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RESP CIVIL

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AULA 07
Tema:
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L
ESTADO DE NECESSIDADE
• No direito brasileiro, a figura do chamado “estado de
necessidade” é delineada pelas disposições dos arts.
188, II, 929 e 930 do Código Civil.
• É o estado de necessidade no âmbito civil.
Entretanto, embora a lei declare que o ato praticado
em estado de necessidade não é ato ilícito, nem por
isso libera quem o pratica de reparar o prejuízo que
causou.
CODIGO CIVIL
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
(...)
II – a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não
excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II
do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à
indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por
culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva
para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa
de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
ESTADO DE NECESSIDADE
NÃO AFASTA O DEVER DE INDENIZAR
AÇÃO REGRESSIVA
IMPORTANTE!
• Não é porque se afasta a ilicitude do ato que se afastará
o dever de indenizar. Atentar aos casos concretos.
• No âmbito da responsabilidade civil, a prática de conduta
em estado de necessidade é considerada como lícita,
porém não afasta do dever de indenizar.
• O estado de necessidade não afasta a responsabilidade
civil do agente, quando o dono da coisa atingida ou a
pessoa lesada pelo evento danoso não for culpado pela
situação de perigo (art. 930 do CC/2002).
• Quando a situação se der em razão de culpa de terceiro,
a este pode-se acionar com Ação Regressiva para
responder pelos danos.
QUESTÕES RELACIONADAS
FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase -
Daniel, habilitado e dentro do limite de velocidade, dirigia seu carro na BR
101 quando uma criança atravessou a pista, à sua frente. Daniel, para evitar
o atropelamento da criança, saiu de sua faixa de rolamento e colidiu com o
carro de Mário, taxista, que estava a serviço e não teve nenhuma culpa no
acidente. Daniel se nega ao pagamento de qualquer valor a Mário por
alegar que a responsabilidade, em verdade, seria de José, pai da criança.
A respeito da responsabilidade de Daniel pelos danos causados no acidente
em análise, assinale a afirmativa correta.
A) Ele não praticou ato ilícito mas, ainda assim, terá que indenizar Mário.
B) Ele praticou ato ilícito ao causar danos a Mario, violando o princípio do
neminem laedere.
C) Ele não praticou ato ilícito e não terá que indenizar Mario por atuar em
estado de necessidade.
D) Ele praticou ato ilícito ao causar danos a Mário e responderá
objetivamente pelos danos a que der causa.
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2021-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiii-primeira-fase
LEGÍTIMA DEFESA, EXERCICIO REGULAR DE 
DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTOO DO 
DEVER LEGAL.
I. LEGITIMA DEFESA
• Embora quem pratique o ato danoso em estado de
necessidade seja obrigado a reparar o dano causado, o
mesmo não acontece com aquele que o pratica em legítima
defesa, no exercício regular de um direito e no estrito
cumprimento do dever legal.
• Se o ato foi praticado contra o próprio agressor, e em legítima
defesa, não pode o agente ser responsabilizado civilmente
pelos danos provocados. Entretanto, se por engano ou erro
de pontaria, terceira pessoa foi atingida (ou alguma coisa de
valor), neste caso deve o agente reparar o dano. Mas terá
ação regressiva contra o agressor, para se ressarcir da
importância desembolsada.
CODIGO CIVIL
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I. os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;
(...)
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por
culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva
para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa
de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
LEGÍTIMA DEFESA
AÇÃO REGRESSIVA
IMPORTANTE
• Somente a legítima defesa real, e praticada
contra o agressor, impede a ação de
ressarcimento de danos. Se o agente, por erro de
pontaria (aberratio ictus), como dissemos, atingir
um terceiro, ficará obrigado a indenizar os danos
a este causados. E terá ação regressiva contra o
injusto ofensor.
• A legítima defesa putativa também não exime o
réu de indenizar o dano, pois somente exclui a
culpabilidade e não a antijuridicidade do ato
SOMENTE AFASTA O DEVER DE INDENIZAR SE FOR CONTRA O 
LEGÍTIMO AGRESSOR
O AGENTE AGE DE FORMA VIOLENTE COM BASE NA FALSA PERCEPÇÃO DA REALIDADE.
II. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
• Nos casos de estrito cumprimento do dever legal, em que
o agente é exonerado da responsabilidade pelos danos
causados, a vítima, muitas vezes, consegue obter o
ressarcimento do Estado, já que, nos termos do art. 37, §
6º, da Constituição Federal, “as pessoas jurídicas de direito
público responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros”.
• E o Estado não terá ação regressiva contra o funcionário
responsável (só cabível nos casos de culpa ou dolo),
porque ele estará amparado pela excludente do estrito
cumprimento do dever legal.
IMPORTANTE
• Em regra, pois, todo ato ilícito é indenizável. A restrição a essa regra
geral está consagrada no art. 188, I e II, do Código Civil, que excepciona
os praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito
reconhecido e a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de
remover perigo iminente.
• Os arts. 929 e 930 designam casos em que, embora o agente tenha
atuado sob o amparo dessas circunstâncias inibidoras do ilícito, subsiste
a obrigação de indenizar o eventual dano causado a outrem. Mesmo não
sendo considerada ilícita a conduta daquele que age em estado de
necessidade, exige-se que repare o prejuízo causado ao dono da coisa,
ou à pessoa lesada, se estes não forem culpados pelo perigo.
• A legítima defesa, que exclui a responsabilidade civil do agente, é a real
(a putativa, não) e desde que o lesado seja o próprio injusto agressor. Se
terceiro é prejudicado, por erro de pontaria, subsiste a obrigação de
indenizar.
• Exige-se, para que o estado de necessidade e a legítima defesa
autorizem o dano, a obediência a certos limites.
O CC/02 somente em circunstâncias excepcionais exime alguém de reparar o dano que causou.
CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
• Quando o evento danoso acontece por culpa
exclusiva da vítima, desaparece a responsabilidade
do agente.
• Nesse caso, deixa de existir a relação de causa e
efeito entre o seu ato e o prejuízo experimentado
pela vítima. Pode-se afirmar que, no caso de culpa
exclusiva da vítima, o causador do dano não passa
de mero instrumento do acidente.
• Não há liame de causalidade entre o seu ato e o
prejuízo da vítima.
CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
• Há casos em que a culpa da vítima é apenas parcial, ou
concorrente com a do agente causador do dano. Autor e
vítima contribuem, ao mesmo tempo, para a produção
de um mesmo fato danoso. É a hipótese, para alguns, de
“culpas comuns”, e, para outros, de “culpa concorrente”.
• Nesses casos, existindo uma parcela de culpa também do
agente, haverá repartição de responsabilidades, de
acordo com o grau de culpa. A indenização poderá ser
reduzida pela metade, se a culpa da vítima corresponder
a uma parcela de 50%, como também poderá ser
reduzida de 1/4, 2/5, dependendo de cada caso.
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
• Se o evento danoso acontece por culpa exclusiva da
vítima, desaparece a responsabilidade do agente.
• A culpa exclusiva da vítima afasta a indenização pois
deixa de existir a relação decausa e efeito entre o
seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima.
O causador do dano não passa de um “mero
instrumento” do acidente.
CULPA CONCORRENTE
• Algumas vezes a culpa da vítima é apenas parcial ou
concorrente com a do agente causador do dano.
• Autor e vítima contribuem ao mesmo tempo para a
produção de um mesmo fato danoso.
• Art. 945, CC: Se a vítima tiver concorrido culposamente
para o evento danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano.
FATO DE TERCEIRO
• Muitas vezes, o ato daquele que atropela alguém ou causa
alguma outra espécie de dano pode não ser o responsável
pelo evento, o verdadeiro causador do dano, mas, sim, o ato
de um terceiro.
• Em matéria de responsabilidade civil, no entanto,
predomina o princípio da obrigatoriedade do causador
direto em reparar o dano. A culpa de terceiro não exonera o
autor direto do dano do dever jurídico de indenizar.
• O assunto vem regulado nos arts. 929 e 930 do Código Civil,
concedendo o último ação regressiva contra o terceiro que
criou a situação de perigo, para haver a importância
despendida no ressarcimento ao dono da coisa.
