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Guia Turístico do Reggae em São Luís - Maramazon

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reggae
guia turístico do
deSão LuíS
SECRETARIA MuNCIPAL DE TuRISMo DE São LuíS 
GuIA TuRíSTICo Do REGGAE DE São LuíS
TADEu PALÁCIo
Prefeito 
SANDRA ToRRES
Vice-prefeita
TADEu PALÁCIo
Prefeito 
SANDRA ToRRES
Vice-prefeita
MARIA Do SoCoRRo ARAÚJo
Secretária Municipal de Turismo
HENRIQuE JoRGE REIS DE ALMEIDA
Secretário-Adjunto Municipal de Turismo 
SECRETARIA MuNCIPAL DE TuRISMo DE São LuíS 
GuIA TuRíSTICo Do REGGAE DE São LuíS
PRoDução 
Andréa Cristina Gonçalves da Conceição
TExTo E PESQuISA
José de Ribamar Mendes Bezerra
Ana Kate Linhares Fontenelle da Silva
Thalisse Ramos de Sousa
PRoJETo GRÁFICo 
Luís Henrique Mendonça
FoToS 
Ariosvaldo Baêta
Arquivo SETuR 
São LuíS – MARANHão
2008
SuMÁRIo 
APRESENTAção
São LuíS, CAPITAL BRASILEIRA Do REGGAE
DA JA MAICA À CAPITAL BRASILEIRA Do REGGAE
A VEZ Do REGGAE
REGuEIRoS GuERREIRoS
TRIBoS Do REGGAE
REGGAE NA MíDIA
REGGAE E RESPoNSABILIDADE SoCIAL
REGGAE o ANo ToDo
A LINGuAGEM DAS PEDRAS
o CAMINHo DAS PEDRAS
 INFoRMAçÕES uTÉIS 
Desde que chegou aqui na Ilha de São Luís há mais 
ou menos quatro décadas o reggae vem enrique-
cendo nossa cultura, ganhou uma personalidade, 
transmitiu sentimentos, caracteriza gerações e 
constitui uma filosofia de vida.
Instalaram-se clubes e espaços destinados ao reggae em 
quase todos os bairros da cidade. Festas animadas pelo reg-
gae roots ou pelas batidas do som mecânico. O certo é que 
não há em São Luís um movimento musical, que depois de 
tantas influências movimente maior cadeia produtiva. Há 
de se considerar que ela pode crescer muito mais, de forma 
articulada.
A Cidade Patrimônio Cultural da Humanidade encontra 
na Capital Brasileira do Reggae mais um componente para 
desenvolver sua oferta turística e aumentar a qualidade dos 
produtos disponíveis aos turistas que chegam a São Luís. A 
Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de 
Turismo - SETUR já está promovendo a estruturação do reg-
gae como um produto turístico de qualidade, com a execução 
do Projeto São Luís Ilha do Reggae.
As contribuições de cada segmento da cadeia produ-
tiva estão reunidas no Planejamento Estratégico do Reggae 
na perspectiva de desencadear um processo sistemático de 
ações, movimentos em prol da consolidação e fortalecimento 
do ritmo nacionalmente.
A concretização deste Guia Turístico do Reggae de 
São Luís vem ser uma ação de promoção que junto com 
outras iniciativas já realizadas vão motivar o surgimento 
de propostas, assim como atrair novos parceiros. Neste ano 
a SETUR celebrou uma decisiva parceria com o Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SE-
BRAE. 
A publicação deste Guia será para o reggae de São Luís 
o início de um bom relacionamento entre turistas e comu-
nidade. 
APRESENTAção
São LuíS, 
CAPITAL BRASILEIRA Do REGGAE
Conhecida pela diver-
sidade cultural que abri-
ga, resultado dos povos 
que aqui se encontraram 
– o índio, o branco e o negro –, 
São Luís transforma suas ruas, be-
cos, escadarias, casarões, praças, 
praias em palco de manifestações 
culturais que explodem em cores, 
sabores e ritmos. Ritmos dos 
vários tambores tocados na Ilha e 
que fazem com que São Luís seja 
uma cidade que dorme ao som dos 
tambores: tambores da Casa das 
Minas Jeje, tambores da Casa de 
Nagô, tambores de crioula, tambo-
res do bumba-meu-boi, caixas do 
Divino, tocados por descendentes 
de africanos negros, pais, avós e 
bisavós da juventude negra mara-
nhense que hoje desperta São Luís 
ao som do reggae que veio da Ja-
maica, mas que aqui, no Maranhão 
e especialmente em São Luís, gan-
hou uma identidade própria.
O reggae, nascido da confluên-
cia de ritmos africanos e caribenhos, 
ressoa entre a população negra da 
periferia de São Luís e cria laços de 
identidade entre essa população, 
ao aproximar-se ritmica-
mente de outras man-
ifestações culturais 
maranhenses , 
como o tambor 
de crioula, o 
bumba-meu-boi, a 
dança do lelê.
Em São Luís, 
o reggae é, então, o 
ritmo que bate fun-
do, que penetra na 
alma da população 
negra, identifican-
do-se como um el-
emento cultural de 
lazer e de afirmação 
para esse segmento 
populacional.
Assim iden-
tificado, o reggae 
foi ganhando cores 
locais que o diferen-
ciam não só do reg-
gae jamaicano como 
também do reggae 
ouvido e dançado 
em outras capitais 
nordestinas brasilei-
ras, como Fortaleza, onde predomina 
o reggae feito por bandas, e Salvador, 
onde o reggae é apresentado princi-
palmente nos bares.
