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Artigo - Giuliano


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O SISTEMA PRISIONAL E SUA INEFICÁCIA QUANTO À 
REABILITAÇÃO DE DETENTOS 
 
THE PRISON SYSTEM AND ITS INEFFECTIVENESS REGARDING 
THE REHABILITATION OF INMATES 
 
 Giuliano Antunes da Silva Filho1 
Me. Leandra Salustiana da Silva Oliveira2 
 
RESUMO 
O presente artigo tem como principal objetivo debater sobre o sistema prisional brasileiro e 
sobre a forma como ocorre o processo de ressocialização do preso. Partindo da premissa de 
que o sistema é falho em aplicar a Lei de Execução Penal, no que tange à reabilitação do 
preso, busca-se demonstrar que não há de fato índices que apontam para um sucesso de 
modo nacional, somente de maneira isolada em algumas penitenciárias brasileiras que 
trabalham no sentido de recuperação prisional de fato. Assim, para compor o trabalho, no 
primeiro momento serão descritos os principais mecanismos jurídicos que cuidam do 
assunto, como a Constituição Federal e a própria Lei de Execução Penal. Em seguida, serão 
tratados os deveres e direitos dos presos, para que posteriormente sejam demonstrados tanto 
os programas de reabilitação como maneiras de inclusão desse indivíduo na sociedade para 
que então sejam debatidos possíveis dados sobre a reabilitação de presos. A metodologia 
empregada nessa pesquisa foi de cunho bibliográfico onde se apoiou em leis, 
jurisprudências, artigos e periódicos da internet, bem como doutrinas de autores renomados 
sobre o assunto e entendimento de colegas da área. 
 
Palavras-chaves: Sistema Prisional. Ressocialização. Reabilitação prisional 
 
ABSTRACT 
 
This article has as main objective to discuss about the Brazilian prison system and on how 
the process of resocialization of the prisoner occurs. Starting from the premise that the 
system is flawed in applying the Criminal Execution Law, with regard to the rehabilitation 
of the prisoner, it seeks to demonstrate that there are in fact indexes that point to a success 
in a national way, only in isolation in some Brazilian penitentiaties that work towards prison 
recovery in fact. Thus, to make up the work, at the first moment will be described the main 
legal mechanisms that take care of the subject, such as the Federal Constitution and the 
Criminal Execution Law itself. Then, the duties and rights of prisoners will be treated, so 
that both rehabilitation programs and ways of including this individual in society are then 
demonstrated, so that possible data on the rehabilitation of prisoners are discussed. The 
methodology used in this research was bibliographic in nature where it was based on laws, 
jurisprudence, articles and journals of the Internet, as well as doctrines of renowned authors 
on the subject and understanding of colleagues in the area. 
 
