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RELATORIO FINAL ANALISES


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46
CURSO SUPERIOR DE FARMACIA
ANA CAROLINA DE SOUSA RIOS
MARIA EDINA DO NASCIMENTO DOMINGOS
JOSE ROBSON GUIMARÃES ALVES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS
ITAPIPOCA- CE
NOVEMBRO 2023
UNIASSELVI
CURSO SUPERIOR DE FARMACIA
ANA CAROLINA DE SOUSA RIOS
MARIA EDINA DO N. DOMINGOS
JOSE ROBSON G. ALVES
MARILIA DE OLIVEIRA NUNES
TUTOR (A)
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO, APRESENTADO A UNIASSELVI - CE, COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DE APROVACAO NA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANALÍSES CLÍNICAS.
 
 
 ITAPIPOCA- CE
 
 NOVEMBRO DE 2023
DADOS DOS ESTÁGIÁRIOS
ALUNO: ANA CAROLINA RIOS
 MATRÍCULA: 2008621
DATA DE NASCIMENTO: 17/12/1985
CONCLUSÃO DO CURSO: 2024
FONE: (85)999561514
ALUNO: MARIA EDNA DO NASCIMENTO DOMINGOS
MATRÍCULA: 2602879
DATA DE NASCIMENTO: 21/12/1990
CONCLUSÃO DO CURSO: 2024
FONE: (85)991269328...
ALUNO: JOSÉ ROBSON GUIMARÃES ALVES
MATRÍCULA: 06/07/1984
CONCLUSÃO DO CURSO: 2024
FONE: (88)992098334
CURSO: GRADUAÇÃO EM FARMACIA
ENDEREÇO: MANOEL ALVES DE FREITAS 130	
BAIRRO: MARANHÃO
CIDADE: ITAPIPOCA
CEP: 62503500
DADOS DO ESTÁGIO
RAZÃO SOCIAL:LABORATORIO DE ANÁLISESCLÍNICAS DE ITAPIPOCA
ENDEREÇO: JOSE DO PATROCINIO,259
BAIRRO: BOA VISTA
CIDADE: ITAPIPOCA
DATA DE FUNDAÇÃO: 1967
NATUREZA:LABORATORIO DE ANÁLISESCLÍNICAS
ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA:ITAPIPOCA, MIRAÍMA, AMONTADA, TURURU, URUBURETAMA, TRAIRI E UMIRIM.
NÚMERO DE EMPREGADOS: 6 COLABORADORES
PERÍODO DE ESTÁGIO:230HS
REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: DR. FRANCISCO ALMEIDA ROCHA
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO..............................................................................................5
1.1IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO EM ANALISES CLÍNICAS.........................................................................................................5
1.2 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS......................................................................................................6
1.3 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA GESTÃO DE ESTOQUE GERAL, GESTÃO DE EQUIPE, RECEBIMENTOS DE MATERIAL COLETADO E ANÁLISES REALIZADAS..................................................................................6
1.4 BASE CIENTIFICA PARA ATUAÇÃO (NO QUE DEVEMOS NOS BASEAR PARA ATUAÇÃO NESSE CENÁRIO)...............................................................7
2.1OBJETIVO GERAL......................................................................................9
2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS.......................................................................10
3.DESENVOLVIMENTO....................................................................................10
3.1HISTÓRICO DE ANÁLISES CLÍNICAS E DA EMPRESA.........................................................................................................10
3.2HISTORICO TUBERCULOSE......................................................................11
3.3COMPOSIÇAO DA EQUIPE.........................................................................13
3.4 DESCRIÇÁO DA ROTINA E DOS SETORES.............................................13
4. URINALISE....................................................................................................15
5. HEMATOLOGIA............................................................................................15
6. IMUNOLOGIA................................................................................................16
7.TUBERCULOSE.............................................................................................17
7.1 TRATAMENTO TUBERCULOSE................................................................17
8.POP”S.............................................................................................................19
9.DESCRICAO DOS QUADROS CLINICOS.....................................................33
10.CONCLUSÃO...............................................................................................43
11.BIBLIOGRAFIA.............................................................................................44
12. ANEXOS..............................................................................................46
1. INTRODUÇÃO 
 
