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3 - Aglomerantes cal e gesso novo


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UNEB – Engenharia de Produção Civil - Materiais de construção civil II – Profa Ana Gabriela Saraiva de A. Lima
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II
PROFA: ANA GABRIELA SARAIVA DE AQUINO LIMA
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IMPORTÂNCIA TÉCNICA
Influenciam muitas propriedades do concreto no estado 
fresco e endurecido
➢ Trabalhabilidade
➢ Retração por secagem
➢ Propriedades mecânicas
➢ Desgaste por abrasão
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
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Definição: Materiais, geralmente pulverulentos, que
entram na composição das pastas, argamassas e
concretos.
Sob a forma de pasta têm a propriedade de se
solidificar e endurecer com o passar do tempo.
Exemplos:
➢Cimentos;
➢Cales;
➢Gesso.
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Simples 
Compostos Quimicamente Ativos 
Com Adições 
Quimicamente Inertes Endurecem por secagem – (argilas) 
 
 
Aéreos 
Endurecem expostos ao ar e não resistem a 
ação da água. Ex.: cal aérea, gesso 
Hidráulicos 
Endurecem por hidratação dos compostos, 
tanto ao ar como em contato com a água. Ex.: 
cal hidráulica, cimento Portland 
 
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CLASSIFICAÇÃO
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➢ Pega  solidificação da pasta
➢ Endurecimento  aumento de resistência 
➢ Durabilidade
➢ Resistência
Estado Pastoso 
Estado Semi-sólido 
(Início de Pega) 
Estado Sólido 
(Fim de Pega) 
Consistência 
Constante 
Consistência 
Crescente 
Resistência Crescente 
Fase da Aplicação Fase da Pega Fase do Endurecimento 
 
PROPRIEDADES
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
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Registros históricos de 4.000 anos atrás indicam a
utilização da cal como material de construção por
tribos nômades cujas caravanas percorreram do
continente africano até a península arábica.
As construções eram gigantescos castelos de terra
chamados casbás, cujas fundações eram feitas de
pedras grandes, terra e cal hidratada e que
ofereciam abrigo muito melhor que as tradicionais
tendas.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL - HISTÓRIA
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No Brasil, a indústria de cal iniciou em 1549, quando
da instalação das primeiras "caieras" para fabricação
da cal virgem a partir de conchas marinhas, para as
argamassas de revestimento e pintura da cidade de
Salvador.
Seu uso se difundiu principalmente por proteger das
chuvas tropicais as paredes de barro socado das
moradias e fortes.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL - HISTÓRIA
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL - HISTÓRIA
Até 1824 (invenção do cimento Portland), era a CAL
o único aglomerante utilizado na construção exposta
às intempéries.
Importante: a superfície específica da CAL é em
torno de 10 vezes menor que a do cimento.
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➢ Aglomerante quimicamente ativo, aéreo.
➢ Material pulverulento de cor esbranquiçada
➢ Utilização: sob forma de pasta ou de 
argamassa
➢ Matéria prima para fabricação: CALCÁRIO
➢ Calcário = CaCO3 puro (ou CaCO3 + MgCO3)
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
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➢ Existem duas formas de cal no mercado: cal
virgem e cal hidratada.
➢ A cal virgem é constituída predominantemente
de óxidos de cálcio e magnésio
➢ A cal hidratada, de uso mais comum na
construção civil, é constituída de hidróxidos de
cálcio e de magnésio além de uma pequena
fração de óxidos não hidratados e de carbonatos
de cálcio e de magnésio
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
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• Durabilidade: Promove reações de neutralização e precipitação
que incrementam a resistência à compressão com o tempo;
• Plasticidade: Devido às suas propriedades coloidais apresenta
facilidade de espalhamento sobre a Superfície;
• Retenção de água: Retarda a secagem, regulando a perda de
água por evaporação ou por sucção da Superfície;
• Reconstituição autógena / estanqueidade: Fechamento
gradual de trincas e fissuras pela carbonatação dos hidróxidos nas
aberturas.
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CAL – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
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CAL – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
A CAL é controlada pela composição da matéria
prima e pelas condições do processo de fabricação.
Matérias primas Carbonáticas:
• Os Calcários (CaCO3). Regiões NE, MG e SP
• Os Dolomitos (carbonatos de cálcio e carbonatos
de magnésio). (Ca e Mg)CO3. Regiões ES, SP e PR.
