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Sistema Nervoso - Fisiologia

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BIOLOGIA 
 
Editora Exato 24 
FISIOLOGIA ANIMAL 
SISTEMA NERVOSO 
 
1. REGULAÇÃO FUNCIONAL 
A complexidade dos animais exige que a coor-
denação de todos os sistemas que formam o organis-
mo seja executada pela ação conjunta de dois 
sistemas: o nervoso e o endócrino. A atividade do sis-
tema nervoso baseia-se em uma das células mais es-
pecializadas do organismo, o neurônio. Devido às 
características dessas células, o sistema nervoso tem 
atividades baseadas em respostas rápidas e de curta 
duração. Já, o sistema endócrino baseia a sua ativida-
de no trabalho de glândulas que lançam suas secre-
ções, os hormônios, diretamente na corrente 
sangüínea. Essas substâncias, de composição química 
variada, atuam na regulação funcional de maneira ge-
ralmente lenta e com efeitos duradouros. 
2. SISTEMA NERVOSO DE INVERTEBRA-
DOS 
Os primeiros animais, que apresentaram um 
sistema nervoso, foram os cnidários. Nestes orga-
nismos, há uma rede de neurônios espalhada pelo 
corpo do animal, formando um sistema nervoso di-
fuso. Esse sistema, apesar de rudimentar, é eficiente 
em um organismo com simetria radial, como são os 
celenterados. Nos platelmintos, anelídeos e artrópo-
des, existe uma distribuição do sistema nervoso em 
duas cadeias ventrais intercaladas por gânglios ner-
vosos, que são aglomerados de corpos celulares de 
neurônios. Os gânglios atuam como intermediadores 
de neurônios sensitivos e aqueles que promovem res-
postas. Observe a figura abaixo: 
3. SISTEMA NERVOSO DE VERTEBRADOS 
Sistema Nervoso Central 
Os vertebrados apresentam um sistema nervo-
so mais complexo, que compreende um sistema ner-
voso central e um sistema nervoso periférico. O 
sistema nervoso central é constituído por encéfalo e 
medula situados, respectivamente, no crânio e coluna 
vertebral e protegidos pelas meninges e líquor. As 
meninges são membranas situadas entre as estruturas 
esqueletais e o sistema nervoso central. Essas mem-
branas são de fora para dentro denominadas: duramá-
ter, aracnóide e pia-máter. Esta última em contato 
íntimo com o SNC. 
cérebro
cerebelobulbo
medula espinhal
 
Principais estruturas do sistema nervoso central (SNC) 
 
O encéfalo divide-se em cérebro, cerebelo e 
bulbo. O cérebro é pequeno nos peixes e aumenta 
progressivamente de tamanho e complexidade nos 
anfíbios, répteis e aves, atingindo sua organização 
máxima nos mamíferos. O córtex (região mais exter-
na) cérebral dos mamíferos apresenta circunvoluções 
cerebrais que resultam em aumento da superfície ce-
rebral. Nessa região situa-se a substância cinzenta, 
onde existem milhões de corpos celulares neuronais. 
Na porção mais interna do cérebro encontra-se a 
substância branca, nela estão os axônios e dendritos 
que se relacionam à substância cinzenta. O cérebro é 
a sede de importantes funções sensoriais, motoras e 
associativas, sendo o coordenador do comportamento 
de todos os vertebrados. Nele também se localizam 
centros reguladores da fome, sede, sono, medo e rai-
va. 
O cerebelo é uma estrutura do sistema nervoso 
central que tem como função principal a coordena-
ção de atividades motoras e a manutenção do equilí-
brio do corpo. 
O bulbo é um órgão responsável por atividades 
como: controle da freqüência respiratória, controle 
dos batimentos cardíacos e atividades reflexas como 
espirro e tosse. 
A medula espinhal percorre o corpo dorsal-
mente e é responsável pela coordenação de atividades 
autônomas, além de levar impulsos ao encéfalo e des-
te para outras partes do organismo. Na porção interna 
da medula situa-se a substância cinzenta que apresen-
ta a formação de um "H". Como citado anteriormen-
te, a substância cinzenta corresponde a uma 
aglomeração de corpos celulares de neurônios. Ex-
ternamente ao "H" medular encontra-se a substância 
branca, rica em axônios mielinizados que relacio-
nam-se com a substância cinzenta. 
 