Cada vez mais o Laboratorio Clínico desempenha um dos papéis mais importantes no processo de diagnóstico. Hoje em dia, os resultados analíticos sáo utilizados na confirmação de diagnósticos, mas também  se utilizam para alertar para a possibilidade de determinadas alterações ou patologias. Deste modo, uma boa interpretação dos exames laboratoriais torna uma das principais ferramentas utilizadas pelo clínico no diagnóstico, prognóstico e monitorização de patologias. 
Os laboratórios de analises clínica se encontram cada vez mais automatizados, fornecendo resultados, mas rápidos e menos sujeitos ao erro humano. O laboratório tem a responsabilidade de garantir resultados e menos desacertos. O laboratório tem a responsabilidade de garantir resultados precisos e exatos, assegurando sempre a qualidade dos serviços prestados. 
A qualidade de analises que se podem determinar numa amostra de sangue é muito variada, por isso é necessária uma boa relação entre os testes analíticos, a sua utilidade em cada situação clínica e os custos monetários. (CARDOSO, 2003)
1.1 IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
A atuação do farmaceutico em analises clinica esta relacionada com estudo e o diagnostico da saude do paciente, o farmaceutico tem como sua principal atuação, no campo de analises clinicas, seu papel é importante , pois permite que esse pofissional esteja presente nos processos que estão relacionados aos exames de dianóstico laboratoriale chegam a uma definição junto a equipe de saude. O farmacêutico faz a correlação entre médico e paciente, contribuindonas intercorrências ocasionadas capaz de alterar os exames laboratoriais através de seus efeitos.
1.2 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
· Portas: lisas e revestidas de material lavavel. As portas dos banheiros devem ter sinalização com identificação visual ( MAS/FEM).
· Paredes, tetos, pisos: as paredes não podem ser de materiais poroso, os pisos não devem ser escorregadios ou de madeira, devem ser resistentes as soluçõesdesinfetantes e as soluções corrosivascausadas por agentes químicos, impermeavéis, e lavaveis.
· Iluminação: adequada para realização de todas as atividades.
· Condicionadores de ar: conservar a temperatura entre 18 e 26 graus, os filtros sempre limpos.
· Instalação eletrica nao pode er fios expostos e devem esta adequadamente dimensionadas para a necessidade da instituição. As tomadas com voltagem 110/220 identificadas, protetor de tomada para crianças, evitar extensões.
· Sala da area tecnica deve conter proxima uma pia /lavatorio par lavar as mão com agua corrente . Pia com sifão ou caixa sifonada. As bancadas não devem ser de material poroso e sua distribuição deve permanecer uma limpeza adequada. 
· Area da coleta deve ser especificos para coleta de material humano e conter pia, sabão neutro para assepsia das mãos/braços e papel toalha descartavel.
· Lixeira com pedal e tampa, identificada (LIXO) ou residuo biolólogico ou infectante e lixo comum. (BRASIL, 2004)
1.3 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA GESTÃO DE ESTOQUE GERAL, GESTÃO DE EQUIPE, RECEBIMENTOS DE MATERIAL COLETADO E ANÁLISES REALIZADAS.
Embora a quantidade de farmacêuticos tenha diminuído exponencialmente nos laboratórios de análises clinicas devido ao seu custo salarial elevado em comparação ao dos biomédicos sua função continua sendo primordial, tendo em vista sua capacitação e importância como analista,gestor de equipe e de estoque.
Atualmente estima-se que 70% das decisões medicas para diagnostico clínicos são baseadas em laudos de exames dos laboratórios clínicos (SILVA, 2021). Isso indica que a capacitação do profissional que emite esseslaudos e de total importância para os pacientes que serão alvo desse tratamento. Tendo em vista o bom funcionamento do laboratório se faz totalmente necessário a capacitação de uma equipe técnica, que possa colaborar com o sucesso do andamento do laboratório, que por sua vez terá que fidedignamente seguir o passo a passo orientado pelo farmacêutico responsável.
Ainda no que diz respeito a gestão de equipe nesse ambiente,SILVA, 2021 diz que o farmacêutico pode contribuir assumindo a liderança e a responsabilidade pelo trabalho em equipe na saúde e em especial no ‘‘LAC’’(Laboratório de Analises Clinicas), bem como,contribuindo para o bem estar de toda comunidade e do paciente.
Sendo assim, pode-se entender o farmacêutico como responsável técnico que é a engrenagem que move todo o processo de capacitação da equipe, no que diz respeito a todo o processo que é a coleta, armazenamento, manuseio dos insumos e dos materiais utilizados no ‘’LAC’’, evitando assim erros que acarretariam inconsistência nos resultados dos exames laboratoriais.
1.4 BASE CIENTÍFICA PARA ATUAÇÃO (NO QUE DEVEMOS NOS BASEAR PARA ATUAÇÃO NESSE CENÁRIO)
As habilidades do profissional de saúde devem englobar inúmeras características tendo em consideração a complexidade e importância no processo de atendimento ao paciente, no que diz respeito às competências do profissional farmacêutico podemos citar o que diz a Resolução RDC nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que destaca o cuidado com a saúde do paciente, bem como solicitar exames laboratoriais no âmbito da sua competência profissional, com a finalidade de monitorar os resultados com a farmacoterapia.
Com base também no que diz a Federação Internacional Farmacêutica e a Organização Mundial de Saúde (2020, apud Lavor 2023), são sete as competências necessárias para oferecer um atendimento de qualidade, entre elas estão trabalhar em equipe, tomar decisões, liderar, gerenciar e educar.
De acordo também com o CFF na resolução 634/2016 (Apud Lavor 2023), que visa às atribuições do farmacêutico no campo de estágio supervisionado curricular também estão incluídos os estágios realizados em laboratórios de análises clínicas, sendo assim parte do currículo da formação do profissional farmacêutico em consonância com os preceitos técnicos científicos, éticos e legais. Com base nessas afirmações entende-se que o estágio em laboratórios clínicos é de suma importância na formação dos estudantes de farmácia.
Mas para que uma boa atuação nesse processo aconteça é necessário a atuação ativa dos personagens envolvidos, estagiários e preceptores (COSTA, 2017).
O farmacêutico atualmente pode atuar em diversas áreas da saúde, sendo assim um profissional com formação multidisciplinar. Dentre essas diversas áreas de atuação, destaca-se sua habilitação em análises clínicas, cujo escopo permite realizar exames, processamento das amostras biológicas, validação dos laudos,e assumir responsabilidades ou assessoria técnica, chefia e direção dos estabelecimentos de saúde (BRASIL,2017). 
A atuação do farmacêutico no laboratório de análises clínicas é de grande importância e constitui ligação na relação médico e paciente, pois através de seus conhecimentos nas intercorrências ocasionadas por um grande número de drogas terapêuticas capazes de alterar os exames laboratoriais, através de seus efeitos. Auxiliando nas decisões médicas para diagnóstico clínico baseados em laudos de exames laboratoriais.
Corroborando com este autor, BRASIL em 2017 aduz que o farmacêutico tem competência e habilidades para o exercício de atividades referentes à sua atuação em análises clínicas-laboratoriais e toxicológicas, obedecendo aos padrões de qualidade e segurança nos resultados de exames. A atuação dos farmacêuticos nas análises clínicas tem intensificado uma atenção à saúde do indivíduo, uma vez que é parte fundamental da assistência, contribuindo para decisões clínicas, preventivas, diagnóstica e terapêutica, integrando um ambiente voltado para promoção de saúde, recuperação e manutenção da saúde da população (BRASIL, 2017). Sua atuação não é somente na interpretação das análises de amostras biológicas, mas tem um papel fundamental nos processos laboratoriais, promovendo resultados confiáveis para a interpretação dos profissionais que prestam assistência ao paciente, uma vês que, aliando seus conhecimentos técnico-práticos pode contribuir diretamente nos processos que envolvem o diagnóstico laboratorial de doenças, trabalhando em conjunto com a equipe de saúde e trazendo mais confiança para o paciente.
Nesta perspectiva, outras atribuições clínicas do farmacêutico estão exigindo uma mudança no perfil profissional e com elas, o farmacêutico passa, cada vez mais, a ser parte integrante da equipe de saúde, fornecendo serviços de atenção farmacêutica prestando orientação sobre a utilização de medicamentos e sua influência nos exames. Há de se observar que o farmacêutico nas análises clínicas tem papel importante na recuperação da saúde do indivíduo, atendendo a população no paradigma da assistência farmacêutica. Logo, para que os serviços de saúde prestados sejam seguros, o cuidado centrado no paciente se tornou indispensável. Se faz necessário que o farmacêutico analista clínico se adapte à nova realidade em sua prática profissional, sobretudo em sua formação acadêmica, haja vista a necessidade de focar nos cuidados de saúde da população que integram desde os meios curativos, preventivos até os educativos, seja de forma individual ou como membro de uma equipe multiprofissional. (BRASIL, 2017)
