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Tema 1-Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI)

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13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI)
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 1/82
Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI)
Prof. Cosme José Vieira Machado
Descrição Abordagem das ações elementares, dos componentes e dos equipamentos que fazem parte da
infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva (UTI).
13/01/24, 19:22 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva (UTI)
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Propósito As unidades de terapia intensiva apresentam recursos de atendimento ao paciente crítico que
dependem do conhecimento de sua base estrutural, dos profissionais que compõem a equipe
multidisciplinar e dos equipamentos necessários para esse atendimento, que são indispensáveis
para os profissionais que poderão atuar nesse ambiente.
Objetivos
Módulo 1
Unidade de terapia
intensiva: conceito,
serviços e histórico
Reconhecer o conceito de unidade de
terapia intensiva, os profissionais que
nela atuam e seus principais
componentes históricos.
Módulo 2
A infraestrutura e os
principais equipamentos
de uma unidade de
terapia intensiva
Identificar os principais equipamentos
e a infraestrutura de uma unidade de
terapia intensiva.
Módulo 3
Prevenção e controle de
infecção hospitalar
Identificar os principais métodos para
prevenção e controle da ocorrência de
infecção hospitalar.
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As unidades de terapia intensiva (UTIs) são consideradas, por muitos, ambientes
hospitalares hostis e invasivos. Contudo, são locais de extrema importância para o
atendimento do paciente crítico.
Com a pandemia da covid-19, ficou evidente que as UTIs, seus equipamentos e os
profissionais nelas atuantes foram responsáveis pela recuperação de muitas vidas
e por devolver a muitas pessoas o prazer de ter consigo seus amigos e entes
queridos. Portanto, conhecer o conceito de UTI, um breve histórico dessa unidade,
seus equipamentos e a equipe multidisciplinar que a compõe, além das principais
ações na prevenção e no controle da infecção nesse ambiente hospitalar, é de
extrema importância para o aluno. Após a leitura deste conteúdo, certamente,
veremos que o adjetivo hostil não se encaixa no conceito, tampouco na ação
prestativa das unidades de terapia intensiva.
Orientação sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km)
por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve
existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios
técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional
de separação dos números e das unidades.
Introdução
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1 - Unidade de terapia intensiva: conceito, serviços e histórico
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o conceito de unidade de terapia intensiva, os pro�ssionais
que nela atuam e seus principais componentes históricos.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/03773/index.html#imprimir 5/82
Conceito de unidade de terapia intensiva
Conceito de unidade de terapia intensiva e
principais pro�ssionais atuantes
As especialidades da área de saúde se distribuem em vários setores das unidades
hospitalares, apresentando funções específicas. Alguns pacientes, devido a condições
clínicas graves, têm necessidade de internação em unidades de tratamento
diferenciado, onde podem ser mais bem monitorados. Sendo assim, tais doentes são
encaminhados a uma unidade hospitalar de tratamento intensivo.
A unidade de terapia intensiva (UTI) é um ambiente hospitalar de estrutura dotada de
alta complexidade, com um sistema de monitorização contínua. Tem como objetivo a
admissão de pacientes enfermos e potencialmente graves, descompensados por
agravamento de um ou mais sistemas orgânicos.
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Ambiente simplificado de um leito em uma unidade de terapia intensiva.
A UTI pode ser conceituada como uma unidade hospitalar que objetiva dar suporte
intensivo de elevada complexidade para pacientes instáveis, com comprometimento
clínico agudizado ou ainda nos pós-operatórios cirúrgicos, dependente de
acompanhamento contínuo e assistência médica avançada. Desse modo, os doentes
podem ser monitorizados e vigiados por um período de 24 horas.
De acordo com os indexadores integrados aos níveis de atenção à
saúde pública no Brasil, estabelecidos pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), a UTI é um local de alta complexidade hospitalar,
com serviços de elevadas características tecnológicas e alto
suporte à vida; formada por diversos profissionais especializados.
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Em adicional, a unidade de terapia intensiva também conta com serviços
complementares, como diagnóstico por imagem e exames laboratoriais.
Profissionais envolvidos no monitoramento do
paciente crítico.
As unidades de terapia intensiva são
compostas de vários profissionais. São
alguns dos mais importantes: médicos
intensivistas, enfermeiros,
fisioterapeutas, técnicos de enfermagem,
psicólogos, nutricionistas, dentistas,
fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais, assistentes sociais,
secretários, auxiliares de limpeza e
maqueiros.
O médico, o fisioterapeuta e o enfermeiro são os profissionais que interagem mais
frequentemente nesse ambiente, onde são responsáveis pelo monitoramento de
numerosas variáveis fisiológicas e previsão de suporte para múltiplos órgãos.
Veja na tabela a seguir a síntese de algumas das funções desses profissionais:
Profissionais Síntese de algumas funções
Médico
Orientação imediata de condutas de
acordo com a clínica do paciente
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Profissionais Síntese de algumas funções
Exame físico
Prescrição de medicamentos
Solicitação de exames
Informação aos familiares sobre o estado
clínico do internado
Início do registro do prontuário e das
anotações da evolução clínica do
paciente
Fisioterapeuta
Evolução no prontuário
Controle das vias aéreas, ajustes na
oxigenoterapia e ventilação mecânica
Monitorização do paciente
Controle postural
Avaliação do status respiratório e motor
do paciente
Enfermeiro e técnico de
enfermagem
Monitorização multiparamétrica
Verificação da identidade do paciente
Registro dos sinais vitais, da inserção de
cateteres e sondas
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Profissionais Síntese de algumas funções
Avaliação do nível de consciência
Controle postural
Controle de drogas e soro
Nutricionista
Realização de diagnósticos e prescrições
dietéticas específicas
Organização e acompanhamento do
status nutricional do paciente.
Psicólogo
Avaliação das condições emocionais do
paciente e da família dele.
Assistente social
Apoio à família e ao paciente em casos
de dificuldades relacionadas à sua
evolução terapêutica.
Tabela: Atribuições de profissionais envolvidos com o paciente crítico, em uma unidade de tratamento intensivo.
Cosme Machado.
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Serviços de tratamento intensivo
Quais são os serviços de tratamento
intensivo?
Segundo a Portaria nº 466, de 4 de junho de 1998, em suas disposições gerais (item
1.5), os serviços de tratamento intensivo compreendem a unidade de tratamento ou
terapia intensiva (UTI) e a unidade de tratamento semi-intensivo. A unidade de
tratamento intensivo é constituída de um conjunto de elementos agrupados
funcionalmente, que objetiva o atendimento de pacientes graves ou de risco, que
tenham necessidades de assistência ininterruptas, podendo estar associada a uma
unidade de tratamento semi-intensivo. Já a unidade de tratamento semi-intensivo, que
é igualmente formada por um conjunto de elementos agrupados funcionalmente, é
destinada ao atendimento de pacientes, preferencialmente vindos da UTI, que
necessitem de cuidados intensivos e observação contínua, sob supervisão e
acompanhamento médico, não necessariamente contínuo, porém linear.
Embora muitas vezes sejam informalmente tratadas de maneira similar, existe
diferença entre as siglas CTI e UTI. Ainda de acordo com a mesma portaria, veja a
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diferença:
Unidade de terapia intensiva
(UTI)
Sendo também chamada de
UTI especializada, é
responsável pelo atendimento
de pacientes em uma
especialidade médica ou
selecionados por grupos de
doenças.
Centro de tratamento intensivo
(CTI)
É o agrupamento, numa
mesma área física, de duas ou
mais UTIs, incluindo-se,
quando existentes, as
unidades de tratamento semi-
intensivo.
As unidades de terapia intensiva são principalmente classificadas em:

UTI adulto ou geral
Suporte dado a pacientes acima de 14
anos.

UTI pediátrica
Suporte para doentes entre 29 dias de
vida e menores de 18 anos.

