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Curso
Apostila
Educação financeira pessoal
Banco de Brasília
Governador do Distrito Federal
Ibaneis Rocha
Secretário de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão
André Clemente Lara de Oliveira
Diretor-Executivo da Escola de Governo do Distrito Federal
Alex Costa Almeida 
Escola de Governo do Distrito Federal
Endereço: SGON Quadra 1 Área Especial 1 – Brasília/DF – CEP: 70.610-610
Telefones: (61) 3344-0074 / 3344-0063
www.egov.df.gov.br
1 
 
 
ENDIVIDAMENTO 
Por que as pessoas se endividam? 
Diante da maior facilidade de acesso ao crédito, muitos consumidores não resistem e 
acabam optando pelo financiamento de suas compras, sem o menor planejamento para o 
bom uso dos recursos. 
Justamente por essa falta de controle do orçamento, as pessoas acabam se atolando em dívidas. 
A seguir, tentamos identificar dez razões pelas quais o problema ocorre: 
1) Perda de renda sem ajuste nas despesas. 
Você já parou para pensar nisso? Quando o poder aquisitivo das pessoas aumenta, 
elas rapidamente tendem a aumentar seu padrão de gastos, ajustando-se à nova 
realidade de salário. Mas a contrapartida nem sempre é verdadeira, ou seja, o 
consumidor não ajusta seus gastos com a mesma rapidez diante de uma redução em 
sua renda! 
Acreditando que a situação seja temporária, muitas pessoas optam por equilibrar o 
orçamento por meio do levantamento de dívidas. Porém, o que deveria ser 
provisório, acaba tornando-se permanente, abrindo a porta para uma situação de 
desequilíbrio financeiro. 
2) De repente, você está desempregado! 
A perda do emprego pode ser vista como uma das causas para a redução da renda, 
discutida anteriormente. O maior problema aqui é subestimar o tempo e os custos 
associados à recolocação profissional, que podem, inclusive, acabar elevando padrões 
de gastos temporariamente. 
Nessa hora, é importante não se abalar emocionalmente e agir rápido. Por mais que 
cortar gastos seja a última coisa que passe pela sua mente, ela deve ser, na verdade, a 
primeira providência a tomar. 
Não se esqueça de que muitas empresas evitam contratar pessoas com nome “sujo”. 
A razão para isso é simples: a preocupação com o gerenciamento financeiro das suas 
contas acaba prejudicando o desempenho do profissional. 
3) Despesas médicas podem acabar com sua saúde. 
Não são poucos os casos de pessoas que acabam sofrendo problemas de saúde e, por 
isso, são forçadas a gastar com o tratamento ou a se ausentar do trabalho. Por este 
motivo, sobretudo no caso de profissionais liberais e autônomos, veem-se diante de 
dificuldades financeiras. 
Nesse caso, levantar um financiamento pode ser a única alternativa para fazer o 
tratamento de saúde ou para manter o pagamento das contas em dia e, assim, evitar a 
inadimplência. 
4) Divórcio: separação de bens, mas não de gastos. 
Mesmo que você não esteja casado, basta que se encontre em uma relação estável, para 
que possa ser envolvido pela realidade da divisão de bens e até mesmo pelo 
pagamento de pensão ao ex-cônjuge ou companheiro. 
2 
 
 
De repente, a pessoa passa de uma situação em que podia contar com a outra para 
dividir os gastos, para a realidade de não só ter que arcar com eles sozinha, mas ainda 
ter de partilhar parte de seu rendimento ou patrimônio. 
Isso sem falar, é claro, dos custos associados ao processo em si. Dependendo de como 
se deu a separação, além de gastar com advogado, é possível que surja a necessidade 
de outros tratamentos, para possíveis traumas psicológicos, por exemplo. 
5) Jogos e outros vícios. 
Ainda que o jogo seja ilegal no país, não há como negar sua existência. Infelizmente, 
muitas pessoas acabam viciadas, perdendo completamente o controle dos seus gastos. 
Em alguns casos, o jogo é apenas uma entre outras formas de vícios, que vão desde 
o consumo compulsivo até a dependência química. Os efeitos ao orçamento são ainda 
mais prejudiciais nesses casos. 
6) Gastando aquilo que não recebeu. 
Esse problema é mais comum do que se imagina e se resume a estimar ganhar uma 
quantia e gastar muito mais do que deveria, antes mesmo de receber qualquer dinheiro. 
Essa realidade engloba filhos que antecipam o recebimento de bens ainda em inventário 
ou profissionais que adiantam o recebimento de férias ou 13o salário. 
Em algumas situações, contudo, esses valores ficam abaixo do previsto, fazendo ser 
preciso levantar dívidas para arcar com os gastos antecipados. 
7) Incapacidade de administrar dinheiro. 
Poucas pessoas investem tempo na gestão do seu orçamento e sabem para onde vai seu 
dinheiro. Assim, a maioria acaba gastando mais do que pode. 
Sabendo disso, coloque no papel seus gastos e receitas e adote uma postura mais 
responsável com relação às suas decisões de consumo. Evite consumir por impulso. 
Você vai se surpreender ao verificar como é gratificante ter suas finanças equilibradas. 
8) Dificuldade de poupar. 
A maneira mais simples de evitar o endividamento é efetivamente poupar e formar uma 
reserva para situações de emergência. Apesar disso, a maior parte das pessoas, 
independentemente da faixa de renda, encontra dificuldades em estabelecer uma 
estratégia de poupança. É exatamente essa reserva que permite que você não se endivide, 
caso fique doente, perca o emprego ou venha a se separar. 
Lembre-se de que é mais fácil encontrar pessoas arrependidas de terem consumido por 
impulso do que reclamando por terem deixado de consumir para poupar. Não é preciso 
muito para começar: sempre é possível separar 5% do que você ganha para 
investimento. Basta adiar por algum tempo outro gasto menos essencial. É como 
reeducação alimentar: depois de algum tempo, você se acostuma com os novos hábitos 
de consumo e se sente orgulhoso disso. 
9) Quando falar sobre dinheiro é tabu. 
Este é um problema que aflige muitas famílias. É importante que tanto o casal quanto 
os filhos participem, na medida do possível, no estabelecimento de metas e objetivos de 
poupança e investimento. Se todos se mantiverem informados, é mais fácil comunicar 
quando um dos membros adota um padrão de gastos que não está de acordo com o 
orçamento. 
3 
 
