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Prévia do material em texto

REDAÇÃO DISSERTATIVA-ARGUMENTATIVA
Prof.ª Brenda Melo
A REDAÇÃO DO ENEM
É composta por uma frase-tema, geralmente de um problema atual da sociedade brasileira, e cobra dos participantes uma proposta de intervenção. O texto deve ser escrito em até 30 linhas e na forma de dissertação argumentativa.
Diferente de alguns vestibulares, o Enem cobra uma única estrutura de texto, que é a dissertativo-argumentativa. A proposta de redação vem acompanhada por textos de apoio, que podem ser pesquisas científicas, notícias, quadrinhos ou outras ilustrações para que você entenda como deve abordar o tema.
ATENÇÃO
Os textos motivacionais não podem ser copiados, o que você pode fazer é lê-los com atenção e a partir do que achou conveniente, se apropriar das ideias, interpretá-las e passar à sua redação com suas próprias palavras. É muito importante que isso fique bem claro para você, já que caso você copie integralmente o texto sua redação pode ser zerada.
Os textos de apoio também trarão dados estatísticos e estes sim poderão ser usados por você. Mas lembre-se que você deve usá-los para defender o seu ponto de vista e sempre citar a sua fonte.
Orientações
TEMA
Não é fácil prever um tema para a redação do Enem. Essa escolha passa por perspectivas políticas, sociais, científicas e culturais. É importante ressaltar que um fato pontual pode não caracterizar como uma proposta de redação, mas alguma repercussão desses acontecimentos, sim.
Mesmo não se tratando de temas factuais, a proposta de redação sempre passa pela coletividade. Uma grande dica é estar atento aos textos de apoio, pois, mesmo que não conheça bem o assunto, se fizer uma boa interpretação da coletânea, conseguirá elaborar um texto de qualidade.
Temas passados
- 1998: Viver e aprender.
- 1999: Cidadania e participação social.
- 2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional.
- 2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
- 2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
- 2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo.
- 2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação
- 2005: O trabalho infantil na sociedade brasileira.
- 2006: O poder de transformação da leitura.
Temas passados
- 2007: O desafio de se conviver com as diferenças.
- 2008: Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar.
- 2009: O indivíduo frente à ética nacional.
- 2010: O trabalho na construção da dignidade humana
- 2011: Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado
- 2012: Movimento imigratório para o Brasil no século 21
- 2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil
- 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil
- 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira
Temas passados
- 2016 - 1ª aplicação: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
- 2016 - 2ª aplicação: Caminhos para combater o racismo no Brasil
- 2017: Desafio para a formação educacional de surdos no Brasil
- 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet
- 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil
- 2020: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira.
- 2021: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil.
- 2022: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil
- 2023: Desafios para o Enfrentamento da Invisibilidade do Trabalho de Cuidado Realizado pela Mulher no Brasil
CUIDADOS PARA NÃO ZERAR
Outros cuidados precisam ser tomados para que o estudante não tenha sua nota zerada. A fuga total ao tema ou a elaboração de um texto que não seja dissertativo-argumentativo podem zerar uma prova de redação no Enem. Diferente de alguns vestibulares, o Enem cobra uma única estrutura de texto.
A redação na prova do Enem deve ter entre 8 e 30 linhas. Qualquer texto que não cumpra com esse limite será zerado pelo corretor. Para alguns especialistas, o ideal é que o texto definitivo fique com um número de linhas acima de 20. Este espaço é suficiente para aprofundar o mínimo necessário as suas argumentações. 
Não é permitido ao candidato colocar na prova impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto que não possuir ligação com o tema proposto. Deixar a redação em branco, mesmo com texto em rascunho, é um outro preceito que zera a prova de redação.
COMO A REDAÇÃO SERÁ AVALIADA
A redação do Enem realmente é um desafio, mas devemos lembrar que ela não é tão difícil quanto parece e que os critérios de avaliação são bem definidos.
Para conseguir mandar bem na redação, é essencial tomar alguns cuidados básicos e treinar uma estrutura pré-definida, além de saber quais são as 5 competências que serão julgadas para chegar na nota final. 
COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
Ou seja, você precisa tomar cuidado com os erros de ortografia, concordância, regência e semântica. Também deve evitar escrever como se estivesse falando (marcas de oralidade), pois trata-se de um texto e não de uma conversa.
Como dica para ir bem nesse primeiro ponto, o estudo do português será inevitável, além de muita leitura antes do dia da prova.
Competência ii: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
Em resumo, o Enem está pedindo para que o candidato não fuja do tema que foi proposto. Por exemplo, se for pedido para falar sobre “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, o candidato não pode começar a discutir sobre assuntos que sejam distintos
Vale lembrar que se ele escrever uma redação sobre cinema, sem citar a democratização, vai demonstrar que não compreendeu a proposta de redação e não desenvolveu o tema por inteiro (tangenciamento do tema).
Saber se manter em um tema é a base para uma boa redação. Por isso, no momento em que você estiver lendo a proposta, reserve um tempo para listar todos os tópicos que devem ser abordados no seu texto dissertativo-argumentativo.
Quando sua redação estiver finalizada, uma boa dica é ler o texto todo e se perguntar: respondi ao tema proposto ou acabei falando de outra coisa? Se for o caso, reescreva.
Competência iii: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
Para não errar nessa competência é essencial um planejamento prévio de texto, anotando todas suas ideias antes de começar a escrever.
Escolha as ideias que mais fizerem sentido e estruture de forma clara e ordenada, é importante ter bem definido o momento certo de apresentar cada ideia e argumento.
Você deve pensar que quando o corretor for ler a sua redação, além da ideia geral do texto ter de estar coerente e de fácil entendimento, também precisa estar claro para ele que você fez um planejamento prévio daquele texto e não saiu escrevendo sem uma estrutura lógica.