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo do estágio de análises clínicas é desenvolver o conhecimento e a experiência, para tornar-se um profissional mais capacitado nas práticas laboratoriais, também para aprimorar de forma pratica os alunos a se familiarizar com âmbito laboratorial.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
· Conhecer a realidade profissional no laboratório de analises clínicas, observando sua dinâmica de funcionamento, organização e tecnica de trabalho; 
· Proporcionar a aquisição de habilidades práticas na execução das técnicas laboratoriais, associando ao conhecimento teórico para interpretação dos resultados; 
· Reconhecer e distinguir as atribuições do farmacêutico no laboratório; 
· Acompanhar e desenvolver atividades no laboratório de análises clínicas; 
· Acompanhar os procedimentos de controle de qualidade.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 HISTORICO DE ANÁLISES CLÍNICAS E DA EMPRESA
Muito embora a medicina em seus primórdios fosse restrita ao exame físico e observação do paciente, existia a curiosidade do homem nas substâncias que eram eliminadas pelo corpo, existem indícios que o primeiro exame realizado pelo homem foi o de urina esses indícios datam do entorno de 4000 a.c, documentado em placa de argila pelos babilônios, algumas culturas hindus perceberam que alguns pacientes possuíam urina doce, pois atraia formigas. (ALVES 2006)
Embora muito rudimentar a curiosidade do homem já demonstrava traços do futuro que viria. Com o advento da tecnologia veio também à necessidade de aperfeiçoamento na área de analises clinicas, foi quando em 1839 o primeiro curso especializado em analises clinicas na graduação de farmácia em ouro preto, MG, embora o curso tenha sido formado, somente em 1891 foram disponibilizados recursos para o aparelhamento do laboratório para as aulas práticas. (OSWALDO CRUZ 2006).
A história do laboratório de análises clínicas de Itapipoca se inicia quando em 27 de fevereiro de 1967 o Dr. Perillo Teixeira político com influência na cidade funda o primeiro posto de saúde em Itapipoca que tinha como nome Beatriz Carneiro (figura1 em anexo), localizado no bairro da boa vista que tinha como responsável o Dr. Wilson Batista “COLACIO”, a responsabilidade desse estabelecimento de saúde era da FSESP( Fundação de Serviço de Saúde Pública), na época o responsável pelo então laboratório também era o Colácio, mas como não dispunha de muitos recursos o laboratório recolhia e enviava as coletas paraa capital para que fossem realizado as análises. Na época em questão Itapipoca foi acometida por um grande surto de tuberculose, onde pelo empenho da equipe médica foram tratadas e curadas mais de 3700 pessoas. Hoje o laboratório de análises clínicas de Itapipoca (figura 2 em anexo), é de responsabilidade do município de Itapipoca e tem como responsável técnico o Dr.(farmacêutico)Francisco Almeida Rocha, e conta com um quadro de colaboradores (3 técnicos, 1 recepcionista e,1 auxiliar de limpeza), no laboratório atualmente são realizados coletas básicas de material orgânicos entre elas escarro, sangue e linfa para realização dos respectivos exames, teste do pezinho, carga viral, tuberculose,hanseníase,leishmaniose, sorologia. (Santos 2023)
3.2 HISTÓRICO SOBRE TUBERCULOSE
A doença mais conhecida como Tísica em seus primórdios data de 8000 anos a.c, fato esse relatado por descobertas realizadas em ossos humanos pré-históricos encontrados na Alemanha.
Com a evolução da ciência e o estudo da anatomia humana, mais especificamente no ano de 1882, o bacteriologista Robert Koch descobriria a bactéria causadora da patologia, fato esse que originou o nome do bacilo (“bacilo de koch”). No princípio da descoberta a doença foi vinculada a duas representações a primeira associada a uma doença romântica por acometer principalmente poetas e intelectuais, a outra representação é de que essa doença era um mal social, visão essa que perdurou no século XX, isso se comprova pela terapêutica indicada aos pacientes que consistia em uma alimentação adequada, bastante repouso também até mesmo bons ares como o clima montanhoso e dos campos (OSWALDO CRUZ 2006).
No Brasil somente em 1920 houve um salto significativo na luta contra a tuberculose, devido a formação do Departamento Nacional de Saúde Pública, e a criação da inspetoria de profilaxia da tuberculose que investigava e monitorava casos da doença, entre os avanços mais significativos podemos citar o surgimento da vacina BCG, e a basciloscopia no ano de 1930.
A partir da década de 1940 com a descoberta da quimioterapia antibiótica e sua comprovada eficácia o tratamento da doença passou ser ambulatorial e não mais em total isolamento como era anteriormente, o tratamento com medicamentos e medidas profiláticas adequadas culminou na queda drástica da mortalidade da doença. (BERTOLLI, 2001)
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch.
Segundo dados da secretaria da saude, Cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose no mundo, e a doença leva mais de um milhão de pessoas a óbito anualmente. A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, principalmente a forma positiva à baciloscopia, pois é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
3.3 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE E NUMERO DE FUNCIONARIOS
Na recepção Cristiane, Auxiliar tecnico: Gerliane, Andrea, Marcelo, Auxiliar de serviços gerais: Jucileuda e o Dr. Almeida que é o Farmacêutico responsavel pelo laboratorio. Total de 6 funcionarios.
3.4 DESCRIÇÃO DE ROTINA NOS SETORES
· Sala de espera – um ambiente claro e arejado para os pacientes aguardarem ser chamados para a triagem.
· Recepção – Atendimento ao público, triagem, organização para o encaminhamento do paciente ao setor adequado para sua coleta ou recebimento de amostra e lançamento do cadastro do paciente e resultados de exames laboratoriais.
· Sala de coleta de sangue (fig.5 em anexo) – Onde é realizada a coleta de sangue para a realização de teste, como:
Teste do pezinho (é um exame realizado entre o segundo e o quinto dia do nascimento do bebê que consiste na coleta de algumas gotinhas de sangue do calcanhar em papel filtro especial. O exame é feito nesse local porque nele estão presentes muitos vasos sanguíneos, o que facilita o acesso ao sangue),
Carga viral é um exame que mede a quantidade de vírus presente em um certo volume de sangue. Os resultados do exame de carga viral são fundamentais para avaliar a adesão e a eficiência do tratamento.
Sorologias, como: dengue, zika, chikungunya, hepatite, leishmaniose, entre outras. Os exames de sorologias costumam ser aplicados por dois motivos principais: para investigar uma suspeita clínica ou para investigar preventivamente sinais de doença precoce. Essas amostras são encaminhadas para um laboratório de referência (LACEN).(fig.6 em anexo)
· Sala de coleta (COVID) – onde é realizado tanto o teste rápido como e RT-PCR. O RT-PCR é realizado a partir de amostras coletadas no trato respiratório inferior ou superior. A coleta das secreções geralmente é feita por meio do swab (uma haste longa e estéril), que é aplicado na região nasal e farínge (a região da garganta logo atrás do nariz e da boca).
· Sala de coloração – Nessa sala o profissional deve estar obrigatoriamente com seus EPI,s (máscara N95, óculos, jaleco, luvas e sapatos fechado). Nesta sala é feita todo o manuseio e armazenamento das amostras de escarro. São recolhidas duas amostras, uma é separada e vai para um laboratório de referência, onde lá é realizado a cultura,esse teste e realizado para que se tenha conhecimento da bactéria e sua sensibilidade aos fármacos do tratamento. E na outra etapa, é feita a colocação de Ziehl-Neelsen (Método de coloração que evidência as características de acido-resistência de certas bactérias do género Mycobacterium. No caso do Mycobacterium tuberculosis a técnica segue o seguinte protocolo:
· Confeccionar o esfregaço seguindo as técnicas atuais de biossegurança;
· Cobrir a lâmina com fucsina fenicada 0,3%(o mordente é o ácido fénico);
· Aquecer a lâmina até à emissão de vapores (é importante não deixar ferver);
· Aguardar 3 minutos e repetir o processo de aquecer a lâmina outras 3 vezes;
· Lavar com água corrente;
· Cobrir a lâmina com álcool-ácido 3% até descorar totalmente o esfregaço;
· Lavar com água corrente;
· Cobrir a lâmina com azul de metileno durante 1 minuto;
· Lavar com água corrente e secar naturalmente;
· Observar em imersão com óleo específico.
· Área técnica – onde ocorre os procedimentos de homogeneização, centrifugação, leitura de lâminas, e o armazenamento de amostras de sangue e kits para teste rápido. (Fig.4 Em anexo)
4.URINÁLISE
 	