Dentre os elementos respon-
sáveis por essa singularidade do 
reggae maranhense destaca-se a 
forma de dançá-lo. Aqui, dife-
rentemente de outras localidades, 
o reggae é dançado aos pares, ou 
melhor, é dançado agarradinho, em 
uma coreografia sensual que mes-
cla movimentos característicos do 
merengue, do bolero e do forró.
Dançado agarradinho, como é 
peculiar ao Maranhão, ou mesmo 
individualmente, o reggae, em São 
Luís, arrasta a galera, como se diz 
na linguagem que lhe é própria, 
sendo, pois, uma forma de mani-
festação cultural responsável por 
mobilizar, diariamente, milhares 
de pessoas para dançar, ouvir e 
ver o reggae nos bares, nos clubes, 
nas apresentações de cantores, de 
dançarinos e de intérpretes que 
ocorrem nas praias, no Centro 
Histórico e nas periferias da Capi-
tal Brasileira do Reggae.
Outro diferencial do reggae em 
São Luís em relação aos demais esta-
dos brasileiros é sua associação com 
diversas manifestações culturais. Na 
Capital Brasileira do Reggae, o reg-
gae é apresentado 
junto com o tam-
bor de crioula, 
o que pode ser 
visto em um bar 
da praia da Ponta 
D’Areia, sempre 
às tardes de do-
mingo. Também 
pode ser apre-
ciado logo após 
uma apresenta-
ção de bumba-
meu-boi, o que 
ocorre em toda a 
Ilha de São Luís, 
principalmente 
em momentos 
importantes de-
sta manifestação, 
tais como a morte 
do boi, a morte da 
burrinha e no lan-
çamento dos CDs com as gravações 
das toadas. O reggae também con-
quistou espaços nas festas de tradição 
religiosa. Nessas festas, após rezas, 
ladainhas, há um fechamento profano 
com uma radiola de reggae.
É justamente a paixão por esse 
ritmo que bate fundo, que com-
pleta o regueiro e o anima – quer 
seja durante as festas realizadas 
em vários pontos da cidade, de 
domingo a domingo, quer seja du-
rante a audição dos oito programas 
de rádio e dos dois programas de 
televisão veiculados na capital ma-
ranhense – que faz de São Luís a 
Capital Brasileira do Reggae.
Na Capital Brasileira do Reggae, 
a paixão pelo ritmo ganha tamanha 
dimensão que faz do reggae as-
sunto debatido nas comunidades de 
maior tradição regueira. O ritmo é, 
também, tema de discussão nas uni-
versidades públicas e nas faculdades 
privadas, onde são escritos trabalhos 
acadêmicos nos cursos de graduação 
e pós-graduação. Tendo em vista a 
dimensão que o reggae conquistou 
em São Luís, o poder público mu-
nicipal atua, por meio do Projeto São 
Luís Ilha do Reggae, junto ao amplo 
segmento da população ludovicense 
que tem esse ritmo como lazer e/ou 
como meio de sobrevivência.
Dentre os 
elementos 
responsáveis 
por essa 
singularidade 
do reggae 
maranhense 
destaca-se 
a forma de 
dançá-lo
DA JAMAICA 
à capita brasileira do reggae
Muitas são as versões 
da chegada do reg-
gae a São Luís. 
Contadas por donos 
de radiolas, colecionadores de 
reggae, discotecários, dançarinos, 
locutores de programas de reggae, 
essas diferentes versões apontam 
a boa acolhida do ritmo em ter-
ras maranhenses, já na primeira 
metade da década de 1970.
Para uns, o reggae entrou no 
Maranhão pelos portos – do Ita-
qui, em São Luís, e de Cururupu, 
na Baixada Maranhense –, trazido 
nos discos de vinil que eram ob-
jeto de troca entre marinhei-
ros de navios da Guiana 
Francesa e a popu-
lação local. Para 
outros, chegou 
por meio das 
ondas de 
r a d i o a m a -
dores mara-
nhenses que 
mantinham 
contato com 
outros ra-
dioamadores 
espalhados por diversas localidades 
das Américas. Há, ainda, outra 
versão que afirma que o ritmoja-
maicano chegou ao Maranhão via 
a capital paraense, Belém. Segundo 
os defensores desta idéia, a proximi-
dade geográfica entre o Pará e as il-
has do Caribe, dentre elas a Jamaica, 
facilitou o intercâmbio de ritmos e 
o contrabando de discos vindos da 
Guiana Francesa.
A falta de consenso quanto à 
forma como o reggae aportou em 
São Luís não se verifica, contudo, 
quando o tema é o espaço que essa 
forma de expressão cultural ganhou 
entre a população negra da perife-
ria da cidade. Mais cadenciado do 
que o merengue, o bolero e o forró 
– ritmos que se tocavam nas festas 
de São Luís, nos idos de 1970 –, o 
reggae, até então desconhecido no 
Maranhão, começou a ser tocado 
como música internacional nas fes-
tas dos bairros periféricos de São 
Luís, animando bailes de fins de se-
mana, aniversários, festejos juninos 
e de outros santos. Ganhou, assim, 
o gosto desse segmento expressivo 
da população maranhense que, antes 
DA JAMAICA 
à capita brasileira do reggae
mesmo de conhecer a palavra reggae 
e saber de onde se originava o ritmo, 
elegeu-o como seu lazer, como sua 
música, música para dançar agar-
radinho, para sentir e deixar fluir a 
paz interior na ginga de corpos que 
se unem.
