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Disciplina 01 - Políticas Públicas para educação

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Políticas Públicas para a Educação | 
Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
www.faculdadefocus.com.br | 1 
 
 
 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO EM 
GESTÃO 
EDUCACIONAL 
 
CONTEÚDO 
Políticas Públicas para a Educação 
Prof.ª Fabrizia Angelica Bonatto Lonchiat 
Políticas Públicas para a Educação | 
Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
www.faculdadefocus.com.br | 2 
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Políticas Públicas para a Educação | 
Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
www.faculdadefocus.com.br | 3 
Sumário 
Sumário ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 
1 Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil ----------------------------------------------- 4 
1.1 Sistema Educacional entre os anos de 1500 e 1930 ------------------------------------------------------------ 5 
1.2 Sistema Educacional entre 1930 e 1960 --------------------------------------------------------------------------- 7 
1.3 Sistema Educacional de 1960 a 1988 ----------------------------------------------------------------------------- 10 
1.4 Sistema Educacional a partir de 1988 ---------------------------------------------------------------------------- 12 
2 Da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional com Ênfase na Educação Básica - 17 
3 Das Políticas Públicas Educacionais ----------------------------------------------------------------- 23 
3.1 Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) ------------------------------------------------------------------------ 29 
3.1.1 Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ----------------------------------------------------------------------------------- 29 
4 Do Financiamento Educacional ----------------------------------------------------------------------- 30 
5 Referências Bibliográficas ------------------------------------------------------------------------------ 34 
 
 
Políticas Públicas para a Educação | 
Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
www.faculdadefocus.com.br | 4 
1 Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
A educação consiste em um direito conquistado historicamente, sendo importante 
para o estudo do atual contexto, previamente conhecer o contexto histórico da 
estruturação política do ensino, bem como, as lutas pela educação pública no Brasil. 
Este é contexto da primeira unidade da disciplina. 
 
O sistema nacional de educação pública sofreu influência decorrente das mudanças 
estruturais ocorridas no Brasil entre 1930 e 1960, vez que foi um período marcado 
pela aceleração do modo capitalista, bem como, transição do modelo econômico 
agrário-exportador para industrial-urbano, sendo possível citar como marcos a 
Revolução de 1930 e o Golpe de Estado em 1964. 
 
Nesse contexto, Marisa Bittar e Mariluce Bittar afirmam que: 
De fato, durante o período de 1930 a 1964, ocorreram várias reformas educacionais no Brasil 
sem que fosse resolvido o secular problema do analfabetismo e da garantia de pelo menos 
quatro anos de escolaridade para todas as crianças, fato que evidencia a forma como o Estado 
Nacional conduziu a política educacional da época (BITTAR; BITTAR, 2012, p. 158) 
 
Diante do cenário acentuado pelo analfabetismo é que foram sendo implantados os 
sistemas nacionais de ensino, nos diversos países. Contudo, “o Brasil foi retardando 
essa iniciativa e, com isso, foi acumulando um déficit histórico no campo educacional” 
(SAVIANI, 2010, p. 770), sendo que, somente na década de 1930 é a questão passou 
a ser analisada com maior clareza. 
 
Por isso, necessária a compreensão quanto ao conceito de sistema, que, segundo 
Bertalanffy (1968), refere-se a um conjunto de elementos que interagem e trocam 
entre si de forma interdependente para o alcance de seus resultados. Ou seja, para 
que a educação seja exitosa, é preciso que haja uma interligação de todo o sistema 
de ensino, considerando, por exemplo, o texto constitucional, as leis, as metas a serem 
traçadas e fixadas, dentre outros aspectos. 
Quanto ao sistema educacional, Saviani é claro ao afirmar que “[...] sistema é a unidade 
de vários elementos intencionalmente reunidos, de modo a formar um conjunto 
coerente e operante” (SAVIANI, 1996, p. 80). 
Políticas Públicas para a Educação | 
Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil 
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O sistema educacional brasileiro é, dessa forma, tema essencial a ser analisado para 
que o ensino, sendo possível citar a evolução quanto aos planos de ensino em quatro 
momentos: a) Sistema educacional entre os anos de 1500 e 1930; b) Sistema de Ensino 
de 1930 a 1960; c) Sistema de Ensino de 1960 a 1988; d) Sistema de Ensino a partir de 
1988.a\ 
 
1.1 Sistema Educacional entre os anos de 1500 e 1930 
Conforme já mencionado no início do material, a partir de 1930 é que surgiram 
maiores discussões e preocupações quanto ao sistema de ensino no Brasil, contudo, 
é importante analisar, ainda que brevemente o período acentuado desde o 
descobrimento do Brasil – 1500 – até 1930. 
 
Isso porque, de acordo com Cruz Sobrinho (2011), é possível apontar que a legislação 
educacional brasileira, em seu primórdio, sofreu influência da legislação de ensino 
portuguesa, vez que fora incluída no Brasil pelos Jesuítas, em 1549, tendo vigorado 
durante o Brasil Colônia até a Reforma Pombalina de 1759. Cristiano de Jesus 
Ferronato afirma que: 
Durante os primeiros séculos da colonização no Brasil, a educação dos colonos ficou 
principalmente a cargo dos membros da Companhia de Jesus. Preocupados com a difusão da 
fé e com a educação de uma elite religiosa, os jesuítas forneciam uma educação clássica e 
humanista, de acordo com a prática dos povos ibéricos da época. (FERRONATO, 2005) 
Ainda sobre a questão, Maria Cristina Piana destaca que a chegada dos padres jesuítas foi um 
marco para a história da educação no Brasil, tendo eles sido responsáveis pelas bases de um 
vasto sistema educacional, destacando a evolução progressiva a partir da expansão territorial,bem como, o fato de que, quase por dois séculos, eles foram praticamente os únicos 
educadores no Brasil (PIANA, 2009, p. 58). 
 
No período, a estrutura social era formada, em linhas gerais, por escravos, senhores 
de engenho, grandes latifundiários e pelos funcionários da coroa, sendo assim: 
Obviamente, por meio dessa formação da estrutura social em que é inexistente uma política 
educacional de caráter estatal, pois a Colônia tinha um sistema educacional de elite e não havia 
interesse em ampliar a escolarização para atingir a classe subalterna. Por meio dessas reflexões, 
verifica-se que, desde o início, o sistema educacional é organizado e estruturado de forma 
excludente e seletiva (PIANA, 2009, p. 59) 
Em 1759, por sua vez, com a Reforma Pombalina, os jesuítas foram expulsos dos territórios 
Políticas Públicas para a Educação | 
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portugueses, incluindo do Brasil, tendo então ocorrido um grande abalo na educação no Brasil, 
vez que houve “a desarticulação de todo um sistema de ensino, o qual não foi substituído por 
outro que pudesse fazer frente aos imperativos da crescente colônia” (FERRONATO, 2005). 
 