O exame de urina mais conhecido como sumario de urina pode nos fornecer informações importantes sobre o estado de saúde do paciente, tais como problemas renais e nas vias urinarias, é importante ressaltar que até mesmo em uma urina aparentemente normal pode haver alterações, vistas somente através de analises microscópicas, fazendo-se assim necessários exames minuciosos realizados em laboratório. (QUEIROZ 2016)
 Primeiro se far nescessario a identificação dos tubos com as iniciais dos pacientes no frasco da coleta, em seguida utilizávamos a técnica de testagem com a fita (fig.7 anexo). Para a fita de Uriquest as leituras das reações devem ser feitas em 60 segundos. Nestes testes as fitas são inseridas nos tubos e então analisados os parâmetros de proteínas, Ph, densidade, a presença de cetona entre outros. 
As amostras após os testes da fita, eram levadas para a centrifugação por 5min. Então eram descartados os sobrenadantes restando os sedimentos, esse sedimento era colocado na lâmina seguido de lamínula levados ao microscópio para visualização de sedimentos cristais ou quaisquer artefactos contidos no analíto.   
Na análise microscópica utilizavam-se as objetivas de 10x e 40x, onde era possível observar a presença de hemácias, mucos, células epiteliais de descamação, leveduras, cilindros e cristais de urina. 
5. Hematologia  
 	Na hematologia e possivel examinar o sangue e seus componentes,tais como, células, hemáceas, plaquetas e suas conformidades.   
No setor de hematologia, foram desempenhadas atividades de distensão sanguínea em lâmina (esfregaço), contagem de células e interpretação de resultados. A distensãoera realizada colocando uma gota de sangue que era distendida com o auxílio de outralamina extensora, necessariamente precisa apresentar cabeça, corpo e calda para melhor analise no microscópio, essa lamina era corada e levada ao microscópio para a contagem de células utilizando a objetiva de 100x e coberta por óleo de imersão.
Foram realizados varios exames como por exemplo contagem diferencial e contagem de leucócitos totais na câmara de Neubauer.
Fizemos também a analise da morfologia celular em lâminas de sangue periférico. Nessa atividade aprendemos a identificar monócitos, segmentados, bastão, eosinófilos, linfócitos, mielócitos, metamielócitos, promielócitos e eritroblastos. Utilizávamos um aplicativo para a contagem e a soma das celulas. E a partir da identificação das células permitia identificar possíveis diagnósticos, como viroses, infeções bacterianas ou infeções parasitaria e ate mesmo anêmias.
 