UTI neonatal
Suporte a pacientes com idade até 28
dias.

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No entanto, além dessa classificação principal, podemos incluir, nos tipos de unidade
de terapia intensiva, as UTIs especializadas, que podem ser desmembradas em:
UTI cardiológica ou unidade coronariana.
UTI neurológica.
UTI respiratória.
UTI cirúrgica.
UTIs especializadas em traumas e no tratamento de grandes queimados.
Alguns serviços hospitalares mantêm os doentes críticos baseados na classificação
principal, enquanto outros também incluem nas características de seus atendimentos
as UTIs especializadas.
Para estarem de acordo com as determinações do Ministério da Saúde, o número de
leitos de uma unidade de terapia intensiva deve estar entre 6% e 10% do total de leitos
existentes no hospital, a depender da capacidade total e da complexidade em que ele
se classifica. Cumprindo esses requisitos, a distribuição das UTIs deveria acatar as
seguintes referências:
 UTI adulto
S h it l f l 5% d l it d i d ti d à UTI d lt
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Se o hospital for geral, 5% dos leitos deveriam ser destinados à UTI adulto.
 UTI pediátrica
Em relação aos leitos pediátricos utilizados em todo o hospital, 5% deles deveriam ser
destinados à UTI pediátrica.
 UTI neonatal
Com base no número de leitos obstétricos do hospital, 5% devem ser utilizados na UTI
neonatal.
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Em 14 de fevereiro de 2020, o Conselho Federal de Medicina definiu, por meio da
Resolução nº 2.271, as unidades de terapia intensiva e as unidades de cuidados
intermediários (UCIs), com base em seus níveis de cuidado e complexidade. Por essa
definição, a UTI ficaria responsável pelo atendimento de suporte de vida a pacientes
considerados clinicamente de alta complexidade, com gravidade extrema e alto risco
de morte, enquanto a UCI seria responsável pelo suporte a paciente de gravidade
intermediária, com riscos moderados e afastados de riscos de morte imediata.
Os níveis de cuidados para os atendimentos relativos a cada unidade citada foram
estratificados de acordo com as condições de assistência relativas à UTI e à UCI, em
nível III, II e I. Veja na tabela a seguir:
Nível de atenção Gravidade
Características dos
pacientes
III Muito alta
Falência aguda de
múltiplos órgãos
 UTI especializada
Em caso de hospital geral, 10% dos leitos seriam destinados à UTI especializada.
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Nível de atenção Gravidade
Características dos
pacientes
vitais ou em risco de
desenvolvimento e
ameaça imediata de
morte.
Necessidade de
monitoramento e
suporte de
complexidade muito
alta.
II Alta
Falência aguda de
órgãos vitais ou em
risco de
desenvolvimento e
ameaça de morte.
Necessidade de
monitoramento e
suporte de
complexidade
menor.
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Nível de atenção Gravidade
Características dos
pacientes
I Médio-baixa
Necessidade de
monitoramento por risco
de desenvolvimento de
uma ou mais falências
agudas de órgãos ou em
recuperação de situações
clínicas críticas.
Tabela: Níveis de cuidados, com suas principais características.
Cosme Machado.
História
História das unidades de terapia intensiva
A literatura mostra relatos divergentes sobre a origem e o momento do surgimento
das unidades de terapia intensiva no mundo. Tradicionalmente, a enfermeira britânica
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Florence Nightingale é considerada a primeira a idealizar o que poderíamos imaginar
como uma unidade de terapia intensiva. Ela serviu com o lado britânico na Guerra da
Crimeia, entre 1854 e 1856. Essa enfermeira reuniu os soldados que apresentavam
ferimentos graves em uma área próxima ao seu posto de enfermagem, onde ela podia
acompanhar suas condições clínicas com observação contínua e fornecer ajuda
rápida quando eles mais precisavam.
Não encontramos relatos ou esforços parecidos até 1929, quando, no Hospital Johns
Hopkins, em Baltimore, o doutor Walter Dandy falou sobre a utilização de uma unidade
especial de pós-operatório para seus pacientes neurocirúrgicos (HANSON et al., 2001).
Comentário
Alguns relatos datados entre as décadas de 1940 e 1950, nos EUA, dão conta de uma experiência realizada
nas salas de recuperação pós-anestésica, na qual se demostrou que a vigilância intensiva de pacientes muito
enfermos foi extremamente eficaz. Nesses relatos, ficou evidente que alocar, em uma grande sala, pacientes
que estavam acordando da anestesia permitia uma melhor observação quanto a complicações imediatas,
dispneia, pressões arteriais instáveis e déficits de coagulação.
No entanto, discordando desses relatos, alguns outros atribuem ao surto epidêmico
de poliomielite em 1952, em Copenhague, na Dinamarca, a origem precursora das
UTIs. O que fundamentaria alimentar essa especulação era o fato de que a epidemia
de poliomielite levou os acometidos a necessitarem de ventilação mecânica, por meio
do assim denominado “pulmão de aço”, método de ventilação por pressão negativa
usado na época, que possibilitava o tratamento das sequelas respiratórias dos
pacientes acometidos pela doença.
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Pacientes vítimas de poliomielite sendo ventiladosartificialmente com o “pulmão de aço”.
Conforme podemos observar, os pacientes necessitavam de supervisão e cuidados
intensivos pela equipe de enfermagem. Como resultado, ficou evidente que poderia
ser feito um melhor uso da equipe de saúde e dos equipamentos disponíveis, quando
os pacientes fossem acompanhados em uma área específica. Na época, essa área foi
denominada como enfermaria, onde médicos e enfermeiras observavam e tratavam
pacientes gravemente doentes 24 horas por dia.
De acordo com o exposto, Berthelsen e Cronqvist (2003) sugerem que o “título de
idealizador” da primeira unidade de terapia intensiva deva ser atribuído ao
anestesiologista dinamarquês Bjørn Ibsen, em 1953. Ibsen foi considerado o precursor
das UTIs por ter se envolvido no tratamento das vítimas de surtos de poliomielite e ter
sido o primeiro a publicar um artigo sobre terapia intensiva, intitulado O trabalho em
uma unidade de observação anestesiológica.
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No fim da década de 1960, pesquisadores norte-americanos e
ingleses chegaram à conclusão de que indivíduos criticamente
enfermos apresentavam problemas fisiopatológicos comuns e
que a sobrevida deles dependia de múltiplos controles de suas
funções corporais. A partir do surgimento de alguns
equipamentos e terapêuticas, a UTI se desenvolveu e gerou outras
unidades específicas, tais como: unidade de choque, unidade
coronariana, unidade respiratória, unidade de diálise renal,
unidade intensiva neonatal.
No Brasil, com o uso dos primeiros ventiladores por pressão negativa na década de
1950, a unidade de terapia intensiva teve sua iniciação. O “pulmão de aço” foi utilizado
pela primeira vez em 1955, no Instituto Paulista de Traumatologia e Ortopedia da
Universidade de Medicina, deixando, a partir daí, a ventilação mecânica como prática
exclusiva da anestesiologia e dos ambientes cirúrgicos. Esse fato foi considerado um
marco na terapia intensiva brasileira.
No final da década de 1960, graças aos estudos de Antônio Tufik Simão, surgiu a
primeira UTI pulmonar no Rio de Janeiro, no Hospital dos Servidores do Estado. Em
São Paulo, nos anos 1970, uma unidade de terapia intensiva foi criada no Hospital
Sírio-Libanês, a partir de uma ação pioneira no Hospital das Clínicas.
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Histórico e conceitos sobre UTIs
Neste vídeo, o mestre Cosme Machado discorrerá sobre os principais conceitos das
UTIs, assim como sobre o histórico de seu surgimento no Brasil e no mundo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1

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Pacientes no pós-cirúrgico não raramente carecem de internação em unidades de
terapia intensiva, com o objetivo de serem monitorados continuamente em um
período não inferior a 24 horas. As UTIs são unidades hospitalares que garantem
serviços de alta qualidade e contam com profissionais bem treinados e muitos
especialistas que compõem uma equipe multidisciplinar. De acordo com o Sistema
Único de Saúde (SUS), as UTIs são indexadas pelos seus níveis de atenção. O SUS,
por esses índices integrados, classifica as unidades de terapia intensiva como
A unidades hospitalares de muito alta complexidade.
