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Aula 4 - Egito Antigo sociedade, cultura e religião Observe a imagem abaixo: • O que mais chamou a atenção de vocês? • O que vocês imaginam que esteja representado nela? Fragmento do Livro dos Mortos A sociedade egípcia A sociedade egípcia era bastante dividida, com alguns grupos com maior poder que outros. Essas diferenças foram criadas pelas atividades econômicas que cada grupo exercia e por sua proximidade em relação ao faraó. Faraó: o Rei-Deus Além de estar no topo da pirâmide social egípcia, como vimos na imagem, o faraó reunia dois poderes diferentes em si mesmo: o poder político, já que era o rei do Egito; e o poder religioso, pois acreditava-se que ele era um descendente direto dos deuses. Máscara funerária do faraó Tutancâmon E quem estava abaixo do faraó? Na pirâmide social egípcia, abaixo do faraó, estavam os nobres, integrantes da família real, e os sacerdotes, líderes religiosos. Os soldados, logo abaixo, eram responsáveis pela segurança do faraó, de sua família e do reino. Os escribas eram responsáveis pela escrita e pelo registro de documentos e impostos, assim como os comerciantes, que compravam e vendiam produtos feitos dentro e fora do Egito, como as cerâmicas e as roupas feitas pelos artesãos. Na base da pirâmide, estavam os camponeses, responsáveis pela agricultura e a criação de animais, e os escravos, que desempenhavam funções variadas. Religião: as divindades egípcias Os egípcios eram politeístas e, para cultuar seus deuses, construíam grandes templos, cuidados pelos sacerdotes. A religião egípcia era formada por diferentes deuses e deusas de diferentes formas, alguns com corpo humano e cabeça de animal, como o deus Hórus, que tinha cabeça de falcão. Templo do deus Hórus Os politeístas têm fé em diversos deuses! Representação de Hórus A crença na vida após a morte No início da aula, você observou um trecho do Livro dos Mortos, que tinha como objetivo guiar, após a morte, o morto em direção ao Reino de Osíris, o símbolo de vida eterna na crença egípcia. Para garantir que, após a morte, cada um pudesse alcançar a vida eterna, os egípcios acreditavam que era necessário mumificar seus corpos em um processo cheio de etapas, como vemos ao lado. Representação do processo de mumificação O processo de mumificação consistia em preparar o corpo para que ele se mantivesse a salvo do processo de decomposição que acontece com os seres vivos após a morte. Depois de mumificado, o corpo era sepultado no interior de uma pirâmide, junto aos objetos que a pessoa teve em vida e que, segundo o que acreditavam, poderia precisar, como objetos do cotidiano e até mesmo animais de estimação. Caixão para gatos serem sepultados junto aos seus donos As contribuições egípcias Os egípcios foram responsáveis pelo desenvolvimento de técnicas em áreas diversas, como a Arquitetura e a Medicina. A maioria dos seus saberes pôde chegar até nós por meio de descobertas arqueológicas em papiros e descrições em hieróglifos. Observe a representação de marceneiros em papiro! Os processos necessários para a preparação dos corpos durante a mumificação também levaram os egípcios a dominarem diversas técnicas relacionadas à medicina, já que passaram a conhecer mais sobre o corpo humano. Descobertas arqueológicas demonstram que eram praticados alguns tipos de cirurgia e tratamentos dentários no Egito Antigo. Instrumentos médicos em papiro egípcio O legado cultural do Egito Antigo Os egípcios também se destacavam na produção artística e cultural, principalmente de peças produzidas para retratar o faraó e sua família, além de objetos decorados para o uso em rituais religiosos, como o próprio momento de mumificação dos corpos. Estela funerária