Keywords: Prison system. Resocialization. Prison rehabilitation 
 
1 Graduando em Direito – Faculdades Integradas de Paranaíba, giuliano.asfilho@fipar.edu 
2 Orientadora. Professora do curso de Direito das Faculdades Integradas de Paranaíba 
leandrasalustiana@gmail.com 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3 
1 ASPECTOS LEGAIS .............................................................................................................. 4 
1.1 Constituição Federal ............................................................................................................. 4 
2.2 Lei De Execução Penal ........................................................................................................ 5 
2 DEVERES E DIREITOS DOS PRESOS ................................................................................ 7 
3 PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO ................................................................................... 9 
4 MEDIDAS DE INCLUSÃO À SOCIEDADE ...................................................................... 11 
5 ÍNDICES DE SUCESSO NA REABILITAÇÃO E RE(INTEGRAÇÃO) ........................... 12 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 14 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
O Sistema Prisional Brasileiro é muito problemático em muitos aspectos. Existe a 
dificuldade em mantê-lo nos moldes que a própria lei pede, e dessa maneira, existe a ineficácia 
de se cumprir o caráter de ressocialização, visto que o trabalho realizado ali dentro não se 
demonstra com esse objetivo. 
Seja por negligência estatal ou por incapacidade de se pensar em políticas públicas que 
busquem um efetivo trabalho de reabilitação, o sistema prisional é falho em devolver o 
indivíduo para a sociedade recuperado e buscando se manter fora da transgressão da lei. 
O presente trabalho tem como objetivo analisar como tem sido o trabalho do sistema 
prisional no Brasil no que diz respeito à ressocialização, reintegração e reabilitação dos presos 
após o seu cumprimento de pena. Assim, a pesquisa seguirá dividia em tópicos que buscam 
entender profundamente como ocorre esse trabalho nas penitenciárias. 
Assim, na primeira parte do trabalho, falar-se-á sobre os aspectos legais que perpassam 
sobre o encarceramento do preso. Dessa forma, analisando em quais critérios a Constituição 
Federal cuida do assunto, por exemplo, no que diz respeito ao tratamento do preso. De mesmo 
modo, cuidar-se-á de demonstrar o que fala o principal documento legal para o tratamento do 
preso, a Lei de Execução Penal. 
Em seguida, demonstrar-se-ão quais são os deveres e direitos dos apenados, utilizando 
principalmente o que consta na Lei de Execução Penal e o entendimento doutrinário sobre o 
assunto. Ainda, fazer reflexão sobre como esses aspectos estão ocorrendo na prática. 
Depois, falar-se-á sobre os programas de reabilitação que ocorrem dentro de algumas 
penitenciárias brasileiras ao passo que se busca determinar que os modelos empregados dentro 
dessas instituições são extremamente importantes para ressocialização do preso. 
Posteriormente, tratar-se-á sobre as medidas de inclusão dos presos dentro da sociedade. 
O que consta na lei sobre o assunto, quais as formas mais vistas nas prisões e o que entendem 
os doutrinadores sobre o assunto. 
Por fim, demonstrar-se-ão os índices que demonstram o sucesso na reabilitação dos 
presos quando ocorre de fato isso na prática, objetivando cumprir o que a lei determina e que, 
por meio da pesquisa, constata-se que são índices que contém uma minoria do que ocorre em 
todo o território nacional. 
 
 
 
4 
 
1 ASPECTOS LEGAIS 
 
O Sistema Prisional Brasileiro passou por diversas mudanças no campo legislativo ao 
longo dos anos. Acompanhando o desenvolvimento tanto das Constituições que foram criadas 
e substituídas, bem como as mudanças nos Códigos Penais dos quais se tem conhecimento. 
Atualmente conta com mecanismos legais onde estão expressos tanto o tratamento que 
deve ser dado ao encarcerado mediante sua condição, quanto sobre o tratamento da pessoa desse 
apenado, de modo geral olhando aspectos sobre seus direitos. 
Com efeito, é possível citar então como os mais importantes: a Constituição Federal e a 
Lei de Execução Penal. Enquanto a primeira traz previsões de direitos comuns ao tratamento 
do preso enquanto pessoa, a Lei de Execução Penal traz todo o procedimento a se considerar 
sobre a pena ao acusado e todos os aspectos envolvidos. 
 
1.1 Constituição Federal 
 
No que diz respeito ao tratamento dos presos recepcionados pela Constituição Federal 
de 1988, é importante frisar que o texto legal procura assegurar, de modo geral, direitos 
fundamentais que são de titularidade de todos os seres humanos sem nenhuma distinção nem 
mesmo por sua condição de encarcerado. 
Em suma, um dosprincipais direitos fundamentais que se destinam ao apenado é o 
princípio da dignidade da pessoa humana, que, como Sarlet (2012) exemplifica trata-se dos 
direitos a cada ser respeito merecer consideração e respeito tanto pelo Estado como pela 
comunidade em geral. Assim, eles se baseiam em garantias contra atos que sejam degradantes 
e desumanos assegurando condições mínimas para uma vida digna. 
Além disso, é possível considerar que o princípio é um dos mais importantes como 
norma, visto que a partir dele se determinam diversos mecanismos de proteção em caráter 
constitucional, ou seja, toda a orientação do ordenamento no que tange à criações de lei, por 
exemplo, devem respeitar esse princípio como indicador de hierarquia. (GRECO, 2011) 
O artigo 5º da Constituição Federal, inciso III determina: ‘‘III - ninguém será submetido 
a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;’’ (BRASIL, 1988, p. 5) o que claramente 
condiz que, a condição do apenado não confere o direito do Estado a violar sua dignidade 
humana. 
Da mesma forma, é possível citar o inciso XLVII: 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
5 
 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; (BRASIL, 1988, p. 7) 
Sobre o que se encontra na prática de fato sobre esse assunto é uma realidade 
completamente diferente. Existem muitas negligências sobre a questão do tratamento 
degradante dentro das penitenciárias brasileiras. Muita violência tanto por parte dos 
companheiros de prisão, quanto pelo Estado e pelos agentes que são encarregados de cuidar da 
prisão. 
Apesar de que todo o ordenamento jurídico disponha sobre a necessidade de priorizar o 
caráter de proteção aos direitos fundamentais de maneira geral, e assim, como já dito, se estende 
ao preso, o campo prático nesse sentido é sempre decepcionante. 
 
