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Prof. Dr. Cláudio Cazarini UNIDADE I Eletroterapia Esta disciplina propõe apresentar os recursos físicos utilizados pela fisioterapia que alteram a transmissividade elétrica dos neurônios, proporcionando respostas fisiológicas e terapêuticas nos pacientes, por meio da aplicação de correntes elétricas que sensibilizam receptores em busca de melhora dos quadros clínicos. Além disso, são feitas abordagens teóricas e práticas dos princípios da eletroterapia, bem como a diferenciação entre os diversos recursos elétricos disponíveis para o estabelecimento de prioridades de tratamento diante do diagnóstico dos pacientes. Apresentação da Disciplina Partícula fundamental da matéria. Consiste em um núcleo central de carga elétrica positiva envolto por uma nuvem de elétrons de carga negativa. O núcleo é composto por prótons e nêutrons. Os elétrons são ligados ao núcleo por uma força eletromagnética. Átomo Robinson; Snyder-Mackler, 2001 Fonte: Livro-texto. Nêutron Eletrosfera Elétron Próton Núcleo Figura 1 – O átomo: no centro, encontra-se o núcleo, formado pela presença de prótons (particulares positivas) e nêutrons (partículas neutras); na periferia, as linhas tracejadas demonstram a trajetória dos elétrons (partículas negativas) Propriedade da matéria que é a base da força eletromagnética. Carga elétrica positiva: Carregada pelos prótons dos átomos. Carga elétrica negativa: Carregada pelos elétrons dos átomos. Carga elétrica + - - - Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Átomo neutro: Número de prótons e elétrons IGUAIS. Átomo positivamente carregado: Número de elétrons < número de prótons. Íons CÁTIONS. Átomo negativamente carregado: Número de elétrons > número de prótons. Íons ÂNIONS. Carga elétrica + -++ - - - + Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Força entre duas cargas estacionárias (q1 e q2) é determinada em Coulombs (C). Quanto maiores as cargas ou mais próximas: maior a força de atração ou repulsão. Carga elétrica + - + - Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Cada carga cria em volta de si mesmo um campo elétrico. O campo elétrico transporta a força elétrica das partículas carregadas para outras partículas carregadas. Campo elétrico Fonte: Livro-texto. Figura 2 – Representação das linhas do campo elétrico formado pela interação entre corpos de cargas opostas (A) ou iguais (B), refletindo a atração das partículas carregadas de maneira oposta e a repulsão entre as partículas carregadas iguais A) B) Para as partículas carregadas moverem-se quando submetidas a uma voltagem, elas devem estar livres para fazer isso. Condutores e isolantes Condutores Isolantes Partículas carregadas se movem facilmente quando colocadas em um campo elétrico. Tendem a não permitir movimento livre de íons ou de elétrons. Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Produção de corrente elétrica necessita: Presença de partículas livremente móveis em alguma substância. No sistema biológico: íons em líquidos corporais. Aplicação de uma força motriz para mover as partículas. Voltagem aplicada. Corrente elétrica C+ A- C+ A- Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Unidade-padrão Ampère (A) Correntes em aplicações eletroterapêuticas são muito pequenas: Miliampères (mA, 10̄̄̄̄̄̄ ᶟ, milésimo de um ampère). Microampères (µA, 10ˉ⁶, milionésimos de um ampère). Corrente elétrica Robinson; Snyder-Mackler, 2001 É a oposição oferecida pelo tecido à corrente. Quanto maior a frequência de estimulação, mais baixa será a impedância dos tecidos. Resistência e condutância ↑ frequência ↓ resistência do tecido Impedância Fonte: Autoria própria. Resistência e condutância Para pulsos bifásicos com frequência baixa, de 50 Hz, temos: Para pulsos bifásicos de média frequência de 4000 Hz, a resistência capacitiva é 80 vezes menor. É comum encontrarmos na literatura informações sobre as vantagens da utilização de correntes de média frequência, como a Interferencial, e a Russa em relação às correntes de baixa frequência. Em qual das alternativas abaixo encontramos uma informação que justifique esta afirmativa? a) Correntes de média frequência apresentam maior densidade de corrente, necessitando