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A H I S T Ó R I A D O S U I C Í D I O E S U A R E L A Ç Ã O C O M A S A Ú D E M E N T A L C A R O L I N A N A S S A U R I B E I R O E N T Ã O É P E C A D O A R R O J A R - S E À C A S A S E C R E T A M O R T E , A N T E S Q U E A M O R T E V E N H A N O S B U S C A R ? W I L L I A M S H A K E S P E A R E ANTIGUIDADE • Grécia - o suicídio seguia preceitos racionais - O cidadão que desejasse tirar a própria vida deveria defender os seus motivos no Senado e obter uma permissão oficial para abandoná-la. • Do ponto de visto filosófico, não existia uma unanimidade sobre o suicídio; a posição variava de acordo com a escola. De um modo geral, sua prática parece ter sido bem tolerada. Suicídio de Sócrates. • Platão – condenava, mas abria algumas exceções (condenação, morte dolorosa e ladrões de templos); • Sociedade Romana – postura tolerante em relação ao suicídio para homens livres. Escravos e soldados não podiam tirar a própria vida; • A transformação dessa concepção mais flexível em relação à morte voluntária também começou em decorrência do fato de que crimes cometidos no Império Romano eram passíveis de pena capital e confisco de bens pelo Estado e, para evitar essa pena, alguns romanos se matavam antes da sentença, embasados no princípio jurídico de que com a morte o crime se extingue. IDADE MÉDIA • Interdição começa como uma resposta ao donatismo. • Em 314 d.C., no concílio de Arles, Constantino passa a condenar os suicídios e a confiscar os bens da família – quinto mandamento – “Não Matarás – Condenação de Santo Agostinho; • Fatores religiosos, sociais e econômicos – escassez de contingente do estado romano – cada vida precisava ser poupada - o suicídio passa a ser considerado um crime punido de forma mais severa do que o homicídio; • Prevaleceu uma drástica condenação. O corpo do suicida era arrastado, pendurado, enforcado e privado de uma sepultura cristã. Os bens da pessoa que tirou a própria vida eram confiscados, e a família era deserdada de qualquer posse. • Nos casos de enlouquecimento, os juízes se mostravam mais indulgentes em relação à situação familiar, sendo comuns casos em que os herdeiros alegavam loucura dos ascendentes para que seus bens não fossem confiscados. RENASCIMENTO • Intensa vontade de saber e retorno aos autores da antiguidade. • Questionamento das verdades vigentes; • Lenta transformação em relação à concepção da morte voluntária no período histórico anterior; • Novos rituais de sepultamento: o corpo do suicida era colocado com o rosto virado para baixo com uma estaca atravessando o cadáver para evitar sua ressurreição. • Apesar de condenado juridicamente e pela religião, o suicídio passa a ser debatido na literatura e encenados nas peças. Hamlet – ser ou não ser; • Efervescência do debate sobre o tema; • Uma multiplicidade de autores que dissertam sobre o tema de uma forma mais racional e com menos julgamento moral: Montaigne – Ensaios – John Donne - Biothanatos, ILUMINISMO • Surgimento do termo “suicídio” - fim do século XVII, na Inglaterra - assassinato de si; • O nascimento desse termo também revela a evolução do pensamento e do debate sobre o tema; • Abrandamento das condenação – sociedade mais tolerante em relação ao ato; • Impressão de um aumento do número de casos; • Cresceu também a concepção de que o suicídio estaria mais relacionado a alguma disfunção psíquica, ou a excessos de atividades físicas e/ou mentais que poderiam também gerar melancolia ou a denominada “mania suicida”. • É provável que o desenvolvimento da ciência e da medicina tenham sido elementos importantes nesse descentramento do tema em relação à justiça, à religião e à filosofia • David Hume – 1755 - Ensaios sobre o suicídio e a imortalidade da alma. ROMANTISMO ALEMÃO • Característico por questionar a relação exclusivamente utilitarista do homem da época com a Natureza, a ganância por acúmulo de riqueza e, por isso, privilegiar a vivência intensa dos afetos • Exaltação do suicídio; • Os jovens são seduzidos pelos impulsos românticos, em que o suicídio surge por desespero amoroso e vazio da alma. • O primeiro romance de Goethe, Os sofrimentos do jovem Werther, (1774/2001) - expressão de um clima ao qual ele dá forma • “O mecanismo da ficção é idêntico ao das fantasias histéricas. Para criar seu Werther, Goethe combinou algo que havia experimentado - o amor por Lotte Kastner - com algo que ouvira: o destino do jovem Jerusalém, que morreu cometendo suicídio. É provável que estivesse brincando com a ideia de se matar, e encontrou um