2.2 Lei De Execução Penal 
 
A Lei de Execução Penal Nº 7.210 entrou no âmbito legal brasileiro em 1984 pelo fato 
de o Brasil tornar-se um país mais preocupado com as questões humanitárias com o objetivo 
principal de ressocializar o condenado. 
Esse método de ressocialização, portanto, busca assegurar que o período no qual o preso 
esteja cumprindo sua pena, ele passe por um período de reabilitação completo para que depois 
não venha a cometer mais crimes e possa ocorrer com ele uma reinserção total desse indivíduo 
no meio social do qual ele se manteve privado. 
É o que dispõe o artigo 1º da lei: ‘‘Art. 1º: “a execução penal tem por objetivo efetivar 
as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica 
integração social do condenado e do internado.’’ (BRASIL, 1984, p. 1466). 
Mirabete argumenta justamente esse caráter de inserção do indivíduo no meio social 
após sua privação de liberdade, de modo que: “além de tentar proporcionar condições para a 
harmônica integração social do preso ou do internado, procura-se no diploma legal não só cuidar 
do sujeito passivo da execução, como também da defesa social”. (MIRABETE, 2007, p. 28) 
O funcionamento do sistema prisional, nesse sentido, deve permitir que o condenado, 
durante seu cumprimento de pena, seja reeducado de acordo com uma boa estrutura e todas as 
assistências que por lei, devem ser prestadas, pois só assim o trabalho contra a criminalidade 
será eficaz. 
A lei ainda prevê progressão de regime nos termos do artigo 112, onde se lê: ‘‘Art. 
112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência 
6 
 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao 
menos:’’ (BRASIL, 1984, p. 1478) 
Além disso, a possibilidade de trabalho dentro do ambiente de cumprimento da pena e 
trabalho externo, quando e conforme a lei permitir. 
De tal maneira cabe ao Estado cooperar com a comunidade para que se atinjam os 
objetivos e de fato haja uma ressocialização do preso dentro do ambiente social. Não pode haver 
qualquer distinção seguindo o que se demonstra tanto na Lei quanto nos aspectos gerais trazidos 
pela Constituição Federal uma vez que mesmo encarcerado, o indivíduo não perde sua condição 
de pessoa humana e continua titular de direitos como qualquer outra pessoa, limitando e 
observando apenas o que se propõe em sua punição. 
No que tange à responsabilidade do Estado em face do apenado, a Constituição Federal 
no artigo 5º, inciso dispõe sobre o dever de manter a integridade física e moral do preso, com 
fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana. 
De mesma forma, o artigo 40 da Lei de Execução Penal nº 7.210/84 dispõe: “Art. 40 - 
impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados 
e dos presos provisórios”. (BRASIL, 1984, p. 1470) 
Além disso, a Lei de Execução Penal foi a responsável por inserir no texto legal 
quais são os direitos e deveres do apenado, como será visto mais adiante, contudo, já de 
pronto, ela determina esses direitos básicos que influenciam diretamente na aplicação 
correta da prisão de modo a proporcionar a integração social do apenado. 
(MALLMANN, 2015) 
Outro fator importante da LEP é o fato de ela deixar como responsabilidade do 
Estado, diversos cuidados que devem ser dados ao apenado durante seu cumprimento de 
pena. Essa responsabilidade diz desde fornecimento de estrutura básica como também 
de materiais típicos do período de sobrevivência a eles. 
O artigo 11 da lei recepciona os tipos de assistência que o Estado deve prestar 
perante o apenado, como assistência material com o fornecimento de vestuário, 
alimentação, produtos de higiene básica; assistência à saúde com todo amparo médico e 
odontológico, acesso a exames e etc; assistência jurídica que diz respeito sobre a possibilidade 
de constituir defesa pública aos que não tenham possibilidade de um advogado particular, por 
exemplo; assistência educacional tanto como o ensino escolar a eles quanto o direito a ter 
contato com livros e outros; assistência social diz sobre o amparo a ser determinado ao preso e 
sua família desde o encarceramento até o retorno social; e por fim, a assistência religiosa trata-
7 
 