B unidades hospitalares de média complexidade.
C unidades hospitalares de alta complexidade.
D unidades hospitalares de baixa complexidade.
E unidades hospitalares de extrema complexidade.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Os níveis de atenção à saúde são organizados de forma hierárquica em baixa, média
e alta complexidades. As ações de saúde que exigem alta complexidade de
atendimento são conceituadas como ações que necessitem de tecnologia de ponta
e custos maiores, possibilitando atendimento com suporte alto para manutenção da
vida. Portanto, as UTIs se encaixam no perfil de unidades hospitalares de alta
complexidade. Serviços de baixa complexidade estão relacionados à atenção
primária e são oferecidos pelas unidades básicas de saúde, possibilitando que os
pacientes realizem consultas e exames. Os serviços classificados como de média
complexidade correspondem aos serviços de pronto atendimento, como os
realizados nas unidades de pronto atendimento (UPAS) e nos hospitais de pequeno
porte, além das unidades ambulatoriais. Pelo exposto, podemos chegar à conclusão
de que as alternativas B e D estão incorretas. Não existem, pela classificação do
SUS, as conceituações muito alta e extrema complexidade. Sendo assim, as
alternativas A e E estão incorretas.
Questão 2
Desde sua instituição para o oferecimento de atendimento que demande alta
qualidade de serviços e presença de profissionais especializados, os serviços de
tratamento intensivo proporcionam algumas dúvidas no que diz respeito a
surgimento, conceitos, caracterização, especialização e procedimentos internos. A
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capacidade de dirimir essas dúvidas auxilia na compreensão de fatores
determinantes sobre diversos aspectos que envolvem os serviços intensivos.
Indique a alternativa que constitui uma descrição verdadeira sobre os serviços de
tratamento intensivo.
A
O centro de tratamento intensivo (CTI) pode conter uma unidade
coronariana, uma unidade especializada para doenças neurológicas
e uma unidade especializada para cuidados de grandes
queimaduras.
B
Uma unidade de tratamento semi-intensivo agrupa, em uma mesma
área física, várias unidades de tratamento intensivo (UTI), sendo os
pacientes encaminhados das unidades semi-intensivas para as UTIs,
sendo que a recíproca não é verdadeira.
C
Os centros de tratamento intensivo (CTI) e as unidades de
tratamento intensivo (UTI) são descritos na literatura como
ambientes hospitalares exatamente iguais, sem distinção conceitual.
D
Uma unidade de tratamento semi-intensivo atende pacientes que
chegam exclusivamente das unidades ambulatoriais, com base na
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Nos serviços de tratamento intensivo, o CTI agrupa, em uma estrutura física, duas ou
mais UTIs. As UTIs são conhecidas como unidades de tratamento especializado,
entre as quais se destacam algumas unidades, tais como a coronariana, a
neurológica e a de grandes queimaduras. A unidade de tratamento intensivo pode
estar associada a uma de tratamento semi-intensivo, porém, hierarquicamente, as
unidades semi-intensivas atendem paciente oriundos das UTIs. Analisando essas
afirmações, chegaremos à conclusão de que as alternativas B e D não são
verdadeiras. Em adicional, é citada uma portaria na alternativa D que não existe,
definitivamente tornando-a incorreta. O CTI e a UTI não são siglas sinônimas. O CTI
atende pacientes em um contexto patológico geral, enquanto as UTIs atendem
pacientes com clínica especializada. Certamente, com base nesta afirmativa, as
alternativas C e E estão incorretas.
exigência da Portaria nº 35.765 do SUS.
E
As unidades de tratamento intensivo são ambientes hospitalares
responsáveis pelo atendimento de doentes sem distinção de
patologia, sendo, algumas vezes, tratado como CTI geral.
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2 - A infraestrutura e os principais equipamentos de uma unidade de
terapia intensiva
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais equipamentos e a infraestrutura de uma
unidade de terapia intensiva.
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Infraestrutura da unidade de terapia
intensiva
Como é a infraestrutura da unidade de
terapia intensiva?
Conforme descrito no módulo 1, as informações sobre o surgimento das unidades de
terapia intensiva são historicamente divergentes e algo inconsistentes, mas algumas
similaridades existem. As descrições mencionam sempre um único motivo: a
necessidade de observação contínua do paciente gravemente enfermo.
Atenção!
Uma unidade de terapia intensiva deve conter uma área física que ofereça facilidades para a prevenção, o
diagnóstico e o tratamento de múltiplos órgãos em falência, possibilitando um alto nível de assistência
continuada ao paciente.
Doenças que precipitam a admissão em uma UTI são, frequentemente, inesperadas e
associadas a mortalidade e morbidade altas. Não é surpreendente que muitos
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profissionais possam encontrar nessas unidades situações intimidantes e
estressantes. Conhecer as políticas e as práticas comuns das unidades de terapia
intensiva, seu funcionamento, organização e estrutura elementar pode auxiliar a
equipe multidisciplinar a gerenciar melhor o atendimento ao doente crítico e evitar
procedimentos que afetem negativamente o cuidado ao paciente.
Estrutura física
É fundamental que uma unidade de terapia intensiva ocupe uma área própria, de
acesso restrito, dentro de uma unidade hospitalar. O seu planejamento deve ter como
prioridade as admissões e os encaminhamentos dos pacientes, as patologias que
serão atendidas, seus postos de atendimento (p.ex., o posto de enfermagem), os
locais de estoque dos materiais e equipamentos usados, ou não, e, principalmente, o
respeito ao perfil do doente que será internado. Seu tamanho deve considerar o
número de profissionais qualificados envolvidos no atendimento e a fácil locomoção
deles.
A estrutura está relacionada aos elementos ambientais dos
cuidados de saúde e suas instalações, portanto, deve oferecer
condições para uma adequada qualidade de serviços prestados.
Uma UTI adaptada a esses propósitos maximiza a prevenção da
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incidência de riscos terapêuticos e o aperfeiçoamento dos
atendimentos produzidos.
Uma UTI deve estar de acordo com as normas para projetos físicos do
estabelecimento da assistência de saúde e ser constituída de unidades físicas
exclusivas.
Localização
Trata-se de uma área dentro do hospital com restrito controle, impossibilitando a
ligação com outros departamentos da unidade hospitalar — uma necessidade
prioritária. A UTI deve apresentar proximidade para fácil acesso às unidades de
emergência, de tratamento semi-intensivo e aos centros cirúrgicos, além de ser
próxima aos elevadores, ao serviço de exame de imagem e aos laboratórios.
Ambiente de uma unidade de terapia intensiva
A exigência de alguns pré-requisitos ambientais é fator indispensável para o
funcionamento de uma UTI. Aqui, citaremos os de maior necessidade. Para
desenvolver suas principais atividades, uma UTI deve possuir:
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Uma área de tratamento para pacientes adultos, pediátricos e neonatos.
Lavatórios exclusivos para os profissionais que promovem a assistência ao
indivíduo internado.
Um quarto de isolamento.
Um posto de enfermagem.
Área de estar para a equipe de saúde.
Um local exclusivo para a prescrição médica.
Aposentos para o descanso dos profissionais atuantes.
Sala para preparo e depósito de equipamento/material.
Laboratório.
Leitos
Devem ficar localizados em um espaço que favoreça a observação adequada e segura
dos pacientes, seja direta ou indireta. Sua disposição na UTI pode ser em uma área
comum, em quartos fechados ou mista. Em se tratando de área comum, a observação
contínua do doente fica mais facilitada. A área comum deve ser dividida em leitos
separados por divisórias para relativa privacidade dos indivíduos. Caso sejam quartos
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fechados, estes precisam possibilitar a visualização dos pacientes através de painéis
de vidro.