Competência iv: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
Será avaliada a coesão do seu texto, se ele tem uma boa estrutura de parágrafos e períodos e se segue uma estrutura lógica e formal.
O Enem espera que o candidato saiba organizar o texto de forma que os parágrafos e períodos tenham relação entre si, garantindo uma sequência coerente e conexão lógica entre as ideias. Essa ligação pode ser feita através de conjunções, palavras específicas ou até mesmo pela própria articulação das ideias expostas.
Além da estruturação de parágrafos e períodos, essa competência também avalia a referenciação a pessoas, coisas e lugares.
Os fatos são introduzidos e retomados aolongo da evolução do texto, você pode fazer isso usando advérbios, pronomes, artigos ou vocábulos de base lexical, estabelecendo relações de sinonímia, antonímia, hiponímia, hiperonímia, e de expressões resumitivas, metafóricas ou metadiscursivas.
Lembre-se: cada ideia nova precisa estabelecer uma relação com as anteriores.
Competência v: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Aqui é hora da solução em que a redação do Enem deve conter uma proposta de intervenção. Isso significa que o candidato deve trazer uma solução concreta e acessível ao problema que foi apresentado.
Por exemplo, o que você faria para melhorar a democratização do acesso ao cinema no Brasil? Seja claro na sua resposta, mostre quais são os agentes envolvidos, as ações e os meios para que se resolva esse problema.
Uma dica importante: conhecimento sobre leis e ministérios pode te ajudar a fundamentar sua proposta de intervenção, caso ela tenha ações relacionadas ao setor público.
Como será atribuída a nota?
Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências. A soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1.000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos avaliadores.
Redação do enem: como escrever?
O objetivo da redação é você dissertar sobre um problema brasileiro e mostrar como resolver a questão proposta no tema.
Você deve estar pensando, “Ok, mas como eu chego nisso?”. O caminho é simples. Você precisa responder a listinha abaixo:
- Apresentar o problema (introdução);
- Provar que o problema existe (tese);
- Mostrar que é uma situação problemática (argumentação);
- Resolver o problema (proposta de intervenção).
Já em relação a estrutura da redação, ela deve ser dividida em 3 partes:
A introdução vai abordar basicamente 2 tópicos:
Contextualização: aqui você vai apresentar o tema, mostrar sobre o que vamos falar e qual o problema que vamos abordar.
Tese: qual seu ponto de vista sobre a situação? O que motiva essa situação? Como isso ocorre na sociedade?
Este primeiro parágrafo é fundamental para toda a estrutura da redação do Enem, pois é a partir dele que você vai prender a atenção do leitor. Então, procure focar bem em apresentar o tema de maneira clara e que faça sentido, para isso você pode usar citações, contextualizações históricas ou outros modelos de introdução. O importante é passar de forma clara ao leitor qual será a temática e também a sua tese.
INTRODUÇÃO
Modelos de introdução
	Há inúmeras formas de iniciar uma redação. Portanto, cabe a você escolher a mais adequada ao texto, seu estilo de escrita e argumentação. Observe, a seguir, alguns modelos de introdução para redação:
1. Citação
	Se você conhecer uma citação relevante e relacionada ao tema, você pode usá-la como gancho para começar o seu texto. Veja um exemplo do tema “Desafios da educação no Brasil do século XXI”:
“O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire afirmava que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Analisando o pensamento e relacionando-o à realidade da educação no Brasil, percebe-se a necessidade de um olhar mais atento para o aprimoramento do sistema de ensino, considerando sua importância para a promoção de uma sociedade mais crítica e reflexiva, que, consequentemente, tende a ser mais justa, igualitária e humanizada.”
Modelos de introdução
II. Definição
	Outra forma fácil e interessante de iniciar o seu texto é fazer uma definição acerca do tema, ou seja, explicar o assunto. Veja um exemplo de introdução nesse modelo para o tema “Sedentarismo: o grande mal do século?”
“Define-se como sedentário o indivíduo que não pratica atividades físicas no seu cotidiano. Doenças como obesidade, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardíacos são algumas das que podem aparecer como consequência deste mau hábito. (…)”
Modelos de introdução
III. Exemplificação
	Neste caso, você inicia o texto com algum exemplo de dado estatístico, uma notícia ou lei, por exemplo. Você pode também utilizar algum conhecimento de mundo que diz respeito ao tema. Veja o exemplo que preparamos para você sobre o mesmo tema do tópico anterior:
“Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 196, é dever do Estado garantir o acesso à saúde, bem como é responsável pelas medidas públicas para zelar pelo bem-estar físico de todos os cidadãos brasileiros. Assim, faz-se necessário que o Poder Público atente-se para o sedentarismo enquanto situação que põe em risco a saúde de milhares de cidadãos do país.”
Modelos de introdução
IV. Alusão histórica
	Esse é mais um dos modelos de introdução para redação. Nele, você apresenta um fato histórico que remete ao tema e compara-o à discussão na atualidade. O Enem cobra do aluno a capacidade de demonstrar conhecimentos de mundo e um bom repertório sociocultural. Portanto, essa alternativa é uma boa forma de dar credibilidade à sua argumentação. Veja um exemplo de introdução para o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”:
“A intolerância religiosa é um problema recorrente na história da humanidade. Na Idade Média, por exemplo, os Tribunais do Santo Ofício – também chamados de Inquisição – julgavam e condenavam as pessoas que não acreditavam na religião católica. Apesar de o Brasil ser um país laico, tem-se, atualmente, um contexto análogo a essa situação: ainda persistem os casos de discriminação e preconceitos sofridos por algumas religiões. Sendo assim, encontrar caminhos para combater a intolerância religiosa, no Brasil, é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado.”