se da liberdade de cultos e também de não ser obrigatório participar desses cultos. (BRASIL, 
1984) 
No sentido em que foi proposta, desde sempre a LEP vem ganhando elogios por parte 
da doutrina por conta de todas as garantias que propôs no texto legal. Contudo, isso também 
gerou diversas críticas pois é certo que, desde sua implementação o sistema prisional brasileiro 
não evoluiu no quesito de estrutura como um todo e não acompanhou as alterações legislativas 
pertinentes no campo de efetividade. 
Em suma, o sistema prisional ficou estagnado num modelo que não consegue colocar 
em prática o que se encontra disposto em lei, tanto por questões financeiras como também de 
omissão de interesse por parte do Estado que não viabiliza melhorias para essas questões. 
Ainda existe o tabu na sociedade sobre o que seria um tratamento adequado ao apenado 
por sua condição, que não condiz com os termos da lei e sim com uma certa ignorância por 
parte da população que não entende muito bem sob os aspectos legais e nem sobre os Tratados 
aos quais o Brasil atualmente é signatário e prezam o caráter dos Direitos Humanos. Assim, é 
preciso que tanto o Estado evolua, mas que haja um trabalho mais efetivo com a comunidade 
para mudar alguns paradigmas, o que de certa forma também um empecilho para que o sistema 
prisional evolua da maneira adequada. 
 
2 DEVERES E DIREITOS DOS PRESOS 
 
Um dos primeiros encontros sobre tratamento correto aos presos sobre critérios 
considerados para o cumprimento da pena como idade, sexo e gravidade do delito, no que diz 
respeito à legislação internacional ocorreu na década de 50 por conta das Nações Unidas no 1º 
Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Tratamento deDelinquentes de 
1955. 
A Lei de Execução Penal foi o documento legal, no Brasil, que passou a se preocupar 
com o que se determinou no congresso acima citado e dessa forma recepcionou alguns deveres 
e direitos a serem concedidos para aquele que cumpre sua pena privado de liberdade. 
Os deveres encontram-se elencados no capítulo IV da lei, seções I e II, mais 
precisamente no artigo 39, onde se lê: 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão 
à ordem ou à disciplina; 
8 
 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta; 
VII - indenização à vítima ou aos seus sucessores; 
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua 
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X - conservação dos objetos de uso pessoal. 
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo. 
(BRASIL, 1984, p. 1469) 
Dessa forma, nos termos do inciso II do artigo, o descumprimento desses deveres pode 
configurar em perca de alguns benefícios que seriam concedidos aos presos junto à Vara das 
Execuções. Como menciona Mirabete: 
Não cumpridos quaisquer dos deveres pelo condenado, constitua ou não sua 
desobediência falta disciplinar, o fato implica demérito do preso, vindo em seu 
prejuízo por ocasião de se aferir a progressão, razão que indica ser necessária a 
comunicação ao diretor do presídio de qualquer infração às normas previstas nos arts. 
38 e 39 da Lei de Execução Penal (MIRABETE, 2002, p. 114). 
Já os direitos dos apenados estão recepcionados no texto legal por força do artigo 41: 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a 
recreação; 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas 
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; 
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e 
de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes. 
XVI - atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da responsabilidade 
da autoridade judiciária competente. (Incluído pela Lei nº 10.713, de 2003) 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos 
ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. (BRASIL, 
1984, p. 1470) 
É sabido que ainda esses direitos presentes no artigo não são exaustivos, visto que os 
direitos previstos na Constituição Federal de modo geral, são aplicáveis também ao apenado, 
considerando, é claro, sua condição de apenado e observando o que se encontra determinado 
em lei por sua privação de liberdade. 
A maior crítica nesse ponto se dá por haver tanta negligência ao cumprimento dos 
direitos previamente estabelecidos no texto legal aos presos. O que se observa na aplicação da 
pena, diversas violações de caráter humanitário nas mais penitenciárias no território nacional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.713.htm#art1
9 
 
