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios; 
V - a fiscalização, o lançamento, a cobrança, a representação administrativa e a representação judicial relativos ao 
imposto serão realizados, no âmbito de suas respectivas competências, pelas administrações tributárias e 
procuradorias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que poderão definir hipóteses de delegação ou de 
compartilhamento de competências, cabendo ao Comitê Gestor a coordenação dessas atividades administrativas com 
vistas à integração entre os entes federativos; 
VI - as competências exclusivas das carreiras da administração tributária e das procuradorias dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios serão exercidas, no Comitê Gestor e na representação deste, por servidores das referidas 
carreiras; 
VII - serão estabelecidas a estrutura e a gestão do Comitê Gestor, cabendo ao regimento interno dispor sobre sua 
organização e funcionamento. 
§ 3º A participação dos entes federativos na instância máxima de deliberação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens 
e Serviços observará a seguinte composição: 
I - 27 (vinte e sete) membros, representando cada Estado e o Distrito Federal; 
II - 27 (vinte e sete) membros, representando o conjunto dos Municípios e do Distrito Federal, que serão eleitos nos 
seguintes termos: 
a) 14 (quatorze) representantes, com base nos votos de cada Município, com valor igual para todos; e 
b) 13 (treze) representantes, com base nos votos de cada Município ponderados pelas respectivas populações. 
§ 4º As deliberações no âmbito do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços serão consideradas aprovadas se 
obtiverem, cumulativamente, os votos: 
I - em relação ao conjunto dos Estados e do Distrito Federal: 
a) da maioria absoluta de seus representantes; e 
b) de representantes dos Estados e do Distrito Federal que correspondam a mais de 50% (cinquenta por cento) da 
população do País; e 
II - em relação ao conjunto dos Municípios e do Distrito Federal, da maioria absoluta de seus representantes. 
§ 5º O Presidente do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços deverá ter notórios conhecimentos de 
administração tributária. 
§ 6º O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, a administração tributária da União e a Procuradoria-Geral 
da Fazenda Nacional compartilharão informações fiscais relacionadas aos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V, 
e atuarão com vistas a harmonizar normas, interpretações, obrigações acessórias e procedimentos a eles relativos. 
§ 7º O Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços e a administração tributária da União poderão implementar 
soluções integradas para a administração e cobrança dos tributos previstos nos arts. 156-A e 195, V. 
§ 8º Lei complementar poderá prever a integração do contencioso administrativo relativo aos tributos previstos nos arts. 
156-A e 195, V. 
SEÇÃO VI DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é 
atribuída pelo art. 154, I. 
 Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, 
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, 
III; 
III - 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos 
automotores licenciados em seus territórios e, em relação a veículos aquáticos e aéreos, cujos proprietários sejam 
domiciliados em seus territórios; 
IV - 25% (vinte e cinco por cento): 
a) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; 
b) do produto da arrecadação do imposto previsto no art. 156-A distribuída aos Estados. 
§ 1º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, "a", serão creditadas conforme os 
seguintes critérios: 
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I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação 
de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; 
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a 
distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de melhoria nos resultados de 
aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos. 
§ 2º As parcelas de receita pertencentes aos Municípios mencionadas no inciso IV, "b", serão creditadas conforme os 
seguintes critérios: 
I - 80% (oitenta por cento) na proporção da população; 
II - 10% (dez por cento) com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da 
equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos, de acordo com o que dispuser lei estadual; 
III - 5% (cinco por cento) com base em indicadores de preservação ambiental, de acordo com o que dispuser lei 
estadual; 
IV - 5% (cinco porcento) em montantes iguais para todos os Municípios do Estado. 
 Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos 
industrializados e do imposto previsto no art. 153, VIII, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de 
desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma 
que a lei estabelecer; 
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro 
de cada ano; 
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de 
julho de cada ano; 
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de 
setembro de cada ano; 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados e do imposto previsto no art. 153, VIII, 10% 
(dez por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos 
industrializados; 
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% 
(vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observadas as destinações 
a que se referem as alíneas "c" e "d" do inciso II do referido parágrafo. 
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da 
arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere 
o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, 
o critério de partilha nele estabelecido. 