Modelos de introdução
V. Afirmativa
	Nesse modelo, você faz uma espécie de declaração sobre o assunto logo no início. Escolha uma frase de impacto, mas que não seja exagerada. O objetivo é chamar a atenção do leitor, por exemplo, com uma afirmação crítica. Confira esta introdução para o tema “A persistência da violência contra a mulher”:
“O Brasil é uma nação historicamente machista e violenta, o que é perceptível ao analisarmos a persistência das agressões contra as mulheres mesmo depois das recentes medidas legais. (…)”
Modelos de introdução
VI. Comparativa
	Neste modelo de introdução para redação você pode comparar o tema com algo semelhante ou oposto ao que se discute. O próximo exemplo é do tema “O histórico desafio de valorizar o professor”:
“Os Estados Unidos, referência em desenvolvimento tecnológico, são um bom exemplo de que a educação de qualidade e com a valorização adequada gera bons frutos. Em contrapartida, no Brasil a realidade tem sido bem distinta. O baixo piso salarial dos professores explicita essa falta de reconhecimento aos profissionais da educação. Tal desvalorização é fruto de baixos investimentos governamentais, aliado ao passado histórico brasileiro.”
EXPRESSÕES QUE SE DEVE EVITAR
Quando introduzimos o texto com uma frase pronta, por exemplo, daqueles ditos populares, pode parecer falta de repertório e, até mesmo, de originalidade.
Conheça alguns clichês que não são bem vistos pelos corretores.
Antigamente ou no passado
	Começar uma frase com “antigamente” traz uma ideia muito vazia. É preciso questionar-se: “Antigamente quando? Há 50 anos ou antes de Cristo? “qual a data que tal evento realmente aconteceu?” Se você não datar o período ao qual você está se referindo, fica muito difícil confiar nas suas ideias – além de parecer que você não sabe quando determinado evento aconteceu.
Hoje em dia
	Quando se inicia uma frase com “Hoje em dia” surge muitas dúvidas, por exemplo: Hoje em dia quer dizer no período Contemporâneo ou nos dias de hoje mesmo? Esse termo, apesar de se referir ao tempo presente, deixa uma ideia pouco fundamentada e vaga.
	O uso de frases prontas pode prejudicar, e muito, o desempenho da sua redação. Esse é momento de mostrar a sua autenticidade, originalidade e pensamento crítico, evitando clichês.
A Sociologia defendeque
	Se você já usou essa frase, é melhor evitá-la agora que você já sabe. Na verdade, não é a Sociologia que defende, existem autores que são entendidos no campo da Sociologia que tem essa ideia. Por isso é importante citar o nome desse autor para basear a sua ideia.
Muitas sociedades
	Outro grande problema de falta de repertório que aparece muito nas redações. O uso de “muitas sociedades” ou “muitos países” aparecem com o intuito de exemplificar – e isso também não é muito legal. Vamos te mostrar como pode acontecer:
“Muitos países possuem pena de morte e medidas radicais para punir a sua população”.
	A pergunta que não quer calar é: quais países? É preciso nomeá-los. Sabemos, por exemplo, que a Indonésia é adepta da pena de morte para traficantes de drogas. Os Estados Unidos e a China também possuem essa medida para determinados crimes. Portanto, o importante aqui é dizer claramente quais países ou sociedades que possuem determinadas ações.
Especialistas afirmam
	Quais especialistas? Quem são eles? Qual a base teórica da pessoa que afirma esse tipo de coisa? E em que contexto ela fez essa afirmação? Essas perguntas servem também para quem costuma usar “Há quem diga que…”. É preciso creditar a fonte corretamente para não correr o risco de falar algo equivocado ou se apropriar indevidamente de uma ideia.
Expressões para iniciar a introdução
As expressões apresentadas auxiliam na hora de iniciar a introdução, mas não as tomem como regra geral. Antes de usá-las, analise bem o tema e saiba o que escrever, para que a expressão inicial não fique solta dentro do contexto. 
É de conhecimento geral que...
Todos sabem que, em nosso país, há tempos, observa-se…
Obs.: Nesse caso, foi utilizada a circunstância de lugar (em nosso país) e de tempo (há tempos), com intuito de apresentar que é possível incluir circunstâncias diversas na introdução, não somente as que estão expostas aqui. Outro elemento com o qual se deve tomar muito cuidado é o pronome se. Nesse caso, ele é partícula apassivadora, portanto o verbo deverá concordar com o elemento que vier à frente (singular ou plural)
Cogita-se, com muita frequência de…
Obs.: O mesmo raciocínio da questão anterior, agora com a circunstância de modo (com muita frequência).
Muito se tem discutido, recentemente, acerca de…
 Muito se debate, hoje em dia…
Obs.: Partícula apassivadora novamente. Cuidado com a concordância.
O (A) __________ é de fundamental importância em…
É de fundamental importância o (a)___________.
É indiscutível que…/ inegável que…
Muito se discute a importância de…
Comenta-se, com frequência, a respeito de…
Não raro, toma-se conhecimento, por meio de…, de
Apesar de muitos acreditarem que… (refutação).
Ao contrário do que muitos acreditam … (refutação).
Pode-se afirmar que, em razão de …( devido a, pelo)
Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se descobrir as causas de…
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual…
Ao analisar o (a, os, a)…, é possível conhecer o (a, os, as)…, pois…
DESENVOLVIMENTO
Nessa etapa você vai apresentar os argumentos que vão sustentar a sua tese da introdução.
Mas, como fazer um bom desenvolvimento e defender minhas ideias? Indica-se separar, pelo menos, dois parágrafos para se desenvolver o tema e a tese. Lembre-se de usar apenas 1 argumento por parágrafo.
É aqui que você deverá mostrar ao leitor que o seu ponto de vista a respeito do tema é coerente e talvez quem sabe convencê-lo de que é o certo. E para isso você deverá lançar mão de diferentes tipos de argumentos, como exemplos, causas e efeitos, comparações do tema entre países e mesmo épocas diferentes, dados estatísticos etc. Os argumentos são as razões que comprovam que nossa tese é verdadeira, eles são também pontos de vista.