Nucci (2015) disserta sobre a forma que o sistema prisional não busca dar tanta atenção 
no campo prático, já que durante o cumprimento da pena, acaba pelo sistema deixar de lado a 
realidade social ao preso e ao retirar ele do meio e deixar de cumprir com o que está disposto 
na lei. Por isso, o cumprimento da LEP não é tão eficiente como se esperava apesar da mesma 
ser tão inovadora. 
Como determina o Ministério da Justiça (2005, p. 72): ‘‘Há discrepâncias muito fortes 
entre a previsão legal e a realidade. No Estado Democrático de Direito, o cumprimento das leis, 
especialmente as que tratam de um dos maiores valores do ser humano, que é a sua liberdade, 
deveria ser a regra. Todavia, o que se vê em quase todos os Estados é o descumprimento 
flagrante das normas jurídicas que tratam da execução penal.’’ 
O campo prático encontra muitos empecilhos como o fato de superlotação nas cadeias 
quando a lei claramente não prevê isso. Sobre as assistências, por exemplo, o Estado não 
consegue efetivá-las conforme o que está no texto legal. A falta de profissionais para oferecer 
a assistência médica adequada, muitos deles sofrem com questões de saúde por falta de 
atendimento dentro das prisões. 
A falta de efetividade da lei faz com que os índices de criminalidade continuem 
crescendo, visto que não há de fato uma ressocialização como se propõe e vários desses detentos 
acabam por cometer crimes ainda piores quando saem das cadeias, ou seja, o sistema faz com 
que a prisão seja apenas um instrumento temporário. 
 
3 PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO 
 
Um dos principais desafios para aqueles que cumprem uma pena privativa de liberdade, 
não importando muito por quanto tempo, é como ser realocado dentro do meio social, 
principalmente depois que o tempo da pena termina, para que ele não sofra ainda mais com o 
período de exclusão da pena, por exemplo. 
A implementação de programas voltados aos egressos do sistema prisional surge a 
partir da percepção de que a prisão não reintegra socialmente os indivíduos que por 
ela passam, demonstrando a incapacidade deste modelo de punição resolver o 
problema da violência e da criminalidade. (SOUZA, 2012, p. 11) 
Contudo, esses programas de reabilitação podem ser fornecidos até mesmo durante o 
cumprimento da pena, que é o caso do Programa de Ressocialização de Sentenciados do 
Supremo Tribunal Federal desde 2008 com o apoio do Distrito Federal. 
A penitenciária possui como principal objetivo a reabilitação do preso. Como dizem 
Figueiredo Neto et. al (2009, on-line): 
10 
 