 
Nesses casos, a transparência é muito importante. Todos precisam ser honestos e 
objetivos. 
Caso contrário, as chances de você se surpreender no final do mês com uma conta 
absurda de celular do seu filho, por exemplo, são enormes. 
10) Analfabetismo financeiro. 
Esta forma de analfabetismo atinge até mesmo os países mais desenvolvidos, onde 
uma parcela significativa da população é incapaz de gerir suas contas. 
Independentemente do grau de instrução, muitas pessoas simplesmente não 
apreciam a importância do planejamento financeiro. 
No Brasil, pode-se dizer que existe uma herança claramente negativa do período 
hiperinflacionário. Isso porque, diante de uma inflação mensal que chegou a superar 
50%, o planejamento financeiro de longo prazo tornava-se impossível. 
Se você faz parte desse grupo de pessoas, está na hora de investir na sua educação. 
Assim como em qualquer outra área de ensino, o planejamento financeiro exige 
treinamento. A boa vantagem é que já existe muito material publicado sobre o tema, 
que pode ajudá-lo rapidamente a se tornar um especialista no assunto. 
Como administrar uma crise financeira? 
Tudo em seu dia a dia estava perfeito. Trabalho, casa, amigos, família em total equilíbrio. 
Porém, a situação dá uma guinada, e você, de repente, vê-se no meio de um furacão. 
As despesas aumentam e você não consegue honrar seus compromissos financeiros, 
a situação no emprego já não é mais tão estável; amigos e parentes se mostram cada vez 
mais distantes. O que fazer quando isso acontece? 
1) Análise real do orçamento. 
Passado o susto, o melhor a fazer é analisar friamente o seu orçamento. Coloque nele 
sua receita real líquida, se aindacontar com uma, e todas as despesas mensais. Liste aqui 
não apenas as contas de água, luz, telefone, celular, dentre outras, mas também as 
despesas com compras para casa, vestuário, alimentação e medicamentos. Leve tudo em 
consideração. 
Nessa hora, você poderá se surpreender em como já vinha acumulando gastos maiores 
do que seu ganho, em um padrão além do ideal, levando-o(a) a uma situação difícil como 
esta. 
2) Corte de despesas. 
Visando ao seu bem-estar e de sua família, não tenha medo de cortar algumas 
despesas. Existem muitos itens em nosso dia a dia que podem ser dispensados em uma 
situação como essa. Você sentirá uma queda em seu padrão de vida, mas, por outro 
lado, poderá pagar suas contas, e isso é o principal. 
Evite cair na tentação de contrair empréstimos para quitar dívidas. Opte por este 
caminho somente se não houver alternativa. Lembre-se: uma dívida leva a outra. O mais 
seguro, nesse caso, é negociar suas pendências e cortar o máximo possível de custos. 
3) Apoio da família. 
Caso tenha filhos e cônjuge, procure envolvê-los na situação. É claro que você não 
passará aos seus filhos uma preocupação enorme que deve ser sua, mas é sempre 
4 
 