Porém, o mais importante talvez não seja apenas inserir os argumentos, mas saber selecioná-los e desenvolvê-los adequadamente para que tragam autoridade ao que você está expondo. Uma dica legal é desenvolver bem apenas um argumento por parágrafo, assim, você consegue trabalhá-lo melhor.
O seu repertório sociocultural, ou seja, citações de músicas, filmes, séries e pensadores famosos também pode ser usado para enriquecer a defesa de sua tese.
Outro ponto que exige a sua atenção é a coerência e coesão. Durante, não só o desenvolvimento, como o desenrolar de toda a sua redação, você deverá apresentar conectivos para ligar as partes do texto de maneira coesa.
É legal que você escolha argumentos que domine bem. Isso é interessante porque vai possibilitar com que você disserte bem sobre eles, mostrando aos corretores de sua redação seu domínio sobre o tema.
O parágrafo de desenvolvimento também deve conter Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. A estrutura deve conter:
Tópico Frasal: argumento a ser defendido, posição a defender no parágrafo.
Comprovação do Tópico Frasal: são os dados estatísticos, referências históricas, exemplos, tudo que puder comprovar o seu argumento.
Conclusão do Parágrafo: aqui você vai amarrar sua tese, que foi apresentada na introdução, comprovando que o problema deve ser resolvido. 
Agora que você já provou que existe um problema e que ele afeta a sociedade brasileira, chegou a hora de mostrar como ele será resolvido.
Tipos de argumentos
	Para desenvolver bem um texto é preciso compreender e escolher estratégias argumentativas. Afinal, elas influenciam na capacidade de convencimento do leitor de que suas ideias são válidas. Porém, antes de abordar quais são os tipos de argumentos (ou estratégias argumentativas), precisamos diferenciá-los do que são os argumentos em si.
	O primeiro conceito é fácil: o tipo de argumento se trata da forma como você irá apresentar os pontos de defesa da sua tese. É através de exemplos? Análises históricas? É a maneira como você irá organizar os argumentos. Já o argumento é individual e pautado em sua opinião e conhecimento. É o que será desenvolvido por meio das estratégias argumentativas, que vamos estudar agora.
	Então, após definir quais argumentos você tem para defender um determinado tema, sejam eles de autoridade (sustentados por informações de especialistas), de provas concretas (respaldados por dados e estatísticas) ou analogias (apostando na ideia de igualdade de situações), é a hora de organizar de que forma isso será escrito na redação.
Tipos de argumentos
1. Exemplificação
	Na estratégia de exemplificação, você irá inserir e desenvolver um exemplo específico como foco principal do parágrafo, tendo o propósito de justificar a sua ideia. Esse exemplo deve ser, preferencialmente, de conhecimento geral. 
	Alguns operadores argumentativos para esse tipo de argumento são: para contextualizar, por exemplo, a exemplo de, a título de exemplificação, como acontece no caso, etc.
	Veja um exemplo: 
“Em 2013, milhares de manifestantes ocuparam as ruas da capital de São Paulo em reivindicação por melhorias e redução dos preços dos transportes públicos. Nota-se como fatores socioeconômicos também são responsáveis pelos casos. A Revolução Francesa, por exemplo, é considerada o símbolo de “liberdade, igualdade e fraternidade”, visto que mobilizou as camadas sociais infladas da crise econômica no respectivo país. Assim, é evidente que a política externa e interna influenciam na quantidade de manifestações ocorrentes.”
Tipos de argumentos
II. Enumeração
	A enumeração é o segundo dos tipos de argumentos que abordaremos aqui. Nela, você deverá citar os vários argumentos que possui sobre o assunto, um a um, de modo a, literalmente, enumerar uma série de fatos que comprovam a relevância do que você está defendendo.  É importante que você explicite bem que haverá uma ordem de ideias no desenvolvimento. Para isso, você pode citar, por exemplo, que há dois problemas e destrinchá-los em parágrafos diferentes.
	Alguns operadores argumentativos para esse tipo de parágrafo são: em primeiro lugar, primeiramente, além disso, ademais, outro fator importante, etc.
	Confira o exemplo que preparamos para você: 
“Em primeiro lugar, é imprescindível ressaltar como a carênciade medidas públicas gera a ocorrência de tal problema em sociedade. De acordo com Jürgen Habermas, filósofo alemão, para que haja a comunicação plena e o acordo de interesses deve-se existir o agir comunicativo. No entanto, manifestações populares que possuem o objetivo de reivindicar direitos e melhorias são menosprezadas por parte da população e dos políticos, devido à ocorrência de destruição e badernas realizadas por malfeitores que não integram os movimentos.”  
Tipos de argumentos
III. Comparação
	Ao desenvolver o parágrafo por comparação, duas ideias são apresentadas e ressaltam-se as semelhanças e/ou diferenças entre elas. 
	Aqui, os operadores argumentativos são essenciais. Alguns são: igualmente, como se, da mesma forma, bem como, assim também, assim como, do mesmo modo, tanto quanto, semelhantemente acontece com/quando, etc.
	Aqui está um exemplo:
“Semelhantemente, essas mesmas autoridades possuem interesses financeiros na má alimentação dos brasileiros. Conforme Marx, em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nesse sentido, as grande empresas alimentícias vendem a imagem dos seus produtos atrelados à felicidade e à realização pessoal, quando, na maioria das vezes, essas mercadorias são responsáveis pela degradação da saúde do consumidor. Ainda, de acordo com dados da UnB, as propagandas dessas indústrias induzem a uma má alimentação e atingem fortemente o público infantil.”  
Tipos de argumentos
IV. Causas e efeitos
	Muito comum como estratégia argumentativa, nesse modelo você apresenta os motivos, os porquês, as razões de um determinado problema acontecer e, em seguida, as consequências, os resultados e os desdobramentos.