6. IMUNOLOGIA 
Para identificar o tipo de sanguíneo de uma pessoa é realizado um exame conhecido como tipagem sanguínea, que verifica qual é o tipo de sangue, e se ele possuía ou não fator Rh. O exame é realizado a partir de uma coleta sanguínea, sendo de extrema importância, pois pessoas do grupo A, B e O, produzem rapidamente anticorpos que causam reações graves na ocorrência de transfusões de sangue incompatíveis.
O sistema ABO é composto pelos tipos sanguíneos A, B, AB e O, o que se caracteriza pela presença ou ausência de aglutinogênio em suas hemácias e de em seu plasma. O tipo sanguíneo A possui aglutinogênio A em suas hemácias e aglutinina anti-B em seu plasma. O tipo sanguíneo do tipo B possui aglutinogênio do tipo B e aglutininas anti-A. O tipo sanguíneo AB possui aglutinogênios A e B, mas não possui aglutininas do tipo anti-A e anti-B.
Então, para a realização da tipagem sanguínea faz-se necessária a coleta de uma amostra de sangue e deposita-se uma gota de sangue para cada anticorpo utilizado. É testado o anticorpo monoclonal anti-A, anticorpo monoclonal anti-B e o anticorpo monoclonal anti-D. Realiza a homogeneização das amostras e observa se há presença ou não de aglutinação, e interpreta os resultados.
7. TUBERCULOSE
Pessoas com sintomas de tosse a mais de 3 semanas produtivas ou não, que seja sanguinolenta ou não, febre vespertina,sudorese noturna, podendo ter perda de peso,dores no peito e fadiga, podem diagnosticar positivo para tuberculose, mas para o diagnostico são utilizados, principalmente, os seguintes exames: exame de Baciloscopia direta (BAAR), é preciso coletar de 5 a 10ml de secreção (escarro). O exame deCultura para micobactéria com identificação de espécie para teste de sensibilidade e resistência bacteriana, e radiografia de tórax.
7.1TRATAMENTO TUBERCULOSE
O tratamento da tuberculose é padronizado no Brasil desde 1979, passando por algumas mudanças do decorrer dos anos. O tratamento tem duração mínima de seis meses, dependendo da resposta medicamentosa do paciente. 
O tratamento tem como objetivo a rápida diminuição da transmissão bacilar, prevenindo novos casos da doença. O mesmo é disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde, seguindo o modelo do tratamento prescrito pelo médico, de acordo com o peso do paciente e supervisionado por um profissional da saúde, para proporcionar ao paciente maior segurança e eficácia ao tratamento e que não haja abandono do tratamento. O tratamento consiste em duas etapas: fase intensiva que tem duração mínima de dois meses, em que são utilizados quatro fármacos combinados, sendo eles a Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. E na fase de manutenção utilizam-se dois fármacos, a Rifampicina e a Isoniazida, com duração mínima de quatro meses. 
FONTE: TelessaúdeRS-UFRGS (2022), adaptado de Ministério da Saúde (2019, 2022) 
Siglas: R – Rifampicicina; H – Isoniazida; Z – Pirazinamina; E – Etambutol.
	
8 .POP’s
	
	
	LABORATORIO MUNICIPAL DE ANALISES CLINICAS DE ITAPIPOCA
	
	CNPJ: 07623077000167
	ID CNES:6418546
	RUA: JOSE DO PATROCINIO 259 
 BAIRRO: BOA VISTA
	ATENDIMENTO: SEG A SEX 07:00hs as 11:00hs
De 13:00hs as 17:00hs
	TeTET T TECNICO RESPONSAVEL: Dr. Francisco Almeida Rocha (farmacêutico)
	 Assunto: TR DPP® COVID-19 Ag 
	DATA DE EMISÃO: 17/11/2023 PG.01/02
	Objetivo: Descrever os passos para a realização do teste rápido coronavirus (COVID-19)
	
Equipamentos
de proteção individual (EPI):
	
· Luvas descartáveis;
· Touca descartável;
· Mascara descartável;
· Avental descartável;
· Devem ser utilizados em todas as etapas de realização do teste.
	
Relação dos componentes fornecidos com o produto:
	
· Suportes DPP® COVID-19 AG com antígenos de COVID-19 (embalados individualmente);
· Tampão de corrida;
· Frascos de amostra com ponta conta-gotas;
· Swabs nasais, estéreis (embalados individualmente).
	
Material complementar não fornecido:
	
· Micro Leitor DPP®;
· Cronômetro ou relógio;
· Micropipeta calibrada;
· Ponteiras para micropipeta;
· Algodão;
· Álcool 70%;
· Água sanitária ou solução de hipoclorito de sódio a 2,5%;
· Recipiente seguro para descarte de material biológico.
	
Procedimentos do ensaio:
	· Swab Nasal 
Adicione 20 gotas (500µl) da solução tampão de corrida ao frasco de amostra. • Alternativamente o frasco da amostra poderá ser fornecido pré-envasado com o volume de tampão necessário para realizar o teste (500µl).
· Insira o swab, em uma das narinas e gire 5 vezes pressionando gentilmente o swab contra a parede da cavidade nasal.
· Retire e repita o processo utilizando o mesmo swab na segunda narina.
· Insira o swab com a amostra do paciente no frasco da amostra preenchido com a solução tampão. Certifique-se de que o swab esteja completamente submerso na solução. Cuidado para que o líquido não derrame.
· Gire o swab 5 vezes enquanto pressiona a ponta contra o fundo e a parede do frasco. 
· Lentamente, retire o swab enquanto espreme contra as laterais do frasco para extrair o líquido retido no swab.
· Após retirar o swab feche firmemente o frasco da amostra com a tampa conta-gotas acoplada. 
	
Procedimento para a realização do teste:
Obtenção dos resultados:
	
· Verifique a integridade de todos os componentes e a existência de 2 (duas) linhas nas janelas de teste do suporte, sendo 1 (uma) linha de cor azul (Linha Teste) e 1 (uma) linha de cor verde (Linha Controle). Caso uma ou mais dessas linhas esteja ausente, separe o suporte de teste para que não seja usado e comunique o ocorrido ao SAC de Bio- Manguinhos. Em seguida, utilize um novo suporte de teste para continuar o procedimento.
· Adicione 5 gotas (120µL) ao Poço 1 (Sample + Buffer) do suporte de teste. Inicie uma contagem de 10 minutos.
· Aguarde 10 minutos. As linhas coloridas presentes na janela de resultados do teste começarão a desaparecer. Se isso não acontecer, descarte e reinicie o procedimento com um novo dispositivo de teste.
· Verta o frasco de tampão de corrida e mantenha-o na posição vertical (sem inclinar) sobre o poço 2. Adicione lentamente 7 (sete) gotas do tampão de corrida ao poço 2.
· Deixe o teste correr por um período de 10 minutos após a adição do tampão ao poço 2 a temperatura ambiente.
· Leitura do Teste - Não leia os resultados antes de 10 ou após os 15 minutos da adição do tampão de corrida ao poço 2. A interpretação do teste pode ser feita com o auxílio do Micro Leitor DPP® quando disponível.
· Não Reagente - Um resultado negativo é indicado pela presença somente da linha “C”, na janela de resultado referentes ao teste. Este resultado sugere a ausência do antígeno de SARS-CoV-2 na amostra. O resultado do teste é interpretado como Não reagente. No entanto, um resultado negativo não exclui uma possível infecção por SARS-CoV-2, particularmente naqueles que estiveram em contato com o vírus, e não deve ser usado como única base para o tratamento, decisões de gerenciamento de pacientes ou para descartar infecção ativa. Recomenda-se que esses resultados sejamconfirmados por um método de teste molecular, se necessário, para o tratamento do paciente.
· Reagente - A presença de duas linhas coloridas (T e C), na janela do suporte de oteste, significa que o antígeno de SARS-CoV-2 foi detectado, indicando a presença do vírus na amostra. O resultado do teste é interpretado como Reagente, mas a correlação clínica com o histórico do paciente e outras informações de diagnóstico são necessárias para determinar o status da infecção. Resultados positivos não excluem infecção bacteriana ou coinfecção com outros vírus. O agente detectado pode não ser a causa definitiva da doença. Atenção: Um resultado reagente deve ser confirmado conforme recomendações do MS (Ministério da Saúde).
· Inválido (INV) - A linha controle (C) deve SEMPRE aparecer na janela de resultados, independente ou não da presença da linha teste (T). Caso não haja linha visível na área de controle (C), o teste deve ser considerado inválido. Recomenda-se que a amostra seja testada novamente, utilizando um novo suporte de teste.
· INTERPRETAÇÃO VISUAL DO RESULTADO
	