Com relação à palavra reggae, 
sabe-se que ela foi vista escrita pela 
primeira vez em um disco do grupo 
Toots and Maytals, cujo título era 
Do the Reggae. Toots Hibbert a 
definiu como “o que vem do povo”, 
o que pode ser interpretado como 
uma manifestação musical das 
“pessoas que sofrem e que não têm 
o que querem”. Para o regueiro de 
São Luís, reggae pode ser entendido 
como algo que gera um sentimento 
de paz, de luta, de resistência.
A VEZ 
REGGAE
Do
A VEZ 
REGGAE
Na Capital Brasileira do 
Reggae, ainda hoje, tudo 
começa com as radiolas, 
que antecederam a própria 
chegada do reggae a São Luís.
Antigamente, as músicas gra-
vadas em discos de vinil que emba-
lavam as festas maranhenses, antes 
da era do reggae, já eram tocadas 
em pequenos aparelhos fabricados 
industrialmente e adquiridos no co-
mércio local, denominados radiolas. 
Atualmente, a radiola do universo 
do reggae é o conjunto especialmente 
fabricado sob encomenda pelos donos 
de radiola. É formado pelo móvel 
que contém a aparelhagem para 
tocar o disco de vinil, dos idos da 
década de 1970, a fita cassete da 
década de 1980, e os modernos min-
idiscos (MDs), e pelos paredões ou 
colunas compostos por numerosos 
alto-falantes de grande potência. 
É a radiola que dá o tom à fes-
ta, que difunde o ritmo, que faz o 
clube encher, ou melhor, derramar, 
bombar, como se diz entre as pes-
soas do reggae, e que patrocina os 
inúmeros programas de reggae no 
rádio da Capital Brasileira do Reg-
gae. É, principalmente, por isso 
que elas foram e continuam sendo 
importantes para a disseminação 
do reggae em São Luís, pois, as-
sim como o rádio chega a todos os 
lugares da ilha, a radiola também 
está presente em todos os locais da 
Capital Brasileira do Reggae, para 
animar o povo. Para continuar am-
pliando seu universo, os donos das 
radiolas investem, constantemente, 
na sofisticação dos equipamentos: 
os móveis estão cada vez mais bo-
nitos; os paredões estão aumentan-
do em quantidade, sendo melhora-
dos em sua qualidade e ampliados 
em sua potência. Assim, as radiolas 
arrastam o regueiro, levando os fãs-
clubes ao delírio, tanto em São Luís 
como no interior do Estado.
São muitas as radiolas que ex-
istem em São Luís. Ouvindo-se a 
mídia de rádio, contam-se atualmente 
em torno de sessenta radiolas que 
anunciam suas festas nesse veículo. 
A mais antiga e ainda em funciona-
mento é a Voz de Ouro Canarinho, 
de Serralheiro, que foi precedida pela 
Sonzão do Carne Seca, Trovão Azul, 
Radiola de Nestábulo, Águia do 
Som, Som Guarany, que não mais se 
encontram em funcionamento.
Atualmente, várias radiolas 
são micro e pequenas empresas 
legalmente constituídas, que geram 
emprego, trabalho e renda para mil-
hares de pessoas, movimentando 
um volume expressivo de recursos 
financeiros. Normalmente são em-
presas familiares em que os mem-
bros mais novos da família vão 
assumindo os cargos de direção 
anteriormente preenchidos pelos 
iniciadores do empreendimento.
Na Capital Brasileira do Reg-
gae, as radiolas já são produzidas 
para tocar reggae, uma vez que as 
características dos equipamentos 
devem ser previstas 
para esse fim, no-
tadamente com uma 
boa qualidade nos 
graves. Entretanto, 
observa-se hoje uma 
volta às origens: as 
radiolas tocam reg-
gae e outras músicas 
pedidas pelos dança-
rinos como, por ex-
emplo, o fazem 
duas grandes 
radiolas em 
franca atu-
ação.
A gente do reggae, ou seja, 
a massa regueira, a ga- 
lera das pedras (pedra é 
um reggae bom, envol-
vente, muito gostoso de dançar e 
ouvir), como se diz na linguagem 
do reggae, é formada, em grande 
parte, por pessoas negras, oriundas 
de estratos sociais de baixa renda. 
Entretanto, vale ressaltar que o reg-
gae em São Luís não é freqüentado 
exclusivamente por negros ou por outras 
pessoas da periferia. Há, nesse universo, 
pessoas de diferentes etnias e de todas as 
camadas socioeconômicas, que acompa- 
nharam a evolução do ritmo desde a déca-
da de setenta, tais como quarentões saudo-
sos e solitários que vão aos bares isolados 
para ouvir roots, casais apaixonados que 
vão dançar agarradinho os lovers (reggaes 
românticos). No mundo do reggae, o res-
peito se dá pela qualidade da música que é 
oferecida ao regueiro, para quem o funda-
mental é dançar e viajar ao som da melodia 
de um bom reggae.
O regueiro maranhense se insere em 
uma cultura mais abrangente. Sua iden-
tidade cultural tem traços fortes de uma 
cultura nordestina, uma vez que não é 
muito comum se encontrar regueiros 
adeptos do rastafarianismo, embora sejam 
apreciadores do reggae e sigam algumas 
idéias de Bob Marley, principalmente as 
que estão relacionadas com a luta contra 
as desigualdades sociais.
O uso de tranças nos cabelos (dread-
locks) está mais ligado às questões de es-
tética da negritude para uma militância em 
movimentos negros do que a uma identifi-
cação com o reggae, uma vez que não ex-
iste uma forte relação entre os Movimen-
tos Negros em São Luís com o Movimento 
Reggae. Atualmente, as vestimentas dos 
freqüentadores dos ambientes do reggae 
não apresentam um destaque especial, em-
bora alguns regueiros usem camisas com 
figuras de Bob Marley ou com as cores 
da bandeira da Etiópia (verde, vermelho, 
amarelo e preto). Os freqüentadores mais 
jovens preferem uma vestimenta muito 
esportiva, composta na maioria das vezes 
por camisetas, bermudas e tênis de marcas 
relacionadas com esportes radicais, tais 
como o surf e o skate.