Souza complementa afirmando que o vazio que se seguiu após à expulsão dos jesuítas 
deveria ter sido preenchido pelas chamadas “aulas régias”, porém, estas não foram 
satisfatórias (SOUZA, 1986). Cumpre mencionar, que referidas aulas eram conjectura 
de escola pública que deveria ser financiada pelo chamado “subsídio literário”, uma 
espécie de imposto incidente à época. 
 
Maria Cristina Piana afirma que: 
Não obstante, com a expulsão dos jesuítas, em 1759, até a transferência da corte portuguesa 
para o Brasil, em 1808, a educação na colônia passou por um período de desagregação e de 
decadência. Mas, com a chegada de D. João VI, modificou-se a política educacional que o 
governo português adotava em relação ao Brasil. Foram inauguradas diversas instituições 
educativas e culturais e surgiram os primeiros cursos superiores de Direito, Medicina, 
Engenharia, mas não universidades. (PIANA, 2009, p. 60) 
 
Em 1808, a Corte Portuguesa fora instalada no Brasil, sendo que, por consequência, 
houve várias rupturas, sejam de ordem social, econômica e política, em decorrência 
da Programação da Independência e por ter sido fundado o Império do Brasil. 
 
Com a Assembleia Constituinte de 1823 tivemos mais um marco para a história da 
legislação educacional, sendo possível afirmar que: 
a Educação passa a ser encarada, a partir daquele momento, como um dos elementos chaves 
na modelagem de uma nova sociedade, a ponto de ser vista por alguns como uma espécie de 
panaceia para quase todos os males de que a sociedade padecia. (FERRONATO, 2005) 
 
Em 1827 foi determinada em lei a criação de escolas primárias públicas em cidades e 
vilas mais populosas. Ocorre que, essas leis não foram implementadas, passando, em 
1834, para as províncias a responsabilidade da educação primária. 
Em verdade, Paiva afirma que: 
Após a Independência, na Constituição outorgada, a ideia de um sistema educacional torna-
se embrionária, quando se pretendeu garantir escolas primárias e até universidade, pois deve-
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se considerar que a educação não era um assunto de interesse geral. E ainda a qualidade dos 
cursos era insatisfatória. (PIANA, 2009, p. 61) 
 
Ainda neste período é possível citar os seguintes marcos importantes: a) criação do 
Colégio Pedro II, cujo escopo era servir como padrão de ensino (1834 a 1889); b) 
crescimento da iniciativa particular do sistema educacional (1860 a 1889); c) criação 
do Ministério de Educação, Correios e Telégrafos, em 1890. 
 
Já com a Constituição de 1891, fora adotada a forma de administração do sistema 
escolar do Império. 
 
Por sua vez, entre 1889 e 1990, “foram fundadas algumas escolas superiores e 
construídas muitas escolas primárias e secundárias, mas substancialmente pouco se 
alterou o quadro do sistema educacional” (PIANA, 2009, p. 62). Referida autora 
complementa dizendo que: 
 
A expansão do ensino foi lenta e irregular, por falta de uma formulação da política 
educacional e mesmo com a Proclamação da República, em 1889, quase não alterou 
esse cenário, mas houve somente investimento e expansão no ensino superior, por 
meio da criação de muitas escolas para a formação de profissionais liberais, em 
atenção aos interesses de uma classe dominante para a permanência no poder. 
 
Cruz Sobrinho (2011) aponta ainda que, somente a partir de 1920, inicia-se uma série 
de reformas políticas e administrativas do ensino. Nesse cenário, despontam ilustres 
educadores como Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira e Lourenço Filho. Porém, 
somente após a Primeira Guerra Mundial é que a política educacional começou a 
ganhar novos contornos, conforme se passará expor a seguir. 
 
1.2 Sistema Educacional entre 1930 e 1960 
Neste segundo momento, a análise consistirá nos principais marcos ocorridos entre 
1930 e 1960. Neste período, em verdade, o Brasil passou por mudanças estruturais 
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que incidiram diretamente sobre a construção de um sistema nacional de educação 
pública. 
 
Como já dito no início da unidade, houve, no período, transformações estruturais que 
refletiram no aparelho escolar, bem como, a incidência de duas frentes/projetos: o 
nacional-populista e o das oligarquias tradicionais. Essa polarização ganhou cores 
ideológicas, inclusive com reflexo do contexto internacional, podendo apontar: 
capitalista x socialista; esquerda x direta; conservadores x progressistas. 
 
Esse embate ideológico refletiu também no cenário da educação, como afirmam 
Marisa Bittar e Mariluce Bittar: 
A educação, por exemplo, foi palco de manifestações ideológicas acirradas, pois, desde 1932, 
interesses opostos vinham disputando aazespaço no cenário nacional: de um lado, a Igreja 
Católica e setores conservadores pretendendo manter a hegemonia que mantinham 
historicamente na condução da política nacional de educação; de outro, setores liberais, 
progressistas e até mesmo de esquerda, aderindo ao ideário da Escola Nova, propunham uma 
escola pública para todas as crianças e adolescentes dos sete aos 15 anos de idade. (BITTAR; 
BITTAR, 2012, p. 158) 
 
De 1932 e 1936 ocorreu uma grande expansão nas redes escolares, tanto municipais, 
quanto estaduais, em decorrência da Reforma de Francisco Campos, através do 
Decreto 19.890/1931. Sobre o tema, Cruz Sobrinho (2011) destaca que 
 
a formação do homem para todos os grandes setores da atividade nacional, construindo no 
seu espírito todo um sistema de hábitos, atitudes e comportamentos, que o habilitem a viver 
por si mesmo e a tomar, em qualquer situação, as decisões mais convenientes e mais seguras. 
 
Outro marco do período ocorreu com a Constituição de 1937 (BRASIL, 1937), como, 
por exemplo, no art. 15, IX, ao fixar como competência privativa da União, “as bases e 
os quadros da educação nacional, traçando as diretrizes a que deve obedecer a 
formação física, intelectual e moral da infância e juventude”. Além disso, tornou o 
ensino primário e obrigatório, conforme previsão do art. 130: 
Art. 130 - O ensino primário é obrigatório e gratuito. A gratuidade, porém, não exclui o dever 
de solidariedade dos menos para com os mais necessitados; assim, por ocasião da matrícula, 
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será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar escassez de recursos, 
uma contribuição módica e mensal para a caixa escolar. 
 
Com o golpe de Estado que instituiu a ditadura de Vargas (1937-1945),“o governo 
editou uma das reformas mais duradouras do Sistema Educacional Brasileiro, as 
chamadas Leis Orgânicas do Ensino, mais conhecidas como Reforma Capanema 
(1942-1946)”, vez que: a) estabeleceram o ensino técnico-profissional agrícola; b) 
mantiveram o caráter elitista do ensino secundário; c) inseriram um sistema paralelo 
oficial (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e Serviço Nacional de 
Aprendizagem Comercial) (BITTAR; BITTAR, 2012, p. 159). 
 