	Os operadores argumentativos podem ser: porque, já que, visto que, graças a, em virtude de, como reflexo disso, com efeito, assim, consequentemente, etc.
	Fica assim:
“É importante pontuar, de início, a omissão do meio acadêmico quanto à má alimentação dos jovens. À guisa de Kant, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele. As escolas brasileiras, entretanto, negligenciam a saúde dos estudantes ao não instruí-los sobre os riscos da obesidade e as formas de preveni-la. Como reflexo de uma população ignorante frente aos hábitos alimentares ideais, 8,4% dos adolescentes são obesos e mais de 30% das crianças apresentam excesso de peso, segundo pesquisa recente do Ministério da Saúde.”  
Tipos de argumentos
V. Evolução histórica
	Esse tipo de argumento envolve cronologia, ou seja, tempo e espaço. Você precisa saber abordar um fato histórico referente ao assunto em pauta, com datas, locais e fatos ocorridos.  
	Confira alguns operadores argumentativos para esse tipo de parágrafo: antes, depois, posteriormente, quando, logo que, assim que, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, atualmente, hoje, frequentemente, nesse meio tempo, sempre que, assim que, desde que, etc. 
	Confira o exemplo:
“Em primeira instância, cabe destacar o panorama histórico-político da segurança pública que influi em seu perfil hodiernamente. Na época do período militar, acentuou-se o esfacelamento de uma sociedade democrática em virtude da doutrina de segurança nacional, uma lógica puramente autoritária de conduta. Os modelos e as ações de segurança pública limitavam-se à contenção social, com o uso da força e de armas para a repressão. Contudo, essa ótica é perceptível no comportamento das ações policiais que são enfatizadas pelo terror e violência. Um exemplo que permite ilustrar isso, foi a ocupação militar da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, marcada pelas guerras entre traficantes e os próprios policiais, ceifando centenas de vidas inocentes no meio do conflito.” 
Tipos de argumentos
VI. Contraposição
	Aqui você pode contestar uma ideia, por exemplo, afirmando como algo acontece e em seguida dizendo o porquê de não funcionar. Podem ser mostradas duas perspectivas diferentes sobre um mesmo argumento, denotando um contraste de opiniões.
	Alguns operadores argumentativos para esse tipo de parágrafo são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão, embora, ainda que, mesmo que, mesmo quando, apesar de que, se bem que, não obstante, etc.
	Veja um exemplo:
“Outrossim, é importante destacar o papel da educação no combate a essa situação, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, se a educação não pode transformar uma sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Tal pensamento evidencia o poder transformador da educação. No entanto, a educação oferecida no Brasil pelo sistema público ainda não é expansiva e de qualidade, principalmente, em comunidades carentes, na qual muitos jovens acabam recorrendo ao mundo da criminalidade, aumentando os índices de violência e prejudicando o sistema público de segurança.”
REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL
	Repertório sociocultural é o saber sobre várias áreas de conhecimento, como história, filosofia, sociologia, política, economia, saúde, cultura, dentre outros, além daquilo que é adquirido ao longo da vida por meio das experiências individuais. 
No Enem, você precisará relacionar esse conhecimento ao tema proposto para construir uma redação dissertativa-argumentativa. Existem algumas práticas que você pode adotar em seu dia a dia para aumentar o seu repertório sociocultural: 
Leia constantemente: a leitura expande a sua capacidade de se expressar em discussões, ter argumentos e linkar fatos e dados relevantes para sustentar posicionamentos.
Seja um observador: observe e reflita sobre o que está em pauta nas discussões cotidianas, nos noticiários e redes sociais, por exemplo. 
Saia da rotina: conhecer realidades diferentes das suas enriquece seu repertório de vida. Portanto, é importante ter o que contar, saber descrever lugares e acontecimentos.
Assista a documentários, filmes e séries: muitas vezes essas gravações representam a realidade e levantam discussões que são pautadas e que pautam os assuntos que discutimos em sociedade.
Procure bons autores: autores de livros consagrados também podem ser usados como respaldo em discussões, e você pode utilizar as suas citações para garantir maior confiabilidade ao seu texto. 
Pesquise: não espere que as informações cheguem até você, vá atrás delas! Pesquise sobre tudo o que você acredita ser relevante para o seu repertório pessoal. 
Converse com outras pessoas: conversar com outras pessoas também é uma forma de aumentar o seu repertório sociocultural, já que você estará entrando em contato e analisando a visão do outro sobre determinado assunto. Entender o argumento da outra pessoa e colocar as suas ideias em relação às do outro te ajuda a perceber se o que você pensa terá ou não peso de convencimento para quem não concorda com o seu posicionamento. 
conectivos
Para garantir que todas suas ideias fiquem bem organizadas dentro do texto é preciso saber usar adequadamente os diversos os tipos de conectivos existentes.
Os conectivos são responsáveis pela chamada coesão textual, fundamental para que o leitor compreenda a relação de sentido entre as partes do seu texto. 
Na redação do Enem, isso é tão essencial que há uma competência específica para a avaliação desse aspecto, a competência IV!
Ideia de soma: caso seu intuito seja acrescentar informações, ideias ou argumentos ao texto, você pode utilizar os conectivos que representam soma. Confira alguns exemplos: 
e;
mais;
nem;
também;
não só…mas também;
assim como;
	Para ficar mais simples de entender, vamos a um exemplo sobre a aplicação de um conectivo para redação que apresenta essa ideia:
“É importante não só a sua presença neste evento, como também a do seu colega de trabalho.” 
“Maria foi professora da Faculdade de Direito em 2019. Além disso, foi coordenadora do curso nesse mesmo período.”
como também;
ademais;
outrossim;
além disso;
em adição.