 
saudável manter a transparência, fazendo com que colaborem na economia da casa, 
reduzindo a duração de uma conversa ao telefone ou diminuindo o tempo gasto no 
banho. 
Quanto ao seu companheiro ou companheira, o ideal é que fiquem mais unidos do que 
nunca, compartilhando decisões e responsabilidades. Nessa hora, duas cabeças 
pensando conseguem melhores soluções para o problema, que é importante sim, mas 
que não deve ser supervalorizado. 
4) Fontes alternativas de renda. 
Se a crise financeira ocorre, mesmo você estando empregado, talvez seja interessante 
analisar sua situação profissional. Seu salário é compatível com o que você faz? Há 
chances de negociação? Caso isso não seja possível, procure, de forma criativa, buscar 
fontes alternativas de renda. 
Caso sua esposa não trabalhe, esta pode ser a hora de começar a exercer uma atividade 
que lhe garanta algum retorno. O mesmo vale para os seus filhos, caso tenham idade 
suficiente para bancar os estudos, por exemplo. Para isso, terá que mudar sua 
mentalidade. Não se sinta fracassado ou impotente diante da situação. Ao contrário, 
sinta que conta com uma família realmente estruturada para superar situações difíceis. 
5) Como evitar o endividamento? 
Existem dicas para o consumidor impulsivo evitar o endividamento. Não sair para 
passear com cartão de crédito e talão de cheques evita a realização de compras por 
impulso que poderão mais tarde desorganizar o orçamento mensal. 
Para quem já está endividado, é melhor fazer um planejamento financeiro para sair dessa 
condição. Renegociar dívidas, cortar cartões, ajustar limites especiais de crédito e se 
esforçar para pagar o que deve. 
Identificar o motivo do impulso para a compra ajuda a evitar o endividamento. 
Normalmente, o impulsivo tem algum tipo de problema emocional ou profissional e 
busca compensar aquilo que falta em sua vida comprando. Ele não compra porque 
precisa, mas pelo prazer da satisfação. 
Depois de superar seu impulso de gastar, o consumidor precisa se manter vigilante. Ele 
precisa fazer uma autovigilância permanente. Uma saída é anotar as despesas e 
comparar se aquele gasto está dentro de suas possibilidades. 
Três dicas para sair do endividamento 
1) Fazer um orçamento. 
Fazer um orçamento familiar detalhado é o primeiro passo a ser dado para entender 
para onde está indo o seu dinheiro. 
Depois de saber quanto entra e sai na carteira todos os meses, está na hora de dar o passo 
seguinte. 
2) Pagar mais do que o mínimo. 
As empresas que o aconselham sobre o seu estado de endividamento e o que deve 
fazer não têm poderes especiais. Apenas sabem aquilo que funciona na maior parte das 
vezes e, de forma profissional, explicam às pessoas que elas devem seguir alguns 
passos. 
5 
 
 
Por vezes, é bom ouvir o que deve ser feito de profissionais, mesmo que sozinho 
consiga chegar à mesma conclusão. 
Comece por garantir os pagamentos mínimos obrigatórios, depois escolha uma das 
dívidas e pague mais do que o mínimo, até conseguir eliminar completamente essa 
dívida. Passe para a dívida seguinte. 
3) Pedir ajuda 
Existem milhares de pessoas na mesma situação em que você se encontra. Fale com elas, 
perceba o que funciona e o que não funciona. 
Se for necessário, contate profissionais que o aconselhem no melhor plano para eliminar 
as suas dívidas. 
PLANEJAMENTO 
O que é planejamento? 
Planejar consiste, basicamente, em definir os objetivos a serem alcançados e os meios 
de realizá-los, adequando-os com recursos disponíveis para sua execução. 
Entendido esse conceito, podemos exemplificá-lo com um objetivo muito comum entre 
as pessoas, o de “emagrecer”. Ora, uma pessoa que define para si este objetivo deverá, 
então, fazer uma dieta alimentar, praticar exercícios físicos, ou seja, deverá alterar alguns 
(ou vários) de seus hábitos diários no intuito de alcançar o objetivo traçado. 
Então, neste momento, faço a você, leitor, um convite a uma reflexão rápida: O que você 
quer? Quais são seus objetivos em curto, médio e longo prazos? 
Anote seus objetivos em sua agenda ou em algum lugar onde possa visualizá-los 
diariamente. Essa é uma técnica simples, mas de efeito bastante positivo, pois a 
visualização lhe permitirá manter o foco nos seus propósitos. 
Continue com sua reflexão: Como você conseguirá o que deseja? Quais são os meios de que 
você dispõe ou precisará dispor para conseguir atuar eficientemente em seus objetivos? 
Quanto tempo levará até alcançar cada um deles? 
A cronologia deve ser pensada com cuidado e com bons critérios, pois deve levar em conta 
a real capacidade de execução do seu planejamento. 
Lembre-se de que o planejamento é uma ferramenta para auxiliá-lo e não para criar outros 
tipos de problemas. 
Por que planejar suas finanças? 
a) Para melhorar sua visão sobre a sua situação financeira. 
b) Para preparar-se para as dificuldades. 
Por melhor que seja o seu planejamento, não é possível que tudo seja previsto. Alguns 
“acidentes” inesperados podem ocorrer. Na literatura sobre esse assunto, é comum 
encontrarmos o termo “reserva de emergência”, que é aquele recurso que o(a) protegerá 
desses imprevistos, não deixando você abandonar ou adiar por longo período os seus 
objetivos. 
c) Para reduzir a probabilidade de erros de decisão. 
6 
 