Leitos de uma UTI organizados em área comum. Leitos de uma UTI organizados em quartos fechados.
A vantagem de unidades dispostas em quartos fechados é o atendimento mais
privado ao paciente e a redução de ruídos locais. Ainda, o isolamento de pacientes
imunodeprimidos ou infectados é uma das principais utilidades das unidades
fechadas. O número de leitos, normalmente, é designado pela quantidade total de
leitos do hospital. O ideal seria um número de 8 a 12 leitos por UTI, e o número
mínimo, considerado suficiente, é de 5 leitos. O Ministério da Saúde sugere dimensões
diferentes dos leitos para as áreas comuns e os quartos fechados, sendo,
respectivamente, de 12m2 e 10m2, no mínimo.
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Principais equipamentos de uma unidade de
terapia intensiva
Os equipamentos utilizados na UTI variam desde os bem conhecidos, como aparelhos
para medir a pressão arterial, até aparelhos mais especializados, como monitores de
cabeceira ou máquinas de diálise. A Portaria nº 466, de 4 de junho de 1998, publicada
no Diário Oficial, determinada pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Vigilância
Sanitária, lista 33 equipamentos de presença obrigatória em uma UTI. Foge ao escopo
de nossa intenção descrever todos os equipamentos possíveis que podem estar
presentes. Aqui, procuraremos fornecer informações de natureza geral, focando
nossas atenções em alguns dos equipamentos utilizados dentro de uma unidade de
terapia intensiva que julgamos ser importantes.
Equipamentos relacionados ao sistema
respiratório
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Ventiladores mecânicos
Ventilador mecânico, com o display mostrando alguns
parâmetros ventilatórios.
São os principais responsáveis pela
manutenção da ventilação pulmonar. São
coadjuvantes no tratamento da
insuficiência respiratória aguda, no qual
sua utilização é habitual. No entanto,
podem também ser de grande valor em
algumas situações pós-operatórias.
Possibilitam a monitorização clínica da
mecânica respiratória e das trocas
gasosas em pacientes neonatais,
pediátricos e adultos.
Essas máquinas para suporte respiratório podem oferecer ventilação por pressão
positiva e por pressão negativa (menos habitual). A ventilação pode ser invasiva e não
invasiva (VNI). Os ventiladores que oferecem VNI podem produzir pressão positiva
contínua nas vias aéreas (CPAP) ou dois níveis de pressão positiva nas vias aéreas
(BIPAP).
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Paciente realizando ventilação não invasiva.
Oxímetro
Este equipamento objetiva medir a
ligação de oxigênio à hemoglobina.
Para isso, conta com um sensor
luminoso que o capacita a analisar a
saturação de oxigênio no sangue arterial(SatO2).
Além de mensurar, a SatO2 também
registra a frequência cardíaca (FC).
Oxímetro. No display, é mostrada a SatO2 à esquerda e,
à direita, a FC.
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A saturação de oxigênio e a frequência cardíaca também podem ser avaliadas pelo
monitor multiparamétrico. Abordaremos esse equipamento mais adiante.
Capnógrafo
Capnografia em um paciente sob ventilação mecânica.
Tem sua utilidade para a mensuração da
concentração ou pressão parcial de gás
carbônico (PaCO2).
O registro é feito por meio de um sensor
que analisa, ao final da expiração, o CO2
expirado durante os ciclos respiratórios
do paciente. O aparelho é conectado à
via aérea artificial do doente submetido à
ventilação mecânica.
Hemogasômetro
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Este equipamento analisa a
concentração dos gases sanguíneos. Em
uma unidade de terapia intensiva, tem
inestimável valor, pois, por meio deste
equipamento, é possível a avaliação do
equilíbrio ácido-base e das pressões
parciais de oxigênio (PaO2) e de gás
carbônico (PaCo2). O pH, a PaO2 e
PaCO2 são medidos diretamente, sendo
que o aparelho possibilita que outras
medidas sejam realizadas de forma
indireta.
Análise dos gases sanguíneos a partir de uma amostra
de sangue.
O hemogasômetro é muito utilizado para fornecer os valores da gasometria arterial,
exame frequentemente solicitado em pacientes internados em uma UTI. A amostra de
sangue é colhida do paciente e submetida à análise no aparelho.
Ventilômetro
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Este aparelho mede os volumes e as
capacidades pulmonares.
A medida é feita em pacientes
submetidos ou não à ventilação
mecânica.
Por meio do display do aparelho, pode-se
avaliar, diretamente, o volume corrente
(VC) e o volume minuto do paciente.
No visor do aparelho, o menor medidor
volumétrico mensura o volume corrente,
enquanto o maior mensura o volume
minuto.
Também é possível medir, por meio do
ventilômetro, o tempo inspiratório (Ti), o
tempo expiratório (Te) e a frequência
respiratória (FR), assim como outros
parâmetros ventilatórios.
Ventilômetro.
Dreno torácico, cateter, máscaras e sonda de aspiração
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Estas ferramentas são componentes importantes para o tratamento de transtornos
respiratórios. Os drenos torácicos são usados em pacientes com pneumotórax ou
derrame pleural, com o objetivo de remover ar ou líquido da cavidade pleural. O cateter
e as máscaras comuns servem para ofertar oxigênio em doses terapêuticas, sendo
que a máscara de nebulização é utilizada para a entrega de partículas inaladas com ou
sem medicação. A máscara de Venturi se destaca entre as demais, por possibilitar a
oferta de oxigênio em concentrações controladas.
Máscara de Venturi. As peças coloridas são as responsáveis por garantir uma invariável fração de O2.
A sonda de aspiração é utilizada para a remoção de secreção brônquica em pacientes
hipersecretivos.
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Oxigenador de membrana extracorpórea
A oxigenação de membrana
extracorpórea (ECMO) é utilizada em
pacientes com grave e aguda síndrome
respiratória, oriunda ou não de infecções
que não são contidas pela abordagem
clínica tradicional.
Objetiva tratar temporariamente
desordens que levem à falência cardíaca
e/ou pulmonar.
Oxigenador extracorpóreo.
Equipamentos relacionados ao sistema
cardiovascular
Ressuscitador manual (ambu)
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Ressuscitador manual (ambu).
Embora também possa ser classificado
como um equipamento relacionado ao
sistema respiratório, o ambu é um dos
principais componentes de auxílio em
condições de parada cardíaca. É um
equipamento que oferece uma variedade
de utilidades. Entre elas, está a de
fornecer suporte à ventilação de forma
manual, em situações de transporte de
pacientes ou falhas temporárias do
suporte ventilatório.
Des�brilador e cardioversor
Embora a função de ambos seja utilizar altas descargas elétricas objetivando atingir
as fibras do miocárdio e despolarizá-las, estes dois equipamentos são diferentes. No
cardioversor, a corrente elétrica aplicada é sincronizada, enquanto a aplicação não
sincronizada da corrente elétrica é particularidade do desfibrilador.
O desfibrilador é usado em casos de parada cardiorrespiratória, com o intuito de
regularizar o ritmo cardíaco, reiniciando os batimentos do coração. É um
procedimento utilizado unicamente em emergências.
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Desfibrilador cardíaco.
Já o cardioversor é usado tanto em emergências quanto de forma eletiva. Com ele, a
reversão de situações emergenciais pode ser feita com margem de tempo superior. O
cardioversor é usado quando a pulsação está presente; no caso de ela estar ausente,
usa-se o desfibrilador.
Eletrocardiógrafo
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Este aparelho converte, em registro
gráfico, o potencial elétrico representado
pelas fases dinâmicas e elétricas do ciclo
cardíaco. Ele possibilita o diagnóstico de
infarto agudo do miocárdio, taquicardias
ventriculares, arritmias e algumas outras
desordens que interfiram na atividade
elétrica do coração. O aparelho se utiliza
de eletrodos colocados na superfície
corporal para realizar o registro.