de menor tempo de tratamento. b) Correntes de média frequência se utilizam de eletrodos de metal, sendo mais incisivas, gerando melhores resultados clínicos. c) Correntes de média frequência são mais confortáveis, pois apresentam menor impedância. d) Embora as correntes de média frequência sejam mais eficientes que as de baixa frequência, são correntes que atingem tecidos mais superficiais. e) As correntes de média frequência, embora mais eficientes, geram maiores riscos de queimaduras. Interatividade c) Correntes de média frequência são mais confortáveis, pois apresentam menor impedância. Resposta Classificação dos tipos de correntes eletroterapêuticas Fonte: Eletrofisiologia clínica, 2010 Monofásica contínua (CC) Bifásica alternada (CA) Pulsada (CP) A B C + Classificação das correntes eletroterapêuticas Tipos de Correntes Eletroterapêuticas Corrente contínua Corrente alternada Corrente pulsada 1. Corrente contínua. 2. Corrente alternada. 3. Corrente pulsada. Tipos de correntes eletroterapêuticas Fluxo unidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas. Corrente contínua Amplitude de corrente Tempo Fonte: Autoria própria. 1. Corrente contínua. 2. Corrente alternada. 3. Corrente pulsada. Tipos de correntes eletroterapêuticas Fluxo bidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas. Corrente alternada Amplitude de corrente Tempo Polaridade da voltagem aplicada é periodicamente revertida. Fonte: Autoria própria. 1. Corrente contínua. 2. Corrente alternada. 3. Corrente pulsada. Tipos de correntes eletroterapêuticas Fluxo uni ou bidirecional de particular carregadas que periodicamente param por um período de tempo. Corrente pulsada Amplitude de corrente Tempo Tempo Amplitude de corrente Fonte: Autoria própria. Fonte: Autoria própria. 1. Número de fases. 2. Simetria de fases. 3. Equilíbrio da carga de fase. 4. Forma de onda ou forma da fase. Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada Número de fases Fonte: Livro-texto. A) Monofásica B) Bifásica Tempo Tempo A m p li tu d e d e c o rr e n te A m p li tu d e d e c o rr e n te Figura 6 – Representação gráfica de correntes elétricas monofásicas (A) e bifásicas (B) Simetria da fase Fonte: Livro-texto. A) Simétrica B) Assimétrica Tempo Tempo A m p li tu d e d e c o rr e n te A m p li tu d e d e c o rr e n te Figura 7 – Representação gráfica de correntes elétricas simétrica (A) e assimétrica (B) Equilíbrio Fonte: Livro-texto. A) Equilibrada B) Desequilibrada Tempo TempoA m p li tu d e d e c o rr e n te A m p li tu d e d e c o rr e n te 2 2 6 6 6 6 2 2 Figura 8 – Representação gráfica de correntes elétricas equilibrada (A) e desequilibrada (B); note que em A, a área da figura geométrica (retângulo) é 12, tanto na primeira fase, quanto na segunda fase do pulso; em B, a área da primeira fase do pulso é 12, enquanto a área da segunda fase do pulso é 6 Forma da onda Fonte: Livro-texto. Figura 11 – Formas dos pulsos elétricos: A: pulso quadrado ou retangular; B: pulso senoidal ou sinusoidal; C: pulso triangular; D: pulso pontiagudo ou exponencial A) Tempo Tempo A m p li tu d e A m p li tu d e Tempo Tempo B) A m p li tu d e A m p li tu d e C) D) Descrição quantitativa Descrição de corrente qualitativa Corrente pulsada Corrente alternada Monofásica Bifásica Simétrica Assimétrica Equilibrada Desequilibrada Simétrica Assimétrica Equilibrada Desequilibrada Forma Forma Forma Forma Forma Forma FormaFonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Fonte: Autoria própria. Descrição de correntes pulsadas ou alternadas por meio das características qualitativas Fonte: Livro-texto. Tipo da corrente (contínua, alternada ou pulsada) Número de fases (monofásica, bifásica trifásica ou polifásica) Simetria (simétrica ou assimétrica) Simetria (equilibrado ou desequilibrado) Forma (quadrado ou retangular, senoidal ou sinusoidal, triangular ou exponencial ) Figura 12 – Descrição qualitativa das correntes elétricas Amplitude Máxima A corrente máxima alcançada em um pulso monofásico ou para cada fase de um pulso bifásico. Características dependentes da amplitude Amplitude entre Picos A corrente máxima medida do pico da 1ª fase até o pico da 2ª fase de um pulso bifásico. Fonte: Autoria