Ainda em 1946 houve a promulgação de mais uma Constituição (BRASIL, 1946), 
mantendo a competência da união para legislar sobre as diretrizes e bases da 
educação nacional, em seu artigo 5º, XV, “d”, bem como, inserindo uma previsão de 
grande relevância no art. 166, ao apontar que a educação é um direito de todos: “Art. 
166 - A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve inspirar-se 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”. 
 
Igualmente importante é a previsão do art. 168, que aponta como princípio, dentre 
outros, que o “ensino primário é obrigatório” (inc. I) e “gratuito para todos” (inc. II). 
Por sua vez, após a Segunda Guerra Mundial (ocorrida em 1945), bem como, com a 
promulgação da Constituição acima citada, surgiu no Brasil o chamado “Estado 
populista desenvolvimentista”, trazendo consigo inúmeras reivindicações, dentre as 
quais em prol da escola pública, universal e gratuita, tendo resultado na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (PIANA, 2009, p. 65). 
 
Nesse contexto, os anos 1950 marcaram a criação de várias agências de fomento à 
pesquisa e à ciência brasileiras, tendo sido criado, por exemplo, o Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de 
Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
 
Políticas Públicas para a Educação | 
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Ocorre que, em sequência, houve uma instabilidade acentuada pelo conflito de 
ideologias, refletindo na educação, como demonstra o tópico seguinte. 
 
1.3 Sistema Educacional de 1960 a 1988 
Em 1961, conforme ponderado no tópico anterior, após as reivindicações e 
movimentos, foi promulgada, em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Sobre a referida legislação, Maria Cristina Piana afirma que: 
 
A Lei n° 4.024/61 resultou dos dois projetos de lei e estabeleceu que o ensino no Brasil 
de nível primário poderia ser ministrado pelo setor público e privado, extinguindo a 
obrigatoriedade do ensino gratuito nesses anos escolares. Permitiu também ao Estado 
subvencionar os estabelecimentos de ensino particulares, por meio de bolsas de 
estudo e empréstimos, e a construção, as reformas e a infraestrutura da escola. 
(PIANA, 2009, p. 65) 
 
A citada Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1961) incorporou os princípios 
do direito à educação, da obrigatoriedade escolar e da extensão da escolaridade 
obrigatória nos seguintes termos: 
Art. 2º. A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. 
Art. 3º. O direito à educação é assegurado pela obrigação do poder público e pela liberdade 
de iniciativa particular de ministrarem o ensino em todos os graus, na forma da lei. 
 
Referida legislação, em verdade, refletia uma medida importante do Estado em 
relação à política educacional, sendo possível elencar a seguinte estrutura do sistema 
de ensino proposta: 
1. Educação pré-primária (até 7 anos). 
2. Ensino primário (4 séries). 
3. Ensino médio: ginasial (4 séries) e colegial (3 séries ao menos). 
4. Ensino técnico (ginasial e colegial): industrial, agrícola e comercial. Curso de 
formação de professores (Normal). 
Políticas Públicas para a Educação | 
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5. Ensino superior (graduação, pós-graduação, especialização) (BRASIL, 1961) 
 
Ramos (2011) argumenta que o Golpe Militar de 1964, que depôs o Presidente João 
Goulart, deu início aos chamados “Anos de Chumbo”, um período caracterizado por 
forte repressão à liberdade de expressão, o que influenciou diretamente a legislação 
educacional. Por sua vez, Piana (2009, p. 66) afirma que: “A partir de 1964, com o 
início da ditadura militar, o debate popular arrefece, entretanto, o Estado amplia o 
sistema de ensino, inclusive o superior”. 
 
Muitos doutrinadores levantam a seguinte questão: como num período que ficou 
conhecido por ser autoritário gerou a expansão da escola pública? Segundo parcela 
da doutrina: 
A resposta deve ser buscada na própria base produtiva do modelo econômico instaurado pelos 
governos militares. A consolidação da sociedade urbano-industrial durante o regime militar 
transformou a escola pública brasileira porque na lógica que presidia o regime era necessário 
um mínimo de escolaridade para que o País ingressasse na fase do “Brasil potência”, conforme 
veiculavam slogans da ditadura. Sem escolas isto não seria possível. (BITTAR; BITTAR, 2009, p. 
162) 
 
Nesse período, é possível destacar dois momentos importantes, quais sejam: 1º. 
Reforma Universitária, inserida pela Lei n. 5.540/1968, instituindo o vestibular 
obrigatório e estruturando as universidades em unidades, dentre outros aspectos; 2º. 
Reforma do Ensino de 1º e 2º graus, ocasionada pela Lei n. 5.692/1971, impactando 
diretamente no ensino superior, ao tornar o segundo grau obrigatoriamente 
profissional. 
 
Ainda em relação às décadas de 60 e 70, existiram inúmeros movimentos educacionais 
voltados para a educação de adultos, visando a alfabetizar todo um contingente 
populacional analfabeto. 
 
Igualmente na década de 1960 é importante destacar a criação da Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), vez que foi a primeira de outras 
fundações estaduais criadas em apoio à pesquisa. 
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Já em 1976 e 1977 importante destacar a criação da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e a Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). 
 
No final da década de 1980, por sua vez, “após intenso processo de discussão e 
organização dos mais variados segmentos da sociedade política e da sociedade civil”, 
foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conforme 
será abordado em sequência. 
 
1.4 Sistema Educacional a partir de 1988 
A Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) é considerada um marco para os 
direitos fundamentais, individuais e sociais, dentre os quais a educação. É possível 
verificar a importância para a educação pela leitura do art. 205, do aludido diploma 
constitucional, que assim versa: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Por sua vez, o art. 206 elenca os princípios a serem observados, dentre os quais, a 
igualmente de condições para o acesso e permanência na escola (inc. I), gratuidade 
do ensino público em estabelecimentos oficiais (inc. IV) e a garantia de padrão de 
qualidade (inc. VII). 
 
Além disso, restou fixado no art. 208, que é dever do Estado a garantia de “educação 
básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso 
na idade própria” (inc. I); “educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 
(cinco) anos de idade” (inc. IV); dentre outros, sendo destacado no § 1º que: “O acesso 
ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”. 
 
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Inegável, desta feita, o dever do Estado para com a educação, seja atuando de forma 
direta, através da educação pública, seja de forma indireta, diante das escolas 
particulares. 
 
Verifica-se que o direito à educação ganhou novos contornos, recebendo atenção 
especial na Constituição Federal de 1988, refletindo na atuação estatal e respectivas 
políticas públicas, porém este contexto será delineado a seguir. 
 