Paciente realizando um eletrocardiograma.
Cateter de Swan-Ganz
Cateter de artéria pulmonar de Swan-Ganz.
O cateterismo cardíaco direito à beira do
leito contribuiu enormemente para a
compreensão da doença crítica. O
cateter de artéria pulmonar de Swan-
Ganz, dirigido por fluxo, é um tipo de
conduta de monitorização invasiva.
Permite monitorizar continuamente a
pressão e o fluxo arterial pulmonar,
sendo uma avaliação importante do
volume sanguíneo, do trabalho cardíaco e
da oxigenação dos tecidos.
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Dentre os parâmetros que podem ser avaliados pelo cateter de Swan-Ganz, podemos
citar: o débito cardíaco e o volume sistólico, a pressão da artéria pulmonar, a
resistência vascular sistêmica e a pressão atrial direita.
Ecocardiógrafo
É o aparelho responsável pela realização
do ecocardiograma. Trata-se de uma
técnica segura e não invasiva que utiliza
o ultrassom e o doppler colorido para
examinar o coração. As ondas
ultrassônicas produzem imagens do
coração, valvas cardíacas e grandes
vasos.
A ecocardiografia ainda está evoluindo
como ferramenta no cuidado de
pacientes críticos.
Paciente realizando ecocardiograma.
No entanto, esse exame possibilita o diagnóstico de cardiomegalia e atrofia cardíaca.
Pode também estimar as pressões arterial pulmonar e venosa central.
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Equipamentos relacionados ao sistema renal
Aparelho de hemodiálise
O equipamento dialisador, também conhecidocomo “rim artificial”, tem o objetivo de
substituir, em pacientes renais, as funções de filtração renal de forma artificial,
simulando o processo de purificação glomerular. A hemodiálise é classificada como
umas das terapias de substituição renal, estando indicada para pacientes com
insuficiência renal aguda e crônica. O dialisador funciona executando a limpeza e a
filtração sanguínea, liberando os resíduos indesejáveis. Podemos dizer que o sangue é
retirado do corpo, é limpado e posteriormente devolvido ao paciente.
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Paciente no procedimento de hemodiálise.
Urodensímetro
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Ilustração mostrando o processo de mensuração da
densidade urinária.
É um aparelho que mensura a densidade
da urina. Este dispositivo é similar a uma
régua que apresenta uma boia em sua
extremidade distal.
Para medir a densidade urinária, coloca-
se a urina em um tubo de ensaio, proveta
ou béquer com largura suficiente para
acomodar adequadamente o
urodensímetro. O equipamento é imerso
no reservatório para a realização da
mensuração.
A densidade urinária também pode ser
mensurada por meio do uso do
refratômetro e da tira reativa.
O refratômetro tem a vantagem de
utilizar um pequeno volume de urina,
enquanto um volume maior de amostra é
necessário para a medida da densidade
urinária pelo urodensímetro.
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Outros equipamentos presentes em uma UTI
Carro ressuscitador (carrinho de parada)
Também conhecido como carrinho de
emergência, o carro ressuscitador é
frequentemente chamado pelos
profissionais de saúde de “carrinho de
parada”, em razão de ser utilizado em
situações emergentes de parada
cardiorrespiratória.
Trata-se de um carrinho onde são
guardados materiais de uso
extremamente emergencial ou de
urgência, contendo, frequentemente,
quatro gavetas. Os medicamentos e
equipamentos contidos no carrinho de
emergência vão depender das
necessidades de cada unidade de terapia
intensiva.
Carrinho ressuscitador.
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Os materiais estão detalhados na tabela a seguir:
Materiais Descrições
Medicamentos
Aminofilina
Bicarbonato de sódio
Diazepam
Dopamina
Epinefrina
Sulfato de magnésio
Heparina
Cateteres e sondas
Oxigenação, aspiração e
nutrição
Cânula de Guedel, tubo endotraqueal,
laringoscópio e as respectivas lâminas,
xilocaína
Material para inserção de
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Materiais Descrições
via aérea artificial
Bisturi, seringa, tesouras, agulhas,
luvas, máscaras e óculos de proteção
Material de apoio
Desfibrilador, eletrodos, ambu
Emergência
cardiorrespiratória
Tabela: Materiais que devem estar presentes em um carrinho de parada.
Cosme Machado.
Monitor multiparamétrico
É um monitor de sinais vitais que fornece, dependendo do modelo, inúmeros
parâmetros fisiológicos importantes. Obrigatoriamente, deve fornecer: frequências
respiratória e cardíaca, oximetria de pulso, temperatura corporal, pressão arterial e
cardioscopia.
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Monitor multiparamétrico ou de beira de leito.
Bomba de infusão
Bomba de infusão.
Este equipamento é essencial em uma
unidade de terapia intensiva.
É utilizado para a infusão de nutrientes e
fármacos por vias esofágica, arterial ou
venosa.
Caracteristicamente, exerce total controle
do volume e do fluxo das substâncias
líquidas por ele infundidas.
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Glicosímetro
O glicosímetro é um aparelho portátil, de
fácil manipulação, utilizado para o
controle glicêmico de pacientes
internados. O controle da glicose
sanguínea em pacientes hospitalizados
previne complicações de natureza clínica
e cirúrgica.
Tem sido mostrado que este
equipamento digital oferece acurácia e
exatidão nas medidas de glicemia
sanguínea (MIRA; CANDIDO; YALE, 2006).
Glicosímetro digital para o controle da glicemia.
A presença do glicosímetro em UTIs é recomendado pelo Ministério da Saúde e pela
Secretaria de Vigilância Sanitária.
Sondas gástricas
As sondas gástricas são itens que oferecem nutrição a pacientes internados e
impossibilitados de alimentação por via oral.
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Paciente fazendo uso de sonda nasogástrica.
Pacientes internados, principalmente
aqueles com infecções graves,
apresentam mais de 20% de chance de
desnutrição nos primeiros dois dias de
internação. Quando a ingestão de
alimentos pela boca não pode ser feita,
são submetidos à nutrição enteral.
Esse procedimento utiliza sondas por via
nasal ou oral, inseridas até o duodeno,
jejuno, estômago ou intestino.
À diferença da nutrição enteral, a nutrição parenteral é aquela em que o acesso
nutricional é feito por via intravenosa.
Aparelho móvel de radiologia
Para concluirmos este módulo, apresentaremos um dos equipamentos mais
importantes de uma unidade de terapia intensiva: o aparelho de raios x móvel. Esse
equipamento permite realizar exame radiológico sem a necessidade de deslocamento
do paciente. Doentes internados em uma UTI estão acamados e impossibilitados de
se locomoverem, de modo que o raio x móvel é utilizado com o paciente no leito.
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Exame radiológico do paciente acamado, utilizando equipamento móvel.
Infraestrutura de uma UTI
Neste vídeo, o mestre Cosme Machado identificará os principais equipamentos e a
infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Uma unidade de terapia intensiva deve guardar algumas particularidades sobre sua
infraestrutura. A localização, os requisitos ambientais específicos, as condições de
acesso, o tamanho e, principalmente, o respeito ao perfil do paciente que será
internado são características que devem ser analisadas. Uma outra característica
importante a ser respeitada é a disposição dos leitos dentro da unidade e suas
dimensões. Nesse sentido, é correto afirmar que
A
a área de quarto fechado deve ser um ambiente totalmente isolado,
sem qualquer possibilidade de visualização do paciente, com o
intuito de preservar sua privacidade e evitar possíveis meios de
contaminação.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
B
a área comum deve ser totalmente livre de divisórias, com o objetivo
de melhor circulação dos profissionais de saúde responsáveis pelo
atendimento do paciente.