própria. Duração do pulso Fonte: Livro-texto. Período A m p li tu d e Tempo Duração do pulso Série contínua e repetitiva de pulsos (série de pulsos em uma frequência fixa). Frequência F = _______________1 seg Tpulso + Repouso Fonte: Livro-texto. Classifique as características físicas dessa corrente elétrica. a) Corrente pulsada, bifásica, assimétrica, desequilibrada, com pulsos sinusoidais. b) Corrente monofásica, assimétrica e desequilibrada. c) Corrente pulsada monofásica de duas pontas, com pulsos pontiagudos. d) Corrente alternada, assimétrica, desequilibrada, com pulsos retangulares. e) Corrente pulsada, bifásica, assimétrica, equilibrada, com pulsos retangulares. Interatividade Fonte: Autoria própria. Classifique as características físicas dessa corrente elétrica. a) Corrente pulsada, bifásica, assimétrica, desequilibrada, com pulsos sinusoidais. b) Corrente monofásica, assimétrica e desequilibrada. c) Corrente pulsada monofásica de duas pontas, com pulsos pontiagudos. d) Corrente alternada, assimétrica, desequilibrada, com pulsos retangulares. e) Corrente pulsada, bifásica, assimétrica, equilibrada, com pulsos retangulares. Resposta Fonte: Autoria própria. Corrente galvânica e iontoforese Fonte: https://pejornal.com.br/ Utilização da corrente contínua com finalidades terapêuticas. Corrente galvânica e iontoforese Polos da corrente são fixos: POLARIZADA. Cada polo faz uma função. Amplitude de corrente Tempo Fonte: Autoria própria. Polo positivo Ânodo Cabo vermelho Corrente galvânica Polo negativo Cátodo Cabo preto Cada célula forma um condutor eletrolítico (sist. que conduzem corrente elétrica), separado por membranas semipermeáveis. Se aplicarmos um potencial elétrico a essas células e tecidos do organismo, provocamos uma dissociação iônica. Dissociação iônica: moléculas dividem em seus diferentes elementos químicos devido a cada um ter uma carga elétrica distinta. Exemplo: Temos molécula de sal NaCl (Na+ e Cl-). Quando corrente atravessa uma solução de água e sal, provoca migração de íons para uma direção definida. Íons sódio migram para o polo (-) e os íons cloro para o polo (+). PROCESSO CONHECIDO COMO ELETRÓLISE. Ação físico-química A corrente galvânica ou corrente direta tem sido utilizada pelos efeitos que causa na pele e, como dito anteriormente, como fonte promotora geradora de iontoforese. Terapia tem duração de 10 a 30 minutos e utiliza uma densidade de corrente em nível baixo a fim de evitarem-se maiores riscos de queimadura ou desconfortos aos pacientes. São indicadas densidades entre 0,1 e 0,5 mA/cm². A partir de agora, você vai conhecer quais são os principais efeitos fisiológicos e terapêuticos da corrente galvânica. Efeitos fisiológicos e terapêuticos da corrente galvânica ou corrente direta A passagem da corrente galvânica pela pele do paciente promoverá leve sensação de formigamento ou pontada que, ao longo da terapia, poderá evoluir para leve irritação ou coceira. Essas sensações são provenientes das alterações bioquímicas sofridas abaixo dos eletrodos e, especialmente, sob o eletrodo negativo, como o processo de irritação química em decorrência da formação de substâncias alcalinas. Estimulação sensorial Essas alterações promovem grande vasodilatação local, que, clinicamente, geram um vigoroso eritema sob os eletrodos, especialmente sob cátodo. Resultado da vasodilatação capilar (área das dimensões do eletrodo). Hiperemia terá duração de cerca de 20 minutos (promove a melhora da nutrição da área e acelera o processo inflamatório), embora não haja evidências significativas que sustentem tal afirmação. Hiperemia Fonte: https://pt.dreamstime.com/ Embora estímulos nervosos abaixo do limiar não causem potencial de ação, eles podem afetar o potencial das membranas. Eletrodo negativo produz um potencial despolarizante local, gerando uma condição facilitatória. Eletrodo positivo por gerar hiperpolarização das membranas, dificulta a geração de potenciais de ação e, portanto, é considerado um eletrodo inibitório. Eletrotônus + - - -- + + + Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Não é incomum encontrar relatos sobre a capacidade da corrente galvânica promover analgesia. Esse efeito tem sido justificado através da