§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos que receberem nos 
termos do inciso II docaputdeste artigo, observados os critérios estabelecidos no art. 158, § 1º, para a parcela relativa 
ao imposto sobre produtos industrializados, e no art. 158, § 2º, para a parcela relativa ao imposto previsto no art. 153, 
VIII. 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados 
aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. 
 Art. 159-A. Fica instituído o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, com o objetivo de reduzir as desigualdades 
regionais e sociais, nos termos do art. 3º, III, mediante a entrega de recursos da União aos Estados e ao Distrito Federal 
para: 
I - realização de estudos, projetos e obras de infraestrutura; 
II - fomento a atividades produtivas com elevado potencial de geração de emprego e renda, incluindo a concessão de 
subvenções econômicas e financeiras; e 
III - promoção de ações com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico e à inovação. 
§ 1º É vedada a retenção ou qualquer restrição ao recebimento dos recursos de que trata o caput. 
§ 2º Na aplicação dos recursos de que trata o caput, os Estados e o Distrito Federal priorizarão projetos que prevejam 
ações de sustentabilidade ambiental e redução das emissões de carbono. 
§ 3º Observado o disposto neste artigo, caberá aos Estados e ao Distrito Federal a decisão quanto à aplicação dos 
recursos de que trata o caput. 
§ 4º Os recursos de que trata o caput serão entregues aos Estados e ao Distrito Federal de acordo com coeficientes 
individuais de participação, calculados com base nos seguintes indicadores e com os seguintes pesos: 
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CARGO: ANALISTA JURÍDICO 
I - população do Estado ou do Distrito Federal, com peso de 30% (trinta por cento); 
II - coeficiente individual de participação do Estado ou do Distrito Federal nos recursos de que trata o art. 159, I, "a", da 
Constituição Federal, com peso de 70% (setenta por cento). 
§ 5º O Tribunal de Contas da União será o órgão responsável por regulamentar e calcular os coeficientes individuais 
de participação de que trata o § 4º. 
 Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. 
§ 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: 
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; 
II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. 
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os parcelamentos ou as renegociações de débitos de qualquer 
espécie, inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos conterão cláusulas para autorizar a dedução 
dos valores devidos dos montantes a serem repassados relacionados às respectivas cotas nos Fundos de Participação 
ou aos precatórios federais. 
 Art. 161. Cabe à lei complementar: 
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, § 1º, I; 
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio 
dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre 
Municípios; 
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações 
previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a 
que alude o inciso II. 
 Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao 
da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem 
tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. 
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por 
Município. 
CAPÍTULO II DAS FINANÇAS PÚBLICAS 
SEÇÃO I NORMAS GERAIS 
 Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder 
Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e 
condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. 
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: 
a) indicadores de sua apuração; 
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; 
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação; 
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; 
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montanteda dívida. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das 
vedações previstas no art. 167-A desta Constituição. 
 Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados 
contábeis, orçamentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de 
contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos dados coletados, 
os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. 
 Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer 
órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a 
oferta de moeda ou a taxa de juros. 
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§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições 
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
 Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a 
manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no inciso VIII do caput do art. 
163 desta Constituição. 
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores 
fiscais com a sustentabilidade da dívida. 
SEÇÃO II DOS ORÇAMENTOS 
 Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, 
estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida 
pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução 
orçamentária. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração 
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e 
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas 
funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, 
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
§ 9º Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei 
de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para 
a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adotados quando houver 
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, 
para a realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166 . 
§ 10. A administração tem o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas 
necessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. 
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias: 
I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam metas fiscais ou limites de 
despesas e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos adicionais; 
II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados; 
III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias. 
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) 
exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos 
que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. 
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste artigo aplica-se exclusivamente aos orçamentos fiscal 
e da seguridade social da União. 
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CARGO: ANALISTA JURÍDICO 
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação 
dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. 
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado ou Distrito 
Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações sobre a execução física e 
financeira. 
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do monitoramento e da avaliação 
das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição. 
 Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo 
Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição 
e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do 
Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58. 
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas 
caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursosnecessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que 
incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com 
o plano plurianual. 
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos 
a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais 
normas relativas ao processo legislativo. 