A educação como visto anteriormente é um direito que foi sendo conquistado ao 
longo da história, tendo diversos períodos significativos, dentre os quais é preciso 
analisar a influência da Constituição Federal de 1988 em tal direito. 
 
A Constituição Federal de 1988 inseriu a educação no rol dos direitos sociais, e, uma 
vez reconhecido que a tal direito possui como característica tratar-se de um direito 
fundamental de segunda geração, necessário se faz a atuação do Estado para sua 
efetivação, ou seja, é patente a necessidade de políticas públicas que assegurem o 
direito subjetivo à educação. 
 
Trata-se de uma conclusão que se extrai da previsão constitucional, como, por 
exemplo, do art. 6º, que assim versa: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (BRASIL, 1988) 
 
A obrigação do Estado para com a educação foi ratificada no art. 205, da Constituição 
Federal de 1988: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Diante desse cenário, impõe-se a persecução de esforços por parte do Estado a fim 
de que tal direito seja assegurado. Para tanto, o Brasil elaborou um Plano Nacional de 
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Educação em Direitos Humanos, no qual, se assume o compromisso do Estado na 
concretização dos direitos humanos. 
 
Importante, mencionar, nesse ponto, que o Poder Público assume através do referido 
Plano, conforme consta expressamente em sua apresentação, o direito à educação de 
qualidade. Veja-se: 
Nessa direção, o governo brasileiro tem o compromisso maior de promover uma educação de 
qualidade para todos, entendida como direito humano essencial. Assim, a universalização do 
ensino fundamental, a ampliação da educação infantil, do ensino médio, da educação superior 
e a melhoria da qualidade em todos esses níveis e nas diversas modalidades de ensino são 
tarefas prioritárias. (PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS/COMITÊ 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS, p. 5, online). 
 
Infere-se, por conseguinte, que a educação de qualidade, em todos os níveis e 
modalidades, para todos, é um direito humano essencial, sendo que a universalização 
do ensino fundamental, da educação infantil do ensino médio e da educação superior 
é um compromisso prioritário do governo brasileiro. 
 
A qualidade do ensino também é assegurada na própria Constituição Federal, no já 
mencionado art. 206, ao prever como um dos princípios a qualidade de ensino. A 
obrigação estatal, assim, não se reveste apenas em assegurar o direito à educação 
para todos, mas que está educação seja efetivada com qualidade, para que possa 
propiciar o pleno desenvolvimento humano, o preparo para o exercício da cidadania 
e a qualificação para o trabalho. 
 
Mas, em verdade, o que seria a educação? Sobre o conceito de educação, Mônica 
Tereza Mansur Linhares (2009) afirma que: 
A Educação é uma das atividades mais elementares do homem: ela se inscreve no princípio 
fundador e formador do desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade. Esse sentido indica 
que a Educação é um princípio universal, descrito como fundamento antropológico que liga o 
indivíduo à sua espécie, à sociedade, à linguagem e à cultura. Movimento esse que designa 
um processo que vincula um sujeito ao seu meio, a um sistema de sociedade, de cultura e de 
valores, onde as instituições de ensino tomam lugar muito especial. 
 
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Por sua vez, Elias de Oliveira Motta (1997, p. 79-80) aponta que a educação é, em 
essência, um processo de mudanças sistemáticas e conscientes, sendo realizado de 
forma planejada e organizada, sendo, assim, o instrumento mais eficaz de 
determinado governo para a efetivação do desenvolvimento de um povo. 
 
É um direito, portanto, essencial, para a persecução, inclusive, de outros direitos, sendo 
necessário o engajamento do poder público com a sociedade como um todo. A 
Constituição Federal de 1988 como já dito foi um marco nesse sentido, pois previu de 
forma expressa esse dever estatal. 
 
Devido à sua significância para a formação humana, é possível destacar que a 
educação é um direito complexo, sendo não apenas um interesse do sujeito 
individualmente considerado, com um direito próprio da sociedade (BARUFFI, 2008, 
p. 85). 
 
A Constituição Federal de 1988 representa, assim, um avanço quanto ao tema, 
assegurando, dentre outros aspectos: 
a) A igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (art. 206, I, 
CF), o que reflete diretamente na busca pela mitigação da elitização do ensino; 
b) A gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais (art. 206, IV, CF), 
o que também reflete na mitigação da elitização, bem como, assegurar que 
tenha uma maior abrangência; 
c) A gestão democrática do ensino público (art. 206, VI), o que se mostra benéfico, 
pois possibilita a cooperação entre União, Estados e Municípios; 
d) A garantia de padrão de qualidade (art. 206, VII), para que, de fato, se alcancem 
as finalidades previstas no art. 205, CF: pleno desenvolvimento humano, 
capacitação para o trabalho e o preparo para o exercício da cidadania; 
e) O dever de o Estado assegurar a educação básica, que é obrigatória, devendo 
ser gratuita, dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, nos termos do art. 
208, I, CF; 
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f) O Estado igualmente deve assegurar a educação infantil, em creche e pré-
escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade, bem como, acesso aos níveis 
mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um (art. 208, IV e V). 
 
A previsão da descentralização foi um ponto considerado benéfico para educação, 
segundo a doutrina, trazendo consigo a ideia de “gestão na educação”. Sobre o tema, 
Piana (2009, p. 75) afirma que: 
Com essa política de descentralização educacional e de gestão na escola pública, tem-se dado 
ênfase à participação da comunidade escolar, como as famílias, os alunos, funcionários da 
escola, educadores em geral, para a elaboração da proposta pedagógica de cada escola. 
 
O Estado, assim considerado a união, estados e municípios, deve atuar em cooperação 
com a sociedade, nos termos do art. 205, CF, para que seja assegurado o direito à 
educação para todos, para que, de fato, os objetivos constitucionais sejam atingidos. 
A educação, por conseguinte, corresponde a um direito intrínseco a pessoa, elemento 
necessário à formação de sua personalidade, pois, conforme informação expressa em 
tal dispositivo constitucional visa “ao pleno desenvolvimento da pessoa”. Isso porque, 
Admitida como direito fundamental, a educação assume função basilar na construção da 
cidadania. Assumi-la como prioridade significa respeitar o princípio da dignidade da pessoa 
humana, haja vista dar condições aos que ela tem acesso, de exercer os demais direitosfundamentais e desfrutar melhores condições de vida (SILVA; MASSON, 2015). 
 