C
as áreas comuns e de quartos fechados devem ser separadas por
divisória, com leitos de dimensões exatamente iguais.
D
as áreas comunse de quartos fechados devem ser separadas por
divisória, com a dimensão dos leitos das áreas comuns sendo
menores que as de quarto fechado, já que, nas áreas comuns, as
divisórias apresentam maior proximidade.
E
as dimensões dos leitos das áreas de quarto fechado devem ser de,
no mínimo, 10m2, necessitando da presença de painéis de vidro para
permitir a visualização dos pacientes.
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De acordo com o Ministério de Saúde, as unidades de terapia intensiva são
dispostas em área comum e em quartos fechados, devendo favorecer a privacidade
do paciente. Além disso, os pacientes lotados em quartos fechados precisam ser
acompanhados continuamente. Dessa forma, na disposição em área comum, os
leitos devem ser separados por divisórias; nas de quarto fechado, devem apresentar
a possibilidade de visualização do paciente através de painéis de vidro. Sendo
assim, as alternativas A e B estão incorretas. Segundo o mesmo órgão
governamental, as dimensões dos leitos devem ser, no mínimo, de 12m2 para a área
comum e 10m2 para os quartos fechados. De acordo com essa afirmação, chega-se
à conclusão de que as alternativas C e D estão incorretas.
Questão 2
A avaliação dos gases respiratórios pode ser realizada por medidas diretas e por
medidas que analisem o sangue arterial. Em pacientes internados em uma unidade
de terapia intensiva, essa possibilidade é uma aliada importante na prevenção da
insuficiência respiratória aguda, assim como em outras complicações respiratórias.
Existem equipamentos acurados na avaliação desses parâmetros fisiológicos,
dando ao clínico a possibilidade de realizar condutas adequadas para o tratamento
das afecções em unidade de tratamento intensivo. Um desses aparelhos é o
capnógrafo, que se destaca por
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Parabéns! A alternativa D está correta.
A saturação de oxigênio no sangue arterial (SatO2) e a ligação de oxigênio na
hemoglobina são avaliadas pelo oxímetro. Fica claro que as alternativas A e B estão
incorretas. A alternativa E está incorreta, pois atribui ao capnógrafo a medida da
SatO2. O capnógrafo avalia, por meio de um sensor, a concentração de CO2 do ar
A avaliar a saturação de oxigênio no sangue arterial (SatO2).
B avaliar a ligação do oxigênio à hemoglobina.
C avaliar a PaO2 do ar expirado.
D avaliar a PaCO2 colhida no final da expiração.
E
avaliar tanto a PaCO2 quanto a SatO2 do ar expirado, no início e no
fim da expiração.
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expirado, sendo, então, capaz de determinar a PaCO2, e não a PaO2. Dessa maneira,
a alternativa D é a única correta, estando a alternativa C também incorreta.
3 - Prevenção e controle de infecção hospitalar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os principais métodos para prevenção e controle da
ocorrência de infecção hospitalar.
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Infecção hospitalar: histórico
Histórico
Hospitais organizados para cuidar de doentes necessitados já existem há muitos
séculos, principalmente na Índia, na Palestina, no Egito e na Grécia.
Saiba mais
As condições de higiene que prevaleciam baseavam-se, principalmente, nos conceitos religiosos de pureza
ritualística (SELWYN, 1991). Naquela época, eles acreditavam que a propagação da infecção era impedida
por uma aplicação das leis de Levítico – o terceiro livro do Antigo Testamento. A higiene geral, o diagnóstico
de infecções da pele e outras “impurezas”, além do isolamento dos infectados, baseavam-se nesses
preceitos.
As infecções hospitalares têm sido observadas desde o século XVIII, quando
apareciam na forma de febre puerperal, que ocorre no período pós-parto, em razão de
uma manifestação infeciosa principalmente da mucosa interna do útero. Em 1846, um
médico húngaro, ao perceber que as taxas de mortalidade por febre puerperal eram
significativas no hospital onde trabalhava, observou que as mulheres examinadas e
tratadas no período pré-natal pelos médicos e acadêmicos de medicina que
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transitavam entre a enfermaria e a sala onde eles faziam a dissecção de cadáveres,
apresentavam maior possibilidade de contrair a febre puerperal do que as que não
faziam parte dessa rotina. Ele especulou que, quando faziam o exame ginecológico
das mulheres grávidas, os médicos e os estudantes as infectavam com
microrganismos trazidos da sala de dissecção. Quando o médico sugeriu que todos
que tivessem essa rotina lavassem as mãos antes da realização do atendimento às
gestantes, as taxas de mortalidade entre essas pacientes declinaram
significativamente.
Vista parcial da reconstrução de um artista da enfermaria de um hospital, em Epidauro, Grécia, no século V a.C.
Antes, nos anos 1740, um médico do exército britânico fez as primeiras observações
importantes sobre infecção adquirida no hospital. Ele introduziu grandes reformas
sanitárias em hospitais militares para conter as infecções ocorridas nessas unidades
hospitalares em razão da má ventilação do ambiente e de sua superlotação. Desde a
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primeira metade do século XVIII até o início da “Era Bacteriológica”, as mais
importantes contribuições para o controle da infecção hospitalar foram: observações
sobre a natureza contagiosa da febre puerperal e as cabíveis medidas preventivas;
ensaios de desinfecção do ar em navios-hospital; observações valiosas sobre a sepse
cirúrgica; e investigações gerais sobre a infecção hospitalar, que tiveram origem na
Escócia.
O tratamento das infecções hospitalares sofreu grandes
modificações com o aparecimento da antibioticoterapia nos anos
1940. Embora isso tenha contribuído para o gerenciamento de
fatores exógenos de infecção, não trouxe muitas alterações no
controle dessas afecções no interior dos hospitais.
Em 1970, foi proposta a criação de um programa denominado Sistema Nacional de
Vigilância de Infecções Hospitalares, inicialmente introduzido em vários hospitais
norte-americanos, com o objetivo de emitir relatórios periódicos sobre os dados de
infecção hospitalar encontrados em suas unidades de terapia intensiva, berçários de
alto risco, enfermarias cirúrgicas e outras áreas. Esse sistema de avaliação objetivava
desenvolver estratégias para a prevenção das infecções em ambientes hospitalares.
Veja, a seguir, como se deu o início do controle das infecções hospitalares no Brasil:
 1980
N fi l d dé d f i d i õ ífi t d t l
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Vimos que, no passado, as infecções hospitalares eram atribuídas às precárias
condições de higiene, aos preceitos religiosos empíricos, à atenção inadequada de
condutas médicas e, provavelmente, às ineficientes condições de esterilização de
materiais. Porém, mesmo com os avanços da medicina, essas infecções são o evento
adverso mais comumente experimentado por pacientes hospitalizados. Pode-se
estimar que aproximadamente 10% dos pacientes internados apresentam a
probabilidade de desenvolver uma infecção hospitalar durante a sua admissão para o
cuidado de afecções agudas. É evidente que essas infecções prorrogam o tempo de
internação,aumentam as taxas de mortalidade e comorbidades, e ainda elevam os
custo hospitalares.
No final da década, foram criadas associações específicas para estudar e controlar as
infecções hospitalares.
 1992
O Ministério da Saúde estabeleceu que todos os hospitais do país deveriam manter
programas de controle de infecção hospitalar.
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Fontes infecciosas
Principais fontes infecciosas
As infecções ditas “hospitalares” são aquelas nas quais os pacientes são
contaminados no interior do hospital. Esses transtornos infecciosos também são
conhecidos como infecção nosocomial, termo de origem grega: nosos significa
doença; koméo, cuidar. Portanto, nosocomial é relativo ao âmbito hospitalar. A
infecção nosocomial pode ser definida como aquela que ocorre em 48 horas ou mais
a partir da internação hospitalar. No entanto, se provado, essas infecções podem se
manifestar após a alta da unidade de atendimento oferecido.