IMPORTANTE
• Segundo entendimento acolhido na jurisprudência, os acidentes, inclusive os
determinados pela imprudência de terceiros, são fatos previsíveis e
representam um risco que o condutor de automóveis assume pela só
utilização da coisa, não podendo os atos de terceiros servir de pretexto para
eximir o causador direto do dano do dever de indenizar.
• Quando o ato de terceiro é a causa exclusiva do prejuízo, desaparece a
relação de causalidade entre a ação ou a omissão do agente e o dano. A
exclusão da responsabilidade se dará porque o fato de terceiro se reveste de
características semelhantes às do caso fortuito, sendo imprevisível e
inevitável.
• Melhor dizendo, somente quando o fato de terceiro se revestir dessas
características, e, portanto, equiparar-se ao caso fortuito ou à força maior, é
que poderá ser excluída a responsabilidade do causador direto do dano.
• Atenção: Não é admitida essa excludente em casos de transporte.
Justifica-se o maior rigor, tendo em vista a maior atenção que deve ter o
motorista que tem a seu cargo zelar pela integridade de outras pessoas.
Assim, qualquer acidente ocorrido com o passageiro obriga o transportador
a indenizar os prejuízos eventualmente ocorridos. Vide: art. 735, CC e
Sumula 187, STF (“A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o
passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”);
QUESTÕES RELACIONADAS
2023 - FGV - PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Analista Processual
Vinícius, médico endocrinologista, ao receber a paciente Suzana em seu consultório particular com o
relato de determinados sintomas, prescreveu para ela o uso contínuo de um medicamento,
esclarecendo de forma minuciosa a dose e a frequência com que o fármaco deveria ser ministrado.
Alguns meses depois, Vinícius tomou conhecimento de que Suzana fora internada às pressas no
hospital, com seus rins gravemente comprometidos. Após um difícil tratamento, Suzana recebeu alta,
mas com um déficit permanente de 50% da sua função renal. Ato contínuo, ajuizou ação
indenizatória em face de Vinícius, postulando reparação por danos morais decorrentes da lesão à sua
saúde, causada, segundo ela afirmou, pela medicação que o médico prescreveu. Realizada perícia no
curso da instrução processual, apurou-se que o medicamento prescrito por Vinícius não servia,
absolutamente, ao tratamento dos sintomas que Suzana relatara em seu consultório, sendo
recomendado para casos totalmente diversos. A perícia detectou, ainda, que, embora a dosagem
prescrita por Vinícius fosse totalmente inofensiva, a falha na atividade renal da paciente somente
ocorreu porque, conforme ela mesma relatou ao perito, Suzana passou meses tomando o triplo da
dose receitada, aconselhada por uma amiga que lhe disse que isso aceleraria seu tratamento.
Considerando que os resultados apurados pela perícia estão corretos, é adequado afirmar que o
médico:
A) não deve indenizar Suzana pelo dano moral alegado, pois, nesse caso, ocorreu fato exclusivo da
vítima;
B) não deve indenizar Suzana pelo dano moral alegado, pois Vinícius não agiu com culpa nem dolo;
C) deve indenizar Suzana em parte pelo dano moral alegado, pois, nesse caso, ocorreu fato
concorrente da vítima;
D) deve indenizar Suzana integralmente pelo dano moral alegado, pois a responsabilidade civil de
Vinícius é objetiva;
E) deve indenizar Suzana integralmente pelo dano moral alegado, pois Vinícius agiu com imperícia ao
medicá-la.
QUESTÕES RELACIONADAS
2023 - FGV - PGM - Niterói Prova: FGV - 2023 - PGM - Niterói - Analista Processual
Vinícius, médico endocrinologista, ao receber a paciente Suzana em seu consultório particular com o
relato de determinados sintomas, prescreveu para ela o uso contínuo de um medicamento,
esclarecendo de forma minuciosa a dose e a frequência com que o fármaco deveria ser ministrado.