A respeito da vinculação da educação com a formação da personalidade, é oportuno 
apontar o Pacto Internacional Relativo aos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 
1966, incorporado, no Brasil, através do Decreto Legislativo n. 226 de 1991 (BRASIL, 
1991). Em seu artigo 13, há a seguinte previsão: 
1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à educação. 
Concordam em que a educação deverá visar ao pleno desenvolvimento da personalidade 
humana e do sentido de sua dignidade e fortalecer o respeito pelos direitos humanos e 
liberdades fundamentais. Concordam ainda em que a educação deverá capacitar todas as 
pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a compreensão, a 
tolerância e a amizade entre todas as nações e entre todos os grupos raciais, étnicos ou 
religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
 
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A Constituição Federal de 1988 e o aludido Pacto Internacional, incorporado no nosso 
ordenamento, caminham no mesmo sentido, apontando o direito à educação como 
aspecto necessário a formação da personalidade humana, isto é, imprescindível ao 
desenvolvimento pleno da pessoa humana. 
 
Diante dessa preocupação e exigência constitucional, surgiu a nova Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação, que será objeto de estudo no item seguinte. 
 
2 Da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional com Ênfase 
na Educação Básica 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação veio consolidar a exigência de que a educação 
seja um direito assegurado a todos, trazendo disposição e ratificando o texto 
constitucional, ressaltando a obrigação do poder público. Trata-se da Lei n. 
9.394/1996, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional. 
 
Já em seu art. 2º, aponta-se a fundamentalidade da educação para a pessoa humano, 
assemelhando-se à redação do já citado art. 205, da Constituição Federal: 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos 
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
É possível, assim, apontar a existência de um vínculo entre o direito à educação e a 
dignidade da pessoa humana, ou seja, o direito à educação precisa ser analisado à luz 
de tal princípio, que, consiste em elemento norteador de todo o ordenamento jurídico 
pátrio. 
 
Em complementação ao já reportado art. 208, §1º, da Constituição Federal de 1988, 
que prevê que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, 
foi insculpido o art. 5º, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996), com a 
seguinte redação: 
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O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, 
grupos de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra 
legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. 
 
A educação é condição para que o indivíduo possa desenvolver, de forma plena, as 
inúmeras capacidades, bem como, formar sua personalidade. É, portanto, um direito 
fundamental no qual se assenta todo o desenvolvimento do ser humano, atrelando-
se ao chamado mínimo existencial. 
Como componente do mínimo essencial, não pode ser postergada. Pelo contrário, 
deve ser tratada com prioridade pelo Estado, e tão pouco poderá a reserva do possível 
ser alegada para justificar eventual omissão estatal que comprometa as condições 
mínimas necessárias a uma vida digna, como, por exemplo, no que tange à educação. 
 
Por isso, é imprescindível uma atuação efetiva por parte do Estado desde a chamada 
educação básica. Mas, o que no que consiste essa previsão? 
 
Para a compreensão do que consiste a educação básica é preciso a análise em 
conjunto do art. 4º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, com o art. 208, da 
Constituição Federal: 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia 
de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 
organizada da seguinte forma: 
a) pré-escola; 
b) ensino fundamental; 
c) ensino médio; 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade 
própria; 
 
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O art. 21, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) complementa 
apontando que a educação básica é formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio, sendo um dos pilares da educação escolar ao lado da 
educação superior. 
 
Os objetivos da educação básica, por sua vez, estão traçados no art. 22, da citada lei, 
com o seguinte teor: “Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da 
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” 
(BRASIL, 1996). 
 
As finalidades, por conseguinte, se amoldam a previsão geral do direito à educação, 
visando a plena formação e desenvolvimento, sendo indispensável para o exercício de 
outros direitos, tais como a cidadania e o trabalho. Carlos Roberto Jamil Cury afirma 
que: 
 
A educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, 
negou, de modo elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela 
ação sistemática da organização escolar. Resulta daí que a educação infantil é a base 
da educação básica, o ensino fundamental é o seu tronco e o ensino médio é seu 
acabamento, e é de uma visão do todo como base que se pode ter uma visão 
consequente das partes. (CURY, 2002, p. 170) 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ampliou o conceito da educação básica, 
valorizando também a educação infantil como componente indispensável. É por 
intermédio de uma educação básica de qualidade que se oferece os meios para a 
promoção humana, para a construção do cidadão, exercício da cidadania e trabalho e 
também da qualidade da vida coletiva. 
 
Como decorrência dessa essencialidade, a própria Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação aponta as regras comuns que devem ser seguidas nos níveis fundamental e 
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médio, conforme se depreende do art. 24, da citada lei (BRASIL, 1996), quais sejam, 
exemplificativamente: 
a) Carga horária mínima anual, nos termos do inc. I; 
b) Classificação em qualquer série ou etapa (com exceção da primeira do ensino 
fundamental), considerando os critérios previstos no inc. II; 
c) Possibilidade de progressão parcial de série, conforme inc. III; 
d) Verificação de rendimento, conforme os critérios previstos no inc. V. 
 
O art. 26, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) por outro lado, versa 
que os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio 
devem ter base nacional comum, sendo possível a complementação em cada sistema 
de ensino e em cada estabelecimento escolar, considerando as características 
regionais, locais da sociedade, da cultura, da economia e doseducandos. 
 
Há, igualmente, previsão insculpida no Estatuto da Criança e do Adolescente que, no 
art. 54 aponta que o Estado tem o dever de assegurar à criança e ao adolescente: a) 
ensino fundamental (inciso I), sendo este obrigatório; b) ensino médio, que é 
obrigatório e gratuito (inciso II); c) atendimento em creche e pré-escola às crianças de 
zero a 5 (cinco) anos de idade (inciso IV). 
 
A educação básica, portanto, é, na atualidade, estruturada em três estágios: 
1º. Educação Infantil 
A educação infantil tem como finalidade precípua o desenvolvimento integral da 
criança de até 5 (cinco) anos, devendo considerar os aspectos físico, psicológico, 
intelectual e social. Deve ser uma complementação da ação da família e da 
comunidade. É o entendimento que se extrai do art. 29, da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação (BRASIL, 1996) 
 
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O art. 30, da citada lei (BRASIL, 1996) aponta a composição da educação infantil, qual 
seja: a) creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; b) 
pré-escola, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos. 
 
Denota-se, com isso, “que as creches e as pré-escolas são direito tanto das crianças 
como de seus pais e são instituições de caráter educacional e não simplesmente 
assistencial como muitas vezes foram consideradas” (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p. 24). 
Elissandra Bernardino Pereira complementa dizendo que: 
 
Hoje, a criança é amparada por uma pedagogia que pretende atende-la em todos os 
seus aspectos; social, cultural etc. Fazendo com que esta, em seu tempo, seja educada 
por um adulto. Portanto, a participação da criança junto a sociedade atual é de 
extrema relevância para a sobrevivência da espécie. [...] A criança faz parte de uma 
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada 
cultura, num determinado momento histórico. Portanto, ela constrói o conhecimento 
a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que 
elas vivem. Sendo assim, compreender, conhecer, o jeito particular das crianças serem 
e estarem no mundo é o grande desfio da educação infantil e, consequentemente de 
seus profissionais. Por mais que tentamos desenvolver o universo infantil apontando 
algumas características comuns de ser da criança, ela permanece única em suas 
individualidades e diferenças. 
 