Para controlar e prevenir a infecção hospitalar, o conhecimento de algumas
estratégias é vital. Contudo, além do conhecimento delas, é necessário conhecer o
elemento básico de sua origem e como ela pode se disseminar. Em um ambiente
hospitalar, a transmissão infecciosa depende da fonte de origem do microrganismo,
da suscetibilidade do hospedeiro e das vias que possibilitam a sua transmissão.
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Elementos responsáveis pelo processo de infecção.
Fontes de microrganismos
Alguns elementos intra-hospitalares são considerados fontes de agentes infecciosos.
Esses elementos são, na verdade, possíveis reservatórios dos microrganismos.
Atenção!
Um reservatório pode ser definido como qualquer lugar no qual um agente infeccioso possa crescer e se
desenvolver, multiplicar-se ou reproduzir-se e ser transmitido ao hospedeiro com probabilidade de infectá-lo.
Os profissionais que fazem o atendimento direto ao paciente, as pessoas que os visitam, os equipamentos,
os talheres e a roupa de cama são exemplos de possíveis reservatórios.
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A infecção autógena, aquela na qual o próprio paciente pode ser a fonte da infecção a
partir de sua flora endógena, também é uma fonte patogênica. Dentre os principais
agentes infecciosos comumente causadores de infecção hospitalar, podemos citar:
Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase, Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella pneumoniae, Enterococcus, Streptococcus, Escherichia coli, Acinetobacter
baumannii, Proteus mirabilis e Clostridium difficile.
Hospedeiros suscetíveis
As condições imunológicas ditam as características de suscetibilidade das infecções.
Isso faz com que ocorra uma variabilidade de condições que definem a resistência
imunológica do indivíduo. É possível que determinadas pessoas apresentem
resistência à colonização ou sejam expostas ao microrganismo e se mantenham
assintomáticas, enquanto outras sejam mais suscetíveis e menos resistentes aos
processos infecciosos.
Algumas comorbidades podem facilitar a instalação da infecção, veja a segur:
Pacientes portadores de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS),
diabetes mellitus e doenças respiratórias crônicas têm maior probabilidade de
apresentarem infecções nosocomiais.
Ações invasivas, como o uso de tubo oro ou nasotraqueal, de cateteres venoso
ou urinário, levam a uma maior possibilidade de adesão e colonização de
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microrganismos.
A imunossupressão induzida por medicamentos em pacientes transplantados, a
idade avançada, cirurgias, antibioticoterapia inadequada (por incorreta seleção
ou dose do antibiótico usado) são outros fatores que, comumente, diminuem a
capacidade de combate do sistema de defesa do corpo.
Normalmente, os agentes etiológicos presentes nas unidades hospitalares
apresentam menor virulência do que aqueles localizados no exterior do hospital. No
entanto, a deficiência imunológica do doente, associada ao fato de que alguns
patógenos são antibióticos-resistentes, protagoniza a ocorrência das infecções
hospitalares.
Principais formas de transmissão
O conhecimento de como os microrganismos são transmitidos entre os pacientes é
um fator indispensável para os profissionais de saúde. As principais vias de
transmissão de infecção nosocomial são: vias urinárias, respiratórias,
gastrointestinais e a pele. As formas mais comuns de transmissão são por meio do
contato direto ou indireto, de perdigotos, do ar e de determinado veículo.
Veja as formas de transmissão:
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
Contato direto
Essa é a forma mais habitual
de transmissão. É aquela na
qual o microrganismo é
transferido por meio do
contato pessoal de uma
pessoa infectada, pelas mãos
sem luvas, para o hospedeiro
suscetível.

Contato indireto
Esse tipo de transmissão, por
sua vez, ocorre quando o
contágio se dá pelo contato do
hospedeiro suscetível com
fômites, roupas e luvas
contaminadas ou com
equipamentos mal
esterilizados.
Os perdigotos (gotículas de saliva) servem como transmissores quando são liberados
por tosse, espirro ou fala no ambiente. A forma de infecção pelo ar ocorre por meio da
inalação de patógenos presentes em partículas de aerossóis suspensas no ar. A
forma veicular é a transmissão que ocorre a partir da ingestão de alimentos, água e
medicamentos contaminados ou pela deposição de sangue com presença de agentes
infecciosos sobre a pele ou mucosas.

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Controle e prevenção das infecções
hospitalares
Plano geral de controle e prevenção das
infecções hospitalares
A criação de uma cultura visando a mudanças de hábitos, visões e comportamentos
dos profissionais de saúde é o principal desafio para o gerenciamento do controle e
prevenção das infecções nosocomiais.
Deve haver comprometimento de todos
em relação à sua segurança e a do
paciente, seguindo o planejamento e a
prática das normas preestabelecidas,
além de serem submetidos a uma
rigorosa metodologia de treinamento.
Uma dessas práticas de segurança é a
garantia da imunização dessa equipe
A vacinação é uma medida fundamental para a equipe
médica.
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prestadora de serviços do hospital.
A vacinação, principalmente contra o vírus Influenza, deve ser uma medida unânime,
tomada por todos aqueles que estão em contato com os pacientes internados. Para
controlar e empreender medidas profiláticas padrão contra a infecção intra-hospitalar,
é importante que a cadeia de eventos responsáveis por esse processo infeccioso seja
interrompida. Veremos, a seguir, algumas medidas que devem ser tomadas para que
isso seja possível.
Princípios gerais e procedimentos padrão
Independentemente do quadro clínico, da presença de doenças com probabilidade de
serem contagiosas e da avaliação diagnóstica, as medidas padrão utilizadas para
diminuir os riscos de transmissão de microrganismos devem ser aplicadas a todos os
pacientes. Descreveremos adiante alguns desses procedimentos:
 Higienização das mãos
A adequada lavagem das mãos, visando à prevenção e/ou eliminação do elemento
contagioso é umadas medidas mais importantes na tentativa da eliminação da fonte
patogênica. Para a “simples lavagem”, é necessário que o procedimento ocorra na
presença de água corrente, utilizando um lavatório grande, com sabonete ou
ti é ti d d d d di t f t á li d A l d
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antisséptico, dependendo do procedimento futuro que será realizado. A lavagem do
antebraço deve ser incluída e igualmente realizada previamente aos procedimentos
cirúrgicos. É necessário que a secagem exclua a possibilidade de contaminação. Outras
opções de lavagem incluem: desinfetantes específicos, substâncias alcoólicas com géis
antissépticos e emolientes.
 Máscaras e óculos
Este tipo de proteção deve ser utilizado em diversas situações relativas aos seus
propósitos. A recomendação é que sejam utilizados em momentos que envolvam riscos
como contatos com secreções e sangue.
 Luvas
O uso de luvas estéreis em atendimento a pacientes imunodeprimidos, em
procedimentos invasivos, em contato com fluídos corporais e pele não intacta é
condição sine qua non. Luvas não estéreis (as conhecidas luvas de procedimento ou
luvas descartáveis) devem ser usadas para todos os pacientes, onde houver risco de
t i ã d ã d ã f t b l t t l
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contaminação das mãos ou quando as mãos forem estabelecer contato com qualquer
membrana mucosa.
 Roupas de trabalho
A roupa deve ser coberta com um jaleco, de preferência branco. O uso de um avental
adicional, caso o procedimento apresente riscos de contaminação, é uma medida
adequada. A vestimenta deve ser trocada após a exposição ao sangue ou a outros
fluidos, bem como após transpiração excessiva, caso ela fique molhada.
 Calçados e capuz
Nas unidades assépticas e nas salas de cirurgia, a equipe deve usar sapatos exclusivos,
sendo que, em outras áreas, esses devem apresentar garantia de estarem
desinfectados. É imprescindível o uso de qualquer cobertura que cubra completamente
o cabelo, como uma touca ou capuz, bem como é fundamental o uso de todos os
equipamentos já mencionados.