ELABORAÇÂO:
MARIA EDNA DO NASCIMENTO DOMINGOS
	
DATA: 17 / 11 / 2023
	
VALIDAÇAO:
DR. ANDREIA ANNE TEIXEIRA DE OLIEIRA
	
DATA: ___/___/___
	
APROVAÇÃO:
DR. FRANCISCO ALMEIDA ROCHA
	
DATA:___/___/___
	
	
	
	
	
	
	LABORATORIO MUNICIPAL DE ANALISES CLINICAS DE ITAPIPOCA
	CNPJ: 07623077000167
	ID CNES:6418546
	RUA: JOSE DO PATROCINIO 259 BAIRRO: BOA VISTA
	ATENDIMENTO: SEG A SEX 07:00hs as 11:00hs
De 13:00hs as 17:00hs
	TeTET T TECNICO RESPONSAVEL: Dr.(farmacêutico)Francisco Almeida Rocha
		PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
	 Assunto: BASCILOSCOPIA DE TUBERCULOSE
	DATA DE EMISÃO: 16/11/2023 PG.01/02
	Objetivo: Padronizar e orientar como se faz a coleta, coloração do material coletado e analise
Microscópica da amostra.
	
1.1 COLETA DE AMOSTRAS
 1.2 COLORAÇAO DO MATERIALCOLETADO 
	
· Indicar ao paciente que em domicilio lave a boca (sem o auxilio de creme dental), se o paciente usar prótese dentaria retirar com antecedência.
· Identificar o frasco com o nome do paciente fornecido previamente pelo laboratório
· Orientar o paciente a ir a um local aberto e arejado em condições adequadas de biossegurança (quintal da unidade);
· Indicar ao paciente que respire e aspire fundo algumas vezes, tossir profundamente e escarrar no frasco
· Preencher pelo menos 10ml do pote com o escarro
· É necessário pedir ao paciente que traga duas amostras de escarro em dias diferentes.
· O recipiente deve ser de plástico descartável e transparente, de boca larga e rosquiavel.
· Colocá-lo num saco plástico, no ato do transporte da amostra o material deve ser colocado em uma embalagem que proteja da luz solar, entregar no laboratório de testagem.
· Receber a amostra do paciente, juntar a ficha de Gerenciamento de Amostra Laboratorial (GAL), com todos os dados do paciente e cartão do SUS.
· Lançar no livro ou sistema o caso de sintomático respiratório
· O manipulador deve fazer o uso dos equipamentos de proteção individual os EPI’S (luvas, mascara, jaleco, óculos de proteção).
· A amostra deve ser processada em cabine de segurança biológica
· De posse do material biológico(amostra de pelo menos 5ml), o técnico devera selecionar a parte mais purulenta da amostra, em seguida devera confeccionar o esfregaço fino e homogêneo em uma lamina nova ( identificada com as iniciais do paciente),e com o auxilio de uma haste de plástico.
· Em seguida com o auxilio de um bico de bunsen secar a lamina passando a parte oposta de amostra para fixação pelo calor em movimentos constantes por até 3 vezes
· Cobrir a lamina com fuscinaconcentrada e deixar secar por 10 minutos na estante de laminas, após lavar com água corrente.
· Descorar com álcool acido, intercalando com lavagem na água corrente ate o esfregaço ficar com semblante esbranquiçado;
· Cobrir a lamina com azul de metileno por 1 minuto,após lavar com água corrente 
· Secar a lamina naturalmente na estante de laminas
· O material contaminado deve ser esterilizado e autoclavado sob pressão a 121ºC, antes de ser lavado ou desprezado.
	
1.3 ANALISE MICROSCOPICA DA COLETA
	· Em posse da lamina corada o examinador levara ao microscópio
· O analista ira colocar na objetiva de 10 para focar, posteriormente ele colocara o óleo de imersão para ajudar no foco da objetiva de 100.
· Após focar na objetiva o analista ira procurar e identificar o bacilo da patologia.
	
ELABORAÇÃO:
JOSE ROBSON G. ALVES
	
DATA: ___/___/___
	
VALIDAÇAO:
DR. ANDREIA ANNE TEIXEIRA DE OLIEIRA
	
DATA: ___/___/___
	
APROVAÇÃO:
DR. FRANCISCO ALMEIDA ROCHA
	
DATA:___/___/___
	
	
	Laboratório Municipal de Analises
 Clínica de Itapipoca
	PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
 POP
	
CNPJ: 07623077000167
	
ID CNES:6418546
	RUA: JOSE DO PATROCINIO 259 BAIRRO: BOA VISTA
	ATENDIMENTO: SEG A SEX 07h às 11h
De 13h às 17h
	
Atividade:
Teste do Pezinho
	
Data de Emissão: 16/11/2023
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	Responsável: 
Dr. Francisco Almeida Rocha
	1.Objetivo:Padronizar e orientar a coleta de Pezinho conforme orientações do laboratório
	2. Materiais:
1. Papel filtro de teste do Pezinho preenchido com dados do RN e do responsável; 
 2. Amostra de sangue 
 3.Lanceta (lanceta estéril e descartável. Não é recomendável o uso de agulha comum, mesmo que descartável ou coleta em seringa).
 4.Algodão
 5.Alcool a 70%
 6. Saquinho transparente para armazenamto do papel filtro do teste 
 7. Caixa de perfuro cortante.
 8.Geladeira para armazenamento do papel filtro
 9. livro de registro; 
10.Caixa de descarte para material perfuro cortante;
2.2 EPIs
 1. Luvas
 2. Jaleco
 3. Mascara
3. Descrição dos Procedimentos:
 1º O Prazo para que a coleta seja realizada é no período de 72h (não podendo ser menos) e o 5º dia de nascido, prazo máximo para a coleta não deve ultrapassar 30 dias.
 2º Preenchimento completo e legível de todos os campos do cartão filtro de coleta do teste do pezinho, incluindo o canhoto: 
 • Nome completo do RN (caso não tenha registro, colocar como RN de mais nome da mãe completo); 
 • Nome completo da mãe; 
 • Telefone da mãe (se possível pedir um telefone fixo para contato - celulares mudam de número rapidamente). Buscar sempre um telefone de parente, vizinho ou trabalho, para facilitar a busca ativa, se esta for necessária; 
 • Endereço completo; 
 • Data de nascimento e hora do nascimento; 
 • Data da coleta e hora de coleta; 
 • Peso ao nascer; 
• Sexo; 
 • Tipo de alimentação - leite materno - sim ou não?;
 • Cor informada pela mãe ou responsável; 
• Utiliza ou utilizou antibióticos?;
· Sinalizar se a mãe utilizou corticoide ou outro medicamento 15 dias antecedentes ao nascimento;
· Prematuro? - Considerar um bebê prematuro se nasceu antes de completar 37 semanas de idade gestacional;
· Gemelar? Se sim, informar se a criança da qual se está coletando a amostra foi a 1ª, 2ª ou 3ª gemelar. Caso não seja gemelar, assinalar – não;
· Transfusão? Se a criança tiver sido transfundida, ou seja, recebeu sangue, assinalar "sim" e informar a data da última transfusão. Caso contrário, assinalar "não”;
· Posto de coleta - informar em que posto está sendo realizada coleta - é para este posto que será encaminhado resultado, informando ainda cidade e telefone do posto de coleta; 
· Preencher com os dados completos do endereço materno, caso precise busca ativa na Unidade de Saúde do bairro;
· Nome do responsável pela coleta;
· Assinatura do responsável pela criança, no caso, quem fez a coleta.
3º Não tocar com os dedos a superfície do papel-filtro na região dos círculos. Qualquer pressão poderá comprimir o papel-filtro, que irá absorver menor quantidade de sangue e comprometer os resultados dos testes;
 4º Ao punção deve ser feita com lanceta no calcâneo,5ºA punção deve ser no centro do calcanhar como mostra as figuras abaixo.
 6º Fazer a assepsia com álcool a 70% do local a ser puncionado e secar completamente. 
 7º Fazer uma leve compressão, seguida por uma descompressão no local puncionado -para aumentar a circulação sanguínea e obter uma boa gota de sangue. 
 8º Aplique o sangue na área demarcada do papel filtro, sendo importante colocar somente de um lado. 
 9ºApós preencher o primeiro círculo, repetir o procedimento com todos os outros círculos. 
 10º O sangue deve atingir obrigatoriamente o verso do papel filtro para que seja possível a análise da amostra;
Figura 1 - Locais de punção no calcâneo;
Fonte: Brasil, 2023.
11º Após preenchimento dos círculos do papel filtro, retirar as luvas e higienizar as mãos; 
12º Fazer verificação imediata da qualidade da amostra coletada, é necessário que o sangue tenha atravessado o papel filtro (os dois lados), conforme figura 2;
Figura 2, exemplos de amostras.
Fonte: Brasil, 2023.
13º Registrar no cartão a hora e data da coleta do teste do pezinho, destacar o canhoto devidamente completo, anexá-lo (grampeá-lo) na carteirinha de vacinação da Criança no verso da capa e registrar a data da coleta na página de triagem neonatal; 
14º O cartão filtro, devidamente completo e preenchido, deve ser armazenado no setor em temperatura ambiente e longe de umidade; 
15º O tempo de secagem do cartão de coleta é de aproximadamente uma hora. Não há necessidade de enviar os cartões de coleta protegidos por papel alumínio ou papel toalha. 
16ºSe a amostra não for enviada no mesmo para o Lacen no mesmo dia, pode ser armazenada na geladeira para envio no dia seguinte.
17º Amostras com mais de 30 dias de coletadas ou insuficientes para a realização do exame, são canceladas e são solicitadas uma nova amostra; 
18º No dia do envio, realizar eletronicamente o registro nominal de todas as coletas que serão enviadas a Central de Exames no ofício disponível na pasta respectiva do setor; 
19º Imprimir duas cópias, assinar e carimbar, salvar o oficio na pasta referida acima como “teste do pezinho + próximo numeral” da lista; 
20º Anexar as duas copias do ofício assinadas juntamente com os cartões filtro das coletas mencionadas dentro de um envelope identificado como “Laboratorio de analises clinicas de Itapipoca”; 
21º Comunicar o serviço de transporte de exame/ motorista.
22º É Necessário o livro de protocolo que é assinado pelo motorista que entregou os testes no Lacen para segurança que os testes foram entregues.
4.Historico de Revisão
	Versão
	Data
	Descrição da Alteração
	01
	16/11/2023
	Elaboração do POP
	Elaboração
Ana Carolina de Sousa Rios
	Data: 16/11/2023
	Validação
Dra. Andréia Anne Teixeira de Oliveira - Farmacêutica
	