A penitenciária tem enquanto objetivo a reabilitação e a ressocialização dos 
delinquentes; esse resultado é buscado através de maneiras de retribuir o mal causado 
pelo apenado através da aplicação de uma pena, prevenindo novos delitos pelo temor 
que a penalização causará aos potencialmente criminosos, além de trazer a 
regeneração do apenado que deverá ser transformado e assim reintegrado à sociedade 
como cidadão produtivo. 
Mas isto quando de fato ela é aplicada conforme o que se propõe no texto legal, 
possibilitando trabalho ao preso, educação, assistências médicas e outros métodos de 
recuperação. Mas também, deve o cumprimento da pena privativa de liberdade ser apoiado por 
outros programas que visem ofertar ao apenado, formas de reabilitação. 
Diversos estados e cidades brasileiras cuidam de programas particulares de reabilitação 
de presos. Outro exemplo é a APAC - Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, 
que funcionam como uma penitenciária, mas que ao mesmo tempo faz um excelente trabalho 
de reintegração dos presos com a finalidade de evitar a reincidência no crime. 
A APAC é uma entidade civil de direito privado, com personalidade jurídica própria, 
dedicada à recuperação e à reintegração social dos condenados a penasprivativas de 
liberdade. Ela ainda opera como entidade auxiliar do poder Judiciário e Executivo, 
respectivamente, na execução penal e na administração do cumprimento das penas 
privativas de liberdade. (FBAC, 2019, on-line) 
 Além disso, a APAC conta com toda a assistência médica, psicológica e até mesmo 
jurídica, e ainda há o fato de que não há no ambiente policiais ou agentes penitenciários, e os 
próprios detentos, chamados ali dentro de recuperandos, participam ativamente da segurança e 
disciplina do local. (FBAC, 2019). 
Nos Centros de Reintegração Social dessas unidades, edifícios limpos, sem 
superlotação e sem grades, uma disciplina severa baseada em 12 pilares é oferecida 
àqueles que deixam de ser considerados “presos”, “bandidos” e “detentos” para serem 
chamados de ‘‘recuperandos’’. (TJMG, 2018, p.2) 
A Fundação Santa Cabrini é outro exemplo de órgão que trabalha com o gerenciamento 
do trabalho prisional de detentos do regime fechado ao aberto. Em funcionamento há muitos 
anos, a iniciativa trabalha com diversas empresas que tenham o compromisso de empregar os 
quem cumprem pena. 
 A fundação determina como objetivo: 
Contribuir de forma efetiva com as políticas de Estado relativas à segurança, à justiça 
e aos direitos humanos, promovendo a reinclusão social da pessoa em cumprimento 
de pena, através da qualificação para o trabalho e da ocupação produtiva e racional. 
Trabalhar para intensificar e diversificar as atividades laborativas intra e extramuros. 
(FUNDAÇÃO SANTA CABRINI, 2020, p. 2) 
Outro exemplo a ser citado é o que acontece na Fundação de Amparo ao Trabalhador 
do Preso (Funap) no Distrito Federal vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania 
do Distrito Federal (Sejus/DF). A entidade tem como objetivo ‘‘contribuir para a inclusão e 
reintegração social das pessoas presas, oportunizando melhorias em suas condições de vida por 
11 
 
meio da qualificação profissional e oportunidades de inserção no mercado de trabalho.’’ 
(FUNAP, 2020, on-line) 
Sem dúvidas, portanto, um dos métodos mais efetivos para a recuperação do apenado é 
o trabalho a ser exercido por ele nos critérios que a penitenciária e a lei dispuserem. Com efeito, 
o artigo 28 da LEP dispõe sobre como deve ser o trabalho exercido pelo preso: “Art. 28 - O 
trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade 
educativa e produtiva” (BRASIL, 1984, p. 1468) 
Além de proporcionar uma inserção no meio social e possibilitar que o preso encontre, 
após o cumprimento da pena, um trabalho que possa sustenta-lo posteriormente, o tempo 
trabalhado pode ser abatido no cômputo da pena desse encarcerado, sendo um dos motivos mais 
importantes para que ele cumpra sua pena e exerça o trabalho. 
O oferecimento de cursos profissionalizantes é recorrente dentro das penitenciárias e 
quando feito junto a empresas ou instituições de ensino podem oferecer um trabalho muito 
eficiente para o processo de ressocialização e posteriormente, de reintegração na sociedade. 
O problema disso tudo é que a ocorrência desses programas de reabilitação são exceção 
dentro das penitenciárias brasileiras. É sabido que, em locais menos privilegiados como cidades 
menores e mais afetadas por diversas questões não há o fornecimento desses programas, e 
quando ocorrem, são com números mais restritivos para que os presos possam cumprir pena 
nesses locais, como é o caso dos citados acima. 
 