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Sequência correta para a higienização das mãos. Equipamento adequado para o cumprimento das normas de controle de infecções
hospitalares.
Ações adicionais para o controle e
prevenção da transmissão das infecções
nosocomiais
Além das precauções padrão que são exigidas para todos os pacientes, em todas as
situações, medidas suplementares devem ser tomadas. Vamos abordar algumas
delas neste momento.
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Limpeza
O procedimento de limpeza de rotina é necessário para garantir um ambiente hospitalar livre de
poeira e outros tipos de sujeira. Uma boa percentagem de microrganismos está presente dentro da
“sujeira visível”, e o objetivo da limpeza de rotina é eliminar essa sujeira. O processo de limpeza
depende essencialmente da ação mecânica, já que detergentes ou sabão não são substâncias
antimicrobianas. Agentes de limpeza utilizados nas dependências do hospital devem ser
adequados à probabilidade de contaminação e ao nível necessário de assepsia.
Desinfecção
Definida como um processo físico ou químico no qual a maioria das formas de crescimento de
organismos patogênicos é destruída, a desinfecção não possui atividade esporicida, logo, bactérias
dessa natureza não são neutralizadas. Esse fator a difere da esterilização. Deve ser usada para a
neutralização de patógenos possivelmente presentes em objetos inanimados e superfícies ou em
equipamentos que serão futuramente manuseados. Diferentes produtos ou processos atingem
determinados níveis de desinfecção, logo, o desinfetante utilizado deve ser compatível com altos,
intermediários ou baixos níveis de atividade infecciosa.
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Esterilização
Objetiva a destruição de todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos, diminuindo a
carga microbiana proporcionada por eles. Também pode ser realizada por meios físicos e químicos.
O meio esterilizante mais comum é a autoclave.
Aparelho de autoclavação.
A destruição de agentes patogênicos de superfície ou em um fluido, bem como a
prevenção de sua transmissibilidade, está associada ao uso da esterilização. Ela é
expressamente necessária em dispositivos médicos de acesso a locais corporais
estéreis (por exemplo: em procedimentos invasivos com penetração em pele e
mucosas) e a fluidos parenterais.
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Após a esterelização, os materiais devem ser
embalados antes de serem guardados para uso
posterior.
A limpeza com intuito de remoção da
sujeira visível em equipamentos
reutilizáveis deve preceder a
esterilização.
Todos os materiais devem ser
embalados após a esterelização, sendo
este o único procedimento que dará a
possibilidade de os materiais serem
considerados estéreis.
Infecção hospitalar: como prevenir?
Neste vídeo, o mestre Cosme Machado descreverá os riscos de infecção hospitalar e
as medidas que podem ser realizadas para prevenção.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
As infecções hospitalares podem se manifestar após a alta da unidade de
atendimento oferecido. Diversas estratégias podem ser usadas para prevenir essa
condição. A infecção hospitalar também pode ser chamada de
A infecção emergencial.
B infecção nosocomial.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
A única alternativa que mostra o termo correto para infecção hospitalar é a que
indica o nome “infecção nosocomial”.
Questão 2
Quando o paciente adquire uma infecção dentro de um hospital, estando internado
em um quarto, enfermaria ou unidade de terapia intensiva, esse processo infeccioso
pode ser descrito como uma infecção hospitalar. Contudo, para que, de acordo com
os conceitos apresentados pela literatura, essa infecção seja de origem nosocomial,
o tempo de sua ocorrência é um fator decisivo. Essa exigência é pertinente, já que,
se não fosse assim, a infecção poderia ter ocorrido em outro ambiente e ser
C infecção institucional.
D infecção grave.
E infecção aguda.
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erroneamente atribuída a dependências, procedimentos ou equipamentos intra-
hospitalares. Para ser considerada uma infecção nosocomial, qual condição deveria
estar presente?
Parabéns! A alternativa C está correta.
A Infecção ocorrida imediatamente a partir da internação do paciente.
B Infecção ocorrida momentos antes de um procedimento invasivo.
C
Infecção ocorrida em 48 horas ou acima desse tempo a partir da
internação hospitalar.
D
Infecção ocorrida em menos de 48 horas da admissão,
especificamente em uma unidade de tratamento hospitalar.
E Infecção ocorrida em 24 horas a partir da admissão hospitalar.
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As afecções por processos infecciosos nosocomiais são identificadas como as que
ocorrem em 48 horas ou mais a partir da internação hospitalar, já que esse é o
período frequentemente observado que afasta a possibilidade de a infecção já estar
presente ou incubada antes de o paciente estar no interior de uma unidade
hospitalar. Dessa forma, as alternativas A, B, D e E estão incorretas, já que
descrevem períodos que não levam em consideração a possibilidade de que o
paciente já esteja infectado antes de ter sido internado. Chamando a atenção,
adicionalmente, para a alternativa B, que, equivocadamente, não garante que o
procedimento invasivo ocorra 48 horas depois da internação.
Considerações �nais
As informações sobre a infraestrutura de uma unidade de terapia intensiva dão
suporte ao público acadêmico para lidar com certas ações de gerenciamento
hospitalar. Equipamentos presentes nessa unidade podem salvar vidas e tratar de
modo diferencial os pacientes potencialmente enfermos.
Uma adequada arquitetura interna desse ambiente também está ligada à profilaxia de
várias enfermidades. A admissão, permanência ou alta de doentes críticos depende de
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ações relativas a inúmeros fatores, sendo um fator preocupante as infecções
hospitalares. Estas últimas podem ocorrer no interior de uma unidade de terapia
intensiva, ou não, e as infestações bacterianas são sua principal etiologia.
A infecção hospitalar ou nosocomial é um problema reconhecidamente de saúde
pública. Privados ou públicos, hospitais de pequeno, médio ou grande porte “sofrem”
com a presença dessa entidade patológica. Não raramente, um alto índice de
mortalidade e morbidade é atribuído aos pacientes acometidos por processos
infecciosos intra-hospitalares. Esses elevados índices podem ser contidos se houver
integração entre os conhecimentos sobre a estrutura e as ferramentas de saúde
presentes dentro de uma UTI, como também de formas para o controle do
desenvolvimento das infecções nosocomiais.
Podcast
Neste podcast, o mestre Cosme Machado fala sobre a infraestrutura de uma unidade
de terapia intensiva, os principais profissionais e equipamentos, e a forma como
podemos prevenir a temida infecção hospitalar ou nosocomial.

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Sugerimos que você pesquise a Portaria nº 466/1998 do Ministério da Saúde e da
Secretaria de Vigilância Sanitária, para saber mais sobre a estrutura e os
equipamentos necessários para a criação de uma unidade de terapia intensiva.
Referências
BERTHELSEN, P. G.; CRONQVIST, M. The first intensive care unit in the world:
Copenhagen 1953. Acta Anaesthesiologica Scandinavica, v. 47, n. 10, p. 1190–1195,
2003.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 466, de 4
de junho de 1998. D.O.U. ‒ Diário Oficial da União, Poder Executivo, 5 jun. 1998.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução n. 2.271, de 14 de fevereiro de 2020.
D.O.U. ‒ Diário Oficial da União, ed. 77, seção 1, p. 90, abr. 2020.
FROST, P.; WISE, M. P. A guide to the adult intensive care unit. British Journal of
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HANSON, C. W. et al. The anesthesiologist in critical care medicine. Anesthesiology, v.
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LUCATO, J. J. J. et al. Influência do trocador de calor e umidade com filtro
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em pacientes com DPOC. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 46, n. 1, 2020.
MIRA, G. S.; CANDIDO, L. M. B; YALE, J. F. Performance de glicosímetro utilizado no
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Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 50, n. 3, jun. 2006.
SELWYN, S. Hospital infection: the first 2.500 years. Journal of Hospital Infection, v. 18,
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WILKINS, R. L.; STOLLER, J. K.; KACMAREK, R. M. EGAN – fundamentos da terapia
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