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VITALIDADE FETAL 01 O QUE CAI? VISÃO GERAL HARDTOPICS Análise de traçados de cardiotocografia anteparto e intraparto e definição de conduta propedêutica para a avaliação da vitalidade fetal. Métodos clínicos (observação de movimentação), a cardiotocografia, o perfil biofísico fetal e a dopplervelocimetria. indicação. Indicados apenas para gestações de alto risco e no momento em que existem viabilidade fetal e maturidade do sistema nervoso autonômico do feto. vantagens da cardiotocografia. Avaliação e obtenção rápida dos resultados, método simples e não invasivo desvantagens da cardiotocografia. Variações na interpretação (quando da análise visual, e não da computadorizada), o alto custo e a imprecisão no reconhecimento de desacelerações (quando realizada a cardiotocografia computadorizada), aumento desnecessário nas taxas de partos operatórios e cesarianas. linha de base. Média aproximada dos valores da FCF, avaliada em qualquer segmento de 10 minutos do traçado cardiotocográfico, excluindo segmentos em que a variação da FCF apresente diferenças >25bpm, desacelerações e acelerações. a FCF normal varia de 110 a 160bpm, e seu comportamento sofre influências da idade gestacional; assim, com a evolução da gestação, há diminuição da frequência cardíaca basal e aumento na frequência e na amplitude de acelerações transitórias. variabilidade. A normalidade é variabilidade moderada, entre 6 e 25 bpm. a diminuição na variabilidade pode ser notada em situações como hipóxia, sono fisiológico fetal e ação de drogas (barbitúricos, opiáceos e tranquilizantes). acelerações transitórias. Ascensão abrupta (intervalo entre o início da aceleração e o pico <30 segundos) da FCF, cujo ápice é maior ou igual a 15bpm em relação à,linha de base, com duração mínima de 15 segundos e duração máxima de até 2 minutos. em idade gestacional inferior a 32 semanas, as acelerações são definidas quando o pico atinge 10bpm, com duração ≥10 segundos. DIP I. Queda da FCF coincide com a contração uterina ou, caso apresente decalagem (intervalo entre o pico da contração uterina e o nadir da desaceleração), esta será inferior a 15 segundos. ocorrem pela compressão do polo cefálico e são secundárias às contrações uterinas. nessas situações, ocorre aumento momentâneo da pressão intracraniana do feto, com redução do fluxo sanguíneo cerebral e consequente hipóxia. a hipóxia local estimula o centro vagal no 4º ventrículo, levando à diminuição da FCF concomitantemente à queda local da pO2. DIP II. São simétricas e recorrentes e têm início após o período de decalagem, de 20 a 30 segundos. estão associadas à diminuição do pH fetal no momento do nascimento e maiores morbidade e mortalidade perinatal. a presença de variabilidade diminuída acompanhada de DIP II apresenta associação direta a sofrimento fetal grave. quanto mais frequentes as desacelerações, maior o risco de acidose metabólica. 02 O QUE CAI? HARDTOPICS DIP umbilical. São recorrentes e não apresentam relação com as contrações uterinas de forma fixa. Seu início e fim são abruptos, e podem ser precedidas ou seguidas por pequenas acelerações de frequência cardíaca ocasionadas pela compressão momentânea do cordão umbilical. a oclusão dos vasos umbilicais interrompe a circulação sanguínea, além de aumentar a resistência vascular periférica e a pressão arterial do feto. por mecanismo reflexo, há estímulo de barorreceptores e consequente redução da FCF VITALIDADE FETAL cardiotocografia intraparto. Classificação: categoria I (normal). FCF basal (110 a 160bpm); variabilidade moderada (6 a 25bpm); ausência de desacelerações tardias ou variáveis; desacelerações precoces (presentes ou não); acelerações (presentes ou não). categoria III (alterada). Variabilidade ausente acompanhada de: desacelerações tardias recorrentes (>50%); desacelerações variáveis recorrentes (>50%); bradicardia; padrão sinusoidal. categoria II. Quando não é categoria I e não é categoria III, é categoria II. perfil biofísico fetal. Composto por 4 marcadores agudos e 1 marcador crônico. marcadores agudos. FCF (avaliação da cardiotocografia), movimentos torácicos fetais, movimentos corpóreos fetais e tônus fetal. a sensibilidade desses centros nervosos a hipoxemia respeita a ordem inversa do desenvolvimento embrionário (teoria da hipóxia gradual), ou seja, em situações de hipóxia, o 1º marcador a sofrer alteração foi o que se desenvolveu por último, e assim por diante. dessa forma, a FCF é o 1º parâmetro a ser alterado; a seguir, os movimentos torácicos fetais, depois os movimentos corpóreos fetais e, por último, o tônus fetal. marcador crônico. É o líquido amniótico. esse parâmetro pode ser estimado por meio do ILA ou pela medida do maior bolsão. dopplervelocimetria. Avaliação indireta da função placentária (insuficiência placentária) e da resposta fetal a hipoxemia; pode ser utilizada para avaliar as circulações materna (artérias uterinas), fetoplacentária (artérias umbilicais) e fetal (artéria cerebral média, aorta abdominal, artérias renais, ducto venoso e seio transverso). dopplervelocimetria das artérias umbilicais. Reflete a resistência placentária, que pode estar aumentada por placentação inadequada, tromboses ou infartos presentes na placenta. é o melhor vaso para avaliar o bem-estar fetal nos casos de restrição de crescimento e insuficiência placentária. dopplervelocimetria da artéria cerebral média. Estudo do território arterial fetal. em situações de centralização da circulação fetal, observa-se aumento do fluxo sanguíneo na diástole, com diminuição dos índices de pulsatilidade. o estudo doppler demonstrará um aumento do fluxo diastólico nesse vaso e uma diminuição da resistência em sua circulação. assim, valores de IP abaixo do percentil 5 para a idade gestacional são considerados anormais. dopplervelocimetria do ducto venoso. Doppler do ducto venoso começa a apresentar um aumento dos valores de IP quando há insuficiência placentária e é considerado um importante parâmetro hemodinâmico preditor de morbidade e mortalidade neonatal, uma vez que, quanto maior seu IP, menor é o pH ao nascimento, correlacionando-se fortemente com eventos neonatais adversos, especialmente sequelas neurológicas