Por sua vez, no art. 31, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) são 
traçados os requisitos mínimos a serem observados. 
 
2º. Ensino Fundamental 
O ensino fundamental é etapa obrigatória, tendo duração de 9 (nove anos), sendo 
gratuito na escola pública. Inicia-se aos 6 (seis) anos de idade e o objetivo central é a 
formação básica do cidadão, considerando os aspectos previstos nos incisos do art. 
32, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, quais sejam: 
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio 
da leitura, da escrita e do cálculo; 
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II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes 
e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância 
recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996) 
 
Em relação a tal estágio: 
A obrigatoriedade do ensino fundamental também implica reconhecê-lo como a formação 
mínima que deve ser garantida a todos os brasileiros, de qualquer idade. Em sua conclusão, o 
estudante deve dominar a leitura, a escrita e o cálculo. Outro objetivo desta etapa é 
desenvolver a capacidade de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a 
tecnologia, as artes e os valores básicos da sociedade e da família. (PORTAL BRASIL, 2012) 
 
As duas primeiras fases – educação infantil e ensino fundamental – são consideradas 
indissociáveis, já que ambas “envolvem conhecimentos e afetos, saberes e valores, 
brincadeiras, cuidado, acolhimento, atenção e educação” (LOBO, 2012, p. 74), porém, 
cada uma com objetivos próprios. 
 
Na educação infantil, há que se falar em duas dimensões no atendimento: o cuidar e 
o educar as crianças, devendo haver o respeito à sua faixa etária e às suas 
especificidades, que originam da infância. Por sua vez, em relação ao ensino 
fundamental, é preciso assegurar a continuidade do atendimento que tenha como 
princípio o respeito às particularidades da infância, mediante currículo sócio e 
articulado e que esteja em consonância não apenas com a educação infantil, mas 
também com os segmentos posteriores do ensino. 
É, portanto, o tronco da educação básica, que será concluído na terceira etapa. 
 
3º. Ensino Médio 
O ensino médio é a terceira etapa da educação básica, tendo duração mínima de três 
anos, segundo o art. 35, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996). As 
finalidades estão previstas nos incisos do citado artigo: a) consolidação e 
aprofundamento dos conhecimentos já adquiridos anteriormente (inc. I); b) 
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preparação básica para o trabalho e cidadania (inc. II); c) aprimoramento do educando 
como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico (inc. III); d) compreensão dos fundamentos 
científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática 
(inc. IV). 
Sobre o ensino médio é preciso destacar que: 
[...]deve ser planejado em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do 
sujeito humano referencial desta última etapa da Educação Básica: adolescentes, jovens e 
adultos. Cada um desses tempos de vida tem a sua singularidade, como síntese do 
desenvolvimento biológico e da experiência social condicionada historicamente. Por outro 
lado, se a construção do conhecimento científico, tecnológico e cultural é também um 
processo sócio-histórico, o ensino médio pode configurar-se como um momento em que 
necessidades, interesses, curiosidades e saberes diversos confrontam-se com os saberes 
sistematizados, produzindo aprendizagens socialmente e subjetivamente significativas. Num 
processo educativo centrado no sujeito, o ensino médio deve abranger, portanto, todas as 
dimensões da vida, possibilitando o desenvolvimento pleno das potencialidades do educando. 
(BRASIL, Ministério da Educação, [s.d.]). 
 
A educação básica, portanto, é alicerçada nesses três momentos, sendo que, a 
finalidade comum é que seja atingida as metas do art. 205, da Constituição Federal. 
Para tanto, não basta assegurar o acesso à escola, mas também a permanência e que 
seja ofertada uma educação de qualidade. 
 
Surge, nesse contexto, as políticas públicas educacionais, que serão objeto do quarto 
e último tópico do presente material. 
 
3 Das Políticas Públicas Educacionais 
A educação é um dever imposto ao Estado e à sociedade, nos moldes do art. 205, da 
Constituição Federal de 1988 e também do art. 2º, da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação, o que impõe a análise das chamadas políticas públicas educacionais. 
 
Em primeiro momento, por consequência, é preciso compreender o que consiste 
“política”. Etimologicamente, Oliveira (2010) afirma que: “Política é uma palavra de 
origem grega, politikó, que exprime à condição de participação da pessoa que é livre 
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Das Políticas Públicas Educacionais 
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nas decisões sobre os rumos da cidade, a pólis. Já a palavra pública é de origem latina, 
publica, significava povo, do povo”. Azevedo (2003, p. 38), complementa afirmando 
que: “política pública é tudo o que um governo faz e deixa de fazer, com todos os 
impactos de suas ações e de suas omissões”. 
 
A política pública, por conseguinte, pode ser conceituada como “um programa ou 
quadro de ação governamental, porque consiste num conjunto de medidas 
articuladas (coordenadas)”, sendo que a ideia central consiste em “movimentar a 
máquina do governo, no sentido de realizar algum objetivo de ordem pública, ou, na 
ótica dos juristas, concretizar um direito” (BUCCI, 2006, p. 14). 
 
Ao conceituar política pública, por sua vez, Jenkins (apud HOWLETT; RAMESH; PERL, 
2013, p. 8) a define como: 
[...] um conjunto de decisões inter-relacionadas, tomadas por um ator ou grupo de atores 
políticos, e que dizem respeito à seleção de objetivos e dos meios necessários para alcança-
los, dentro de uma situação específica em que o alvo dessas decisões estaria, em princípio, ao 
alcance desses atores. 
 
As políticas públicas, desta feita, correspondem à mecanismo importante para a 
promoção humana, para a satisfação de necessidades humanas. A educação é um dos 
direitos a serem efetivados mediante, dentre outras situações, por intermédio das 
políticas públicas. 
 
Isso porque, é por intermédio da educação que o indivíduo se desenvolve plenamente, 
formando sua dignidade, tornando-se um cidadão. Sobre a questão, Zenni e Félix 
afirmam que a educação é: 
[...] o processo pelo qual o homem passa de uma mentalidade sensitivamente comum para 
uma mentalidade consciente, ou seja, sair de uma concepção fragmentária, incoerente, passiva 
e simplista, para assumir uma concepção unitária, coerente articulada, intencional, ativa e 
cultivada. Educar é evoluir, capacitar à dignidade. (ZENNI; FÉLIX, 2011) 
 
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Das Políticas Públicas Educacionais 
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As políticas públicas educacionais consistem, desta feita, no principal mecanismo que 
visa assegurar o direito à educação a todos, destacadamente às crianças e 
adolescentes em se tratando da educação básica. 
 
