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Cinesiologia


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Cinesiologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Simone Aparecida Penimpedo Calamita
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
• Articulação do Quadril;
• Articulação do Joelho;
• Análise Cinesiológica das Articulações do Pé e Tornozelo.
• Identifi car músculos, movimentos e testes manuais para as articulações que compõem o 
membro inferior.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Cinesiologia Aplicada 
ao Membro Inferior
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Articulação do Quadril
Esta articulação é a base do membro inferior, a articulação mais proximal, for-
mada pela cabeça do fêmur e a fossa do acetábulo. A cabeça do fêmur grande e 
redonda se conecta perfeitamente na fossa acetabular. Isso não é por acaso, uma 
vez que a função primária do membro inferior é sustentação do peso corporal, logo 
a articulação deve ser estável.
É uma articulação do tipo sinovial, possui uma cápsula forte e densa. É classifi-
cada morfologicamente como esferoide (bola e soquete) e funcionalmente é classi-
ficada como tri-axial (3 eixos e 3 planos).
Essa articulação tem como principais funções:
• Transmissão de forças da cabeça, braços e troncos às extremidade inferiores;
• Suporte de peso;
• Deambulação.
Apesar da quantidade que essa articulação é capaz de fazer, é importante ressal-
tar que o acetábulo proporciona um encaixe bastante profundo fazendo com que a 
articulação do quadril seja mais estável e menos propensa a luxações.
Figura 1
Fonte: udc.edu.br
8
9
Dessa forma, apresentaremos os estabilizadores estáticos do quadril:
Há 4 ligamentos importantes que estabilizam a articulação do quadril: liga-
mento redondo, ligamento ílio femoral ou em Y, ligamento pubofemoral e liga-
mento isquiofemoral.
• Ligamento Redondo:
» Pequeno;
» Intracapsular, fixado no acetábulo e na fóvea da cabeça do fêmur;
» Função: integra o suprimento vascular da cabeça do fêmur;
» Encontra-se tensionado nas posições extremas de adução com flexão e rota-
ção externa ou adução, extensão e rotação interna.
• Ligamento Ílio femoral ou em Y:
» Função: reforçar a cápsula, pois é o mais resistente dos ligamentos do quadril;
» Fixado na espinal ilíaca ântero-inferior até a linha intertrocantérica;
» Tensiona-se (estabiliza ou freia o movimento) na extensão e adução do quadril;
» Na deficiência desse ligamento, os estabilizadores dinâmicos (músculos antago-
nistas ao movimento estabilizado) irão ajudar para e/ou assumir a estabilização;
» Estabiliza: extensão e adução;
» Atuam como estabilizadores dinâmicos: flexores e adutores.
• Ligamento Pubofemoral:
» Localização: ântero-medial e inferior na articulação do quadril;
» Estabiliza: extensão, abdução e rotação externa;
» Atuam como estabilizadores dinâmicos: flexores, adutores e rotação interna.
• Ligamento Ísquio femoral:
» Recobre a cápsula posteriormente;
» Fixado na porção isquiática do acetábulo até a linha intertrocantérica;
» Estabiliza: hiperextensão, abdução e rotação interna.
» Atuam como estabilizadores dinâmicos: flexores, adutores e rotadores 
externos.
Importante!
A abdução do quadril é limitada pela tensão dos ligamentos pubofemoral, isquiofemoral. 
Todos os ligamentos estão tensos na extensão ou hiperextensão. Todos os ligamentos 
estão frouxos na flexão do quadril.
Em Síntese
9
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Figura 2
Fonte: udc.edu.br
Veja a seguir uma tabela com os movimentos da articulação coxofemoral e os 
músculos que executam o movimento:
Tabela 1
Movimentos Músculos
Rotação Interna ou Medial
 · Glúteo Médio;
 · Glúteo Mínimo;
 · Tensor da Fáscia Lata.
Rotação Lateral ou Externa
 · Gêmeo Superior;
 · Gêmeo Inferior;
 · Obturador Interno;
 · Obturador Externo;
 · Piriforme;
 · Quadrado femoral;
 · Sartório.
Adução de Quadril
 · Adutor Magno;
 · Adutor Longo;
 · Adutor Curto;
 · Grácil;
 · Pectíneo.
Abdução de Quadril
 · Tensor da Fáscia Lata;
 · Glúteo Médio;
 · Glúteo Mínimo;
 · Extensão do Quadril;
 · Glúteo Máximo;
 · Semitendíneo;
 · Semimembranáceo;
 · Bíceps Femoral.
