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trabalho da faculdade Direito

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UPIS – Faculdades Integradas
Ciência Política 
Estudo Dirigido – 1º semestre de 2024
Aluno: Tiago Velloso Santos 
Questões
PODER
1 – Segundo o dicionário de Política do Bobbio, a afirmação do filósofo Thomas Hobbes de que o poder é “a posse de recursos para atingir um determinado fim” não é uma definição precisa. Por quê?
R: Porque a força é uma condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. O que caracteriza o poder político não é só o uso da força, mas a exclusividade de seu uso em relação aos outros grupos sociais. A força é, portanto, o elemento que distingue o poder político dos outros poderes.
2 – O poder é entendido, por muitos autores, como a capacidade de um determinado agente A modificar o comportamento de B. Então, um pai deseja que seu filho adote um determinado comportamento. Para isso, ameaça puní-lo, caso ele não inclua esse comportamento em seu repertório. Tendo em vista a punição, o filho se rebela e sai de casa. O pai (A) tem poder sobre o filho (B)? Justifique.
R: Nesse caso o pai tem sim o poder sobre o filho, que é o poder do homem sobre a natureza.Segundo Aristóteles,há tipologias de poder,entre elas o poder paterno :que é o pai sobre o filhos, sendo o interesse de poder o filho,devendo assim obdecer ao pai sem questionar.
3 – Um dos temas caros a Mario Stoppino é o que faz menção à causa do poder. Nesse sentido, ele rejeita a afirmação de que se A (sujeito ativo) exerce poder sobre B (sujeito passivo) e este aceita, pode-se então afirmar que B somente mudará se A agir da meneira que agiu, não havendo outras possibilidades de (B) adotar esse comportamento. Exemplifique.
R: Um exemplo desse tipo de comportamento é o Rei sobre o cidação, impondo seu poder de punição 
4 – Stoppino divide o poder entre atual e potencial. O primeiro, examinado quando o poder está em ação. O segundo, visto como possibilidade. Quanto a este último, quando podemos dizer que (A) tem possibilidade de exercer poder sobre (B)?
R: Sim
AUTORIDADE
5– Segundo a maior parte dos politólogos, pode-se definir a autoridade como “um atendimento incondicional a um determinado comando”. Essa afirmação está correta? Justifique.
R: Não está correta.A violência não é considerada um poder lgítimo, a não ser usada em caráter esporádico. O poder só é aquele considerado legítimo, por parte de indivíduos ou grupos de uma mesma relação de poder.
6 – Repare na afirmação: “um critério de legítimidade em que se baseia uma autoridade e no qual se tenha concordância para sua aplicação é suficiente para estabilizar um ordem numa determinada sociedade”. Esta afirmação está correta?
R: Não está correta.Na autoridade,embora a predisposição para a obediência seja incondicional, não é durável, precisa ser reafirmada constante e ostensivamente, a qualidade da fonte do poder à qual é atribuido o valor que funda a legitimidade. 
LEGITIMIDADE
7 – Lucio Levi, define a legitimidade em seu sentido específico e em seu sentido geral. Qual a diferença entre as duas? Justifique.
R: Sentido geral ou genérico é aquele exercido comm justiça, racionalidade. Já o sentido específico é aquele relacionado com o conceito de Estado ”um atributo do Estado, que consiste na presença, em uma parcela significativa da população, de um grau de consenso capaz de estabilizar a ordem sem a necessidade de recorrer ao uso da força, a não ser em casos esporádicos.”O governo – é o conjunto de papeis em que se concretiza o exercício do poder político
8 – Segundo Max Weber, há três fontes de legitimidade que os homens em sociedade seguem através dos tempos. Quais são elas? Explique.