4 MEDIDAS DE INCLUSÃO À SOCIEDADE 
 
A sociedade em geral não entende como o cárcere deve funcionar. Muitas vezes, culpam 
somente o apenado tanto por cometer o crime e também por voltar a ele quando cumprida a pena, mas 
não observa que todo um trabalho deixou de ser feito com esse preso para que ele tivesse outras 
perspectivas de vida quando de fato saísse da prisão. 
Desde a década de 50, segundo Porto (2007), o Estado passou a considerar que a pena não 
cumpria com a reabilitação do preso e dessa forma deveriam existir mecanismos que pudessem de fato 
reeducar esse indivíduo e prevenir futuras reincidências. Esse mecanismo só veio de fato com a Lei de 
Execução Penal, longos anos depois. 
Segundo Marcão: 
A execução penal deve objetivar a integração social do condenado ou do internado, já 
que adotada a teoria mista ou eclética, segundo o qual a natureza retributiva da pena 
não busca apenas a prevenção, mas também a humanização. Objetiva-se, por meio da 
execução, punir e humanizar. (MARCÃO, 2005, p.1): 
12 
 
Nesse sentido, o Estado deve tomar todas as providências para que as medidas de inclusão dos 
presos na sociedade sejam efetivas, observando mecanismos legais como a Constituição Federal, o 
Código Penal, o que dizem a respeito do assunto os diversos tratados de direitos humanos e 
principalmente a LEP. 
Nery e Júnior (2006, p.164) determinam: 
Tanto quanto possível, incumbe ao Estado adotar medidas preparatórias ao retorno do 
condenado ao convívio social. Os valores humanos fulminam os enfoques 
segregacionistas. A ordem jurídica em vigor consagra o direito do preso ser 
transferido para local em que possua raízes, visando a indispensável assistência pelos 
familiares. 
Como já demonstrado pelos programas exemplificados em tópico anterior, o que se tem 
observado no campo prático é que as medidas de reinserção do indivíduo na sociedade são 
feitas, principalmente, por meio do trabalho durante o cumprimento da pena. 
Aos egressos, existem alguns programas destinados a inseri-los na sociedade e 
principalmente no mercado de trabalho com qualificação quando o período no cárcere não foi 
efetivo nesse sentido. Como exemplificam Wolff e Rosa (2006, p. 82) ‘‘[...] qualquer programa 
de atenção ao egresso deve ser pensado em sua inserção enquanto cidadão, que não perdeu seus 
direitos sociais com a condenação e que por isto, em liberdade deve ser inserido nas demais 
políticas. [...]’’ 
Os programas oferecidos buscam, sobretudo, dialogar com a sociedade para reincluir os 
egressos de maneira ativa. Sá (2005, p. 11) descreve: “pela reintegração social, a sociedade 
(re)inclui aqueles que ela excluiu, através de estratégias nas quais esses excluídos tenham uma 
participação ativa, isto é, não como meros ‘objetos de assistência’, mas como sujeitos” 
O oferecimento dessas medidas é pautado em cumprir o que se encontra expresso nos 
diversos mecanismos jurídicos para impedir as reincidências dos presos e de fato realizar um 
processo de ressocialização no campo prático. 
 
5 ÍNDICES DE SUCESSO NA REABILITAÇÃO E RE(INTEGRAÇÃO) 
 
Os índices de reincidência no Brasil estão sempre em evidência, visto que, na maioria 
dos casos existe a falha do sistema prisional. A morosidade processual que muitas vezes acaba 
por deixar os apenados dentro do estabelecimento por mais tempo do que deveriam, as 
condições precárias que são encontradas nas penitenciárias como falta de assistências, violência 
absurda, dentro outros relatos demonstram por si só que o sistema prisional não possui muito 
sucesso no processo de reabilitação. 
Com efeito, quando observados os índices de sucesso na reabilitação dos presos dentro 
13 
 