 
O planejamento o(a) ajudará a evitar a comprar por simples impulso, o que muitas vezes, 
ao invés de realizar um desejo, pode criar um grande problema. 
d) Para adquirir independência financeira. 
e) Para aposentar-se confortavelmente. 
Como planejar suas finanças? 
Para se fazer um bom planejamento, é necessário que haja um envolvimento familiar, pois 
se todos participam do resultado orçamentário, também devem participar do planejamento 
financeiro. 
Então, elabore um orçamento familiar contendo: 
a) Receitas: valores a receber no período. 
b) Despesas: valores a pagar no período. 
c) Poupança: valores a investir no período. 
Considere somente as receitas líquidas e não inclua receitas futuras. 
As despesas devem ser separadas em fixas (condomínio, prestação da escola), variáveis 
(água, luz, telefone) e arbitrárias (cinema, lazer). 
A poupança deve ser orientada de acordo com seus objetivos de curto, médio e longo 
prazos. Não é necessário fazer uma poupança para cada objetivo. Evite transferências de 
recursos de um objetivo para outro, pois corre-se o risco de perda de foco na realização de 
algum objetivo. Portanto, mantenha a disciplina. 
Planilhas de controle 
Existem dois tipos comuns de planilhas de controle orçamentário: a analítica e a sintética. 
A planilha analítica é a que permite uma abordagem mais didática. É também a mais 
utilizada pelas pessoas. Nelasão detalhadas as receitas e despesas, com apuração dos 
saldos ao final de cada período. É a que recomendamos para quem está iniciando seu 
planejamento financeiro, pois permite maior visualização das despesas, facilitando o seu 
gerenciamento. 
Sua expressão gráfica pode ser assim simplificada: 
( + ) Receitas 
( – ) Despesas 
( = ) Resultado apurado. 
A planilha sintética evidencia o foco em investimento, deixando lazer e compras para 
depois de efetuada essa reserva. É a que recomendamos para quem já aprendeu a 
utilizar a planilha analítica com eficiência e para quem já traçou seu(s) objetivo(s) e quer 
ir ao seu encontro. 
Então, sua expressão gráfica será: 
( + ) Receitas 
 
7 
 
 
( – ) Despesas Essenciais 
( – ) Investimento 
( – ) Lazer 
( – ) Compras 
( = ) Saldo final = zero. 
Cinco erros básicos do planejamento financeiro 
1) Preparar um orçamento do tipo “se sobrar”. 
É o erro mais comum. Nele os seus desejos ficam apenas no imaginário e não como 
objetivos a serem alcançados; pois não há foco. 
2) Não entender de juros. 
Ainda que o assunto lhe pareça chato, você deve conhecê-lo, já que afeta diretamente 
sua vida financeira e, consequentemente, seu planejamento orçamentário. Também é 
um erro comum, no qual as pessoas fazem compras parceladas, levando em conta 
apenas se o valor da prestação está adequado ao seu orçamento mensal, esquecendo-
se de analisar prazos e taxas de juros. 
3) Confundir ferramenta com armadilha. 
Os exemplos clássicos são os cartões de crédito e o cheque especial, que têm as maiores 
taxas de juros praticadas no Sistema Financeiro Nacional. A princípio o que pode 
parecer uma facilidade, dada a sua fácil disponibilização, na verdade, pode ser a 
principal fonte de descontrole financeiro, principalmente quando já incorporadas aos 
seus proventos. 
4) Não ter controle sobre o orçamento. 
Este é um cuidado que deve ser diário e mensurado em curtos períodos de tempo. 
Seu orçamento é que vai responder àquela pergunta que muitas vezes nos fazemos: 
“Para onde está indo o meu dinheiro?”. Portanto, é necessário levar para o papel o seu 
orçamento, facilitando o seu gerenciamento e controle. 
5) Não se preocupar com a educação financeira. 
Conversar sobre dinheiro com sua família, envolvê-la no gerenciamento dos recursos, 
aumentar o nível de conhecimento sobre o assunto são maneiras de se educar sobre 
finanças. 
Jornais, revistas e telejornais abordam diariamente o assunto, indicando as taxas de 
juros e o andamento da economia. Aprender sobre índices financeiros, seus reflexos e 
taxas de juros é uma ótima maneira de proteger seus investimentos. 
INVESTIMENTOS 
O que é investir? 
Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou títulos) com a expectativa 
de receber algum retorno futuro superior ao aplicado, compensando, inclusive, a perda de 
8 
 