R: As três fontes de legitimidade de Max Weber são a dominação tradicional, a racional-legal e a carismática. A dominação tradicional é aquela que os indivíduos aceitam o poder exercido através dos costumes e hábitos, por suas crenças difundidas por gerações. É o tipo de dominação das relações feudais e do patriarcalismo. A dominação carismática é exercida através da crença de que um determinado indivíduo possui qualidades excepcionais que lhe permite exercer tal liderança. É uma dominação personalista, baseada na capacidade do líder de convencer/demonstrar sua habilidade de liderança insubstituível. A dominação carismática poder tanto conservadora quanto transgressora, já que essa crença extrapola as tradições e costumes estabelecidos. A dominação racional-legal é aceita por todos com base na racionalidade. As transformações provocadas pelos eventos da Idade Moderna, especialmente o Iluminismo, elegeram a razão como guia da humanidade. 
9 – Por que a legitimidade em toda a sua potência é sempre um conceito lançado para o futuro pelas sociedades, sendo impossível alcançá-la em sua plenitude? 
R: Porque a legitimidade susceptibilidade de certa pessoa exercer um direito ou cumprir uma vinculação resultante de uma relação existente entre essa pessoa e o direito ou a vinculação em causa. A legitimidade do direito não mais advém de sua submissão a uma moral superior, mas pelo fato de que os afetados pelas normas jurídicas se reconhecem como coautores dessas normas positivadas: o direito não consegue seu sentido normativo pleno per se por meio da sua forma, ou por meio de um conteúdo moral dado a priori, mas por meio de um procedimento que instaura o direito, gerando legitimidade.
LEGALIDADE
10 – O que é o poder legal? E o poder discricionário?
R: O poder é legal quando é exercido no âmbito ou em conformidade com leis estabelecidas ou pelo menos aceitas. Poder discricionário é quele que o a autoridade tem o liberdade para exercer o seu poder em conformidade com as leis.
12 – Complete a afirmação. “o contrário de um poder lagítimo é um poder de fato. O contrário de um poder legal é um poder ____________”. Explique.
R: É o poder arbitário(princípio do bom governo). É aquele poder que ultrapassa os limites legais e constitucionais.É aquele que viola os direitos humanos, as garantias fundamentais e os princípios da legalidade,da impessoalidade, da moralidade, da proporcionalidade e da razoabilidade.
POLÍTICA
13 – Conforme análise de Bobbio, Disserte sobre o poder político nas sociedades modernas e contemporâneas. Em que ele difere do poder político na modernidade das abordagem clássica de Aristóteles? 
R: O poder político nas sociedades modernas e contemporâneas é aquele que baseia nos meios de que se serve o sujeito ativo para exercer o poder, como: organização da forças produtivas (ricos e pobres) organização do consenso(sábios e ignorantes) organização da coação (fortes e fracos). O que difere o poder político na modernidade das abordagem clássica de Aristóteles é que o poder político só diz respeito às formas boas de poder político. Portanto, a maior parte dos poderes políticos nas sociedades modernas não seriam alcançadas por essa definição.
14 – Segundo Boobio, qual a condição necessária e suficiente para caracterizar o poder político nas sociedades modernas? Justifique.
R: A condição necessária e suficiente para caracterizar o poder político nas sociedades moderna não é só o uso da força,mas a exclusividade de seu uso em relação aos outros grupos sociais.O uso da força é usada com exclusividade,universalidade ,inclusividade
15 – Repare na afirmação de Bobbio, contida no verbete política, de seu dicionário.
A política é a razão do estado enquanto a moral é a razão do indivíduo.
Explique essa afirmação.
R: Seria necessário pensar na autonomia da ação política , a qual é motivada por razões que não são as mesmas da ação individual.
16 – É atribuído à Maquiavel a separação da Política da esfera da Moral. Qual o raciocínio desenvolvido pelo pensador florentino para justificar essa separação?
R: O raciocínio desenvolvido para justificar a separação da política da esfera da moral foi que naquela época o rei fazia tudo que bem entendida, questionava-se o poder teocêntrico e desejava-se a existência de um príncipe que, detentor das qualidades necessárias, isto é, da virtú, poderia garantir a estabilidade e defesa de suacidade contra outras vizinhas. A legitimação do poder seria algo fundamental para a questão da conquista e preservação do Estado, cabendo ao bom rei (ou bom príncipe) ser dotado de virtú e fortuna, sabendo como bem articulá-las. Enquanto a virtú dizia respeito às habilidades ou virtudes necessárias ao governante, a fortuna tratava-se da sorte, do acaso, da condição dada pelas circunstâncias da vida.