Na Capital Brasileira do Reggae, o 
regueiro freqüenta festas durante toda 
semana. Aqui, o reggae não é só lazer na RE
Gu
EI
Ro
S G
uE
RE
IR
oS
forma de dançar agarradinho, é 
também uma forma de afirma-
ção, mobilização e convivência 
de uma parte da população das 
camadas menos favorecidas so-
cioeconomicamente: afirmação 
como símbolo de identificação 
de uma juventude marginalizada 
pela sociedade; mobilização pela 
formação de grupos de trabalho 
em prol de causas sociais; con-
vivência pací-
fica pela 
reunião de 
grupos de 
r e g u e i r o s 
(fãs-clubes) 
em torno de uma 
radiola ou de um ar-
tista do reggae.
Existe uma 
ligação muito forte 
do regueiro com o 
ritmo oriundo da Ja-
maica, que, aqui, foi 
adotado e incorpo-
rado como expressão 
cultural de São Luís. 
O regueiro pode cho-
rar de emoção ao ouvir 
um reggae roots (isto é, 
um reggae antigo e muito 
agradável), pode dar nomes 
aos seus filhos em homena-
gem a personalidades do reg-
gae, pode decorar sua casa 
com cores e objetos do movi-
mento regueiro, ou pode, ain-
da, fazer do ritmo jamaicano 
um meio de vida que ga-
ranta sua sobrevivência. 
Este cenário demonstra 
que o mundo do reggae 
é formado por pessoas 
que têm objetivos, 
preferências e inter-
esses diversos.
O reggae de São Luís é 
feito por uma ampla 
cadeia produtiva com-posta por radiolas, DJs, 
bandas, cantores e intérpretes, 
grupos de dança e dançarinos, co-
lecionadores e pesquisadores, gra-
vadoras e produtoras, associações, 
ONGs, Conselhos da Sociedade 
Civil, bares e restaurantes, casas e 
clubes de reggae e os veículos de 
comunicação e mídia.
As radiolas são as principais 
responsáveis pela produção do reg-
gae na Capital Brasileira do Reg-
gae. São elas que mobilizam os reg-
ueiros para as festas que acontecem 
de domingo a domingo; que 
patrocinam os programas 
de rádio e televisão re-
sponsáveis pela ampla 
divulgação de todos 
os eventos de reggae; 
que empregam os DJs 
responsáveis pela con-
dução das festas e pela 
apresentação de programas de 
rádio e televisão; que contratam os 
compositores para a produção de 
TRIBoS 
REGGAEDo
músicas exclusivas e os estúdios 
de gravação para ensaios e grava-
ções das músicas; que produzem 
os grandes festivais de reggae de 
São Luís.
Por tudo isso, as radiolas con-
tribuem para que o reggae esteja 
presente em todos os bairros da 
ilha de São Luís, gerando assim 
opção de lazer e trabalho para 
grande parte da população ludovi-
cense e, mais ainda, tornando-se 
uma atividade de grande importân-
cia econômica e cultural no âmbi-
to da indústria da cultura de massa 
e fazendo parte da vida de uma 
considerável parcela da 
população. As 
radiolas e 
seus seguidores têm, inclusive, po-
tencial para eleger representantes 
do povo nos âmbitos municipal, 
estadual e federal.
Embora o reggae de São Luís 
se caracterize por ser um espaço 
predominantemente masculino, 
no que diz respeito ao exercício 
de funções nesse universo, ulti-
mamente essa realidade vem mu-
dando e já se encontram homens e 
mulheres que assumem os palcos 
das radiolas e fazem o regueiro 
dançar. Os DJs são reconhecidos 
como especialistas do reggae e, 
conseqüentemente, conhecedores 
das músicas que sensibilizam o 
regueiro, daí o certo status que têm 
entre os regueiros e os empresários 
do ramo. Os DJs são responsáveis, 
em grande parte, pelo sucesso das 
radiolas, sendo considerados artis-
tas do reggae.
Existe uma banda de reggae 
maranhense que é muito famosa. 
Já conquistou projeção interna-
cional e viaja pelo mundo exi- 
bindo-se em grandes espetáculos 
e só se apresenta em São Luís em 
ocasiões especiais. Outras bandas 
locais com projeção nacional e 
regional, em geral, se exibem nos 
clubes freqüentados pela popula-
ção jovem da camada média da 
sociedade de São Luís.
Ao lado das bandas, há um 
número expressivo de cantores, 
intérpretes e compositores maran-
henses e jamaicanos radicados em 
São Luís, que compõem o cenário 
do reggae ludovicense. Apesar 
de, historicamente, o movimento 
reggae, ser um espaço de domínio 
masculino, é importante ressaltar 
que as mulheres já conquistaram 
um lugar no movimento regueiro 
e desempenham papéis de 
compositoras, intér-
pretes, DJs, em-
presárias. 
Figuram, 
ainda, entre 
os represent-
antes do 
reggae, gru-
pos for-
mados por 
dançarinos, que completam a alegria 
da galera das pedras com sua dança. 
Existem grupos compostos apenas 
por homens, apenas por mulheres e 
grupos mistos. 
As músicas e demais materiais 
do reggae são objeto de ocupação 
de colecionadores, proprietários 
de invejáveis acervos de discos de 
vinil que deram início ao ritmo em 
São Luís. Os assuntos do reggae 
são estudados pelos pesquisadores 
que vão documentando os eventos 
que compõem a história do movi-
mento regueiro ludovicense. 
