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AULA 03 Tema: Capacidade para o casamento Impedimentos e causas suspensivas do Casamento D I R E I T O C I V I L I V - F A M Í L I A INCAPACIDADE X IMPEDIMENTO • Não confundir: Na incapacidade falta APTIDÃO, no impedimento falta LEGITIMAÇÃO. • A incapacidade significa a inaptidão do indivíduo para casar com quem quer que seja, como sucede no caso do menor de 16 anos, da pessoa privada do necessário discernimento e da já casada. • O impedimento se funda na ideia de falta de legitimação, trazida da seara do direito processual para o direito civil. O nubente possui aptidão para o casamento, só não se permite constituir o vinculo matrimonial com determinada pessoa. • Pelo Código Civil, os menores de 16 anos são absolutamente incapazes para o ato da vida civil. No entanto, para o casamento, o mesmo código estipula a idade núbil em 16 anos, desde que haja autorização dos pais. Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. CAPACIDADE PARA O CASAMENTO CODIGO CIVIL Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização. Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código. IDADE NUBIL Alteração recente Lei 13.811/2019 DENEGAÇÃO INJUSTA Suprimento Judicial • O Código não especifica os casos em que a denegação do consentimento deve ser considerada injusta. A matéria está entregue, pois, ao prudente critério do juiz, que verificará se a recusa paterna se funda em mero capricho ou em razões plausíveis e justificadas. Evidentemente, não são aceitas razões fundadas em preconceito racial ou religioso, no ciúme despropositado ou em outra razão menos nobre. DENEGAÇÃO INJUSTA • Considera-se denegação injusta o abuso dos pais em negar permissão sem justificativa válida. O código não traz o que se classificaria injusto, cabendo a análise ao critério do juiz. • Em caso de não autorização injusta dos pais, o juiz pode suprir o consentimento, por sentença, proferida em procedimento de jurisdição voluntária. O pedido pode ser provocado pelo Ministério Público, pelo próprio nubente ou pelo outro nubente interessado. • Para tanto, o juiz deve analisar com cautela, sempre visando proteger o adolescente, somente autorizando o casamento se houver visível abuso de direitos pelos responsáveis. Se for deferido o pedido de suprimento de consentimento, será expedido alvará autorizando a celebração do casamento. • Havendo esse suprimento, o casamento será submetido ao regime de separação de bens (art. 1.641, II, do CC), para proteger o patrimônio do menor, que, ao atingir a maioridade, pode, com a anuência de seu conjuge, pleitear a mudança do regime (art. 1.639, §2º, do CC). ALGUMAS SITUAÇÕES QUE A DOUTRINA APONTA COMO MOTIVO JUSTO E FUNDADO. • Reputam-se justos e fundados, segundo os autores (GONÇALVES, et all, 2023), os seguintes motivos: a) existência de impedimento legal; b) grave risco à saúde do menor; c) costumes desregrados, como embriaguez habitual e paixão imoderada pelo jogo; d) falta de recursos para sustentar a família; e) total recusa ou incapacidade para o trabalho; f) maus antecedentes criminais, tais como condenação em crime grave (p. ex., estupro, roubo, estelionato etc.). E outros... Sendo impossível discriminar todas as possíveis hipóteses, sendo, pois, inesgotáveis e submetidas ao critério do juiz. Alteração do artigo 1.520 do Código Civil • Proclamava o art. 1.520 do Código Civil que, “excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez”. • A Lei 13.811, de 2019 veio para suprimir as exceções legais permissivas do casamento infantil, e deu nova redação ao art. 1.520 do Código Civil. Agora, com a nova redação, não mais se permitem tais exceções, instituindo que não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil. • O Código penal já havia também sofrido alteração em 2005 com a Lei n. 11.106 que revogou, além de outros dispositivos, o inciso VII do art. 107 do Código Penal. Em consequência, o casamento deixou de evitar a imposição ou o cumprimento de pena criminal, nos crimes contra os costumes de ação penal pública. 1. É obrigatório a autorização de ambos os genitores. 2. Na falta ou impedimento de um deles, o outro responde com exclusividade. (art. 1.631, CC). 