 
uso desse recurso durante o período de aplicação (juros ou lucros, em geral em longo 
prazo). 
É valido lembrar que investimento não é o mesmo que poupança (do verbo poupar; não o 
investimento “poupança”, que é comercializado nos bancos), pois como vimos 
anteriormente, para ser investimento, temos a esperança de que o valor recebido seja 
maior que o inicial. 
Por que investir? 
1) Para evitar os efeitos da inflação. 
A inflação é o aumento consistente e indiscriminado de preços, acompanhado de 
consequente perda do poder aquisitivo da moeda, ou seja, o que R$ 10,00 (dez reais) 
compra hoje, com certeza não comprará daqui a um mês, por exemplo. 
É por esse motivo que, quando investimos, nosso recurso tem um valor antes de se 
descontar a inflação e outro após o desconto da inflação, que é o valor real da moeda 
naquele momento. 
2) Para aumentar a poupança pessoal. 
Como visto anteriormente, a inflação corrói o valor dos nossos recursos disponíveis e, 
dessa forma, pode fazer com que alcancemos nossos sonhos mais lentamente. Com os 
investimentos, recebemos os juros que aumentam nosso montante inicial e, 
consequentemente, faz com que a nossa poupança pessoal aumente. 
3) Para alcançar os objetivos pessoais mais rápido. 
Com o crescimento do nosso montante inicial devido aos recebimentos oriundos dos 
nossos investimentos, podemos chegar a determinados valores mais rapidamente. 
Quando temos metas anexadas ao nosso acúmulo de reservas, estes recebimentos nos 
fazem alcançá-las com maior velocidade. 
4) Para adquirir independência financeira. 
Entenda-se por independência financeira um ponto em que os investimentos de uma 
pessoa obtenham rendimentos de tal forma que não se dependa mais de um emprego 
e de um salário para conseguir sua sobrevivência e manter o seu padrão de vida. 
Dessa forma, seus investimentos não terão fim, pois você consome apenas os 
rendimentos, deixando o montante intacto para que possa obter os mesmos ou maiores 
rendimentos no próximo mês e o(a) desobrigando de ter de trabalhar para prover sua 
família. 
Como investir? 
1) Saiba quais são os seus objetivos. 
Ao começar a investir, imagine quais são os objetivos dos recursos. É importante 
envolver toda a família na definição de metas para os investimentos. Os recursos são 
para realizar o sonho da casa própria? São para trocar de carro? São para conseguir a 
independência financeira? Com isso em mente, você pode criar vários investimentos, 
focando cada um em um sonho e não se utilizar de um para completar o outro, o que 
exige, mais uma vez, disciplina. 
9 
 
 
E para se ter um parâmetro do que significam curto, médio e longo prazos podemos dar 
o seguinte exemplo: 
 até 2 anos: curto prazo; 
 de 2 a 5 anos: médio prazo; 
 acima de 5 anos: longo prazo. 
2) Analise os recursos disponíveis. 
Qual é a sua disponibilidade real para investir? Após um bom planejamento, você 
identifica o que está gastando a mais e o que pode ajustar. 
Você sabe que, se poupar um determinado valor, terá seu sonho realizado em três anos, 
por exemplo. Entretanto, após algum tempo, você viu que possui somente 1/3 do valor 
que você gostaria de ter. O que fazer? 
A vida muda, os proventos mudam. Comece com um pouco agora e, conforme o padrão 
da família for aumentando, aumente também os investimentos que, com certeza, o seu 
sonho se realizará, talvez não no prazo desejado inicialmente, mas o certo é que um dia 
chegará. Bem melhor do que não investir nada e o sonho não se realizar nunca. 
3) Descubra seu perfil predominante. 
Depende basicamente do nível de risco que aceita tomar nas suas aplicações, do horizonte 
de investimento (do prazo para investimento); do nível de rendimento desejado, do 
horizonte de renda a receber, do nível de despesas familiares, do nível de segurança a 
garantir. 
De maneira geral, os investidores podem ser distribuídos em 3 categorias, baseadas no 
grau de aversão aos riscos que têm: 
 Conservador: Tem aversão ao risco; não gosta de grandes emoções; e quando se fala 
de investimentos, prefere o “pouco seguro” que o “muito arriscado”. 
 Moderado: Tem certa ambição que o permite arriscar mais do que o perfil conservador, 
porém nada de muito exagerado. Gosta de dosar os riscos em um nível baixo, mas 
lucrativo. 
 Arrojado: Não tem receio de arriscar por um bom retorno e se diverte com as 
oscilações acionárias que enfartariam um investidor de perfil conservador e 
gerariam apreensão em um de perfil moderado. Mas mesmo que se tenha interesse 
por fortes emoções, é aconselhável que se inicie com investimentos mais seguros e 
sem grandes alterações, para que, conforme o investidor tenha mais conhecimento 
do mercado financeiro, possa arriscar-se mais e conseguir melhores rendimentos. 
O “tripé” dos investimentos? 
Todo investimento possui: 
 Rentabilidade – Rentabilidade sobre um investimento representa o retorno (ganho ou 
perda) sobre o capital, montante inicial, valor presente ou principal investido. 
 Liquidez– Facilidade e rapidez com as quais os ativos financeiros são convertidos em 
dinheiro. Também conhecida como negociabilidade. 
10 
 