Devido à sua relevância, importante trazer conceito sobre o tema. Segundo Oliveira 
(2010), política pública educacional: 
[...] é tudo aquilo que um governo faz ou deixa de fazer em educação. Porém, educação é um 
conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas 
educacionais é um foco mais específico do tratamento da educação, que em geral se aplica às 
questões escolares. Em outras palavras, pode-se dizer que políticas públicas educacionais 
dizem respeito à educação escolar. 
 
A política pública educacional, portanto, são múltiplas, diversas e alternativas, tendo como 
escopo precípuo às questões educacionais (PEDRO; PUIG, 1998, apud VIEIRA, 2011, p. 55-56). 
No âmbito prático, é possível afirmar que as políticas públicas consistem em ideias, ações 
governamentais, vez que “a análise de política pública é, por definição, estudar o governo em 
ação” (SOUZA, 2003). 
 
Sendo assim, as políticas públicas educacionais devem observar o embasamento legal, 
ou seja, os marcos legais sobre os quais todas as políticas educacionais se assentam e 
costumam ser enquadradas para que sejam produzidas pelo Estado. Esses marcos 
legais têm como base principal a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional. 
 
Mas, quais as principais políticas públicas existentes hoje no Brasil quanto à educação? 
Quais as iniciativas do Poder Público? 
 
Sobre a questão, Sofia Lerche Vieira aponta que: 
Assim, são objeto de interesse e de análise da política educacional as iniciativas do Poder 
Público, em suas diferentes instâncias (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e espaços 
(órgãos centrais e intermediários do sistema e unidades escolares). Sua abrangência é ampla 
já que “vêm se constituindo hoje em um terreno pródigo de iniciativas, quer no campo dos 
suportes materiais, quer no campo de propostas institucionais, quer no setor propriamente 
pedagógico (VIEIRA, 2007, p. 57) 
 
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As políticas públicas educacionais, neste contexto, implicam em ações do Poder 
Público, que são transformadas em práticas que se materializam em gestão. A 
despeito, Vieira (2007, p. 58) aponta que a gestão pública leva em consideração três 
dimensões, quais sejam: a) o valor público; b) as condições de implementação; c) as 
condições políticas. 
 
O valor público, ainda segundo a autora, decorre da própria previsão constitucional, 
insculpida no art. 205, da Constituição Federal de 1988, ao apontar a educação como 
direito de todos e dever do Estado e da família, já que “está professando um valor 
público que, para ganhar materialidade, precisa se traduzir políticas” (VIEIRA, 2007, p. 
58). 
 
Quanto às condições de implementação e de condições políticas, Vieira afirma que: 
Nenhuma gestão será bem-sucedida se passar ao largo dessas duas dimensões. Por melhores 
e mais nobres que sejam as intenções de qualquer gestor ou gestora, suas ideias precisam ser 
viáveis (condições de implementação) e aceitáveis (condições políticas). (VIEIRA, p. 59). 
Portanto, é preciso analisar alguns aspectos da chamada gestão educacional, que abarca os 
sistemas educacionais, dizendo respeito “aos estabelecimentos de ensino; a gestão 
democrática, por sua vez, constitui-se num eixo transversal, podendo estar presente, ou não, 
em uma ou outra esfera” (VIEIRA, 2007, p. 60). 
 
Mas, quais seriam essas esferas? O que abrange a já mencionada gestão 
democrática? 
De acordo com a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a gestão da 
educação nacional se expressa através da organização dos sistemas de ensino federal, 
estadual e municipal, ou seja, é preciso uma participação efetiva e em colaboração 
entre a União, os Estados e Municípios. 
 
Tal enquadramento decorre da previsão do art. 211, da Constituição Federal de 1988 
(BRASIL, 1988): “Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino”. Por sua vez, os 
parágrafos de tal dispositivo constitucional traçam os contornos de cada um dos entes 
públicos anteriormente descritos. 
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Segundo o §1º, art. 211, da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) à União 
compete organizar o sistema federal de ensino, bem como, financiar as instituições de 
ensino federais, bem como, atuar para que haja a equalização das oportunidades 
educacionais e que seja assegurado o padrão mínimo de qualidade do ensino, 
prestando, para tanto, assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) complementa as informações, 
quanto às funções da União, em seu art. 9º, como por exemplo: a) elaboração do Plano 
Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, Distrito Federal e Municípios; 
b) prestar assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios; c) 
coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; dentre outros. 
 
Os Municípios, por sua vez, atuarão de forma prioritária no ensino fundamental e na 
educação infantil (§2º, art. 211, da Constituição Federal de 1988). Já os Estados e o 
Distrito Federal, atuarão de forma prioritária no ensino fundamental e médio, 
conforme §3º, art. 211, da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988). 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996) complementa as atribuições 
do art. 10 e art. 11, abordando as funções dos Estados e Municípios, respectivamente.Além disso, conforme art. 211, §4º, da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), “§ 
4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a 
universalização, a qualidade e a equidade do ensino obrigatório”. 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, bem como, a previsão constitucional, organiza 
a estrutura do sistema educacional brasileiro, que, segundo Saviani et al. (1996, 
documento on-line), “[...] é a unidade de vários elementos intencionalmente reunidos, 
de modo a formar um conjunto coerente e operante”. Esse sistema é composto pelos 
seguintes sistemas: a) sistema federal de ensino; b) sistemas de ensino estaduais e do 
Distrito Federal; c) sistemas de ensino municipais. 
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Por sua vez, quanto à gestão escolar, Lück afirma que: 
A gestão escolar constitui uma das áreas de atuação profissional na educação destinadas a 
realizar o planejamento, a organização, a liderança, a orientação, a mediação, a coordenação, 
o monitoramento e a avaliação dos processos necessários à efetividade das ações educacionais 
orientadas para a promoção da aprendizagem e a formação dos alunos. (2009, p. 23) 
 
Portanto, para a atuação em face das escolas é preciso levar em consideração as 
dimensões administrativas, financeira, de gestão de pessoas e pedagógica, sendo 
imprescindível as políticas públicas na condução dessas ações, sendo que é preciso 
respeitar algumas regras básicas previstas no art. 12, da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (BRASIL, 1996): 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de 
ensino, terão a incumbência de: 
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade 
com a escola; 
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis 
legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta 
pedagógica da escola; 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao 
respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem 
quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei. 
 
Mas, como efetivar toda essa previsão? Como aplicar essas ações 
governamentais e cumprir a previsão constitucional e legal? 
Há alguns aspectos que precisam ser analisados, que compreendem a organização e 
normatização curricular quanto ao planejamento geral do sistema educacional, bem 
como, o processo de avaliação e financiamento da educação, quais sejam, a título de 
exemplificação: 
 
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3.1 Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) 
As diretrizes curriculares nacionais são normas que têm caráter obrigatório para a 
educação básica e visam orientar a forma como o currículo das escolas deve ser 
planejado em todo o sistema educacional brasileiro. Referidas diretrizes devem ser 
fixadas pela União, conforme previsão do art. 9º, IV, da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (BRASIL, 1996). 
 