O segmento da cadeia produti-
va do reggae formado pelas grava-
doras e produtoras faz parte de um 
capítulo mais recente da história 
desse ritmo na Capital Brasileira do 
Reggae. Elas têm um papel funda-
mental no incremento da produção 
das músicas de reggae compostas 
em São Luís, na realização dos es-
petáculos que apresentam artistas 
locais, nacionais e internacionais 
e, conseqüentemente, no início 
da consolidação do trabalho dos 
nativos desta região, minimizando 
custos com viagens dos empreen- 
dedores do reggae, para os centros 
mais importantes do mundo que 
produzem o reggae de qualidade, 
para comprar músicas ou contratar 
artistas para shows em São Luís.
Os estúdios maranhenses já con-
tam com profissionais e equipamen-
tos de qualidade técnica adequada 
para proporcionar aos compositores, 
cantores e intérpretes locais a pos-
sibilidade de um trabalho de boa 
qualidade.
No universo do reggae ex-
istem em São Luís, Associações, 
ONGs e conselhos da Sociedade 
Civil, que vêm desenvolvendo, 
com sucesso, um trabalho social 
relevante para as comunidades 
carentes, quer sejam elas 
fortemente envolvi-
das com o reggae 
ou não este-
jam, efeti-
v a m e n t e , 
ligadas a 
esse movimento.
Os bares 
são os locais onde se pode com-
binar bebidas populares variadas 
com um bom reggae. Existem 
pequenos bares nos bairros de 
São Luís especialistas em um 
reggae de qualidade, onde se 
pode encontrar os regueiros mais 
autênticos e representativos do 
movimento.
As casas e os clubes de reg-
gae são locais onde se pode dan-
çar e ouvir uma boa pedra. Estes 
espaços desempenham um papel 
fundamental para a expansão e 
divulgação do reggae em São 
Luís. Existem clubes que apre-
sentam uma boa estrutura de 
funcionamento e que se localizam 
em bairros considerados de classe 
média; outros estão situados na 
periferia da cidade e apresentam 
espaços menos privilegiados com 
relação à infra-estrutura, contem-
plando, assim, um público menos 
exigente. São locais que têm ca-
pacidade muito variada e podem 
abrigar, em uma festa, até duas 
mil pessoas.
Os veículos de comunicação 
e mídia, representados principal-
mente pelo Rádio e pela Tele-
visão, são os responsáveis pelo 
aumento da massa regueira na 
Capital Brasileira do Reggae, uma 
vez que existem vários programas 
diários, apresentados nas emisso-
ras comerciais e comunitárias de 
rádio AM e FM que, além de re-
produzir as músicas, oferecem aos 
regueiros informações atualizadas 
sobre o mundo cultural do reggae: 
radiolas, festas, shows, festejos 
de tradição, lançamentos de CDs, 
festivais.
A mídia em torno do 
reggae de São Luís 
apresenta-se materi-
alizada por meios de 
comunicação tais como rádio, 
televisão, jornal e outras formas 
alternativas como carros de som 
e panfletos. Os programas de 
rádio e televisão, além de colo-
carem no ar as famosas pedras, 
informam sobre as festas e os 
demais eventos do reggae, 
cumprindo o papel social 
de comunicar e informar 
a população. São, tam-
bém, uma importante 
ferramenta de market-
ing e propaganda do 
reggae e dos produtos a 
ele associados, constituindo, as-
sim, um verdadeiro instrumento 
de mobilização social.
É no rádio que o reggae tem 
sua maior mídia. Com uma vasta 
programação, as emissoras co-
merciais de maior alcance no 
município de São Luís oferecem 
ao regueiro, durante a semana, 
cinqüenta e duas horas de pro-
gramação, distribuídas em oito 
programas diferentes, de domingo 
a domingo, nos horários matutino, 
vespertino e noturno, sendo este 
último turno o que apresenta o 
maior número de programas e com 
a maior duração. As rádios comu-
nitárias, de menor alcance, ofere-
cem, por sua vez, mais vinte e sete 
horas por semana de programação 
específica de reggae. Isso se deve, 
principalmente, ao hábito que os 
regueiros têm de ouvir rádio tanto 
durante a execução de suas tarefas 
laborais diárias, como nos mo-
mentos de lazer.
Esse contato diário e intenso 
acaba por criar laços entre os apre-
REGGAE NA 
MíDIA
sentadores dos programas e o pú-
blico regueiro. Com uma lingua-
gem simples que reflete a visão 
de mundo, os valores e o fazer da 
gente do reggae, os apresentadores 
se aproximam do público-ouvinte, 
que participa ativamente dos pro-
gramas, por meio de telefonemas 
ou de visitas aos estúdios durante 
a realização do programa. Outro 
dado revelador dessa relação é a 
presença constante dos apresen-
tadores nas festas, o que lhes pos-
sibilita conhecer mais detalhada-
mente seu público-ouvinte, saber 
de suaspreferências, ou melhor, 
saber quais pedras o envolvem 
mais.
Na televisão, destacam-se 
dois programas apresentados de 
segunda-feira a sexta-feira, nos 
horários matutino e vespertino, 
somando em torno de duas horas 
de programação.
Na mídia impressa, os jornais 
de maior circulação veiculam 
pequenas notícias sobre o reg-
gae, principalmente na página de 
entretenimento. Há um semanário 
que dedica uma página inteira ao 
movimento, organizada por um 
colecionador e por um radialista, 
ambos pesquisadores do reggae.