Alguns meses depois, Vinícius tomou conhecimento de que Suzana fora internada às pressas no
hospital, com seus rins gravemente comprometidos. Após um difícil tratamento, Suzana recebeu alta,
mas com um déficit permanente de 50% da sua função renal. Ato contínuo, ajuizou ação
indenizatória em face de Vinícius, postulando reparação por danos morais decorrentes da lesão à sua
saúde, causada, segundo ela afirmou, pela medicação que o médico prescreveu. Realizada perícia no
curso da instrução processual, apurou-se que o medicamento prescrito por Vinícius não servia,
absolutamente, ao tratamento dos sintomas que Suzana relatara em seu consultório, sendo
recomendado para casos totalmente diversos. A perícia detectou, ainda, que, embora a dosagem
prescrita por Vinícius fosse totalmente inofensiva, a falha na atividade renal da paciente somente
ocorreu porque, conforme ela mesma relatou ao perito, Suzana passou meses tomando o triplo da
dose receitada, aconselhada por uma amiga que lhe disse que isso aceleraria seu tratamento.
Considerando que os resultados apurados pela perícia estão corretos, é adequado afirmar que o
médico:
A) não deve indenizar Suzana pelo dano moral alegado, pois, nesse caso, ocorreu fato exclusivo da
vítima;
B) não deve indenizar Suzana pelo dano moral alegado, pois Vinícius não agiu com culpa nem dolo;
C) deve indenizar Suzana em parte pelo dano moral alegado, pois, nesse caso, ocorreu fato
concorrente da vítima;
D) deve indenizar Suzana integralmente pelo dano moral alegado, pois a responsabilidade civil de
Vinícius é objetiva;
E) deve indenizar Suzana integralmente pelo dano moral alegado, pois Vinícius agiu com imperícia ao
medicá-la.
QUESTÕES RELACIONADAS
2023 - IBADE - TJ-ES - Juiz Leigo
De acordo com o entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, acerca do
contrato de transporte, é correto afirmar que:
A) a responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro,
não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.
B) em contrato de transporte, é eficaz a cláusula de não indenizar.
C) para a ação de indenização, em caso de avaria, é indispensável que a vistoria se
faça judicialmente.
D) a empresa locadora de veículos responde, civil e subsidiariamente com o
locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.
E) a ausência de registro da transferência implica a responsabilidade do antigo
proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado.
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
• O art. 393, parágrafo único, do Código Civil, não faz distinção entre o caso
fortuito e a força maior, definindo-os da seguinte forma:
“O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos
não era possível evitar, ou impedir”.
• A inevitabilidade é, pois, a sua principal característica.
- Caso fortuito geralmente decorre de fato ou ato alheio à vontade das
partes: greve, motim, guerra.
- Forçamaior é a derivada de acontecimentos naturais: raio, inundação,
terremoto.
Ambos constituem excludentes da responsabilidade porque afetam a relação
de causalidade, rompendo-a, entre o ato do agente e o dano sofrido pela
vítima.
Incontrolável pela vontade
Força da natureza
Se há caso fortuito, Não pode haver culpa
(um excluiu o outro).
IMPORTANTE!
• Modernamente se tem feito a distinção entre “fortuito
interno” (ligado à pessoa, ou à coisa, ou à empresa do agente)
e “fortuito externo” (força maior ou ato de Deus).
• Somente o fortuito externo, isto é, a causa ligada à natureza,
estranha à pessoa do agente e à máquina, excluiria a
responsabilidade, principalmente se esta se fundar no risco. O
fortuito interno, não.
• Assim, tem-se decidido que o estouro dos pneus do veículo, a
quebra da barra de direção ou de outra peça, o rompimento
do “burrinho” dos freios e outros eventuais defeitos
mecânicos não afastam a responsabilidade, porque previsíveis
e ligados à máquina. Também não afasta a responsabilidade a
causa ligada à pessoa, como, por exemplo, o mal súbito.
• Assim, somente o fortuito externo, isto é, a causa ligada à
natureza, exclui a responsabilidade, por ser imprevisível.