ponto de contato nisso, identificando-se com Jerusalém, a quem emprestou uma motivação retirada de sua própria história de amor. Por meio dessa fantasia, protegeu-se das consequências de sua experiência” (Freud, 1867/1996, p. 252). EFEITO WERTHER • Se na Idade Média assistimos a uma proibição extrema em relação ao suicídio, no romantismo alemão o suicídio retorna com uma força extrema. O que não foi tratado no simbólico, retorna no Real; • Pessoas que tiravam a própria vida acompanhadas de um exemplar do livro; • Epidemia Werther: “Antes da febre Werther, o suicídio por razões mais elevadas do que dinheiro era considerado de mau gosto, agora, era mais que perdoado, estava na moda” (Alvarez, 1999, p. 206). • Em 1974, o sociólogo David Phillips nomeou de “Efeito Werther” o fenômeno do suicídio por imitação ou por contágio identificatório. SEC. XVIII • A maior parte dos suicídios já não gera nenhum processo, mas falar sobre o tema era altamente represado. • O sentimento em relação à morte voluntária é mais de compaixão do que de condenação. • Surgimento da estatística; • Surgimento dos bilhetes – concepção mais racional da morte voluntária; • Jamison (2002/1999) nos revela que, de acordo com pesquisas realizadas, a maior parte dos bilhetes suicidas expressam sentimentos positivos para aqueles que foram deixados e, em geral, possuem características concretas e estereotípicas (p.61). Pois isso, podemos supor que os bilhetes não são passíveis de expressar e transmitir todas as causalidades do ato; SEC. XIX • O suicídio passa a ser classificado como um problema de alienação mental; • Monomania, doença vergonhosa – tratamento moral – castigo, isolamento e punições(Pinel). • As condenações passam a ser substituídas por um silêncio que paira sobre o tema e que é socialmente partilhado. Retorna para o limbo dos tabus. • Estatística – indica índices altos entre os militares – facilidade de acesso aos meios – não lapso de tempo entre a ideia e o ato – risco de armar a população; • Durkheim e Marx – Obras sobre o suicídio – aspectos sociais do suicídio. • Suicídio egoísta: realizado por indivíduos pouco integrados ao grupo familiar, político ou religioso; • Suicídio altruísta: uma integração exagerada de um indivíduo ao grupo. Ele se sacrifica pelo grupo; • Suicídio anômico: fragilidade de mecanismos sociais responsáveis por atender necessidades básicas; • Suicídio fatalista: cometido por indivíduos sem perspectiva de futuro, como escravos, por exemplo. SEC. XX - SURGIMENTOS DAS TEORIAS PSICANALÍTICAS – ASPECTOS PSÍQUICOS DO SUICÍDIO; • Psicopatologia da vida cotidiana (1901/1987): noção de ato relacionado a propósitos inconscientes, atos falhos e atos motores, dentre eles, suicídio e lesões auto infligidas ( dama da dança do cancã); • “[...] o suicídio como um possível desfecho do conflito psíquico.” (Freud, 1901/1987, p. 161, grifos meus); • Suicídio intencional consciente, • Autoextermínio semi-intencional: uma morte cuja intenção inconsciente se reveste como sendo uma desfortuna do acaso. • Inovação freudiana: questões inconscientes e pulsionais atravessam o ato. CONTRIBUIÇÕES PARA UMA DISCUSSÃO ACERCA DO SUICÍDIO (FREUD, 1910) • Discussão de 1910 – suicídio de adolescentes; • Não responsabiliza totalmente a escola; • “Mas uma escola secundária deve conseguir mais do que não impelir seus alunos ao suicídio. Ela deve lhesdar o desejo de viver e devia lhes oferecer apoio e amparo numa época da vida em que as condições de seu desenvolvimento as compelem a afrouxar seus vínculos com a casa dos pais e com a família. Parece-me indiscutível que as escolas falham nisso, e a muitos respeitos deixam de cumprir seu dever de proporcionar um substituto para a família e de despertarem um interesse pela vida e pelo mundo exterior” (FREUD, 1910, p. 218, grifos nossos). • Aponta que a melancolia pode ser o ponto de partida para pensar o suicídio. MELANCOLIA COMO PARADIGMA (1914) • Pulsão do Eu X Pulsão do Objeto • Lógica da melancolia como paradigma para o suicídio; • , "[...] nosso inconsciente não crê na própria morte” (Freud, 1915/2010); • A libido narcísica investida no próprio ego é tão vasta que temos dificuldade em conceber como o Eu aquiesce à ideia da própria destruição. • A análise da melancolia mostra agora que o ego só pode se matar se, devido ao retorno da catexia objetal, puder tratar a si mesmo como um objeto – se for capaz de dirigir contra si mesmo a hostilidade relacionada a um objeto, e que representa a reação original do ego para com objetos do mundo externo (Freud, 1915/1974, p. 284-285). • Ao