Teoria das Comportas, assim como pela acentuada epidemia que ocorre sobre os eletrodos, especialmente do cátodo, removerem os fatores que induzem à dor. Analgesia + - - -- + + + Fonte: Robinson; Snyder-Mackler, 2001. Existem estudos demonstrando que diferentes formas de estimulação elétrica podem favorecer a cicatrização tecidual. As correntes elétricas podem oferecer uma ajuda ao processo de cicatrização tecidual. Os autores afirmam que a capacidade de promover vasodilatação local, com consequente aumento de nutrientes e oxigênio para a região em processo de reparação tecidual, assim como seus efeitos bactericidas, estimuladores de células de defesa e fibroblastos. Cicatrização Também é comum encontrar profissionais utilizando-se de um eletrodo do tipo agulha para introduzir no folículo piloso a fim de liquefazer o tecido, destruindo o epitélio que sustenta o pelo. Destruição de tecidos Demonstrada por Le Duc, professor de física médica na escola de medicina de Nates-França. Droga é transportada para o interior dos tecidos de acordo com suas características polares. Íons positivos introduzidos pelo ânodo (polo +) e os íons negativos pelo cátodo (polo -). Iontoforese Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) A iontoforese transdérmica de analgésicos envolve o uso da força eletromotriz (voltagem) por meio de um ânodo carregado positivamente e um cátodo carregado negativamente para induzir a infiltração percutânea de um agente terapêutico via transporte ativo para entrega local, regional ou sistêmica. Mecanismo de ação Fonte: Eletrofisiologia Clínica, 2010. Ânodo (+) Cátodo (-) Superfície da pele A Superfície da pele Ânodo (+) Cátodo (-) Área-alvo Área-alvo B Mecanismo de ação Fonte: Livro-texto. TECIDOS Compressas ou esponjas embebidas por solução medicamentosa  N O D O C Á T O D O Figura 15 – Representação esquemática do mecanismo de ação da iontoforese Droga Indicação Polo Ácido acético Tendinite calcificante Negativo Cloreto de cálcio Espasmos musculares Positivo Dexametasona Inflamação Negativo Iodo Adesões de tecido mole Negativo Lidocaína Dor Positivo Sulfato de magnésio Miosite Positivo Brometo de glicopirrônio Hiperidrose Positivo Medicamentos Parestesia local. Coceira. Irritação. Eritema. Edema. Urticária galvânica. Efeitos colaterais Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Procedimentos fundamentais para aplicação segura da iontoforese. Preparando a região corporal a ser tratada. Aplicação. Dosimetria. Procedimentos para aplicação da corrente direta Procedimentos fundamentais para aplicação segura da iontoforese Fonte: Livro-texto. Figura 16 – Procedimentos fundamentais para aplicação segura da iontoforeseManter a compressão uniforme do eletrodo na superfície cutânea Usar esponjas adequadamente umedecidas entre o eletrodo e a pele Limpar o local da aplicação com álcool Evitar áreas de lesões cutâneas Manter densidade de corrente abaixo de 0,5 mA/cm2 Sugerimos que a área a ser tratada seja higienizada com álcool ou lavada com água corrente morna, a fim de remover o óleo ou a gordura em excesso que, porventura, esteja na superfície, pois assim será facilitada a passagem da corrente pela pele. Preparando a região corporal a ser tratada Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Técnica banho monopolar, o paciente deverá ser orientado a não retirar a mão da água, pois, se o fizer, poderá ter a experiência de uma descarga elétrica de maior magnitude, promovendo uma sensação que poderá ser bastante desagradável. Preparando a região corporal a ser tratada Fonte: Laboratório da UNIO – SP Cuidados na operação do paciente. Intensidade (orientar o paciente sobre as sensações). Polaridade. Aplicação Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Densidade da corrente: 0,1 a 0,2 mA/cm² (opinião pessoal 0,5 mA/cm²). Dosagem (LOW; REED, 2001): 100 – 200 mA/min. Tempo de aplicação: 20 – 30 minutos. Dosimetria Paciente apresenta-se com dor na região do tendão patelar, o exame de ressonância magnética demonstrou uma inflamação no local. Durante a sessão de fisioterapia, o profissional optou por usar a técnica da iontoforese com o medicamento chamado lidocaína. Mas ele está com uma dúvida: qual seria o eletrodo ativo