	Aprovação
Dr. Francisco Almeida Rocha
Farmacêutico e responsável Tecnico.
	
9. DESCRIÇÃO DOS CASOS CLÍNICOS
CASO CLÍNICO 1
Homem, 43 anos, pardo, casado, 2 filhos, auxiliar de obra, é atendido em UBS, alegando estar com tosse produtiva com expectoração amarelada há 3 meses, há 2 semanas com rajadas de sangue. Refere hiporexia, perda ponderal de aproximadamente 7kg nos últimos meses. Tem sudorese profusa à noite e no final da tarde sente piora da astenia e fraqueza.
Paciente é tabagista desde os 13 anos, em média 10 cigarros por dia. Etilista com alto consumo de bebida destilada. Nega uso de drogas ilícitas. Sedentário. Ingesta elevada de produtos ultra processados e industrializados.
OBS: no sistema consta algumas informações anotadas pela Agente Comunitária de Saúde (ACS)
Paciente: homem, 43 anos, etilista, tabagista, não trabalha atualmente (afastado pelo INSS), tem tosse produtiva, perda ponderal 7kg e dispneia. Peso atual 55kg.
Esposa: mulher, 40 anos, ex tabagista há 20 anos, hipertensa, trabalha como cuidadora de crianças em creche do bairro. Nega sintomas respiratórios.
Filha: mulher, 19 anos, diabetes tipo 1 desde os 5 anos, tabagista, estudante. Nega sintomas respiratórios.
Filho: homem, 23 anos, sem comorbidades, já foi detido algumas vezes por porte de cocaína, nega ser usuário, desempregado, faz alguns “bicos”. É tabagista e etilista. Sem sintomas respiratórios. 
Sogra: mulher, 70 anos, tabagista, tem enfisema pulmonar e insuficiência renal crônica e realiza hemodiálise 3x/sem, apresenta tosse seca há 4 meses, não sabe dizer sobre perda ponderal, nega febre, tem mialgia diária. Tem fadiga e adinamia há vários meses, mas atribui ao fato de realizar hemodiálise. 
Pela história clínica do paciente 
· A médica da UBS considerou o paciente como sintomático respiratório e pediu exame para tuberculose.
Perguntas
1. Qual exame solicitado pela médica da UBS? 
· Os exames solicitados pela medica são o Rx do tórax, a cultura, e a baciloscopia direta, exame realizado através da coleta de escarro do paciente para posterior identificação microscópica da bactéria mycrobacteriumtubercosis.
2. Quantas amostras são necessárias para análise no laboratório?
· Devem ser coletadas duas amostras de escarro em dias diferentes
3. Como é feita a coloração da amostra?
· Com a ajuda de uma haste de plástico o técnico devera confeccionar o esfregaço em uma lamina nova previamente identificada com as iniciais do paciente
· Em seguida com o auxilio de um bico de bunsen secar a lamina passando a parte oposta de amostra para fixação pelo calor em movimentos constantes por até 3 vezes
· Cobrir a lamina com fuscina concentradae deixar secar por 10 minutos na estante de laminas, após lavar com água corrente.
· Descorar com álcool acido, intercalando com lavagem na água corrente ate o esfregaço ficar com semblante esbranquiçado;
· Cobrir a lamina com azul de metileno por 1 minuto,após lavar com água corrente e secar a lamina naturalmente.
4. Quantas amostras são enviadas para o LACEN? E quais exames são feitos?
· Uma amostra e enviada para o LACEN,os exames a serem realizados serão a baciloscopia direta do escarro e a cultura, também deve ser realizado o antibiograma para identificar a resistência e sensibilidade do patogeno aos antibióticos.
5. O que é analisado na baciloscopia de escarro para confirmação de tuberculose?
· Na basciloscopia de escarro é analisado a presença do bacilo Koch, com uma amostra de 5ml de escarro e necessário que o analista examine pelo menos 100 campos para confirmação na lamina, caso seja encontrado de 1 a 9 BAAR em 100 campos relata-se a quantidade encontrada de BAAR por campo, caso seja encontrado de 10 a 99 BAAR em 100 campos define como positivo (+), de 1 a 10 BAAR por campo em 50 campos observados positivo(++), em media de mais de 10 BAAR por campo em 20 campos observados positivo (+++). 
6. Com a confirmação do caso de Tuberculose cite duas obrigações a serem realizadas logo na primeira consulta?
· O medico responsável devera notificar o caso para o setor epidemiológico do município e explicar ao paciente a importância do tratamento.
7. Deve ser pedido mais algum exame para esse paciente? Qual?
· O medicodevera pedir ao paciente exames complementares como hemograma e teste de HIV, e um hepatograma, pois o tratamento contra TB incluem medicamentos hepatotóxicos.
8. Qual a duração e o tratamento para o paciente em questão? 
· O paciente devera fazer o uso de Rifampicina 150MG, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg, a dose de ataque(primeiros 2 meses) para esse paciente será de 4 comprimidos de RHZE, na dose de manutenção (4 meses) será administrado 4 comprimidos de RH. O tratamento do paciente será inicialmente de 6 meses dependendo dos exames realizados,com a persistência da patologia o tratamento podeser prolongado por mais 3 meses seguido de novos exames.
9. Quais familiares devem ser chamados a UBS para avaliação?
· Todos os contatos devem comparecer a unidade de saúde para serem avaliados, pois apresentam comorbidades e hábitos de vida não saudáveis e uma eventual infecção pode acarretar sérios riscos a a saúde.
10. Existe algum familiar considerado sintomático respiratório? Por quê? Como deve ser a investigaçãodo caso? 
· Somente a sogra se queixa de sintomas semelhantes aos acometidos pelo infectado, como tosse persistente, mialgia e fadiga, a investigação deve ser baseada na realização dos exames de Rx do torax,a cultura e a basciloscopia direta.
11. Algum familiar necessita realizar exame de Prova Tuberculínica (PPD)? Quem? Por quê? 
· A esposa e os dois filhos deverão realizar o PPD, para saber se já tiveram contato com o bacilo do koch, para que seja realizado o tratamento de ILTB. 
12. Como deve ser o seguimento do paciente com tuberculose? Cite duas orientações especificas sobre os hábitos de vida a ser dada ao paciente? 
· O paciente em questão deve parar de beber pois a bebida interfere no tratamento, e fumar, para melhora rápida de sua saúde também deve se tratar em ambiente arejado e ter uma alimentação saudável, também deve se indicar exercícios físicos.
13. Como deve ser o acompanhamento laboratorial desse paciente?
· O paciente devera comparecer ao laboratório de 30 em 30 dias onde será realizado o exame de escarro para fazer o controle baciloscopico pois durante o tratamento o bacilo devera estar fragmentado, se os bacilos continuam íntegros significa que o tratamento não esta tendo sucesso.
14. Em caso de abandono do tratamento, qual procedimento? 
· O paciente devera obrigatoriamente recomeçar o tratamento.
CASO CLÍNICO 2.
Mulher, 72 anos, branca, casada, chega a UBS acompanhada do filho. Filho relata ter percebido uma infecção no pé esquerdo da mãe recentemente. Paciente informa não ter percebido que machucou o pé, “não senti quando machuquei”, só foi notada a lesão após verem secreção purulenta sujando o chão. Médica examina membro inferior esquerdo da paciente, onde se encontra relata à médica que mãe tem reclamado de formigamento nos braços e pernas, mas associava a má circulação.
O filho também foi examinado, pois informou ter percebido uma pequena mancha nas proximidades do tornozelo, achou ter sido reação à picada de algum inseto, mas a mancha não sumia, dias passaram e a mancha de cor rosada não desapareceu. Ao tocar, percebeu que a sensibilidade no local não estava 100%
OBS: no sistema constam algumas informações anotadas pela Agente Comunitária de Saúde (ACS)
Paciente: mulher, 72 anos, branca, casada, 49 kg, um filho que mora com ela, casa própria, aposentada, sem comorbidades.
Esposo: homem, 80 anos, pardo, casado, 82 kg, diabético e hipertenso.
Filho: homem, 29 anos, pardo, solteiro, 72 kg, mora com os pais, trabalha como caixa em um supermercado, sem comorbidades.
Pela história clínica da paciente:
 A médica da UBS considerou o histórico dos pacientes e a evolução das lesões, epidemiologia e exames físicos, mesmo ciente que os achados clínicos seriam suficientes para um diagnóstico, solicitou exames subsidiários.
Perguntas:
1. Como é feita a coleta da (s) amostra (s)? Quais as áreas obrigatórias de coleta e sua seqüência?
· Em pacientes com lesões cutâneas visíveis ou áreas com alteração de sensibilidade, a coleta deverá ser feita em lóbulo auricular direito (LD), lóbulo auricular esquerdo (LE), cotovelo direito (CD) cotovelo esquerdo (CE) e lesão (L), as lesões planas, coletar no limite interno. Nos nódulos, tubérculos e placas eritematosas marginadas por microtubérculos, coletar no centro.
Para realização da coleta, é necessário seguir alguns passos:
· Acomodar o paciente confortavelmente.
· Explicar o procedimento que será realizado. No caso de criança explicar também para a pessoa responsável.
· Observar indicações dos sítios de coleta na solicitação médica.
· Manusear a lâmina pelas bordas evitando colocar os dedos no local onde a amostra será distribuída.
· Identificar a lâmina com as iniciais do nome do paciente, o número de registro da unidade e data da coleta.
· No momento de cada coleta fazer antissepsia com álcool a 70ºGL ou 70%, dos sítios indicados na solicitação médica.
· Com o auxílio da pinça Kelly, fazer uma prega no sítio de coleta, pressionando a pele o suficiente para obter a isquemia, evitando o sangramento. Manter a pressão até o final da coleta tomando o cuidado de não travar a pinça
· Fazer um corte na pele de aproximadamente 5mm de extensão por 3mm de profundidade. Colocar o lado não cortante da lâmina do bisturi em ângulo reto em relação ao corte e realizar o raspado intradérmico das bordas e do fundo da incisão, retirando quantidade suficiente e visível do material. Se fluir sangue no momento do procedimento (o que não deverá acontecer se a compressão da pele estiver adequada) enxugar com algodão.
· Desfazer a pressão e distribuir o material coletado na lâmina, fazendo movimentos circulares do centro para a borda numa área aproximadamente de 5 – 7mm de diâmetro, mantendo uma camada fina e uniforme.
· O primeiro esfregaço deverá ser colocado na extremidade mais próxima da identificação do paciente (parte fosca), e o segundo próximo ao primeiro observando uma distância, de pelo menos 0,5cm entre cada amostra e assim sucessivamente. Os esfregaços devem estar no mesmo lado da parte fosca da lâmina.
· Entre um sítio e outro de coleta, limpar a lâmina do bisturi e a pinça utilizada com algodão ou gaze embebido em álcool 70°GL ou 70%, para que não ocorra a contaminação entre eles.
· Fazer curativo compressivo e nunca liberar o paciente se estiver sangrando.
· Para fixar a amostra: com o esfregaço voltado para cima, passar rapidamente por três vezes sobre a chama de Bunsen.
	