São utilizados, ainda, em um 
âmbito mais restrito, os carros de 
som que circulam apenas no lo-
cal onde vai ser realizada a festa 
com a radiola. Também é feita a 
distribuição de panfletos nas ime-
diações da festa, informando qual 
é a radiola, quem é o DJ que estará 
comandando a festa, quais são os 
prêmios que serão distribuídos 
para o regueiro e outras informa-
ções atraentes para chamá-lo para 
comparecer à festa.
REGGAE E 
RESPoNSABILIDADE 
SoCIAL
Em São 
L u í s , 
o reg-
gae é mais 
que lazer: é 
compromisso 
com o social, 
é mobiliza-
ção para ten-
tar resgatar 
aqueles que 
se encontram 
em situação 
de risco por não desfrutarem dos 
bens sociais. Por isso, o movi-
mento regueiro de São Luís vem 
trabalhando no sentido de possi-
bilitar a inclusão social de crianças 
e adolescentes por meio de ativi-
dades artístico-culturais. Assim, 
surgiram Organizações Não-Gov-
ernamentais (ONGs), que desen-
volvem projetos sociais em áreas 
carentes da cidade, e outras insti-
tuições, como associações e con-
selhos que desenvolvem algumas 
atividades em torno do reggae. 
O mundo do reggae é uma constante festa. 
Na Capital Brasileira do Reggae, seu 
calendário abarca o ano inteiro e assim 
o ritmo se faz presente e se relaciona 
estreitamente com as principais manifestações cul-
turais do Estado: o carnaval, as festas juninas, as 
festas do Divino Espírito Santo, o natal. Algumas 
festas de reggae são programadas em função de 
festejos de tradição associados a festas religiosas.
Os festejos de tradição/festas religiosas são nu-
merosos e acontecem em todo o Estado. Logo após 
a cerimônia religiosa, segue-se a parte profana com 
a festa ao som da radiola de reggae. Destacam-se, na 
Ilha de São Luís, a Festa de Nossa Senhora de Belém, 
em Igaraú, Estiva; Festejo de Santo Reis, em Mara-
canã; Festejo de Santa Luzia, em Andiroba; Festejo 
de São José de Ribamar, em São José de Ribamar; 
Festejo de Santa Bárbara, em Santa Bárbara.
No que diz respeito às festas programadas que 
não estão relacionadas com os festejos de tradição/
festas religiosas, as mais difundidas são: Os Homens 
das Pedras, Reggae do Ciclista, Festa da Beleza Neg-
ra, Festa da Recordação, Festa da Paz, Aniversário do 
Espaço Aberto, Reggae das Havaianas, Aniversário 
da Morte de Bob Marley, Reggae do Trabalhador, 
Festival do Peixe Serra. 
São realizados, também, festivais musicais, 
destacando-se os seguintes: Cidade do Reggae, 
Festival Internacional do Reggae, Maranhão Roots 
Festival, Maranhão Reggae Music e o Unireggae.
Além de festas e festivais, há um evento – o Tribu-
to ao Reggae – que está se consolidando no Calendário 
Regueiro da Capital Brasileira do Reggae. Realizado 
pela Prefeitura Municipal de São Luís, o evento, 
comemora o Dia Municipal do Regueiro (5 de setem-
bro) instituído pela Lei Municipal no 4.102/2002.
REGGAE o 
ANo ToDo 
É, também, por meio da língua, veículo 
da cultura e reflexo da identificação e 
da diferenciação de cada comunidade, 
que o regueiro se identifica e se re-
conhece como membro de um grupo social, 
pois usa uma linguagem que o caracteriza. 
Assim, no universo do reggae maranhense 
palavras e expressões se (re)inventam e 
ganham novos sentidos que brotam das 
vivências, da visão de mundo, dos valores 
e do fazer da gente do reggae. Fazem parte 
desse universo, numerosas palavras e ex-
pressões como as citadas abaixo.
A LINGuAGEM 
DAS PEDRAS
• Bater Bem – diz-se da radiola que tem um bom 
grave, um som de qualidade.
• Bolachão – disco grande de vinil de 33 rpm 
(rotações por minuto).
• Bolachinha – disco pequeno de vinil de 33 ou 45 
rpm.
• caBer na (minha) pontuação – expressão 
usada pelo regueiro para mostrar que está 
interessado em alguma garota.
• carimBar – colocar uma vinheta ou um 
prefixo em uma música, com o nome de 
uma dada radiola ou programa de reggae.
• cintura dura – diz-se do regueiro que 
dança mal.
• cirurgião – regueiro responsável pelo corte, pela retirada das vinhetas ou 
prefixos das músicas carimbadas, para que estas pareçam originais. Chama-se, 
também, de tesoura.
• dar roça – diz-se da festa que é um fracasso, um fiasco: A festa deu roça.
• estar(tá) no pano – diz-se de um regueiro muito arrumado.
• magnata – diz-se de alguém importante no mundo empresarial do reggae.
• massa regueira – diz-se das pessoas que gostam do reggae, que freqüentam 
os espaços do movimento regueiro. Usa-se, também, galera das pedras, nação 
regueira.
• melô – redução da palavra melodia usada para referir-se a um reggae.
• passar o pano – diz-se quando um regueiro vai a uma festa apenas para sentir 
o clima, dar uma olhadinha.
• pedra, pedrada – diz-se de um reggae bom, envolvente.
• pedra do fundo do Baú – diz-se de um reggae muito antigo.
• radioleiro – proprietário da radiola.