Ideia de conclusão: esse tipo é usado principalmente na hora de concluir um parágrafo, dando maior clareza para as ideias apresentadas.  Alguns exemplos são: 
logo; 
portanto;
então;assim; 
enfim; 
por isso; 
	Colocando em prática, a seguir temos algumas aplicações desse tipo:
“Em resumo, podemos notar o aumento da taxa de suicídio devido aos dados apresentados.”
“Pelé fez muitos gols quando era jogador de futebol. Por isso, hoje é um dos jogadores mais renomados.” 
por conseguinte; 
de modo que; 
dessa forma; 
em resumo; 
em síntese;
assim sendo. 
Ideia de contraposição: se você está querendo contrapor uma ideia em relação a outra, é bom utilizar os conectivos para redação que apresentam ideia de contraposição, como:
mas; 
porém; 
todavia; 
contudo; 
entretanto; 
no entanto; 
senão;
	Confira os exemplos a seguir para aprender a colocar em prática: 
“A aprovação da Lei Maria da Penha foi um grande avanço, porém ela não surtiu todos os efeitos esperados.”
“Thiago conseguiu tirar uma nota muito boa na prova. Entretanto, não foi o suficiente para atingir a média em matemática.”
embora;
ainda que; 
mesmo que;
mesmo quando;
apesar de que;
se bem que;
não obstante.
Ideia de alternância: como o próprio nome diz, o uso desse conectivo serve para acrescentar ideias alternadas.  Confira alguns exemplos: 
ou…ou; 
ora…ora; 
já…já; 
não…nem; 
quer…quer; 
seja…seja; 
talvez…talvez.
	Se você ainda está em dúvida de como utilizá-los, saiba como aplicar na prática:
“Ou ela estuda ou trabalha.”
“Ora ele se prepara para a apresentação, ora ele estuda para a prova.”
“Joana não conseguiu estudar para a prova nem fez o trabalho para hoje.”
 Ideia de comparação: com o intuito de comparar ideias e estabelecer uma relação com o que já foi dito anteriormente, você pode utilizar os conectivos que expressam ideia de comparação. Veja alguns exemplos: 
que; 
do que; 
mais que; 
menos que; 
tão…quanto; 
tão…como; 
tanto…quanto; 
	Para aprender a colocar em prática, confira os exemplos a seguir:
“Aquele garoto é mais estudioso do que o restante dos alunos.”
 Da mesma forma que Lucas não teve tempo de ler os livros, Maria também não teve.” 
tão…como; 
tal qual; 
da mesma forma; 
da mesma maneira; 
igualmente;
bem como.
  Ideia de explicação: se você está querendo esclarecer as causas ou consequências de algum fato anterior, os conectivos para redação que expressam ideia de explicação são os ideias para você! 
pois; 
porque; 
que; 
porquanto; 
por isso; 
assim; 
visto que; 
	Para ficar mais fácil de entender, veja os exemplos na prática:
“É importante estudar, já que as provas começam na próxima semana.” 
“Uma vez que os alunos já estudaram previamente, será mais fácil todos atingirem a nota máxima.”
já que; 
uma vez que; 
por conseguinte; 
por causa de; 
em virtude de;
 de tal forma que.
  Ideia de conformidade: com o intuito de expressar conformidade com uma ideia ou argumento, você pode utilizar esse tipo de conectivo.  Confira alguns exemplos: 
conforme; 
como; 
segundo; 
consoante; 
de acordo com; 
de conformidade com.
	Se ainda não ficou muito claro como usar, veja os exemplos a seguir:
“Segundo o prefeito da cidade, as obras estão prestes a acabar.”
“Conforme dito pela professora, as aulas foram suspensas na próxima semana.” 
  Ideia de condição: já esse tipo de conectivo é usado para expressar circunstâncias hipotéticas em relação a uma situação futura. Eles são:
se; 
caso; 
desde que; 
contanto que; 
exceto se; 
salvo se; 
a menos que; 
a não ser que.
	Quer aprender como usar na prática? Nossos exemplos:
“Você consegue sua aprovação no vestibular, desde que estude com antecedência.”
“A menos que você mude sua postura, você não conseguirá estudar todo o conteúdo necessário.” 
 Ideia de proporção: caso você queira expressar uma ideia de proporcionalidade, utilize os conectivos de proporção. Como:
à medida que; 
à proporção que;
ao passo que; 
quanto mais; 
quanto menos.
	Na prática, fica assim:
“Quanto mais você estudar, mais chances de conseguir a nota 1000.”
“À medida que você se prepara mais para a prova, suas chances de passar aumentam.”
Ideia de finalidade: para mostrar que você tem um propósito definido que deseja alcançar, você pode fazer uso dos conectivos que expressam ideia de finalidade.  Veja alguns exemplos:
a fim de que; 
para que; 
com o fito de; 
com a finalidade de; 
ao propósito; 
com o objetivo de; 
com a intenção de.
	Que tal agora ver alguns exemplos na prática?
“Com a intenção de passar no vestibular, Mariana escreve três redações por semana.”
“Luís escreve três redações por semana a fim de que consiga alcançar a nota 1000 no Enem.” 
 Ideia de exemplificação: muito utilizados na redação para dar credibilidade aos seus argumentos, os exemplos podem ser inseridos em seu texto através de conectivos que apresentam essa ideia, como: 
exemplificando; 
por exemplo; 
isto é; 
tal como; 
em outras palavras.
	Para aprender a colocar em prática, veja alguns exemplos:
“Praticar a escrita com frequência aumenta suas chances de alcançar a nota 1000 no Enem. A estudante Mariana, por exemplo, atingiu a nota máxima escrevendo três redações por semana.”
“Tal como mostrado nos dados da apresentação, 40% dos alunos atingiram mais de 800 pontos na redação.”     
 Ideia de dúvida: no caso de você desejar expressar incerteza ou probabilidade, use os conectivos com ideia de dúvida. Confira a seguir: 
talvez; 
porventura; 
provavelmente; 
possivelmente; 
quiçá; 
é provável; 
é possível; 
por ventura; 
quem sabe.