Flexão do Quadril
 · liopsoas (psoas maior + ilíaco); 
 · Reto femoral;
 · Tensor da Fáscia Lata;
 · Grácil;
 · Sartório;
 · Pectíneo.
10
11
Provas de Função do Quadril
Flexão de Quadril
Para G3, G4 e G5: paciente sentado. O terapeuta solicita que ele realize a fle-
xão de quadril com o joelho flexionado = G3.
Para G4, G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na região 
distal do fêmur.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito lateral. O terapeuta solicita que ele 
realize a flexão do quadril com flexão de joelho = G2.
Figura 3
Fonte: HAMILTON, 2013
Extensão do quadril
Para G3, G4 e G5: paciente em decúbito ventral. O terapeuta solicita ao pa-
ciente que realize a extensão do quadril com o joelho estendido.
Para G4 e G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na região 
distal da tíbia e fíbula.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito lateral. O terapeuta solicita que o 
paciente realize extensão de quadril com extensão de joelho = G2.
Figura 4
Fonte: HAMILTON, 2013
11
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Abdução do Quadril
Para G3, G4 e G5: o paciente em decúbito lateral. O terapeuta solicita a ele que 
realize a abdução do quadril = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na região 
distal da tíbia e da fíbula.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito dorsal. O terapeuta solicita que 
realize o movimento de abdução do quadril = G2.
Figura 5
Fonte: HAMILTON, 2013
Adução do quadril
Para G3, G4 e G5: o paciente em decúbito lateral, o teste será realizado com 
o MMII que se encontra em contato com a maca. O terapeuta solicita ao paciente 
que flexione o membro que não será testado e apoie o pé sobre a maca e solicita 
adução do membro que está em contato com a maca = G3.
Para G3, G4 e G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na 
região distal da tíbia e fíbula.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito dorsal. O terapeuta posiciona o mem-
bro a ser testado em abdução e solicita que o paciente realize adução de quadril= G2.
Figura 6
Fonte: HAMILTON, 2013
12
13
Rotação medial e lateral do quadril
Para G3, G4 e G5: paciente sentado. O terapeuta solicita que o paciente leve 
a tíbia e a fíbula para a lateral (rotação medial de quadril) ou leve a tíbia e a fíbula 
para a medial (rotação lateral de quadril) = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta coloca uma resistência quando testar rotação medial 
no maléolo lateral, e quando, o terapeuta estiver testando a rotação lateral, o tera-
peuta coloca uma resistência no maléolo medial.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito dorsal. O terapeuta solicita que o 
paciente rode o membro para a lateral (está testando a rotação lateral) ou rode o 
membro para medial (está testando a rotação medial).
Figura 7
Fonte: HAMILTON, 2013
Articulação do Joelho
A articulação do joelho é bastante estudada na cinesiologia. Apesar de ser sim-
ples com relação à anatomia e quantidade de músculos, é foco de frequentes lesões, 
relacionadas ao mal uso da articulação ou as lesões em práticas esportivas. 
É comum ouvirmos falar de lesões dos ligamentos cruzados do joelho, assim 
como lesões de menisco.
Vamos estudar melhor essa articulação para entender o papel dessas estruturas.
O joelho é formado por três ossos importantes: tíbia, fêmur e patela; tem como 
função sustentar o peso do corpo (de 4 á 6 vezes). É indispensável nas atividades 
de abaixar, levantar, sentar, subir escadas. Colaborar com a rotação do corpo e é 
muito importante na deambulação (marcha), pois diminui o gasto energético devido 
à diminuição das oscilações verticais e laterais.
13
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Realiza apenas a flexão e extensão e apresenta um falso movimento rotação 
interna e externa da tíbia, relacionado à ausência de coaptação entre fêmur e tíbia, 
ou seja, não existe encaixe ósseo.
Por isso é classificada como um falso gínglimo, porque apresenta um compo-
nente rotacional devido a uma diferença anatômica entre os côndilos femorais 
(côndilo femoral medial é mais longo do que o lateral). Dessa forma, a rotação 
não é um movimento livre, mas um movimento acessório que acompanha fle-
xão e extensão.
Articulação
Há 3 importantes articulações no complexo joelho, tibiofemoral medial, patelo-
femoral, tibiofemoral lateral.
Figura 8
Fonte: Wikimedia Commons
Ligamentos – Estabilizadores Estáticos
Importantíssimos no joelho, devido à ausência de encaixe ósseo, existem 6 liga-
mentos importantes que estabilizam o joelho, sendo dois intracapsulares: ligamento 
cruzado anterior (LCA) e ligamento cruzado posterior (LCP). E quatro extracapsula-
res: ligamento colateral tibial (medial), ligamento colateral fibular (lateral), ligamento 
patelar e ligamento transverso.