3. Se um dos genitores não anuir, é possível o suprimento pelo juiz (art. 1.519, CC). 4. Mesmo consentindo, os pais podem revogar o consentimento até a celebração. 5. O casamento torna o menor capaz para os atos da vida civil (emancipação judicial); AUTORIZAÇÃO DO CASAMENTO EM IDADE NUBIL DENEGAÇÃO INJUSTA NOVO MOTIVO POSTERIOR IMPEDIMENTOS PARENTESCO PARENTES EM LINHA RETA (art. 1.591). - PAI E FILHO são parentes em linha reta em primeiro grau. - AVÔ E NETO são parentes em segundo grau. -BISAVÔ E BISNETO são parentes em terceiro grau. PARENTES COLATERAIS OU TRANSVERSAIS (art. 1.592). -IRMÃOS são colaterais em segundo grau. -TIOS E SOBRINHOS são colaterais em terceiro grau. -PRIMOS em quarto grau. - Obs.: Não há parentesco colateral em primeiro grau. IMPEDIMENTOS • EXISTÊNCIA E VALIDADE: Para que o casamento tenha existência jurídica, é necessária a presença dos elementos denominados essenciais: consentimento e celebração na forma da lei. Para que seja válido e regular, deve preencher outras condições. • A ideia básica é que o casamento exige requisitos especiais distintos dos pressupostos necessários dos atos comuns da vida civil. • Para que os indivíduos tenham essa capacidade especial é mister que reúnam as condições impostas pela lei, que costumam apresentar-se sob a forma negativa e são designadas como impedimentos. • Circunstâncias ou situações de fato ou de direito, expressamente especificados em lei, que vedam a realização do casamento. • Objetivo: Evitar uniões que possam, de algum modo, ameaçar a ordem pública. • Gera: nulidade do ato. • Art. 1521, CC. IMPEDIMENTOS IMPEDIMENTOS Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. • Eugenia (“pureza da raça”); • Moral familiar; • Monogamia; • Uniões que tenham raízes no crime. • DISTRIBUEM-SE EM TRÊS CATEGORIAS ❖1.PARENTESCO; ❖2. CASAMENTO ANTERIOR ❖3. CRIME O que visa proteger PARENTESCO PRIMEIRA CATEGORIA •1.1 Consanguinidade •1.2 Afinidade •1.3 Adoção 1. IMPEDIMENTOS RESULTANTES DO PARENTESCO • Proibição de casamento ascendentes e descendentes em linhas reta (sem limite de grau); • O Código Civil não admite incesto; • Pode provocar o nascimento de filhos defeituosos (natureza eugênica); ❖Importante! Paracaracterização do impedimento não importa se trata de descendente havido do matrimônio ou não. (vide: art. 1593, CC). 1.1 CONSANGUINIDADE • Parentesco por afinidade é o que liga um cônjuge ou um companheiro aos parentes do outro (art. 1595, CC). Resulta, pois, do casamento ou da união estável. • Proibição em linha reta; • Em linha colateral, não há empecilho; • A afinidade em linha reta não se extingue com a dissolução do casamento que a originou (CC, art. 1595 §2º). ATENÇÃO! O CC/02 incluiu o companheiro no rol dos parentes por afinidade (art. 1.595, caput). 1.2 AFINIDADE • Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade. • § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. • § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. CÓDIGO CIVIL LINHA RETA LINHA COLATERAL • Proibição de ordem moral; • Funda-se no respeito e confiança do reino familiar; • Vide: art. 1521, III e V; • A adoção é concedida por sentença constitutiva, sendo, portanto, irretratável. O impedimento, em consequência, é perpétuo. 1.3 ADOÇÃO AFINIDADE EM LINHA RETA PARENTESCO ENTRE IRMÃOS Art. 1.521. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. AFINIDADE EM LINHA RETA PARENTESCO ENTRE IRMÃOS CASAMENTO ANTERIOR SEGUNDA CATEGORIA • Vide: art. 1.521, VI. • Pessoas casadas; • Vínculo atual e válido; • Não decorre da pessoa já TER SIDO casada, mas por SER casada. • Casamento religioso sem efeito (registro) civil? - Esfera jurídica inexistente. Art. 1.521. Não podem casar: (...) VI - as pessoas casadas; 2. CASAMENTO ANTERIOR CRIME TERCEIRA CATEGORIA • Ordem moral; • Exige-se condenação; Obs: se ocorreu a absolvição ou o crime prescreveu, extinguindo- se a punibilidade, não se configura o impedimento. • A restrição não alcança somente o autor do homicídio, como também o mandante ou autor intelectual, desde que condenado; Art. 1.521. Não podem casar: (...) VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. 