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 2% (dois por cento) da receita 
corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse percentual 
será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
§ 9º-A Do limite a que se refere o § 9º deste artigo, 1,55% (um inteiro e cinquenta e cinco centésimos por cento) caberá 
às emendas de Deputados e 0,45% (quarenta e cinco centésimos por cento) às de Senadores. 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será 
computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal 
ou encargos sociais. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações oriundas de emendas individuais, em 
montante correspondente ao limite a que se refere o § 9º deste artigo, conforme os critérios para a execução equitativa 
da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165 desta Constituição, observado o disposto 
no § 9º-A deste artigo. 
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por todas 
as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um 
por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de execução obrigatória nos 
casos dos impedimentos de ordem técnica. 
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 deste artigo, os órgãos de execução deverão observar, nos 
termos da lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verificação de eventuais impedimentos das 
programações e demais procedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos montantes. 
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CARGO: ANALISTA JURÍDICO 
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos §§ 11 e 12 deste 
artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da adimplência do ente federativo 
destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação dos limites de despesa 
de pessoal de que trata o caput do art. 169. 
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão 
ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 1% (um por cento) da receita corrente 
líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto de lei orçamentária, para as programações das emendas 
individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as programações das emendas de iniciativa de 
bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. 
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de 
resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo 
poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas 
discricionárias 
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe critérios objetivos e 
imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria, 
observado o disposto no § 9º-A deste artigo. 
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando versarem sobre o início de investimentos com duração 
de mais de 1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido iniciada, deverão ser objeto de emenda pela 
mesma bancada estadual, a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento. 
 Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar 
recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: 
I - transferência especial; ou 
II - transferência com finalidade definida. 
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado, do Distrito Federal e 
dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos 
do § 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que 
se refere o caput deste artigo no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e 
II - encargos referentes ao serviço da dívida. 
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: 
I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração de convênio ou de 
instrumento congênere; 
II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e 
III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente federado 
beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. 
§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo poderá firmar 
contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução orçamentária na aplicação 
dos recursos. 
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os recursos serão: 
I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e 
II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União. 
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do caput deste artigo 
deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se refere o inciso II do § 1º deste artigo. 
 Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou 
adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo 
por maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostosa órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação 
dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de 
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de 
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou 
de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
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VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para 
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos 
Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo 
e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização 
de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime 
próprio de previdência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de 
despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado àquele regime e das 
despesas necessárias à sua organização e ao seu funcionamento; 
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a 
concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime 
próprio de previdência social. 
XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação de receitas 
orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação orçamentária e financeira de órgão ou 
entidade da administração pública. 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão 
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se 
o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites 
de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, 
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 
§ 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 156-A, 157, 158 e as alíneas "a", "b", 
"d", "e" e "f" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de débitos com a União e 
para prestar-lhe garantia ou contragarantia. 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os 
resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia 
autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo. 
§ 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro do cumprimento do limite de que trata o inciso III do caput 
deste artigo, as receitas das operações de crédito efetuadas no contexto da gestão da dívida pública mobiliária federal 
somente serão consideradas no exercício financeiro em que for realizada a respectiva despesa. 
§ 7º A lei não imporá nem transferirá qualquer encargo financeiro decorrente da prestação de serviço público, inclusive 
despesas de pessoal e seus encargos, para a União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios, sem a previsão 
de fonte orçamentária e financeira necessária à realização da despesa ou sem a previsão da correspondente 
transferência de recursos financeiros necessários ao seu custeio, ressalvadas as obrigações assumidas 
espontaneamente pelos entes federados e aquelas decorrentes da fixação do salário mínimo, na forma do inciso IV 
do caput do art. 7º desta Constituição. 
 Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e receitas correntes 
supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do 
ente, enquanto permanecer a situação, aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: 
I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de Poder 
ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto dos derivados de sentença judicial transitada 
em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo; 
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; 
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas: 
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; 
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios; 
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição; e 
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de formação de militares; 
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso IV deste caput; 
VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer 
natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do Ministério Público ou da Defensoria 
Pública e de servidores e empregados públicos e de militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados 
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de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que 
trata este artigo; 
VII - criação de despesa obrigatória; 
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação, observada a 
preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição; 
IX - criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão, renegociação ou 
refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e subvenções; 
X - concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária. 
§ 1º Apurado

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