14
15
Ligamento Cruzado Anterior (LCA)
Localização: entre os côndilos medial e lateral, na área intercondilar, também se 
fixa na face anterior da tíbia, medial ao menisco medial.
Alonga-se na flexão a partir da extensão.
Impede a tíbia de se deslocar anteriormente em relação ao fêmur, ou impede do 
fêmur se deslocar posteriormente em relação à tíbia.
Ligamento Cruzado Posterior (LCP)
Localização: face posterior da articulação do joelho, na área intercondilar, fi-
xando-se no côndilo medial.
Os ligamentos cruzados oferecem estabilidade no plano sagital.
Ligamento Colateral Tibial (medial)
É grande e plano, está fixado entre os côndilos do fêmur e da tíbia.
O menisco medial está fixado neste ligamento, e por esse motivo contribui para 
o cisalhamento frequente de menisco medial quando há estresse no ligamento co-
lateral medial.
Ligamento Colateral Fibular (lateral)
É arredondado e está fixado entre o côndilo lateral do fêmur e cabeça da fíbula. 
É muito forte e não é lesado com frequência.
Os ligamentos colaterais fornecem estabilidade no plano frontal.
Figura 9
Fonte: Wikimedia Commons
15
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Menisco
São discos fibrocartilaginosos, cuneiformes, semilunares, não vascularizados, lo-
calizados na face superior da tíbia e projetados para absorver choques. São mais 
espessos lateralmente, sendo o menisco medial inserido no ligamento colateral me-
dial. Por esse motivo, o menisco medial é mais fixo, apresentando maior incidência 
de lesão.
Função: aumentar estabilidade, aprofundar a superfície de contato, absorve a 
carga, protege a cartilagem, melhora a propriocepção articular, melhora lubrifica-
ção, nutrição da articulação e limita os movimentos entre a tíbia e o fêmur.
Obs.: A retirada do menisco lateral aumenta em 230% o pico de pressão de 
contato articular.
Figura 10
Fonte: Wikimedia Commons
Bolsas ou Bursas
São muitas e estão localizadas dentro e ao redor da cápsula articular com a fina-
lidade de reduzir o atrito durante os movimentos do joelho, são elas:
• suprapatelar maior;
• sub poplítea;
• pré-patelar;
• infrapatelar superficial;
• infrapatelar profunda.
Patela
É um osso sesamoide triangular que se encontra dentro do tendão do qua-
dríceps. Tem como função centralizar forças proteger a superfície anterior 
do fêmur, aumentar a eficiência da extensão nos últimos 30°, diminuir o atrito, 
16
17
controlar a tensão capsular do joelho, servir como um escudo ósseo para a car-
tilagem dos côndilos, melhorar o aspecto estético e o mais importante, aumen-
tar a vantagem mecânica (a patela serve para aumentar o braço de alavanca 
do tendão patelar, assim diminui a sobrecarga e o esforço do quadríceps durante 
o movimento).
Se o joelho não tivesse uma patela, a sobrecarga articular seria muito maior.
Espaço Poplíteo
Encontra-se atrás do joelho e contém nervos importantes, tais como tibial e 
fibular comum e vasos sanguíneos também importantes como a artéria poplítea.
Essa fossa é limitada pelos músculos: semitendíneo, semimembranáceo, gas-
trocnêmio e bíceps femoral. Músculos esses que pertencem ao que chamamos de 
Pata de Ganso. São eles: sartório, grácil e semitendíneo. Eles se unem em uma 
única inserção na face ântero-medial da porção proximal da tíbia.
Provas de Função de Joelho
Extensão de Joelho
Para G3, G4 e G5: o paciente deverá estar sentado. O terapeuta solicita que o 
paciente realize a extensão de joelho = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta colocará uma pequena ou grande resistência na 
região distal da tíbia e solicita a extensão.
Para G2, G1 e G0: o paciente deverá estar em decúbito lateral. O terapeuta 
solicita que o paciente realize a extensão de joelho = G2.
Figura 11
Fonte: HAMILTON, 2013
17
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Flexão de Joelho
Para G3, G4 e G5: o paciente em decúbito ventral. O terapeuta solicita que o 
paciente realize a flexão de joelho = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na região 
distal da tíbia e solicita que realize o movimento.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito lateral. O terapeuta solicita que o 
paciente realize a flexão de joelho = G2.