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
1a parte: Calcinação CaCO3 + calor  CaO + CO2
Temperatura: 850 a 900 oC
Perda de massa = (44%) 
Redução de volume =(12 a 20%)
O CaO é denominado cal viva, ou cal cáustica, ou cal virgem (não é o 
aglomerante ainda)
2a parte: Extinção CaO + H2O  Ca(OH)2 + calor
Desprendimento de calor
Pulverização das pedras
Aumento de volume (2 a 3 vezes) = rendimento
O Ca(OH)2 é denominado cal extinta, ou cal apagada, ou cal hidratada ou, 
ainda CAL AÉREA.
CAL – Fabricação
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CaCO3 + calor  CaO + CO2
CaO + H2O  Ca(OH)2 + calor
Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
CAL – Fabricação
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
Na fase de calcinação, não há transformação
completa dos carbonatos em óxidos. Logo, na Cal
Virgem, existe uma parcela residual de carbonatos
(CaCO3).
Na fase de hidratação, a hidratação dos óxidos
também não é completa. A Cal Hidratada contem
sempre uma porcentagem de óxidos na hidratados,
chamada óxidos livres. Cuidado com a reação
retardada desses óxidos.
CAL – Fabricação
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
 A capacidade aglomerante da Cal Hidratada é 
quantificada pelo teor de hidróxidos (CaOH2).
 Os óxidos submetidos à calcinação excessiva 
não mais de hidratam, sendo chamados de 
“calcinados à morte”.
 A hidratação da Cal é praticamente instantânea, 
favorecida pela finura da Cal Virgem.
CAL – Fabricação
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CAL – Fabricação
Processo de Hidratação: Aumento de volume
Cal Virgem : Água
1 : 2 a 3 partes em massa
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CAL – Fabricação
A Cal Hidratada é formada por:
1. Hidróxidos - fração efetivamente aglomerante.
2. Óxidos - fração potencialmente aglomerante.
3. Óxidos calcinados à morte, impurezas e carbonatos -
fração inerteDefinição: pó obtido pela hidratação da cal virgem, 
constituído essencialmente de uma mistura de hidróxido 
de cálcio e hidróxido de magnésio, ou ainda, de uma 
mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e 
óxido de magnésio.
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CAL – Resumo da Produção
1. Extração da matéria prima
2. Britagem
3. Seleção da faixa granulométrica ótima e transporte 
para o forno
4. Calcinação e controle da calcinação
5. Moagem adequada para cada tipo de hidratador
6. Armazenamento da Cal virgem
7. Hidratação e moagem
8. Ensacamento e distribuição para comercialização
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Massa específica = 2,20 g/cm3
Massa unitária = 0,5 a 0,59 g/cm3
Resistência à compressão = 1,0 a 3,0 MPa (a 28 dias)
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CAL – PROPRIEDADES FÍSICAS
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Conforme os teores de óxidos não hidratados a cal
hidratada é designada pelas seguintes siglas:
➢CH-I (Cal Hidratada Especial);
➢CH-II (Cal Hidratada Comum);
➢CH-III (Cal Hidratada Comum com Carbonatos).
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CAL – DESIGNAÇÃO
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Ao ser entregue em sacos, deverá constar, de forma
visível, em cada extremidade, uma destas siglas.
Deverá constar, também, a denominação normalizada,
massa líquida, nome e marca do fabricante além de
outras informações técnicas adicionais.
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CAL – EXEMPLOS
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CAL – EXIGÊNCIAS QUÍMICAS
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Compostos 
Limites 
CH-I CH-II CH-III 
CO2 
Na fábrica  5 %  5 %  13 % 
No depósito ou na obra  7%  7%  15% 
Óxido não-hidratado calculado  10%  15%  15% 
Óxidos totais na base de não-voláteis  90%  88%  88% 
 
 
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CAL – EXIGÊNCIAS QUÍMICAS
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – EXIGÊNCIAS QUÍMICAS
Óxidos totais (CaO + MgO): teor relacionado à pureza da matéria
prima
Avalia a qualidade da matéria prima e do processo de produção, uma
vez que determina o teor de óxidos presentes (mínimo 88%). Como o
teor de óxidos de cálcio e magnésio os que propiciam o endurecimento
da argamassa, a melhor cal é a mais rica em óxidos.