 
 Risco – Decisões financeiras de investimentos são tomadas com base no conhecimento 
dos fatos que temos no presente e de probabilidades que podem ocorrer no futuro, 
em um horizonte de curto, médio e longo prazo. 
Pode-se, então, concluir que as decisões financeiras são tomadas dentro de um contexto 
de total incerteza com relação aos seus resultados, e que a incerteza aumenta quanto maior 
for o prazo determinado. 
Quando diversos resultados possíveis (retornos) podem ser quantificados por uma 
associação de incertezas e probabilidades diversas, diz-se que a decisão está sendo 
determinada em uma situação de risco. 
Risco, portanto, está diretamente associado a possíveis mudanças futuras no(s) cenário(s) 
e parâmetro(s) sobre os quais foi baseada a decisão, no momento zero. 
O retorno esperado (rentabilidade) está diretamente associado ao risco envolvido. 
Principais riscos do investidor 
 Risco de Mercado: 
Pode ser definido como a incerteza a respeito dos resultados de um investimento 
financeiro, ou de uma carteira de investimento, decorrente de mudanças futuras 
nas condições de mercado, tais como os preços de um ativo, taxas de juros, volatilidade 
de mercado e liquidez. 
 Risco de Crédito: 
A possibilidade de uma obrigação (principal ou juros) não vir a ser honrada pelo 
emissor/ contraparte, na data e nas condições negociadas e contratadas entre as duas 
partes originalmente. 
 Risco de Liquidez: 
Define-se como risco de liquidez a ocorrência “de desequilíbrios entre ativos negociáveis 
e passivos exigíveis – ‘descasamentos’ entre pagamentos e recebimentos – que possam 
afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as 
diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações”. 
Como podemos ver, os fatores que caminham junto com os investimentos não são tão 
simples, mas podemos definir que um investimento padrão ótimo seria com alta 
rentabilidade, alta liquidez e baixo risco, porém, na maioria das vezes, quanto menor o 
risco e maior a liquidez, menor será a rentabilidade; e, por sua vez, se um investimento 
possui alto risco, com certeza, ele pagará maiores rendimentos para conseguir atrair 
investidores. Então, cabe ao investidor dosar o risco e depois esperar para colher seus frutos 
doces, sem gosto ou amargos. 
Opções de investimento 
Traremos agora algumas opções de investimento que podem aumentar ou diminuir os 
recursos empregados de acordo com as variações do mercado e da administração do 
investidor. 
11 
 
 
Todos os investimentos possuem pontos fortes e fracos e estaremos colocando junto com 
as definições alguns prós e contras de cada investimento, para que possam ser analisados 
na hora da sua decisão sobre o melhor investimento segundo seu perfil. 
Negócios próprios 
Muitas pessoas desejam se tornar seu próprio patrão e ter somente o cliente como seu 
chefe, e não são poucas as pessoas que investem todos os seus recursos neste sonho, porém 
também não são poucas as empresas que ficam pelo caminho. De acordo com dados do 
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), 30% 
delas quebram no primeiro ano de atividades. Assim sendo, todo cuidado é pouco nesta 
busca pela liberdade. Também é preciso muito planejamento, visto que uma empresa é um 
ser que tem sua fase inicial de maturação e seu auge. Tenha em mente que, na maioria dos 
casos, para uma empresa se firmar no mercado e começar a dar lucro, é prudente 
considerar um prazo de dois anos sem rendimentos, ou seja, caso suas reservas não lhe 
garantam dois anos sem depender da sua empresa, e sim que se façam constantes aportes 
para os devidos ajustes, é bom aguardar um pouco mais para investir neste ramo. 
 Vantagens: 
» Não ter nenhum chefe que não seja o seu cliente ou o usuário do seu serviço; 
» Maiores possibilidades de crescimento; 
» Os maiores ganhos; 
» Pode ser a sua marca no mundo. 
 Desvantagens: 
» Riscos altíssimos; 
» Dedicação exclusiva; 
» As maiores perdas. 
Imóveis 
Os imóveis podem ser ótimos negócios, renderem valores de aluguéis e ainda se ter o bem 
para usufruí-lo da forma que se achar melhor, podendo continuar alugando ou vendendo 
por um preço melhor para um novo investimento; mas também pode ser uma grande dor 
de cabeça para o seu proprietário, com maus inquilinos ou a marginalização do local do 
imóvel. 
E fique sabendo que, no Distrito Federal, tem-se uma situação atípica no ramo imobiliário, 
com imóveis supervalorizados e compradores ávidos por adquiri-los, visto que faltam 
imóveis para todos. 
 Vantagens: 
» Ganhos com locação; 
» Valorização; 
» Bem tangível de alta durabilidade. 
 Desvantagens: 
» Quebra da construtora; 
» Dificuldade de venda; 
» Dificuldade de locação; 
» Depreciações e desvalorizações. 
 