desses programas que oferecem de fato uma ressocialização, os índices de reincidência são 
muito baixos em comparação ao que se observa no restante do país, onde na maioria das 
penitenciárias não há esse trabalho. 
Um dos programas citados aqui no decorrer desse trabalho, é o programa fornecido junto 
ao STF para a recuperação dos sentenciados. Segundo o próprio STF, nos primeiros anos da 
criação do programa, já se observava bons resultados no que se propôs. Segundo o próprio 
órgão: ‘‘O Programa tem o objetivo de contribuir para a recuperação social de sentenciados, 
por meio da capacitação profissional durante o exercício de uma atividade remunerada, e já 
beneficiou 60 sentenciados ao longo desses quase três anos de experiência.’’ (STF, 2011, on-
line) 
Enquanto o que se demonstranas unidades das APACs, segundo o próprio TJMG 
(2018), a reincidência dentro dessas unidades chega a somente 15%, o que não condiz com o 
cenário absurdo que é encontrado no restante do país com uma porcentagem muito maior em 
reincidência. 
Segundo um relatório elaborado pelo CNJ sobre os índices de reincidência no país, ficou 
constatado que: 
Os achados da pesquisa revelaram que 23,9% dos adolescentes retornaram ao menos 
uma vez ao sistema socioeducativo no período entre janeiro de 2015 e junho de 2019. 
De outro lado, quando observado o sistema prisional, contemplando, portanto, os 
indivíduos com 18 anos ou mais de idade, a taxa de retorno ao sistema atinge o 
patamar de 42,5%. (CNJ, 2019, p. 8) 
O Brasil não é único que passa por problemas com reincidência, países como a Inglaterra 
e Estados Unidos demonstram altas taxas de volta ao sistema prisional depois de algum tempo. 
Em contrapartida, a Noruega é um modelo de sistema prisional que trabalha efetivamente no 
processo de reabilitação. Segundo reportagem do Conjur: 
A taxa de reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%. Na 
Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência na Noruega 
é de 20% (16% em uma prisão apelidada de "ilha paradisíaca" pelos jornais 
americanos, que abriga assassinos, estupradores, traficantes e outros criminosos de 
peso. (MELO, 2012, on-line) 
Isso demonstra que, os índices de reincidência são altos quando não há um trabalho 
efetivo por parte do poder público para criar formas de ressocialização do indivíduo, como são 
observados dentro das penitenciárias que foram citadas como exemplo no decorrer do trabalho. 
O método APAC é o mais eficiente no cenário brasileiro. Há o trabalho que os presos 
devem realizar, limpeza, organização, disciplina, e sobretudo, compromisso dos organizadores 
com o caráter de ressocialização que a lei impõe e que deveria ser cumprido em todo o Brasil. 
‘‘Em média, nossa não-reincidência (no crime) é de 70%. Em algumas Apacs, chegamos 
14 
 
a um índice de 98%. [...] Tenho certeza que, se o Estado acordasse, a reincidência seria menor 
ainda”, disse o gerente de metodologia da FBAC, Roberto Donizetti.’’ (CONJUR, 2017, p. 1) 
Nesses lugares, os índices de sucesso são muitos. É claro que, a capacidade de presos 
com os quais essas penitenciárias atuam são muito baixas perto do panorama nacional, mas isso 
demonstra que se o Estado realmente se importasse com a questão, faria com que esses modelos 
fossem implementados em outras penitenciárias. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Dessa forma, é possível concluir que o Brasil precisa evoluir muito em termos de 
sistema prisional conforme o que se demonstrou durante o trabalho. No país, os locais que 
exercem de fato o que se encontra positivado nas diversas leis que tratam do assunto são 
minoria. O que se observa realmente é que no restante do país o campo prático não evoluiu 
conforme a legislação. 
É preciso que se aposte mais em políticas públicas que tenham o objetivo de reinserir o 
preso no meio social durante seu cumprimento de pena, seja por meio do trabalho ou, 
principalmente, por meio da educação para que esse indivíduo tenha condições mínimas de 
sobrevivência após sair do local de encarceramento. 
Conforme o que se vê em outros países, ainda que o território nacional brasileiro seja 
certamente maior, é preciso pensar com os números e índices existentes sobre reincidência, 
sobre nível de educação das pessoas que cometem crimes e tudo o que se deve considerar para 
a aplicação de uma pena adequada. 
A problemática atual se demonstra no fato de que esse modelo que deveria ser 
implementado pelo Estado, acaba sendo exercido ou por organizações não governamentais ou 
até mesmo por entidades privadas. O que dificulta que o acesso a esses métodos diferenciados 
de reabilitação prisional não seja disseminado em todo o território nacional. 
Quando há um efetivo trabalho de reabilitação, como se descobriu em propostas de 
penitenciárias durante o decorrer do trabalho, o caminho se demonstra muito mais esperançoso 
para que a criminalidade diminua, visto que o modelo das penitenciárias atuais são um dos 
principais responsáveis pelos índices de reincidência. 
 
 
 
 
15 
 
 
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