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Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia: Prognóstico e Tratamento Professor: Kenedy Ânderson CRP: 15/5306 Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Aula 1 – Características diagnósticas; Aula 2 – Desenvolvimento e consequências funcionais; Aula 3 – Prognóstico e tratamento; Aula 4 – Psicofarmacologia. Módulo 2 - Espectro da Esquizofrenia Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Aula 3 Prognóstico e Tratamento Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Prognóstico • É possível subdividir o prognóstico da esquizofrenia em múltiplas dimensões e perspectivas, como psicopatologia, funcionamento social, uso de serviços psiquiátricos ou mortalidade, cada uma com sua importância e significado próprios. Cada componente está só parcialmente relacionado aos outros e tem diferentes associações com variáveis preditivas. • Uma proporção substancial de pacientes que têm um episódio esquizofrênico apresentará sintomas psiquiátricos contínua ou intermitentemente durante o curso de sua doença. A tendência atual tem sido considerar os sintomas positivos (delírios, alucinações, desagregação do pensamento) e negativos (embotamento afetivo, retraimento social) separadamente, porque eles podem representar diferentes dimensões de prognóstico. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia • Outro aspecto de prognóstico frequentemente encontrado na literatura é o número e duração das hospitalizações após a avaliação inicial. • Estima-se que cerca de 80% dos pacientes com esquizofrenia são internados em enfermaria psiquiátrica ao menos uma vez ao longo da vida. • A mortalidade na esquizofrenia é outra dimensão importante do prognóstico que não pode ser negligenciada. Altas taxas de mortalidade entre pacientes esquizofrênicos, comparadas às taxas da população geral, têm sido relatadas, sendo as taxas de suicídio particularmente altas, cerca de 20 vezes maiores que as observadas na população geral. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia • No passado, essas taxas altas foram atribuídas às condições de vida precárias encontradas nos asilos, e atualmente parecem estar associadas com o processo de transferência do cuidado para a comunidade, onde muitos pacientes não têm suporte social adequado, como habitação, renda e cuidado da saúde, e estão mais expostos ao abuso de substâncias. • Os dados sobre mortalidade podem ajudar a identificar grupos de alto risco, a monitorar mudanças nos modelos de tratamento e de cuidado ao longo do tempo, a planejar estratégias de intervenção para prevenir mortes prematuras e a avaliar sua eficácia. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Tratamento • A reabilitação neuropsicológica é uma forma de tratamento que visa restabelecer as funções cerebrais e comportamentais de um indivíduo a um nível de funcionamento adequado ao cotidiano de cada um de forma a melhorar e/ou promover a qualidade de vida. • As técnicas envolvidas no processo de reabilitação requerem a compreensão de que o organismo trabalha de forma integrada e suas ações são interligadas com o que ocorre no ambiente externo e interno do indivíduo, sofrendo influência e sendo modificado à medida que a pessoa interage. • Também se baseia nos estudos da neuroplasticidade, que aborda a capacidade de o organismo se modificar a partir da sua interação com o meio. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Tratamento • Enquanto a medicação neuroléptica pode reduzir os sintomas positivos e prevenir recaídas psicóticas, o apoio psicoterapêutico e o treinamento de estratégias de enfrentamento e manejo de situações de vida ajudam o paciente a adaptar-se ao ambiente e a enfrentar o estresse, sendo que as intervenções familiares e socioprofissionais modificam fatores ambientais de acordo com a capacidade do paciente. • As intervenções psicológicas afastaram-se do foco em classes tradicionais de diagnóstico psiquiátrico, voltando-se para um foco detalhado nos fenômenos da experiência e do comportamento associados à esquizofrenia. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Referência SILVA, Regina Cláudia Barbosa da. Esquizofrenia: uma revisão. Psicologia USP [online]. 2006, v. 17, n. 4 [Acessado 30 Junho 2022] , pp. 263-285. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103- 65642006000400014>. Epub 30 Set 2010. ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/S0103-65642006000400014. LIMA, Amanda Barroso de; ESPINDOLA, Cybele Ribeiro. Esquizofrenia: funções cognitivas, análise do comportamento e propostas de reabilitação. Rev. Subj., Fortaleza , v. 15, n. 1, p. 105- 112, abr. 2015 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2 359-07692015000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 jun. 2022.