matar-se, não é exatamente o próprio Eu que o melancólico ambiciona aniquilar, mas o objeto outrora amado e agora hostilizado. • Curto circuito simbólico; BELEZA HORRENDA DO SUICÍDIO • “Quando abole a si mesmo, torna-se mais signo do que nunca. A razão disso é simples: é precisamente a partir do momento em que o sujeito morre que ele se torna, para os outros, um signo eterno, e os suicidas mais que os outros. É por isso mesmo que o suicídio tem uma beleza horrenda, que o faz tão terrivelmente condenado pelos homens, e também uma beleza contagiosa, que dá margem àquelas epidemias de suicídio que são o que há de mais real na experiência (Lacan, 1957-1958/1999, p. 254)”. SÉC. XX – OUTROS CAMPOS DO SABER • Camus (1942/2019): “Só existe um problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia” (p. 19). • A partir de 1948, a Organização Mundial de Saúde passou a colher sistematicamente dados sobre suicídio; • Relaciona-se, cada vez mais, suicídio com transtornos psiquiátricos; • Jamison (1999/2002) destaca que desde a década de cinquenta observamos um aumento de suicídio entre jovens e adolescentes, se revelando como uma importante forma de morrer entre eles. • Ainda reside o julgamento moral face a morte voluntária. CONTEMPORANEIDADE • O suicídio se torna um problema de saúde pública; • Mundo – mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida • Segunda maior causa mortis entre 15 e 29 anos • Brasil – 11 mil casos – a cada 45 min acontece/ 32 pessoas por dia • Quarta maior causa entre 15 e 29 anos • A maioria das tentativas no Brasil é entre mulheres (Brasil, 2011-2016): 69% mulheres e 31% homens; • As mulheres são mais reincidentes na tentativa, mas os homens morrem mais; • A taxa de mortalidade entre homens é de 3,6 vezes maior que de mulheres; SUICÍDIO ENTRE ADOLESCENTES • O suicídio é a principal causa de morte no mundo entre mulheres de quinze a dezenove anos; • No Brasil, aumento do suicídio entre jovens; • Entre os anos de 2011 e 2017, houve crescimento de 10% nas taxas de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos no país, sendo que o maior aumento ocorreu entre 2016 e 2017, como aponta o Perfil Epidemiológico divulgado em setembro de 2019 pelo Ministério da Saúde. • Campos (2019), revela que a taxa de suicídios aumentou 24% entre adolescentes que vivem nas grandes cidades brasileiras e 13% entre jovens do interior do país durante o período de 2006 a 2015. • Para cada morte por suicídio – 20 tentativas COMPORTAMENTO SUICIDA • Comportamento suicida “[...] todo ato pelo qual um indivíduo causa lesão a si mesmo, independente do grau de intenção letal e do verdadeiro motivo desse ato” (Botega, 2015, p.24). • Ideação – Planejamento – Tentativa (50% de risco de reincidência); • “Uma tentativa de suicídio sempre deve ser levada a sério, tanto por suas consequências clínicas como por ser um importante fator de risco para outras tentativas e para um suicídio consumado no futuro (Bertolote, 2012, p.24)”. • Multifatorial e Multideterminado; • Fatores de Risco; • Fatores de Proteção; FATORES DE RISCO • Fatores de risco predisponentes ou distais (distantes do ato suicida): tentativas de suicídio anteriores, transtornos mentais, dependências químicas, doenças físicas terminais e dolorosas, história familiar de suicídio, isolamento social, luto ou abuso na infância e alta recente de internação psiquiátrica. • Fatores de risco precipitantes ou proximais: separação conjugal, luto, conflitos familiares, mudança de situação empregatícia ou financeira, rejeição, vergonha ou medo de ser considerado culpado em alguma situação. • Nos últimos anos, bullying, cyberbullying, excesso de uso de redes sociais, fragilidade da rede de apoio e acesso aos métodos na internet também são considerados fatores de risco, sobretudo para crianças e adolescentes. FATORES DE PROTEÇÃO • sentimento de valor pessoal, • disposição para pedir ajuda, • habilidade de se comunicar, • apoio familiar, religião, • rede de apoio de pessoas relevantes, • integração social, • boa alimentação, • bom sono, • atividade física. PREVENÇÃO • OMS – 1994 – Diretrizes: • tratamento de pessoas com transtorno mental; • restrição de acesso a métodos; • abordagem adequada pelos meios de comunicação; • programas adequados de educação e informação em escolas, para o público em geral e para os trabalhadores do setor sanitário e social; • busca ativa e triagem sistemática de pessoas com alto risco de comportamento suicida (Bertolote, 2012). GRUPOS MAIS VULNERÁVEIS • O suicídio é mais entre comum homens do que entre mulheres