3. Decorrente de crime • As causas de impedimento para o casamento também abrange o impedimento para a união estável. • Vide: art. 1723 §1º, CC. IMPORTANTE SUSPENSÃO SUSPENSÃO Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex- cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. • São determinadas circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento, se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas. • OBJETIVO: Proteger interesse de terceiros (filhos, ex-cônjuges, tutelado e curatelado). -Podem deixar de ser aplicados pelo juiz, quando provada a inexistência de prejuízo a essas pessoas – art. 1523 §único. • Efeitos: Não provoca a anulabilidade ou nulidade. O casamento é considerado irregular, sendo obrigatório o regime de separação de bens (art. 1.641, I CC). CAUSAS SUSPENSIVAS – ART. 1.523, CC 1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIOS; 2. CONFUSÃO DE SANGUE (turbatio sanguinis); 3. DIVÓRCIO; 4. TUTELA E CURATELA; O QUE VISA EVITAR/PROTEGER • VIDE: Art. 1523, I. Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; • Partilha: definem-se os bens que comporão o quinhão dos filhos do casamento anterior, evitando a referida confusão. • Sanção: regime de separação de bens (art. 1641, I CC) + Hipoteca legal em favor dos filhos (art. 1.489, II, CC). • Inventário iniciado: supre? - Não. A lei exige partilha julgada por sentença. 1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIO • Vide: 1523, II, CC. Art. 1.523. Não devem casar: (...) II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; • Objetivo: evitar dúvidas sobre a paternidade (turbatio sanguinis); • Vide: presunção da paternidade art. 1597, I e II, CC. - Do falecido: nascesse até 300 dias do óbito ou sentença anulatória/nulidade do casamento; - Do segundo marido: nascesse até 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; 2. CONFUSÃO DE SANGUE • Vide art. 1523, III, CC. Art. 1.523. Não devem casar: (...) III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; • Também tem o objetivo de evitar a confusão de patrimônio entre a antiga e a nova sociedade conjugal; • Não há óbice ao divórcio sem a prévia partilha de bens (art. 1581, CC), mas a causa suspensiva para contrair novo matrimônio se instala; • O divórcio consensual e a extinção da união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes, pode ser feita por escritura pública, com a partilha dos bens comuns (733, CPC). 3. DIVÓRCIO • VIDE: art. 1523, IV, CC. Art. 1.523. Não devem casar: (...) IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. • Destinada a afastar a coação moral que possa ser exercida por pessoa que tem ascendência e autoridade sobre o ânimo do incapaz. • Tutor: incapaz menor | Curador: incapaz maior • Finalidade: proteção do patrimônio do incapaz. • Cessa a causa suspensiva com a extinção da tutela ou curatela e com a aprovação de contas pelo juízo competente. 4. TUTELA E CURATELA • IMPORTANTE - A lei não isenta de suspeição: estende aos ascendentes, descendentes, irmãos, cunhados e sobrinhos; - Não há proibição, apenas CONDIÇÃO. (contas sejam prestadas e aprovadas e eventual débito saldado. Não vale a quitação dada pelo próprio interessado, pois as contas se prestam em juízo). - Não é dado ao oficial de registro ou ao celebrante do casamento declarar de ofício a causa suspensiva. 4. TUTELA E CURATELA OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS E CAUSAS SUSPENSIVAS Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nomede quem a ofereceu. Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. Oposição de impedimentos/causas suspensivas É a comunicação escrita feita por pessoa legitimada, antes da celebração do casamento, ao oficial do registro civil perante quem se processa a habilitação, ou ao juiz que preside a solenidade, sobre a existência de um dos empecilhos mencionados na lei. PESSOAS LEGITIMADAS: Qualquer pessoa capaz, o juiz ou oficial de registro quando tiver conhecimento (de ofício). MOMENTO: Até o momento da celebração do casamento (art. 1522, CC). DECLARAÇÃO: pode ser de ofício pelo juiz ou oficial do cartório; EFEITO: Susta a realização do casamento até decisão final. Se o casamento se realizar, poderá ser decretada sua nulidade a qualquer tempo, por iniciativa de qualquer interessado ou Ministério Público (Art. 1549, CC). Oposição de impedimentos • Escrito