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Planos de Previdência Privada 
Os planos de previdência privada nasceram da necessidade de se ter uma aposentadoria 
mais tranquila, com um padrão de vida melhor que o oferecido pela previdência social. 
Se não começarmos a guardar corretamente nossos recursos desde cedo, enfrentaremos 
dificuldades financeiras na terceira idade. 
Existem os planos de previdência abertos, como os oferecidos pelos bancos, e existem os 
planos fechados, que em geral são os formados pelos funcionários de uma mesma empresa 
ou de um grupo. 
Basicamente, os planos de previdência privada se dividem em dois blocos: 
1) PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre 
É indicado para quem faz a declaração de imposto de renda (IR) em formulário 
completo, pois os aportes podem ser deduzidos da base de cálculo do IR até o limite de 
12% da renda bruta anual tributável; e se a intenção for o resgate no curto prazo ou se 
o valor do benefício projetado for menor do que o teto da isenção da tabela 
progressiva, esta é a escolha certa, pois é regida pela tributação progressiva do IR. 
2) VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre 
Indicado para quem declara o IR no formulário simplificado ou é isento, pois os aportes 
não podem ser abatidos da declaração anual, ou para pessoas que já possuem o PGBL e 
que desejam investir em previdência complementar; quanto maior o prazo do VGBL, 
mais vantajosa é a tributação no momento do resgate, pois como o VGBL é regido pela 
tabela regressiva, o imposto declina de 35% para 10% após 10 anos de contribuição, 
conforme discriminado a seguir: 
 Vantagens: 
As vantagens dos planos de previdência são a possibilidade de migração de 
administradora sem prejuízo ao montante já acumulado pelo investidor, os atrativos 
tributários de cada regime, como citado anteriormente, a escolha do modo de resgate, 
que pode ser efetuado de 7 formas diferentes, e, com certeza, a tranquilidade de ter uma 
terceira idade mais tranquila. 
A modalidade de saída do plano é definida quando se assina o contrato, porém 
as seguradoras confirmam a opção próximo ao resgate, e este modelo pode ser alterado 
até 30 dias antes do encerramento do plano. 
 Desvantagens: 
As principais desvantagens de um plano de previdência privada são que, após escolher 
entre PGBL e VGBL, não é possível fazer uma alteração, a não ser pelo resgate e aplicação 
na nova modalidade, o que, principalmente for pelo regime do VGBL, será muito 
desfavorável ao investidor; as taxas administrativas, geralmente, são muito altas, o que, 
consequentemente, traz uma baixa rentabilidade se comparado a outras modalidades de 
investimento pelo mesmo período de tempo. 
Fundo Garantidor de Crédito (FGC) 
Antes de discorrer sobre alguns investimentos, é importante revelar o que vem a ser o FGC, 
que será citado em alguns investimentos.O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma 
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associação civil sem fins lucrativos que tem por objeto prestar garantia de créditos contra 
instituições dele participantes, nas hipóteses de: 
 Decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; 
 Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada. 
Suas regras gerais são: 
O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as 
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de 
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 
São objetos da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes créditos: 
 Depósitos à vista. 
 Depósitos de poupança. 
 Depósitos a prazo (CDB). 
 Letras Imobiliárias. 
 Letras Hipotecárias. 
Alguns tipos de investimentos 
Poupança 
O investimento preferido dos brasileiros é considerado um dos investimentos mais 
seguros. O risco do investimento, neste caso, é o risco de a instituição não conseguir 
honrar com a obrigação no ato do saque, mas, em contrapartida, possui a proteção do 
Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 
A caderneta de poupança é, essencialmente, uma alternativa de aplicação financeira bastante 
conservadora, com rentabilidade a cada 30 dias (TR + 0,5%) para depósitos efetuados 
até 3/5/2012 e 70% da Selic + TR sempre que a taxa Selic for inferior a 8,5% a.a. para 
depósitos realizados a partir de 4/5/2012. 
Tem como características: 
 Fácil acesso. 
 Inexistência de limite de aplicação. 
 Isenção de impostos como IR e IOF para pessoa física. 
 Saque imediato, porém a rentabilidade da poupança é cíclica de 30 dias, ou seja, no caso 
de um saque até o 29o dia ou anterior, o investidor perderá todo o rendimento a que teria 
direito, no caso de saque após o período de 30 dias. 
Certificado de Depósito Bancário (CDB) 
O CDB é um título privado para a captação de recursos de investidores pessoas físicas 
ou jurídicas, por parte dos bancos, e nisto caracteriza-se o risco inerente de a instituição 
emissora não conseguir honrar o resgate na data prevista. 
O CDB pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos, 
com pelo menos uma destas carteiras descritas. 
Os bancos de desenvolvimento e as caixas econômicas também podem captar recursos por 
meio de CDBs. 
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 Vantagens: 
» Garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC); 
» Rentabilidade pré ou pós-fixada. 
 Desvantagens: 
» Normalmente, as instituições financeiras demandam um valor mínimo maior do que 
o exigido para a poupança. 
Ações 
Uma ação é um título nominativo e negociável que representa a menor fração do capital 
social de uma empresa – sociedade anônima ou sociedade por ações. O acionista, como 
proprietário da empresa, tem direito a participação nos seus resultados proporcionalmente 
ao número de ações possuídas. 
O proprietário de ações emitidas por uma companhia é chamado de acionista e tem status 
de sócio, tendo direitos e deveres perante a sociedade, no limite das ações adquiridas. 
Apesar de todas as sociedades anônimas terem o seu capital dividido em ações, somente 
as ações que forem emitidas por companhias de capital aberto, as quais possuem registro 
na CVM, poderão ser negociadas publicamente. 
 Vantagens: 
» Possibilidades de altos ganhos; 
» Compra pela internet (Home Broker) ou pela corretora; 
» Isenção de imposto de renda no ganho de capital obtido com a venda de ações, 
válido para pessoas físicas, até o limite de R$ 20.000,00. Acima desse valor, os 
ganhos de capital serão tributados na alíquota de 15%, independentemente 
do prazo do investimento. 
 Desvantagens: 
» Alto risco; 
» Tarifas de custódia. 
Fundos de Investimento 
Um fundo de investimento é uma comunhão de recursos financeiros, constituída sob a 
forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos e valores mobiliários, bem como em 
quaisquer outros ativos disponíveis no mercado financeiro e de capitais, observadas as 
disposições legais. 
Todos os cotistas têm direitos e obrigações idênticas. Todos os ativos que compõem 
a carteira de investimento do fundo pertencem ao fundo e, portanto, aos cotistas do 
fundo. Lucros e perdas são distribuídos igualmente entre os cotistas na valorização (ou 
desvalorização) da cota. 
 Vantagens: 
» A rentabilidade é igual para todos os cotistas, não importando o valor aplicado; 
» Todos os fundos são obrigados a publicar suas performances e balanços; 
» Existem limites máximos de comprometimento das aplicações dos fundos em um 
único ativo/instituição, aumentando a segurança da aplicação; 
» O mercado dispõe de diversas modalidades de fundos de investimento que atendem 
a todos os tipos de investidores. 
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 Desvantagens: 
» Tem taxa de administração; 
» Não tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC); 
» Não pode prometer rentabilidade predeterminada; 
» Não tem garantia de principal, ao menos que tenha algum tipo de seguro atrelado 
(fundos “garantidos”). 
 Observações: 
» O fato de um fundo de investimento não possuir garantia do FGC pode parecer uma 
desvantagem, mas de fato um fundo de investimento não necessita dele. O Fundo 
Garantidor de Crédito (FGC) garante as aplicações em virtude da insolvência 
(dificuldade de efetuar seus pagamentos) de uma instituição financeira. Quando 
aplicamos em uma poupança ou em CDB, estamos emprestando dinheiro à instituição 
financeira, que, caso se torne insolvente, pode não efetuar o pagamento devido. 
» Os recursos de um fundo de investimento nunca se confundem com os da instituição 
financeira, portanto a insolvência do administrador ou gestor de um fundo em nada 
afeta seu patrimônio, que continua pertencendo aos cotistas. Estes devem se reunir e 
podem resgatar seus valores ou mesmo procurar um novo administrador ou gestor 
para seus recursos. 
» Fique atento à composição da carteira e à taxa de administração de cada fundo. 
Quanto maiores forem as taxas de administração, menor tende a ser o rendimento da 
aplicação. 
» Exija o prospecto e o regulamento do fundo em que você está investindo. 
» Sempre acompanhe o investimento e sua rentabilidade para garantir que gestor está 
realizando um bom trabalho. 
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REFERÊNCIAS 
Sites para pesquisas e aprimoramento dos conhecimentos de educação 
financeira 
 