• seqüência – diz-se da série de reggaes tocados um após o outro, pelo DJs.
reggae maranhense
nroots Bar
Localizado em um dos casarões do Centro Histórico de São Luís, o Roots Bar ofe-
rece todas às sextas-feiras festas de reggae comandadas por Dj´s renomados 
e animadas ao som dos paredões das radiolas. Como o próprio nome do estab-
elecimento já diz, o estilo predominante é o reggae roots, música cadenciada e 
romântica que torna o local ótimo para quem quer dançar ou apreciar o reggae 
à moda ludovicense, ou seja, coladinho. 
o CAMINHo 
DAS PEDRAS
Em São Luís, muitos são os caminhos que levam às pe-
dras. Bares e clubes podem ser visitados pelo turista 
para curtir uma pedrada de responsa, isto é, um bom 
reggae. Basta, então, seguir o roteiro das pedras.
reggae e patrimônio cultural: 
Incrementando seu passeio noturno no Centro Histórico
O Centro Histórico de São Luís oferece duas paisagens, a diurna e a 
noturna. À noite, além de contemplar a nostalgia dos antigos casarões 
iluminados por lampiões épicos é possível desfrutar das várias opções 
de lazer e entretenimento. Dentre os inúmeros bares e restaurantes 
que o ambiente oferece temos: 
End: Rua da Palma, n° 85, Centro.
Telefone: (0xx98) 32217580
Funcionamento: Sexta-feira a partir das 21h
reggae nas praias: 
noites quentes, mar, música e alegria na ilha do amor
A capital brasileira do reggae assemelha-se em muitos pontos com 
a Jamaica, ambas desfrutam da condição de ilha, tem clima tropical, 
cenários paradisíacos, possuem belas praias e são amantes dos ritmos 
caribenhos. Dentre todos as semelhanças com a ilha caribenha podem-
os destacar o amor pelo reggae, que tanto aqui como lá, envolve a 
população nas noites quentes de verão.
É neste clima tropical de paz e alegria que as festa de reggae aconte-
cem nas praias de São Luís, podendo ser encontrados no:
nchama maré
Bar localizado na Praia da Ponta D’areia, com uma belíssima vista para o mar, 
perfeita para apreciar o por do sol num fim de tarde. No Chama Maré, além da 
seqüência musical de reggae e de músicas caribenhas (como a salsa e o me-
rengue) podemos ver a apresentação de grupos de Tambor de Crioula (dança 
herdada dos negros afro, dançada por mulheres e tocada por homens, ainda 
muito presente no Maranhão) e degustar comidas típicas. As festas acontecem 
aos domingos, iniciando com o tambor ao cair da tarde, entrando pela noite com 
muita salsa e reggae iluminados pela lua e presenciados pelo mar.
End: Av. São Marcos, n° 8, Ponta D’Areia 
(próximo ao Praia Mar Hotel)
Telefone: (0xx98) 88691903/81252423
Funcionamento: domingos a partir das 17h
reggae e diversidade cultural: 
conhecendo o cenário culturalludovicense
Além de Capital Brasileira do Reggae, São Luís também é conhecida 
como ilha cultural devido a diversidade de manifestações contidas na 
cidade. São inúmeras danças, folguedos, blocos tradicionais, museus, 
pratos e bebidas típicas, dentro deste mosaico cultural destaca-se o 
bumba-meu-boi. Durante as festas juninas, os grupos de bumba-meu-
boi têm como parada obrigatória, o Largo de São Pedro. O local que 
abriga capela e praça de mesmo nome recebe milhares de pessoas 
nesta ocasião e sempre oferece festas de reggae ao final das apresen-
tações. Porém, o local não oferece reggae apenas durante o festejo 
junino, ao lado do Largo de São Pedro encontra-se o Bar Túnel do 
Tempo que oferece festas de reggae de sexta a domingo. 
nBar do nelson
Na condição de cidade turística, São Luís oferece uma intensa vida noturna, 
muitas destas opções de lazer e entretenimento noturno encontram-se reunidas 
na Avenida Litorânea que dá acesso as praias de São Marcos e Calhau onde 
podemos encontrar inúmeras opções de bares com apresentações musicais, res-
taurantes com cardápios variados, espaços dançantes, praça de alimentação e 
muita agitação.
É neste cenário, que mescla o natural e o urbano, que encontra-se o Bar do Nel-
son, um dos principais points da juventude regueira de São Luís, onde podemos 
encontrar muita animação e agito. A seqüência musical alterna Dj´s e bandas 
locais. O Bar freqüentemente é palco para shows de bandas reconhecidas nacio-
nal e internacionalmente.
End: Av. Litorânea, n° 135, Calhau 
(próximo a Pizzaria Magiorasca)
Telefone: (0xx98) 32264191
Funcionamento: aos sábados a partir das 0h
ncreolé Bar
Além da Avenida Litorânea, temos um outro complexo de lazer, a Lagoa da Jan-
sen. O local abriga mata ciliar virgem, vários tipos de mangues e espécies de 
babaçuais, que podem ser contemplados através de caminhadas ecológicas ofer-
ecidas no Posto de Informações Turísticas da localidade. A noite funcionam vários 
bares e restaurantes freqüentados pela sociedade local, entre as opções lazer 
não poderia faltar, festas de reggae oferecidas pelo Creole Bar.
End: rua 27, n° 01, Ponta dÁreia
Telefone: (0xx98) 32273940
Funcionamento: as sextas-feiras a partir das 21h
ntúnel do tempo
Fora da área turística, mas ainda no centro da cidade, o Túnel do Tempo é 
aconchegante, freqüentado por público mais adulto, ambiente propício para 
dançar, conversar e ouvir reggae. A seqüência musical é coordenada por Dj´s 
com predominância por musicas antigas (como o próprio nome já diz) que fiz-
eram muito sucesso na Jamaica anos atrás e hoje caíram no gosto musical dos 
ludovicenses. 