para esses medicamentos? a) Eletrodo dispersivo positivo e ativo negativo. b) Eletrodo dispersivo negativo e ativo neutro. c) Eletrodo dispersivo neutro e ativo positivo. d) Eletrodo dispersivo negativo e ativo positivo. e) Não existe padrão de colocação. Interatividade Paciente apresenta-se com dor na região do tendão patelar, o exame de ressonância magnética demonstrou uma inflamação no local. Durante a sessão de fisioterapia, o profissional optou por usar a técnica da iontoforese com o medicamento chamado lidocaína. Mas ele está com uma dúvida: qual seria o eletrodo ativo para esses medicamentos? a) Eletrodo dispersivo positivo e ativo negativo. b) Eletrodo dispersivo negativo e ativo neutro. c) Eletrodo dispersivo neutro e ativo positivo. d) Eletrodo dispersivo negativo e ativo positivo. e) Não existe padrão de colocação. Resposta Correntes diadinâmicas de Bernard Fonte: https://www.ispsaude.com.br/ Dentista Pierre Bernard anunciou o efeito analgésico de um grupo de correntes elétricas, caracterizado por apresentar uma modulação em intensidade e/ou a frequência. Existem dúvidas quanto aos seus efeitos positivos. No entanto, entendemos que eles constituem uma ferramenta analgésica importante que, se empregada de forma correta, poderá complementar o tratamento de fisioterapia, favorecendo a resolução da lesão. Correntes diadinâmicas de Bernard (BERNARD, 1950, 1968; THOM, 1974; RODRÍGUEZ et al., 2003; BARROCA, 2010) Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Essas correntes são produzidas a partir da retificação de uma corrente alternada sinusoidal, bifásica, simétrica. Conhecendo as correntes diadinâmicas Fonte: Livro-texto. Figura 17 – Representação gráfica das formas das correntes diadinâmicas: CP: curtos períodos; DF: difásica fixa; LP: longos períodos; MF: monofásica fixa; RS: ritos sincopados LP CP MF DF RS 6s 6s 1s 1s 1s 1s 1s 1s Alternada em 100 Hz, retificada em onda completa. Sensação forte de fibrilação e formigamento. Difásica 10 ms Sensação Efeitos Indicações Fonte: Autoria própria. Alterna 50 Hz com retificação de semionda. T: 10 ms e intervalo de 10 ms. Sensação de forte fibrilação (penetrante e resistente). Monofásica Sensação Efeitos Indicações Fonte: Autoria própria. 1 segundo em DF e 1 segundo em MF Percepção clara da alternância entre DF e MF Curto período DF MF DF MF 1s 1s 1s 1s Fonte: Autoria própria. MF combinada com segunda MF ondulante, variando amplitude (0 e valor máximo). Não há sensação brusca de alternância. Longo período 5s 10s Fonte: Autoria própria. Corrente MF com pausas intercaladas. Usada para métodos diagnósticos e eletroestimulação Ritmo sincopado 1s 1s 1s 1s Fonte: Autoria própria. Ponto doloroso (Monopolar): eletrodo menor sobre local de dor e eletrodo maior próximo à extremidade do segmento ou ramo nervoso. Polo (+) no local da dor 2. Tronco nervoso (Bipolar): polo (-) distalmente ao (+). Áreas mais superficiais de inervação (irradiação) Técnicas de colocação dos eletrodos Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) 3. Vasotrópico (mono ou bipolar): seguindo trajetória vascular. Retorno venoso, polo (+) distalmente. 4. Paravertebral (bipolar): sobre a musculatura da coluna. 5. Transregional (bipolar): transarticular. Técnicas de colocação dos eletrodos Fonte: Santa Casa – SP (ambulatório) Dosimetria. Correntes. Dosimetria das correntes diadinâmicas Fonte: Livro-texto. Figura 18 – Exemplo de posicionamento de eletrodos para o tratamento de entorse aguda de tornozelo Quais, entre as seguintes, pertencem à técnica das correntes de diadinâmica de Bernard? I. Tronco nervoso. II. Ponto doloroso. III. Transregional. IV. Vasotrópica. V. Neoenergética. a) I, II, III e IV estão corretas. b) II e V estão incorretas. c) I, II e V estão corretas. d) III, IV e V estão corretas. e) Todas estão corretas. Interatividade Quais, entre as seguintes, pertencem à técnica das correntes de diadinâmica de Bernard? I. Tronco nervoso. II. Ponto doloroso. III. Transregional. IV. Vasotrópica. V. Neoenergética. a) I, II, III e IV estão corretas. b) II e V estão incorretas. c) I, II e V estão corretas. d) III, IV e V estão corretas. e) Todas estão corretas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!