 http://www.infomoney.com.br/ 
 http://www.comoinvestir.com.br/ 
 http://www.bmfbovespa.com.br/ 
 http://economia.uol.com.br/ 
 http://www.financaspraticas.com/ 
 http://www.meubolsoemdia.com.br/ 
 http://www.dinheirama.com.br/ 
Livros para leitura e reforço dos conhecimentos de educação financeira 
 Aprenda a lidar com as finanças: orçamento familiar 
Autora: Margarete Gonçalves Sanchez (Maggie) 
Editora: Scortecci 
 Bem-vindo à Bolsa de Valores 
Autor: Marcelo C. Piazza 
Editora: Novo Conceito 
 Casais inteligentes enriquecem juntos 
Autor: Gustavo Cerbasi 
Editora: Sextante 
 Família, afeto e finanças: como colocar cada vez mais dinheiro e amor em seu lar 
Autores: Angélica Rodrigues Santos e Rogério Olegário do Carmo 
Editora: Gente 
 Os segredos da mente milionária 
Autor: T. Harv Eker 
Editora: Sextante 
 Os segredos dos casais inteligentes 
Autor: Gustavo Cerbasi 
Editora: Sextante 
 Pai rico, pai pobre 
Autores: Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter 
Editora: Campus 
 Pais inteligentes enriquecem seus filhos 
Autor: Gustavo Cerbasi 
Editora: Sextante 
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 Seu imóvel: como comprar bem 
Autor: Mauro Halfeld 
Editora: Fundamento 
 
	ENDIVIDAMENTO
	PLANEJAMENTO
	INVESTIMENTOS
	REFERÊNCIAS
	Capa apostila.pdf
	Página 1
	Página 2
	Capa apostila.pdf
	Página 1
	Página 2

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