e identificado (assinado); • Procedimento sumário complementado pelo art. 67 §5º da Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos); • Oposto os impedimentos, é comunicado aos nubentes e ofertado prazo para se manifestar e produzir provas contrárias; • Os autos são encaminhados ao Juízo com as provas já apresentadas (ou lugar de onde possam ser obtidas), o juiz designará audiência caso haja necessidade, e após oitiva dos interessados e do MP, o juiz decide no prazo de 5 dias. PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS Lei de Registros Públicos – L. 6.015/73 Art. 67. Na habilitação para o casamento, os interessados, apresentando os documentos exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do registro do distrito de residência de um dos nubentes, que lhes expeça certidão de que se acham habilitados para se casarem. (...) § 5º Se houver impedimento ou arguição de causa suspensiva, o oficial de registro dará ciência do fato aos nubentes, para que indiquem, em 24 (vinte e quatro) horas, prova que pretendam produzir, e remeterá os autos a juízo, e, produzidas as provas pelo oponente e pelos nubentes, no prazo de 3 (três) dias, com ciência do Ministério Público, e ouvidos os interessados e o órgão do Ministério Público em 5 (cinco) dias, decidirá o juiz em igual prazo. É a comunicação escrita feita por pessoa legitimada, que tratam de situações capazes de suspender a realização do casamento, quando tempestivas. PESSOAS LEGITIMADAS: Elencadas no art. 1524: Parentes em linha reta e colaterais até segundo grau (consanguineos e afins). MOMENTO: no curso do processo de avaliação (decurso do prazo de 15 dias – Edital de Proclamas). DECLARAÇÃO: pode deixar de ser aplicadas pelo juiz quando comprovada a inexistência de prejuízo (Art. 1.523 §único, CC) EFEITOS: não provocam nulidade/anulabilidade; Oposição de causas suspensivas • Escrito e identificado (assinado); • Prazo: 15 dias (edital de proclamas); • Oposto os impedimentos, é comunicado aos nubentes e ofertado prazo para se manifestar e produzir provas contrárias; • Inexistindo fato obstativo, o oficial de registro extrairá o certificado de habilitação. PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE CAUSAS SUSPENSIVAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil, volume 6: direito de família. 12. ed. ampliada e atualizada. São Paulo: Saraiva Educação, 2022. [BIBLIOTECA VIRTUAL] GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família. 20. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2023. [BIBLIOTECA VIRTUAL]. DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 11.ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016. CONTATO • VIA E-MAIL INSTITUCIONAL ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR Slide 1: AULA 03 Slide 2: INCAPACIDADE X IMPEDIMENTO Slide 3: CAPACIDADE PARA O CASAMENTO Slide 4: CODIGO CIVIL Slide 5: Suprimento Judicial Slide 6: DENEGAÇÃO INJUSTA Slide 7: ALGUMAS SITUAÇÕES QUE A DOUTRINA APONTA COMO MOTIVO JUSTO E FUNDADO. Slide 8: Alteração do artigo 1.520 do Código Civil Slide 9: AUTORIZAÇÃO DO CASAMENTO EM IDADE NUBIL Slide 10 Slide 11: PARENTESCO Slide 12: IMPEDIMENTOS Slide 13: IMPEDIMENTOS Slide 14: IMPEDIMENTOS Slide 15: O que visa proteger Slide 16: PRIMEIRA CATEGORIA Slide 17: 1. IMPEDIMENTOS RESULTANTES DO PARENTESCO Slide 18: 1.1 CONSANGUINIDADE Slide 19: 1.2 AFINIDADE Slide 20: CÓDIGO CIVIL Slide 21: 1.3 ADOÇÃO Slide 22 Slide 23: SEGUNDA CATEGORIA Slide 24: 2. CASAMENTO ANTERIOR Slide 25: TERCEIRA CATEGORIA Slide 26: 3. Decorrente de crime Slide 27: IMPORTANTE Slide 28 Slide 29: SUSPENSÃO Slide 30: CAUSAS SUSPENSIVAS – ART. 1.523, CC Slide 31: O QUE VISA EVITAR/PROTEGER Slide 32: 1. CONFUSÃO DE PATRIMÔNIO Slide 33: 2. CONFUSÃO DE SANGUE Slide 34: 3. DIVÓRCIO Slide 35: 4. TUTELA E CURATELA Slide 36: 4. TUTELA E CURATELA Slide 37 Slide 38: Oposição de impedimentos/causas suspensivas Slide 39: Oposição de impedimentos Slide 40: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS Slide 41: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS Slide 42: Oposição de causas suspensivas Slide 43: PROCEDIMENTO OPOSIÇÃO DE CAUSAS SUSPENSIVAS Slide 44: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Slide 45: CONTATO