Resíduo insolúvel - Impurezas: relacionado às impureza ou
materiais de adição
Material proveniente da rocha (quartzo e argilo-minerais), medido por
meio do resíduo insolúvel, uma vez que a cal é solúvel em ácido
clorídrido - máximo 12%.
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – EXIGÊNCIAS QUÍMICAS
Anidrido carbônico (máximo 13%): teor relacionado ao grau de
calcinação da matéria prima
A calcinação deve ser bem conduzida de modo a deixar os óxidos livres
para a hidratação, portanto a determinação do teor de CO2 avalia a
qualidade da calcinação, uma vez que ele está combinado formando os
carbonatos remanescentes da matéria prima (máx 13%).
Óxidos livres (máximo 10%): teor relacionado à hidratação e
supercalcinação da matéria prima.
Determina o teor de óxidos não hidratados que, apesar de se constituírem
no potencial aglomerante da cal, pois a hidratação tem continuidade, pode
ter efeito negativo, uma vez que são produtos expansivos - CaO: 100%, e
MgO: 110%.
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CAL – RESULTADOS DE ENSAIOS
2006
Anidrido carbônico (CO2)
Na fábrica -  5%  5%  13%
No depósito 2,90  7%  7%  15%
Óxido não-hidratado calculado 0  10%  15%  15%
Óxidos totais na base de não voláteis (CaO+MgO) 93,94  90%  88%  88%
2008 – ensaio 1
Anidrido carbônico (CO2)
Na fábrica -  5%  5%  13%
No depósito 1,81  7%  7%  15%
Óxido não-hidratado calculado 18,59  10%  15%  15%
Óxidos totais na base de não voláteis (CaO+MgO) 93,94  90%  88%  88%
2008 – ensaio 2
Anidrido carbônico (CO2)
Na fábrica -  5%  5%  13%
No depósito 1,52  7%  7%  15%
Óxido não-hidratado calculado 20,73  10%  15%  15%
Óxidos totais na base de não voláteis (CaO+MgO) 97,65  90%  88%  88%
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – EXIGÊNCIAS FÍSICAS
NBR 7175:2003
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – Processo de Endurecimento
Esse processo inicia-se na superfície, e penetra pela rede de poros.
REBOCO = Areia + Água + Cimento + Cal
1º - a água de amassamento é evaporada
2º - liberação dos poros para entrada do CO2.
3º - o CO2 reage com os óxidos,
substituindo a água de hidratação ao longo
do tempo, regenerando o carbonato.
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
Gomes, 2007
Cal Virgem
Hidratamento tardio
CAL – Patologias
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Tecomat, 2007
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – Patologias
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Possibilitar um melhor envolvimento entre as partículas
finas da cal e a água, lubrificando os grãos grossos de
areia, melhorando a trabalhabilidade da argamassa.
• Melhorar trabalhabilidade;
• Hidratar óxidos remanescentes não hidratados;
• Desfazer grumos de cal;
• Aumentar a retenção de água;
• Melhorar a plasticidade.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – RE-HIDRATAÇÃO EM OBRA: POR QUE?
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Pasta de Cal: Obras que empregam pasta de cal
hidratada, deve-se colocar a cal em um recipiente com
água até que forme uma pasta bem viscosa, não
devendo ser usada água em excesso. A pasta produzida
deve ser deixada em maturação durante 16 horas no
mínimo. (NBR 7200).
Gomes, 2007
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – RE-HIDRATAÇÃO EM OBRA: POR QUE?
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Argamassa intermediária:
Obras que empregam mistura
prévia de cal e areia, deve-se
misturar primeiramente a areia e a
cal, e após, acrescentar água,
atingindo-se consistência seca. A
mistura produzida deve ser deixada
em maturação durante 16 horas no
mínimo (NBR 7200). Comunidade da construção, 2007
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – RE-HIDRATAÇÃO EM OBRA: POR QUE?
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UNEB 35
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
ADIÇÃO DA CAL AO CONCRETO
➢ A adição de cal hidratada à mistura, contendo
elevados teores de adições – cinzas volantes,
cinza de casca de arroz, sílica ativa e
metacaulinita – tem a finalidade de manter o pH
da água do poro e aumentar o teor de Ca(OH)2,
melhorando a durabilidade do concreto
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UNEB 36
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
ADIÇÃO DA CAL AO CONCRETO - EFEITOS
➢ Por aumento da quantidadede finos demandam
maior quantidade de aditivo dispersante para
obtenção da trabalhabilidade ótima.