End: Rua Vitorino Freire, n° 259, Centro. 
(ao lado da capela de São Pedro)
Telefone: (0xx98) 88235134/88410892
Funcionamento: Sextas e sábados a partir das 21h
Ainda tratando de reggae e diversidade cultural, temos ainda os locais que 
apresentam outros ritmos além do reggae. O bar Cerveja no Balde trabalha 
com outros ritmos de grande aceitação pela sociedade local, como o forró e o 
tecnobrega. A casa especializou-se em ritmos nordestinos, oferecendo reggae 
nas quintas-feiras, intitulando as festas com o codinome Reggae de 1°. O local é 
munindo de infra-estrutura, a produção preza pelo atendimento e segurança de 
seus clientes. No local é possível comprar camisas do reggae.
 
Av. São Luís Rei de França (em frente a Faculdade FAMA)
Telefone: (0xx98) 3233-2160/9128-6410
Quinta a partir 21h30
Bandas
sociedade cultural Banda guetos
Telefone: (0xx98) 3238-5468/ 9991-9726 
DJEMBE AMORIM
Telefone; (0xx98) 3223-3731
FILHOS DE JHÁ
Telefone: (0xx98) 3251-4707/8803-7938
KAZAMATA
Telefone: (0xx98) 3225 – 3793/3258-5835
E-mail: kazamata@gmail.com
LEGENDA 
Telefone:: (0xx98) 3245 1876
E-mail: geogelegenda@hotmail.com
BANDA VIA RASTA
Telefone: (0xx98) 3245 0494 /8824 5873
CANTORES
Célia Maria Sampaio 
Telefone: (0xx98) 3246-7267/ 8811-8462 
E-mail: Célia.sampaio@bol.com.br
Adriana Raquel Nogueira do Nascimento
Telefone: (0xx98) 8815-5434/ 3269-1022
José de Ribamar Miranda Junior 
Telefone: (0xx98) 9111-8687
E-mail: jaimayogue@hotmail.com
Carlos Aberto Brito Moura
Telefone: (0xx98) 3223 2308 / 8854-4583
dJ’s
Franknan Pestana Rabelo
Telefone: (0xx98) 9995-0724/ 3273-8845
E-mail: frankwailer@ig.com.br
Wilson Fernando Teixeira
Telefone: (0xx98) 3221-0341/ 9146-1653 / 
8836-8990
Robert Marcos Costa Cantanhede 
Telefone: (0xx98) 9132-3555
INFoRMAçÕES ÚTEIS
Bandas, cantores e dJ’s
pesquisadores
colecionadores
Thalisse Ramos de Sousa 
Telefone: (0xx98) 3246-4190/ 8833-4190
E-mail: thalisseramos@yahoo.com.br 
José de Ribamar Mendes Bezerra 
Telefone: (0xx98) 3235-0433/ 3217-8322
E-mail: comendes@elo.com.br 
E-mail: glicialandim@yahoo.com.br 
Aderaldo dos Santos Alves Júnior 
Telefone: (0xx98) 8814-3969/8817-0129
Site: www.reggaetotal.com/raçaroot´s 
Aplonisio Paulo de Sá Filho 
Telefone: (0xx98) 9119 6833 / 3243 2106
Antônio José Martins 
Telefone: (0xx98) 3268 2556 / 3227 8008
Luis Carvalho Pirino (Luizinho Black)
Telefone: (0xx98) 3253-5442/ 8804-9333
Mosaniel de Jesus Silva Costa
Telefone: (0xx98) 3251-4016/ 3232-9622/ 
9601-6314
Wellinton Pereira Marques
Telefone: (0xx98) 9964-6168
E-mail: wellintonmarques@yahoo.com.br
produtores
Daniela Sousa Lima
Telefone: (0xx98) 3221-4734/8854-6492
E-mail: dandanilima@hotmail.com
Glicia Helena Silva
Telefone: (0xx98) 3246-6336/ 3236-4208
grupo de dança
Cia. Cultura Popular Catarina Mina
Rua João Victal de Matos, 129 – Praia Grande
Telefone: (0xx98) 3222 9811 / 9613 4426
RAÇA NEGRA
radiolas
Rua 01, nº 99, Bairro Jaracaty
Telefone: (0xx98) 3222-7176/ 9903-3859
ESTRELA DO SOM 
Rua Silva Jardim 121 – Centro
Telefone: 3212-4368/ 30829403/ 9994-7560
ESCRITÓRIO DA RADIOLA ITAMARATI
Praça da Liberdade, 1622 – Liberdade
Telefone: (0xx98) 3221-0333 
E-mail: radiolaitamarati@uol.com
Associação de Dança Educacional e Cultural “ 
Garotinhos Beleza 
Rua Mem de Sá, 161- Diamante
Telefone: (0xx98) 3251-0752/ 9138-6456 
 
GDAM 
Av. Alexandre Moura nº 100- Parque Bom Me-
nino-Centro
Telefone: (0xx98) 3243-3083 
E-mail: Gdamsl86@yahoo.com.br 
 
Associação Cultural Afro Abibimã 
Rua João Pires Ferreira 225, Bairro de Fátima
Telefone: (0xx98) 3249-5014/ 3222-6799 
ramal: 27
E-mail: luizguerreiro@zipmail.com.br 
 
ongs / associaçÕes e conselhos
comunicação e mÍdia
Tarcísio José de Melo Ferreira
Telefone: (0xx98) 3236 9213 / 8805 9948
José Jorge Lobato
Telefone: (0xx98) 9967-4856/3238-2503

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