	Na prática, veja situações em que os conectivos de dúvida podem ser utilizados:
“É possível que você passe em matemática se estudar bem para a prova.”
“Quando Lucas conseguir praticar mais temas para a redação, provavelmente ele alcançará uma nota boa.”
Ideia de certeza: diferente do conectivo anterior, o objetivo nesse caso é expressar certeza ou ênfase.  Confira os exemplos abaixo:
por certo; 
certamente; 
realmente; 
seguramente; 
efetivamente; 
incontestavelmente; 
com certeza; 
	Para entender melhor na prática, veja os exemplos com conectivos de certeza:
“Depois de tantos meses de estudo, certamente você alcançará a nota desejada.”
“Tendo em vista que ele é formado em direito, decerto podemos confiar em suas informações sobre o caso jurídico.” 
sem dúvida; 
inquestionavelmente; 
decerto; 
evidentemente; 
realmente; 
exatamente; 
com toda a certeza.
Ideia de negação: se o seu intuito for expressar uma ideia negativa, você pode utilizar os conectivos de negação. Veja alguns exemplos:
nunca; 
jamais; 
tampouco; 
de modo algum; 
de jeito nenhum; 
em hipótese alguma.
	Com os exemplos abaixo fica mais claro entender o uso dos conectivos de negação:
“Em hipótese alguma você deve abrir a porta para desconhecidos.”
“Fernanda nunca estudou para o Enem, tampouco para outro vestibular.” 
  Ideia de ordem, frequência ou sucessão: uma ótima opção para ordenar suas ideias e argumentos é utilizando os conectivos que expressam ordem, frequência ou sucessão. Confira alguns exemplos: 
primeiramente; 
ultimamente; 
antes; 
depois; 
logo depois; 
frequentemente; 
sempre; 
	No seu texto, você pode usar da seguinte forma:
“Logo após sair da escola, Luiza foi para a aula de natação.” 
“Primeiramente, Marcos abriu seus cadernos. Em seguida, pegou seu estojo. Por fim, começou a estudar.”
“Ao mesmo tempo que Luana está estudando para o vestibular, seu irmão está estudando para passar de ano na escola.”
assim que; 
logo que; 
desde que; 
ao mesmo tempo; 
então; 
a princípio; 
quando; 
imediatamente; 
logo após; 
posteriormente; 
em seguida; 
por fim;
ocasionalmente.
  Ideia de surpresa: para expressar uma ideia de algo que não estava previsto para acontecer, você pode usar os conectivos que expressam surpresa. Confira alguns exemplos: 
subitamente; 
de repente; 
de súbito; 
inesperadamente; 
imprevistamente; 
surpreendentemente.
	Vamos aprender na prática como usar esse tipo de conectivo? 
“Enquanto todos estavam distraídos, inesperadamente Juliana apareceu em sua festa surpresa.”
“De repente percebemos uma movimentação próxima à janela.” 
Ideia de reformulação: os conectivos que expressam ideia de reformulação são usados para retomar e reformular umaideia já apresentada.  Veja exemplos: 
em outras palavras; 
mais precisamente; 
ou melhor; 
dito de outro modo; 
em outros termos; 
quer dizer; 
mais corretamente.  
	Na prática, os conectivos para redação com ideia de reformulação ficam assim:
“Mariana não vai conseguir a nota necessária para passar no curso que queria. Ou melhor, ela não estudou o suficiente para isso.”
“Tirar 1000 na redação do Enem é extremamente importante para sua média final. Em outras palavras, conseguir uma nota boa na redação te dá mais chances de ser aprovado no vestibular.” 
  Ideia de resumo: os conectivos que expressam ideia de resumo são ótimos para se usar na conclusão de um parágrafo ou de um texto. Eles são:
em síntese; 
em suma; 
em resumo; 
enfim; 
portanto; 
	Confira os nossos exemplos:
“Em resumo, podemos perceber que a violência contra as mulheres está muito relacionada ao assédio sexual.”
“Tirar uma nota boa na redação do Enem ajuda sua nota na média final. Dessa forma, quanto mais você praticar a escrita, mais chances de alcançar um resultado melhor.” 
dessa forma; 
dessa maneira; 
desse modo; 
assim sendo; 
resumindo.
EXPRESSÕES PARA USAR NO DESENVOLVIMENTO DA REDAÇÃO
1.  Frases para parágrafos que explorem causas e consequências:
 Ao se examinarem alguns… verifica-se que…
Pode-se mencionar, por exemplo…,
Em consequência disso, vê-se, a todo instante,…
II.  Frases para parágrafos que explorem prós e contras:
Alguns argumentam que… . Além disso … . Isso sem contar que …..
Outros, porém,… Há registros históricos de… que…
EXPRESSÕES PARA USAR NO DESENVOLVIMENTO DA REDAÇÃO
III. Frases para parágrafos que explorem trajetória histórica:
No século… / Em meados dos anos… Quando…, percebia-se que…
Atualmente, observa-se que…
Em consequência disso, nota-se…
IV. Outras frases:
Dentre os inúmeros motivos que levaram  o (ao) ….. é incontestável que…
EXPRESSÕES PARA USAR NO DESENVOLVIMENTO DA REDAÇÃO
V. É muito importante que os parágrafos do desenvolvimento tenham ligação,  a fim de que não transformem o texto em uma sequência de parágrafos desconexos. Segue abaixo uma série de conectivos que podem ser utilizados na ligação entre os parágrafos do desenvolvimento:
Além disso…
Outro fator existente
Outra preocupação constante…
Ainda convém lembrar …
Por outro lado…
Porém, mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto …
Expressões do tipo “quanto ao primeiro item”, “No que tange ao…”,  “Finalmente no que diz respeito…”. Vão dar coesão ao texto.