 
 
17 – Segundo Bobbio, são três as principais características do Poder Político que o distinguem dos outros tipos de poder, a saber: exclusividade, universalidade e inclusividade. Explique-os.
· Poder político exclusividade: A exclusividade indica a necessidade da
soberania absoluta, isto é, não permite concorrência quanto ao uso legítimo da
força, exige o monopólio da violência pelo Estado.
· Poder político universalidade: consiste na capacidade do poder político tomar decisões, consideradas legítimas, quanto à distribuição dos recursos (não apenas econômicos); decisões que só podem ser tomadas pelo Estado e que são válidas para todos os membros da coletividade.
· Poder político inclusividade: diz respeito à possibilidade de interferir, de modo imperativo, nas esferas de atuação dos indivíduos e de condicionar sua ação através do ordenamento jurídico, de normas primárias e secundárias ditadas pelo aparato administrativo. Ou seja, o poder político inviabiliza tentativas dos membros do Estado subtraírem-se ao seu domínio.
18 – Uma outra bordagem trazida por Bobbio é a de Carl Schmitt denominada de amigo-inimigo. Explique essa abordagem. Ela é incompatível com a abordagem da política de Bobbio com base em Max Weber que privilegia o uso força como o elemento que distingue a Política? Justifique.
R: A Política como relação amigo-inimigo, o campo da política seria o antagonismo, e sua função consistiria na atividade de associar e defender os amigos e o de desagregar e combater os inimigos.Não seria incompatível, pois consiste que o fato de que a ética de convicção trata das ações individuais enquanto a ética de responsabilidade trata das ações de grupo. Os critérios que julgam uma ação não podem julgar a outra.
REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE POLÍTICA
19 – Philippe Schimitter, em seu texto Reflexões sobre o conceito de Política, faz um resumo das quatro principais abordagens da política elaboradas por fisósofos e polítologos ao longo do tempo. Cite e comente esses quatros grandes campos de abordagens e seus elementos específicos.
R: 1)Instituições – quadro social concreto estabelecido onde os atores atuam. Estado ou governo.Política é a arte ou ciência do Estado ou do governo. Remonta a Platão e Aristóteles.Ela vem acompanhada da descoberta da importância de instituições não constitucionais.
2)Recursos -meios utilizados pelos atores. Poder: o meio decisivo da política é a violência. Ênfase no fenômeno da coerção, Influência:preferem o termo por ser mais abrangente.CP norte-americana.A política restringe-se às formas de influência, Autoridade:o poder que se faz obedecer voluntariamente. Como são construídas suas estruturas. O estudo da política seria o “estudo das relações de autoridade entre indivíduos e os grupos, da hierarquia de forças que se estabelecem no interior de todas comunidades numerosos e complexas;
3)Processos - pela atividade principal à qual se consagram.Decision-making ou policy-formation:formulação de decisões sobre linha de conduta coletiva
4)Função - pelas consequências da sua atividade para a sociedade global da qual fazem parte.Resolução não violenta de conflitos:definir algo pela sua função que dizer considerá-lo sobre o aspecto sobre o aspecto de sua consequência de sua consequência para o sistema global de que faz parte
Maquiavel
O que é um governante de viftù?
R: Para Maquiavel um governante de viftú é aquele deveria agir com virtudes e quais virtudes deveria ter a fim de se manter no poder e aumentar suas conquistas.
Segunda Bobbio a questão da autonomia da Política em relação à Ética se deve à Maquiavel? Por quê?