2. Qual a classificação da doença nessa situação?
· Verificando que a paciente apresenta apenas uma lesão caracteriza-se em hanseníase paucibacilar (HP). E como não sabemos o resultado da lâmina, se há presença ou ausência de bacilo, não podemos afirmar se ela continua paucibacilar ou multibacilar.
3. Qual conduta a médica deve proceder nessa situação?
· Após a confirmação do diagnóstico, a médica preenche a notificação através da Ficha de Notificação/Investigação de Hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e encaminha para o setor de epidemiologia para ser lançado no sistema.
É realizado busca ativa (Investigação de contatos que convivem ou residem de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase). Fazer o tratamento da lesão da paciente e encaminhar para o tratamento da hanseníase.
4. Qual a duração e tratamento em questão?
· Em paciente com classificação paucibacilar, no caso paciente e filho, segue o seguinte tratamento com duração de 6 meses:
Dose mensal supervisionada – Rifampicina 600mg (2 cápsulas de 300mg), Clofazimina 300mg (3 cápsulas de 100mg) e Dapsona 100mg.
Dose diária auto-administrado – Clofazimina 50mg diariamente, Dapsona 100mg diariamente.
A regreação das bordas da lesão dermatológica pode levar até um ano para ocorre, à partir do início do tratamento, com isso consequentemente o paciente deixa de transmitir a doença.
5. Qual acompanhamento clinico e laboratorial deve ser seguir?
· O tratamento da hanseníase deve ser continuamente monitorado. Durante a tratamento, a administração mensal da dose supervisionada constitui-se em uma estratégia essencial para atestar a adesão ao tratamento e acompanhar as queixas do paciente, especialmente aquelas ligadas aos eventos adversos aos medicamentos, à ocorrência de reações hansênicas e ao comprometimento da função neural. Nesse sentido, a avaliação Neurológica Simplificada deve ser realizada no momento do diagnóstico, a cada três meses durante a PQT-U e na última dose supervisionada.
No momento da alta por cura, os indivíduos acometidos pela hanseníase devem ser informados sobre a manutenção do risco de episódios reacionais. 
Nesse sentido, devem ser orientados a retornar à unidade de saúde diante de qualquer dessas intercorrências, ou quando tiverem qualquer dúvida sobre a sua evolução no período pós-alta. Os pacientes que recebem alta por cura na vigência de episódios reacionais devem continuar sendo regulamente agendados para consultas na Unidade Básica de Saúde (UBS), o que pode acontecer por períodos longos, estimados em até cinco anos após o tratamentocom PQT-U. As comorbidades associadas, especialmente àquelas ligadas à persistência dos estados reacionais, devem continuar sendo monitoradas no período de seguimento. Quando, após a PQT-U, houver persistência de lesões dermatológicas que cheguem a suscitar dúvidas sobre a resposta terapêutica, a resistência medicamentosa deve ser investigada. Nessa situação, os pacientes podem manter o acompanhamento clínico na unidade de saúde trimestral, embora saiam do registro ativo e mantenham-se sem antibioticoterapia.
6. Qual procedimento a ser tomado com pessoas que tiveram contato com a paciente?
· Recomenda-se ofertar imunoprofilaxia aos contatos de pacientes com hanseníase, não vacinados ou que receberam apenas uma dose da vacina BCG. A comprovação da vacinação prévia deve ser feita por meio do cartão de vacina ou da presença de cicatriz vacinal. Esses pacientes necessitam ser orientados para o automonitoramento e encorajados a realizar o relato voluntário imediato de sinais sugestivos de atividade dadoença. Os contatos diagnosticados com hanseníase devem ser encaminhados para iniciar a PQT-U.
CASO CLÍNICO 3
Homem, 29 anos, branco, solteiro, sem filhos, procura a UBS, alegando estar com tosse, fadiga e dispneia há 05 semanas. O pacienterelata tosse produtiva e emagrecimento de 15 kg em três meses, com eventuais episódios de febre vespertina. Ele sabe que é portador do vírus HIV há cinco anos e não utiliza antirretrovirais. 
OBS: no sistema consta algumas informações anotadas pela Agente Comunitária de Saúde (ACS)
Paciente: homem, 29 anos, branco, 49 kg, soropositivo, trabalha em uma fábrica de produção de tênis, mora sozinho, cria um gato, não costuma ir a UBS para consultas.
Pela história clínica do paciente 
A médica da UBS considerou o paciente como sintomático e pediu exame para tuberculose.
Perguntas:
1. Qual exame solicitado pela médica da UBS? 
· Cultura, Baciloscopia e Raio X.
2. Com a confirmação do caso de Tuberculose cite duas obrigações a serem realizadas logo na primeira consulta? 
· Fazer a notificação para epidemiologia, solicitar o afastamento do trabalho e fazer a busca ativa das pessoas que tiveram contato com o paciente.
3. Deve ser pedido mais algum exame para esse paciente? Qual? 
· Exames de sangue (hemograma completo), fezes, urina, testes para hepatites B e C, sífilis, dosagem de açúcar e gordura (glicemia, colesterol e triglicerídeos), avaliação do funcionamento do fígado e rins, além dos testes de contagem dos linfócitos T CD4+ e o de carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue).
4. Qual a duração e o tratamento para o paciente em questão? 
· Esquema para esse paciente éR – Rifampicicina; H – Isoniazida; Z – Pirazinamina; E – Etambutol. 150/75/400/275 mg (comprimidos em doses fixas combinadas). 3 comprimidos ao dia.
5. Alguém necessita realizar exame de Prova Tuberculínica (PPD)? Quem? Por quê? 
· Sim, pessoas que tiveram contato com o paciente.
6. Como deve ser o seguimento do paciente com tuberculose? Cite duas orientações “ESPECIFICAS” sobre os hábitos de vida a ser dada ao paciente? 
· Pedir afastamento do trabalho, iniciar o tratamento do HIV e tuberculose.
7. Como deve ser o acompanhamento laboratorial desse paciente?
· Fazer a Baciloscopia mensalmente até os 6 meses (se positivo) continuar com o tratamento.
8. Fora o acompanhamento clinico para tuberculose (se positivo), esse paciente deve ser tratado por alguma outra comorbidade? Qual? E por qual motivo?
· O paciente é soro positivo e nunca fez tratamento, o indicado é que inicie o tratamento com urgência.
10.CONCLUSÃO 
 Durante esses meses de estágio no Laboratório da prefeitura na cidade de Itapipoca-CE, foram muitos os conhecimentos práticos que nos foram facultados.  
O estágio no laboratório da prefeitura de Itapipoca teve a duração de 230h, início no dia 04 de Outubro de 2023 e prolongou-se até ao fim de novembro. Durante esses dias de estágio integramos a rotina de funcionamento das áreas de Hematologia, microbiologia e imunologia.
A equipe que realizou este trabalho ficou com a responsabilidade de tratar de uma das patologias estudados no laboratório, e também uma das mais infecciosas da atualidade tendo em vista sua disseminação no cenário mundial, que é a tuberculose, com isso pudemos compreender como é grande a necessidade da vigilância epidemiológica e do tratamento correto nessa e em outras endemias.
Nesses meses de estágio, as experiências adquiridas foram muito gratificantes e muito enriquecedoras, a partir da qual tivemos a oportunidade de perceber de perto a realidade de algumas situações e dificuldades que por vezes na teoria não são discutidas.  Percebemos que com a evolução de tecnologias há procura constante de novas técnicas mais precisas e exatas, apostando sempre em resultados de máxima qualidade.  
Com isso, é importante destacar a capacitação dos profissionais na área, no aprendizado de novas metodologias e técnicas cada vez mais precisas. 
O estágio nos proporcionou ver na prática os conhecimentos adquiridos em sala e uma visão melhor sobre o trabalho de um laboratório e confirmar como as análises clínicas é uma área fascinante onde tanto se pode aprender e tanto conhecimento se pode aplicar.
BIBLIOGRAFIA
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BERTOLLI FILHO, C. História social da tuberculose e do tuberculoso: 1900-1950 [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2001. 
BRASIL, Resolução RDC nº 306 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 
BRASIL, RESOLUÇÃO CFF Nº 572/2013, RESOLUÇÃO CFF Nº 296/1996, CFF (https://bit.ly/3qR9zDE e https://bit.ly/3wdmJf6), RDC nº 302/2005
CARDOSO. S. Contribuição para o estudo dos custos unitários das análises laboratoriais e sua comparação com os preços estabelecidos pelo sistema único de saúde – SUS em um laboratório hospitalar em 2001. 171 f. Dissertação (Mestrado Ciências Farmacêuticas) Universidade de São Paulo – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, 2003.
COSTA, K. S. et al. Avanços e desafios da assistência farmacêutica na atenção primária no Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde	Pública, São Paulo, v.51, supl. 2, 3s, 2017 a. Disponível em: http://dx.doi.org/10. 11606/s1518-8787.2017051007146. Acesso em: 15 de Setembro 2022
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Oswaldo Cruz; Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.2006. História das Análises Clínicas. Disponível em: Acesso em: 19 de setembro de 2023
QUEIROZ, Benedito Vicente Machado Furtado de. Exame de urina: uma revisão. 2016. 34 fl. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Bacharelado em Farmácia, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Cuité – Paraíba – Brasil, 2016.
SANTOS.Julio Cesar dos Santos. Entrevista concedida a José Robson g.alves. Itapipoca-ce 19 out 2023.
SILVA, N. O exercício das análises clínicas na prática farmacêutica e a segurança do paciente: uma revisão narrativa. 2021.
9.ANEXOS:
Fig.1
Posto de saúde da boa vista (fonte:historiadorJulio Cesar cordeiro)
Fig.2
Entrada do laboratório de analisesclinica de Itapipoca (fonte: autor)
Fig. 3
Tipagem sanguínea (fonte: autor)
Fig. 4 Fig.5
 Área técnica (fonte: autor)
 Sala de coleta sanguínea (fonte:autor)Fig.6
LACEM(fonte:autor)
Fig.7
Teste rápido de urina (fonte: site tua saúde)
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