A articulação do joelho é bastante estudada na cinesiologia por causa das le-
sões frequentes.
Figura 12
Fonte: HAMILTON, 2013
Análise Cinesiológica das 
Articulações do Pé e Tornozelo
O tornozelo e o pé são estruturas anatômicas muito complexas devido à quanti-
dade de ossos que se articulam e às funções de equilibrar a base de sustentação do 
corpo e movimentos da marcha. 
No complexo tornozelo e pé, há três articulações importantes:
• Articulação Talocrural (art. do tornozelo), formada pelos Talus, Tíbia e Fíbula, 
do tipo dobradiça com 1 grau de liberdade;
• Articulação Subtalar ou Talo calcâneo, formada pelo Talus e pelo calcâneo;
18
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Talos
Tíbia
Fíbula
Ligamento
talo�bular
posterior
Ligamento
calcaneo�bular
Ligamento
talo�bular
anterior
Ligamento tibio�bular
anterior inferior
Ligamento
tibial inferior
posterior
Tendão
de Aquiles
Figura 13
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
• Articulação Mediotársica, formada pelos ossos do tarso.
Vale ressaltar que, na articulação Talocrural, acontecem os movimentos de Dor-
siflexão e Flexão Plantar, sendo que os músculosque realizam a Dorsiflexão são: 
Tibial Anterior e Fibular Anterior ou terceiro.
Os músculos que realizam a Flexão plantar 
são: Tibial posterior e Fibular Longo e Curto, Gas-
trocnêmico e Sóleo.
Na articulação Subtalar, os movimentos que 
ocorrem nessa articulação são: 
• Inversão: (Tibial Anterior e Tibial Posterior);
• Eversão: (Fibular Anterior, longo e Curto).
A articulação Mediotársica apresenta apenas 
movimentos artrocinemáticos entre os ossículos 
do Tarso (Navicular, Cubóide, Cuneiforme Medial, 
Cuneiforme lateral e Cuneiforme intermédio).
O pé humano tem como função sustentar o peso 
do corpo em pé e durante a marcha, além de ab-
sorver choques e amenizar forças de reação ao solo, 
também se adapta a superfícies irregulares, eleva o 
corpo e também opera como máquinas.
O pé é dividido em três partes: Pé posterior (talos e calcâneo), Pé médio (navicular 
e cuboide) e Pé anterior (os 03 cuneiformes, os cinco metatarsos e todas as falanges).
Figura 14
Fonte: Wikimedia Commons
19
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Estabilizadores Estáticos
Na Articulação Talo Crural, o principal estabilizador é a cápsula, ela fica ante-
riormente e posteriormente sendo reforçada lateralmente pelos ligamentos colate-
rais laterais.
Na Articulação Subtalar, temos como estabilizadores 4 ligamentos.
Na região medial, encontra-se o Ligamento Colateral Medial chamado Deltoide, 
apresenta uma forma triangular e é o mais forte dos ligamentos e estabiliza a ever-
são subtalar.
Na região lateral, temos três ligamentos que estabilizam a inversão subtalar, são 
eles: Ligamento Calcâneo Fibular, Ligamento Talofibular Anterior e Ligamento Ta-
lofibular Posterior.
Esses ligamentos são menos resistentes quando comparados ao ligamento Deltoide.
O movimento de inversão apresenta maior amplitude de movimento (ADM), pois há diferen-
ça no comprimento dos maléolos Tibial e Fibular, sendo que o maléolo Tibial é mais proxi-
mal, possibilitando uma maior ADM no movimento de inversão quando comparado com o 
movimento de eversão.
O movimento mais comum de torcer o tornozelo é de inversão, pois há dois motivos que jus-
tificam essa resposta. Na região do tornozelo, há uma pinça Bimaleolar, sendo que o maléolo 
medial é mais proximal do que o maléolo lateral proporcionando assim uma ADM maior 
em inversão. E o outro motivo é que os ligamentos (Calcâneo Fibular, Talofibular Anterior 
e Talofibular Posterior) são menos resistentes que o ligamento deltoide que se encontra na 
região medial.
Ex
pl
or
Arco Longitudinal e Arco transverso
São as principais estruturas para absorção e amortecimento do complexo pé e 
tornozelo durante a marcha. Eles aumentam a estabilidade do médio pé.
Com a diminuição ou perda desses arcos, a carga distribuída nos pés aumenta, 
aumentando a instabilidade durante a marcha. 