3.1.1 Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
A Base Nacional Comum Curricular deve “nortear os currículos dos sistemas e redes 
de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de 
todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino 
Médio, em todo o Brasil” (Ministério da Educação, [s.d]). 
 
Consta, igualmente, na introdução da Base Nacional Comum Curricular a seguinte 
definição: 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define 
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem 
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham 
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que 
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). (Ministério da Educação, [s.d]). 
 
Referido documento aponta, de forma pormenorizada, o que deve ser observado nas 
etapas da educação básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, 
sendo um aporte imprescindível na gestão educacional e elaboração das respectivas 
políticas públicas. 
 
Ocorre que, nesse contexto, uma pergunta merece atenção: com quais recursos 
essas políticas públicas serão implementadas? 
Quando falamos em política pública e em gestão educacional, por consequência, é 
preciso antes de tudo pensar em financiamento. Para tanto, foi criado o chamado 
FUNDEB, uma política pública de custeio educacional e tem impacto significativo no 
orçamento educacional. 
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4 Do Financiamento Educacional 
Antes de adentrarmos propriamente no FUNDEB é imprescindível abordarmos o 
disposto no art. 212 da Constituição Federal que disciplina acerca do financiamento 
constitucional da Educação: 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
 
Com a leitura do dispositivo constitucional, verificamos que o financiamento 
educacional é colaborativo e que necessita do diálogo tributário da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para sua concretização. 
 
Mas o repasse constitucional da forma como proposta no art. 212 não concretiza todo 
o arcabouço do direito educacional, necessitando, portanto, de uma política pública 
educacional de custeio deste direito fundamental, público subjetivo e da 
personalidade. Foi pensando na efetividade deste direito que vários os fundos de 
custeio educacionais foram criados. 
 
O primeiro fundo a ser criado foi o chamado FUNDEF – Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. Instituído 
por meio da Emenda Constitucional nº 14/1996 e regulamentado pela Lei nº 
9.424/1996 teve vigência de 10 anos e tinha como condão o desenvolvimento de uma 
política de custeio educacional priorizando o Ensino Fundamental. 
 
No ano de 2006 o FUNDEF perde sua vigência dando espaço para outra política de 
custeio educacional o chamado FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
do Ensino Fundamental e de Valorização dos Profissionais da Educação, que foi criado 
pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e 
pelo Decreto nº 6.253/2007 que ficou vigente até o ano de 2020, ou seja, 14 anos. 
 
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Com o Decurso do tempo legislativo o NOVO FUNDEB, editado pela Emenda 
Constitucional nº 108/2020 e regulamentado pela Lei nº 14.113/2020 passa a ater 
vigência permanente e o foco da política pública sofre modificação significativa. 
Para visualizarmos melhor as políticas públicas de custeio pelo fundo da educação, 
convido você a olhar a tabela abaixo: 
 
Fonte: autora. 
 
O Novo Fundeb conhecido como espinha dorsal que estrutura a Educação faz parte 
da política pública de custeio educacional no sistema colaborativo descrito na 
Constituição Federal. O fundo possui natureza contábil e sua gestão passa a ser 
municipal,pois prioriza o repasse do custeio educacional para o ente público mais 
vulnerável economicamente. 
 
A modificação das diretrizes da política de custeio trouxe ao novo FUNDEB maior 
estabilidade ao Sistema de Ensino e com uma maior complementação da União, que 
deixa de repassar somente 10% e passa a custear 23% da educação, numa distribuição 
mais justa e eficiente. 
 
O novo FUNDEB ganha novos recursos, como já dito anteriormente: 
a) O tradicional FUNDEB já existente desde a EC 53/1996, mas que recebe a 
nomenclatura de VAAF na atual legislação; e, 
b) As complementações do VAAT (até 10,5%) e VAAR (2,5%). 
 
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Mas o que seriam essas siglas que compõem o FUNDEB? 
O VAAF é o chamado Valor Anual por Aluno no Fundo e corresponde aos 10% de 
repasse da União. 
 
O VAAT é o Valor Anual Total por Aluno e tem a finalidade de trazer maior equidade 
e isonomia na distribuição dos recursos públicos educacionais, priorizando o 
município mais pobre. O percentual de repasse da União poderá atingir o percentual 
de 10,5%. 
 
Por fim, o VAAR que é o Valor Anual por Aluno Decorrente da Complementação é a 
variante que levará em consideração o desempenho escolar da escola pública. O 
percentual de repasse pode chegar a 2,5% e tem o condão de garantir uma educação 
de qualidade. 
 
A distribuição do recurso pode ser evidenciada na seguinte tabela: 
 
Fonte: Autora. 
Outra modificação importante do NOVO FUNDEB está na contagem da matrícula que 
passa a ser contabilizada de forma diferente em duas situações: 
a) Educação regular que tenha atendimento especializado; e, 
b) Educação profissional técnico de nível médio. 
As ponderações para a contabilização das matrículas passam a ser diferentes para as 
idades escolares e as escolas públicas ou conveniadas, de forma a proporcionar um 
maior repasse da União: 
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CRECHE INTEGRAL CONVENIADA 1,10 
Creche parcial conveniada 0,80 
Pré-escola parcial 1,10 
Educação Fundamental – Anos Iniciais (Campo) 1,1 
Educação Fundamental – Anos Finais (Campo) 1,20 
 
Por fim, a nova política de custeio educacional estabelece novas subvinculações, quais 
sejam: 1) aplicação de 70% do repasse para o custeio da folha de pagamento dos 
profissionais da educação (aborda professores e todos os demais envolvidos no 
processo educacional, como por exemplo, a psicóloga e a assistente social); 2) a 
necessidade de gasto dos recursos advindos pelo VAAT da seguinte forma: a) 50% 
com educação infantil; e, b) 15% com despesa de capital. 
 
Diante deste contexto o que se espera é que a educação, agora com maior recurso, 
seja efetivada de forma a fomentar um ensino de qualidade e garantir, por via de 
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Referências Bibliográficas 
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consequência, as finalidades constitucionais: pleno desenvolvimento, capacitação 
para o mercado de trabalho e exercício da cidadania. 
 
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Políticas Públicas para a Educação | 
Referências Bibliográficas 
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	Sumário
	1 Da Parte Histórica do Sistema de Ensino no Brasil
	1.1 Sistema Educacional entre os anos de 1500 e 1930
	1.2 Sistema Educacional entre 1930 e 1960
	1.3 Sistema Educacional de 1960 a 1988
	1.4 Sistema Educacional a partir de 1988
	2 Da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional com Ênfase na Educação Básica
	3 Das Políticas Públicas Educacionais
	3.1 Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)
	3.1.1 Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
	4 Do Financiamento Educacional
	5 Referências Bibliográficas