CLAUSULA DE IRRESPONSABILIDADE
OU DE NÃO INDENIZAR
• Cláusula de não indenizar é o acordo de vontades que
objetiva afastar as consequências da inexecução ou da
execução inadequada do contrato. Tem por função alterar, em
benefício do contratante, o jogo dos riscos, pois estes são
transferidos para a vítima.
• Nosso direito não simpatiza com a cláusula de não indenizar.
Ex: CDC (arts. 24, 25 e 51), CC (Art. 734)
É o caso, por exemplo, do contrato de depósito celebrado entre o cliente e o dono do
estacionamento, contendo cláusula pela qual o último não se responsabiliza pelo
desaparecimento de objetos deixados no interior do veículo. A sua finalidade não é
propriamente afastar a responsabilidade do inadimplente, mas apenas a obrigação
de indenizar.
PRESCRIÇÃO
• Prescrita a pretensão à reparação de danos, fica afastada
qualquer possibilidade de recebimento da indenização. A
responsabilidade do agente causador do dano se extingue.
• A obrigação de reparar o dano é de natureza pessoal.
Contudo, a prescrição não ocorre no prazo geral de dez anos,
do art. 205, porque o art. 206, que estipula prazos especiais,
dispõe:
“Art. 206. Prescreve:
(...)
§ 3º Em três anos:
(...)
V – a pretensão de reparação civil”.
QUESTÕES RELACIONADAS
FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase -
Jorge foi atropelado por Vitor, em 02/02/2016. Em razão desse evento,
Jorge sofreu danos morais, materiais e estéticos, os quais surgiram e
foram percebidos por ele imediatamente após o acidente. Tempos depois,
em 31/01/2021, Jorge procurou você, como advogado(a), e disse que
pretendia ajuizar uma ação de reparação contra Vitor.
Sobre a hipótese apresentada, você deverá informar para Jorge que:
A) O prazo prescricional da pretensão de reparação civil extracontratual é
de 10 (dez) anos.
B) A pretensão está prescrita, tendo em vista o prazo de 3 (três) anos ao
qual se vincula a pretensão de reparação civil extracontratual.
C) A pretensão está prestes a ser fulminada pela prescrição, uma vez que a
pretensão de reparação civil extracontratual prescreve em 5 (cinco) anos.
D) Houve prescrição apenas da pretensão de demandar a seguradora da
qual Vitor é segurado, mas que permanece viável a pretensão de
reparação civil extracontratual, por seu prazo de 10 (dez) anos.
https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2022-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiv-primeira-fase
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
• GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil
brasileiro: responsabilidade civil. 4 ed. vol. IV.
São Paulo: Saraiva.
• DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil
brasileiro: responsabilidade civil. v. VII. 21 ed.
São Paulo: Saraiva.
CONTATO
• VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
mailto:ALYNNE.COSTA@UNINORTEAC.EDU.BR
	Slide 1: AULA 07
	Slide 2: ESTADO DE NECESSIDADE
	Slide 3: CODIGO CIVIL
	Slide 4: IMPORTANTE!
	Slide 5: QUESTÕES RELACIONADAS
	Slide 6: LEGÍTIMA DEFESA, EXERCICIO REGULAR DE DIREITO E ESTRITO CUMPRIMENTOO DO DEVER LEGAL. I. LEGITIMA DEFESA
	Slide 7: CODIGO CIVIL
	Slide 8: IMPORTANTE
	Slide 9: II. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
	Slide 10: IMPORTANTE
	Slide 11: CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
	Slide 12: CULPA EXCLUSIVA DA VITIMA
	Slide 13: CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA
	Slide 14: CULPA CONCORRENTE
	Slide 15: FATO DE TERCEIRO
	Slide 16: IMPORTANTE
	Slide 17: QUESTÕES RELACIONADAS
	Slide 18: QUESTÕES RELACIONADAS
	Slide 19: QUESTÕES RELACIONADAS
	Slide 20: CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
	Slide 21: IMPORTANTE!
	Slide 22: CLAUSULA DE IRRESPONSABILIDADE OU DE NÃO INDENIZAR
	Slide 23: PRESCRIÇÃO
	Slide 24: QUESTÕES RELACIONADAS
	Slide 25: REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
	Slide 26: CONTATO

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