Arcos Plantares
• Longitudinal Medial: é formado pelos ossos Calcâneo, Talus, Navicular e 
Cuneiformes sendo que o Talus se encontra no topo do arco podendo ser cha-
mado de Pedra Angular;
• Longitudinal Lateral: é formado pelo Calcâneo, Cuboide, Quarto e Quinto 
metatarso, normalmente toca o solo durante a subtenção do peso corporal;
20
21
• Transversos: é um arco látero-medial formado pelos três cuneiformes até 
o cuboide, sendo que o cuneiforme intermédio está no topo desse arco (é a 
pedra angular).
Os arcos plantares são estabilizados pelos Ligamentos Aponeurose e Músculos;
• Ligamento Calcâneonavicular Plantar: é como se fosse uma mola, é curto e 
largo, muito importante na estabilidade do arco longitudinal medial;
• Ligamento Plantar Longo: é o mais longo dos ligamentos, é superficial e 
estabiliza o arco longitudinal lateral;
• Ligamento Plantar Curto: auxilia o ligamento plantar longo na estabilização 
do arco longitudinal lateral;
• Aponeurose Plantar: apoia os arcos longitudinais aumentando a estabilidade 
nesses arcos.
Obs.: Os músculos inversores e eversores dão apenas de 15 a 20% de estabi-
lidade aos arcos plantares (na fase Dinâmica).
Provas de Função do Tornozelo e Pé
Flexão Plantar
Para G3, G4 e G5: o paciente em decúbito ventral com 90º de flexão de joelho. 
O terapeuta solicita que o paciente realize a flexão plantar = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta coloca uma pequena ou grande resistência na região 
distal da cabeça dos metatarsos.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito lateral com os pés para fora da 
maca. O terapeuta solicita que o paciente realize a flexão plantar.
Figura 15
Fonte: asia-spinalinjury.org
21
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Dorsiflexão
Para G3, G4 e G5: paciente sentado. O terapeuta solicita que o paciente realize 
a dorsiflexão = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta realiza uma pequena ou grande resistência na região 
distal da cabeça do metatarso.
Para G2, G1 e G0: paciente em decúbito lateral com os pés para fora da maca. 
O terapeuta solicita que o paciente realize a dorsiflexão = G2.
Figura 16
Fonte: asia-spinalinjury.org
Inversão
Para G3, G4 e G5: paciente em 
decúbito lateral, testamos o pé que 
está em contato com a maca. O tera-
peuta solicita ao paciente que realize a 
inversão = G3.
Para G4 e G5: o terapeuta realiza 
uma pequena ou grande resistência na 
face medial sobre o 1º metatarso.
Para G2, G1 e G0: o paciente em 
decúbito dorsal como pé para fora da 
maca. O terapeuta solicita que o pa-
ciente realize a inversão = G2.
Eversão
Para G3, G4 e G5: o paciente em decúbito lateral como pé para fora da maca, 
sendo testado o membro de cima. O terapeuta solicita que o paciente realize a 
eversão = G3.
Figura 17 – Exame da força muscular do m. tibial anterior
Fonte: KENDALL, 2007
22
23
Para G4 e G5: o terapeuta realiza uma pequena ou grande resistência sobre a 
face lateral do 5º metatarso.
Para G2, G1 e G0: o paciente em decúbito dorsal com o pé para fora da maca. 
O terapeuta solicita que o paciente realize a eversão.
Com relação aos músculos que atuam no pé, assim como na mão, seus nomes 
dizem muito sobre suas ações.
Temos:
• Flexão metatarsofalangiana: lumbricais e flexor curto do hálux; 
• Flexão interfalangiana dos artelhos: flexores longo e curto dos dedos, flexor 
longo do hálux; 
• Extensão metatarsofalangiana: extensores longo e curto dos dedos;
• Extensão interfalangiana do hálux: extensor longo do hálux. 
23
UNIDADE Cinesiologia Aplicada ao Membro Inferior
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Cinesiologia Marcha Fase de Apoio
https://youtu.be/tV-hSwtODPc
Dor no Joelho: Anatomia, Articulações e Lesões do LCA e Meniscos - Anatomia Humana
https://youtu.be/19356wlyIcI
Anatomia Humana – Sistema Muscular: Ações dos Músculos do Quadril
https://youtu.be/VMLzby9Ga6M
 Leitura
A fisoterapia na osteoartrose: uma revisão da literatura
http://bit.ly/2Qtf6BQ
24
25
Referências
HALL, S. Biomecânica Básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
LIPPERT, L. Cinesiologia clínica para fisioterapeutas: incluindo teste para auto-
avaliação. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
THOMPSON, C. W.; FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 14. ed. 
São Paulo: Manole, 2002.
25

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