CONCLUSÃO
Como fazer uma conclusão que tenha proposta de intervenção detalhada?
O último ponto da estrutura da redação do Enem merece muito a sua atenção. 
A conclusão deve apresentar uma proposta de intervenção, desse modo, ela precisa propor formas de resolver o problema que você abordou. Vale lembrar que é muito importante detalhar a proposta de intervenção para ficar da forma mais clara possível.
É natural a gente pensar em medidas de conscientização, educação ou mudar o pensamento da sociedade, mas tome muito cuidado para não ficar apenas nisso.
O Enem quer saber qual é a sua solução efetiva para o problema. Isso tudo pode ajudar no processo, mas devemos adotar medidas práticas e concretas, coisas que você pode resolver facilmente e que tragam bons resultados para resolver o problema.
É importante destacar alguns pontos: você deverá apresentar quantas propostas de intervenção forem necessárias para resolver todos os desafios apresentados por você durante o desenvolvimento.
CONCLUSÃO
A estrutura da conclusão, baseada na proposta de intervenção, é a seguinte:
Quem vai resolver? (agente)
O que será feito? (ações)
Como essas medidas vão ser postas em prática? (meio)
Como isso tudo vai impactar na solução do problema? (amarrando as informações)
Detalhando...
	Suponhamos que você escreveu uma redação sobre os desafios da Educação a Distância, por exemplo, e citou, durante o desenvolvimento, 2 problemas: o preconceito quanto a este tipo de ensino e o fato de uma parte da população não ter acesso à internet em casa. Portanto, quando estiver elaborando sua conclusão, você deverá formular 2 propostas ou uma proposta de intervenção que minimize os dois problemas de maneira detalhada.
	Quando mencionamos a palavra detalhada, temos que nos ater a um outro ponto de destaque. O detalhamento quer dizer que você deve apresentar uma ação, que possua um agente, um meio e um efeito e explique como de fato será a sua atuação frente àquele problema. 
Detalhando...
	Explicando em outras palavras, a sua proposta de intervenção deverá responder às seguintes questões:
o que é, ou seja, qual a ação;
quem será o responsável por colocar esta ação em prática;
como ela entrará em vigor;
quais são os seus propósitos.
Detalhando...
Dentro da conclusão, um ponto que causa muitas dúvidas ao estudantes diz respeito a quais serão os responsáveis pelas ações em sua proposta de intervenção. Bom, você pode eleger como responsáveis:
Governo;
Organizações Não Governamentais (ONGs);
mídia;
indivíduo ou iniciativa privada;
família;
escola;
sociedade.
Propostas de intervenção
	A redação do Enem exige que o candidato apresente e defenda uma ideia para solucionar o problema colocado. A proposta de intervenção do Enem é uma das competências exigidas na avaliação da redação. 
	Uma das exigências da competência V é que a proposta de intervenção respeite os direitos humanos, os valores de cidadania e a diversidade sociocultural. Por isso, é fundamental estar de acordo com essas questões em seu texto!
	Porém, existem alguns outros pontos aos quais você deve ficar atento:
1. Deixe a sua proposta de intervenção explícita no texto
	O corretor precisará identificar a sua proposta de intervenção em sua produção textual. Por isso, deixe-a evidente e utilize bem as linhas da folha de redação para desenvolver o tema e a ideia que você está apresentando.
	Um outro ponto importante é o detalhamento da sua proposta. Muita gente não sabe, mas esse pode ser um dos principais motivos de você não estar conseguindo alcançar a tão sonhada nota 1000!
II. Não fuja do foco
	Um dos maiores problemas das propostas de intervenção apresentadas nas redações do Enem é a fuga do foco. Isso pode acontecer quando ocorre a fuga total do tema, que resulta em uma redação zerada, ou quando há o tangenciamento, que é a abordagem do tema de maneira superficial.
	Por isso, mantenha o foco no tema e em sua possível solução. Assim, sua proposta de intervenção Enem poderá ser melhor trabalhada.
III. Pense em viabilidade
	Não adianta de nada apresentar uma proposta de intervenção que não dê para ser colocada em prática! A sua ideia deve ser viável e plausível.
	Você não pode tratar de um tema como a criminalidade, por exemplo, defendendo que pessoas que cometem crimes sejam enviados para outro planeta. Afinal, isso é impossível até mesmo por conta de limitações tecnológicas!
	Então, lembre-se: sua proposta de intervenção Enem deve ser razoável. Nesse ponto, a coerência faz toda a diferença.
IV. Volte sempre para a proposta de intervenção
	Não deixe para tratar sobre sua proposta de intervenção apenas nas últimas linhas da redação. O ideal é que você desenvolva a sua sugestão ao longo do texto e fortaleça a sua posição nos últimos parágrafos.
	Assim, você terá tempo e espaço para elaborar e detalhar bem a sua proposta de intervenção, deixando-a coerente com o restante da apresentação e argumentação da sua redação.
EXPRESSÕES PARA USAR NA CONCLUSÃO DA REDAÇÃO
Em virtude dos fatos mencionados…
Por isso tudo…
Levando-se em consideração esses aspectos…
Dessa forma…
Em vista dos argumentos apresentados…
Dado o exposto…
Tendo em vista aspectos observados…
Levando-se em conta o que foi observado…
Em virtude do que foi mencionado…
Por todos, esses aspectos…
Pela observação dos aspectos analisados…
Portanto … / logo…/ então…/Assim…
Em face aos dados apresentados… Em face a essa realidade...
EXPRESSÕES PARA USAR NA CONCLUSÃO DA REDAÇÃO
	Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão com as seguintes frases:
entende-se que...
conclui-seque…
percebe-se que…
resta aos homens…
é imprescindível que todos se conscientizem, que se sensibilizem de que de…
só nos resta esperar que …
é preciso que…
é necessário que…
faz se necessário que…
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