➢ A absorção capilar à água é menor;
➢ Reduz a velocidade de carbonatação do
concreto;
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NBR 7175/2003 – Cal Hidratada para Argamassas – Requisitos
NBR 6471 - Cal Virgem e Cal Hidratada - Retirada e Preparação
de Amostra - Método de Ensaio
NBR 6473 - Cal Virgem e Cal Hidratada - Análise Química -
Método de Ensaio
NBR 9205 - Cal Hidratada para argamassas - Determinação da
Estabilidade - Método de Ensaio
NBR 9206 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação da
Plasticidade - Método de Ensaio
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – NORMALIZAÇÃO
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NBR 9207 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação
da Capacidade de Incorporação de Areia no Plastômetro
de Voss - Método de Ensaio
NBR 9289 -Cal Hidratada para Argamassas - Determinação
da Finura - Método de Ensaio
NBR 9290 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação
da Retenção de Água - Método de Ensaio
NBR 14399:1999 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da água da pasta de consistência normal
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
CAL – NORMALIZAÇÃO
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UNEB
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – DEFINIÇÃO
Aglomerante obtido da desidratação total ou 
parcial da GIPSITA.
Principal característica: rápido endurecimento
USO:
•Pasta = aglomerante + água
•Nata = pasta muito fluida
•Argamassa = Água + aglomerante + ag. miúdo
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UNEB
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – PROCESSO DE FABRICAÇÃO
 Extração da matéria prima;
 Britagem, moagem grossa e estocagem com 
homogeneização;
 Secagem, pois a matéria prima pode ter até 10% de 
umidade;
 Calcinação
• 1 forno – produz hemidrato puro ou contendo também
gipsita ou anidrita
• 2 fornos – produzem hemidrato e anidrita em separado
 Moagem de seleção da granulometria;
 Armazenamento e comercialização.
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 Não pode ser utilizado na presença de água;
 Revestimentos de interiores;
 Placas de gesso para forros;
 Confecção de blocos leves;
 Moldes de peças de precisão (odontologia e fundição);
 Florões, sancas e peças de decoração.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – APLICAÇÕES
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➢ Aglomerante quimicamente ativo, aéreo;
➢ Material pulverulento de cor esbranquiçada;
➢ Utilização: sob forma de pasta ou de argamassa;
➢ O gesso adere bem ao tijolo, pedra, ferro,
concreto e mal a madeira e favorece a corrosão
do aço;
➢ Excelente isolante térmico e acústico e pouco
permeável ao ar, é bom protetor contra incêndios.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
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O GESSO deve atender aos requisitos da NBR 13207 - Gesso para
Construção Civil.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – FABRICAÇÃO
Temperatura Fórmula Nome Característica
140 a 160oC CaSO4.1/2H2O Gesso comum Pega rápida
> 200oC CaSO4 Gesso anidro 
anidrita solúvel
Pega lenta
> 600oC CaSO4 Anidrita insolúvel Sem pega 
> 1.000oC CaSO4 + CaO Gesso lento gesso 
hidráulico
Pega lenta
CaSO4.1/2H2O – hemidrato = gesso de Paris = gesso para construção civil
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AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS, 
FÍSICAS E MECÂNICAS 
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Massa específica = 2,70 g/cm3
Massa unitária = 0,7 a 1,0 g/cm3
Resistência à compressão = 1,5 a 15,0 MPa (a 28 dias)
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – PROPRIEDADES FÍSICAS
UNEB – Engenharia de Produção Civil - Materiais de construção civil II – Profa Ana Gabriela Saraiva de A. Lima
UNEB
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – PATOLOGIAS
UNEB – Engenharia de Produção Civil - Materiais de construção civil II – Profa Ana Gabriela Saraiva de A. Lima
UNEB
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – PATOLOGIAS
UNEB – Engenharia de Produção Civil - Materiais de construção civil II – Profa Ana Gabriela Saraiva de A. Lima
UNEB
NBR 13207 – Gesso para construção civil –
Especificação
NBR 12127, NBR 12128; NBR 12129, NBR 12130 =
NORMAS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO.
AGLOMERANTES: CAL E GESSO
GESSO – NORMALIZAÇÃO

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