e entre idosos do que entre jovens; • O suicídio é a principal causa de morte no mundo entre mulheres de quinze a dezenove anos; • “Minorias sociais”, como gays e indígenas possuem uma taxa de suicídio maior em relação a outras parcelas da população. • Entre os anos de 2011 e 2017, houve crescimento de 10% nas taxas de suicídio entre jovens brasileiros de 15 a 29 anos no país. POSVENÇÃO • Termo forjado por Schneidman (1985), que diz respeito aos cuidados específicos que podem ser prestados a uma pessoa enlutada de um ente querido de morte por suicídio. • Especificidade do luto por suicídio, que pode gerar sentimentos tais como tristeza, culpa, raiva, sensação de impotência, aumento do risco de suicídio e julgamentos de outras pessoas. • A posvenção pode ser voltada para familiares, amigos, colegas ou profissionais que perderam alguém e acontecer em espaços diversos, como hospitais, escolas, universidades e em grupos virtuais (Scavacini, K. et al., 2020). • No Brasil, o Instituto Vita Alere oferece grupos virtuais e gratuitos para pessoas que perderam pessoas por morte por suicídio. Para acessar: https://vitaalere.com.br/sobre-o-suicidio/posvencao/grupo-de-sobreviventes/ https://vitaalere.com.br/sobre-o-suicidio/posvencao/grupo-de-sobreviventes/ ATOS X PALAVRA • “O primeiro homem a desfechar contra seu inimigo um insulto, em vez de uma lança, foi o fundador da civilização. Portanto, as palavras são substitutas das ações e, em alguns casos as únicas substitutas” (Freud (1893/1974, p. 14). • Freud deixa claro, portanto, que a palavra é um substituto do ato. • Clínica do Real - prevalência do ato e uma fragilidade da dimensão discursiva. • O ato parece funcionar como modo de reposta a um estreitamento do Simbólico, em que observamos uma dificuldade dos sujeitos em produzir narrativas sobre o próprio sofrimento: Cutting e lesões autoprovocadas. PESQUISA • The British Journal of Psychiatry (2019): aponta que “as psicoterapias psicanalíticas e psicodinâmicas são indicadas por serem eficazes na redução do comportamento suicida”. • O métodopsicanalítico que promoveu mudanças importantes nos participantes através do “relacionamento terapêutico”; • A pesquisa não consegue identificar quais elementos especificamente tornam essas psicoterapias mais efetivas e em sua conclusão assevera que é necessário continuar os estudos; • “[...] tratamento psicanalítico de longo prazo está começando a demonstrar eficácia para um número de condições (de acordo com esta revisão), e, portanto, seu valor não deve ser subestimado”; • “[...] os prestadores de serviços poderiam considerar o uso da psicoterapia psicanalítica como uma intervenção que poderia ser oferecida a indivíduos em risco de, ou com uma história de comportamento suicida ou de automutilação” (Briggs et al., 2019, p. 326, livre tradução). CONSIDERAÇÕES PARCIAIS • A palavra substitui o ato; • Relação terapêutica – Transferência; • Tratamento psicanalítico de longo prazo - tempo da análise: tempo de tratamento e tempo da sessão; • Birman (2011) - há um crescimento do interesse por modalidades de psicoterapia mais breves e com resultados mais “objetivos” e que, nessa direção, haveria uma diminuição de demandas para tratamentos psicanalíticos que, normalmente, têm uma longa duração. • É preciso notar, entretanto, que é exatamente o aspecto do tratamento de longo prazo que a referida pesquisa aponta como indicado para diferentes condições, ainda mais para casos em que há risco de suicídio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Alberti, S. (1996). Esse sujeito adolescente. Rio de Janeiro: Relume-Dumará. • Briggs, S., Netuveli, G., Gould, N., Gkaravella, A., Gluckman, N. S., Kangogyere, P., Farr, R., Goldblatt, M. J., & Lindner, R. (2019). 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XX - Surgimentos das teorias psicanalíticas – aspectos psíquicos do suicídio; Slide 12: Contribuições para uma discussão acerca do suicídio (FREUD, 1910) Slide 13: Melancolia como paradigma (1914) Slide 14: Beleza horrenda do suicídio Slide 15: Séc. XX – Outros campos do saber Slide 16: Contemporaneidade Slide 17: Suicídio entre adolescentes Slide 18: Comportamento suicida Slide 19: Fatores de Risco Slide 20: Fatores de Proteção Slide 21: Prevenção Slide 22: Grupos mais vulneráveis Slide 23: Posvenção Slide 24: Atos X Palavra Slide 25: Pesquisa Slide 26: Considerações parciais Slide 27: Referências Bibliográficas Slide 28: Referências Bibliográficas Slide 29: Referências Bibliográficas Slide 30: Referências Bibliográficas Slide 31: Referências Bibliográficas