R: Sim. Segundo Bobbio, pode haver “ações morais que são impolíticas (ou apolíticas) e ações políticas que são imorais (ou amorais)” , distinção esta que, aliás, já se fazia presente na obra de Nicolau Maquiavel. Dessa forma, seria preciso considerar que existem razões e ações do Estado que são justificadas quando por ele praticadas, mas jamais permitidas a um indivíduo. A política seria a razão do Estado, enquanto a moral seria a razão do indivíduo. Assim, seria preciso pensar na autonomia da ação política, a qual é motivada por razões que não são as mesmas da ação individual. 
 
Hobbes
 
04) O que é o contratualismo no contexto da filosofia política? Quais os elementos “metodológicos” intrínsecos ao contratualismo?
R: são os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma espécie de acordo - um contrato - a fim de garantir a sobrevivência. O ser humano, segundo os contratualistas, vivia no chamado Estado Natural (ou estado de natureza), onde não conhecia nenhuma organização política. Os homens são iguais em corpo e espírito – concepção vaidosa da própria sabedoria.Os homens são tão iguais que nenhum pode triunfar sobre o outro.Em estado de natureza o homem não tira nenhum prazer da companhia de um outro.
05) Cite e explique as três principais razões da discórdia no estado de natureza que tornam a vida do homem insuportável, na avaliação de Thomas Hobbes?
R: As três principais razões da discórdia:
 1- competição (lucro)
 2- desconfiança (segurança)
 3- glória (reputação)
06) O que devem os homens fazer (e como deve ser feito) para sair do estado de natureza, segundo Hobbes?
R: Para sair do estado de natureza o homem tem direito a todas as coisas (não haverá para nenhum homem a segurança de viver o tempo que geralmente a natureza lhe permite).Regra geral da razão:que todo o homem deve esforçar-se pela paz na medida em que tenha esperança de consegui-la, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra.
07) Na filosofia política de Hobbes, o valor que o homem mais preza é a liberdade. Certo ou errado? Explique.
R:Certo. O Hobbes dizia que a liberdade significa ausência de movimento – os animais também têm.Liberdade do súdito – liberdade de desobedecer ao soberano quando este não mais lhe protege a vida.
08) Considere a afirmação atribuída ao filósofo político Thomas Hobbes: “o homem não sente qualquer prazer da companhia de um outro homem”. Essa afirmação é sempre 
R:
Locke
Compare o estado de natureza descrito po Hoobbes com o descrito por Locke. 
R: Segundo Hobbes,Os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las.Os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado.Segundo Locke o estado de natureza entende que os indivíduossão iguais, independentes e estão plenamente livres para decidir suas ações, disporde seus bens e regular os semelhantes que possam vir a ofender os seus direitosnaturais de acordo com seu próprio arbítrio, sendo permitido usar de qualquer meio para salvaguardar suas vidas, liberdade, saúde e posses.
 
 Qual a diferença enre os dois com relação à propriedade
R: Para Hobbes,a propriedade que um súdito tem de suas terras, consiste no direito de excluir todos os súditos do uso de seus bens, mas não do soberano, quer este seja uma assembléia ou um monarca. Já para Locke, a propriedade como um direito natural, ou seja, existente independentemente de convenções humanas e também dá destaque à noção de consentimento, sem a qual nenhum indivíduo pode ser privado daquilo que é seu, sendo certo que as obrigações decorrentes do consentimento constituem-se também naturalmente, isto é, sem necessidade de um poder central que as regule e estabeleça.
O que é o direito de resistência?
R: Resistir é o mesmo que não acatar determinada vontade; é recusar-se a prática ações mesmo que justamente ordenadas. Conforme o modelo hobbesiano, um soberano tem direito de ordenar aquilo quebem entender aos seus súditos. Diante disso, a resistência deve ser analisada a partir de duas linhas principais: o uso da resistência em relação ao gládio da justiça e em relação à espada da guerra.
Rousseau
Em que a igualdade e a liberdade diferem do contrato social de Rouseau quando comparado com o contrato social de autores contratualistas que o precederam?
Quem é o poder soberano no contrato social de Rousseau?
R: A soberania; para Rousseau; é o exercício da vontade geral. Desse modo; a soberania não pode ser alienada ou dividida e jamais está concentrada nas mãos de um homem ou de um grupo.

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