Introdução trabalho

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Introdução
A distinção funcional da via ventral e dorsal é uma ideia bastante consolidada no campo da neuropsicologia, contudo, visando um estudo mais detalhado destas vias, tem se vindo a realizar investigação, recorrendo a pacientes neurológicos que sugere que a perceção visual do tamanho e forma de um objeto está dependente de caminhos visuais no córtex cerebral, separados daqueles que medeiam o uso das características desse objeto no controlo da preensão. 
Constituindo-se, este tema como alvo de diversas propostas trazidas a cabo por Goodale e Milner, é de mencionar os pacientes RV-portador de lesões bilaterais no córtex occipitoparietal que o impossibilitavam de pegar corretamente nos objetos; e o paciente DF-detentor de lesões bilaterais na região ventrolateral occipital, sendo por isso incapaz de discriminar visualmente, objetos, uma vez que os resultados obtidos através do estudo destes pacientes sustentam a crença de que existe uma distinção funcional e neuronal entre os mecanismos visuais que intervêm na perceção dos objetos e os mecanismos que controlam a capacidade de ação dirigida a esses objetos. Uma das suas propostas declarava que a percepção visual está dependente das projeções cortico- corticais que partem do córtex visual primário para o córtex inferior temporal , da via ventral enquanto que o controlo visual das ações motoras provém da via dorsal, desde o córtex visual primário até córtex parietal posterior. 
A via ventral ocupa-se das características do objeto e das suas relações, uteis no reconhecimento de objetos. A via dorsal recorre às coordenadas do objeto, mediando o controlo visual das capacidades motoras. Aspetos como o tamanho, orientação e forma do objeto são relevantes para o movimento de preensão. 
De acordo com estes investigadores ambas as vias processam informação sobre as características do objeto, bem como a relação espacial das mesmas, contudo, cada via utiliza essa informação de formas desiguais.