Editora Exato 25 
área psicomotora
circunvoluções
 cerebrais
área alfativa
área auditiva
Cérebro: Centro de processos
intelectuais, atenção, memória
raciocinio, associação de idéias
e imagens
área visual
Cerebelo: Coordenação 
motora e centro de equilíbrio 
do corpo
Bulbo: Coordenação da respiração, 
batimento cardiaco, pressão arterial e
e da deglutinação
Medula Espinhal: Condução de impulsos
nervosos do cérebro para o corpo e 
vice-versa coordenação dos atos reflexos
Resumo das principais estruturas funções do sistema nervoso central
área motora
 
Sistema Nervoso Periférico 
O sistema nervoso periférico é formado por 
nervos e gânglios nervosos. Os nervos são formados 
por prolongamentos de neurônios (axônios e/ou den-
dritos) e têm como função ligar o SNC com os di-
versos órgãos do organismo. Os gânglios são 
estruturas formadas por corpos celulares de neurônios 
situados fora do SNC. Essas estruturas funcionam 
como verdadeiros centros nervosos e coordenam di-
versas funções de vísceras. 
O sistema nervoso autônomo compreende uma 
série de gânglios, que funcionam como centrais de 
coordenação, de onde partem nervos para os órgãos 
internos. Subdivide-se em sistemas simpático e pa-
rassimpático, responsáveis por coordenar funções in-
dependentes da vontade. Observe a figura a seguir. 
cérebro cérebro
pupila
glândula 
salivar
e coração 
pulmões
fígado
intestino
rim 
bexiga 
estômago
medula 
espinhal
medula 
espinhal
parassimpático simpático
Organização do sistema nervoso autônomo
gonada
PARASSIMPÁTICO
-Funções:
*retarda os 
 batimentos 
*cardíacos
*dilatar as arterias
*contrair os brônquios
*estimula o peristaltismo
 do tubo digestivo
*contrair pupila
*estimula a secreção 
 salivar e sudoripara
- O mediador químico
das sinapses é a acetilcolina
SIMPÁTICO
-Funções:
*acelera os batimentos 
 cardíacos
*contrai as artérias
*dilata os brônquios
*inibe o peristaltismo
*dilata a pupila
*inibe a secreção 
 salivar e sudorípara
*o mediador químico das
 sinapses é a noradrenalina
 
Geralmente os sistemas simpáticos e parassim-
páticos funcionam de forma antagônica. 
 
 
 
4. O ARCO REFLEXO 
Nos órgãos sensoriais, como os olhos e os ou-
vidos, encontramos neurônios sensitivos, encarrega-
dos de “receber” os estímulos externos. Esses 
estímulos, transformados em impulso nervoso, são 
levados para o cérebro ou para a medula, onde pas-
sam para o neurônio motor, por intermédio dos neu-
rônios de associação. O neurônio motor leva a 
resposta do estímulo a um órgão efetor, que pode ser 
um músculo ou uma glândula. Tal encadeamento de 
neurônios é conhecido como arco reflexo e o tipo de 
resposta involuntária e automática que ocorre quando 
um impulso segue esse caminho denomina-se ato re-
flexo. 
medula
neurônio sensorial
impulso nervoso 
que se propaga
neurônio de 
associação 
interpretação 
do impulso
resposta motora ou ato
reflexo (retirada da mão)
neurônio motor
Arco reflexofogo
 
5. LEITURA COMPLEMENTAR 
Dor de cabeça 
Também conhecida como cefaléia, pode ter di-
versas causas: tensão nervosa; inflamações dos seios 
da face (sinusite); problemas no ouvido, nos ossos e 
nas articulações do pescoço; problemas visuais ou 
hormonais etc Convém lembrar que dores de cabeça 
persistentes não devem ser tratadas por conta própria: 
a dor pode ser um sintoma de problema mais sério, 
cuja causa precisa ser investigada pelo médico. 
Cerca de 15% da população sofre de um tipo 
de dor de cabeça chamado enxaqueca, caracterizada 
por crises de dor que atingem, em geral, um lado só 
da cabeça, sendo acompanhadas por náuseas (às ve-
zes, vômitos), intolerância à luz e a ruídos, perda de 
apetite etc. Neste caso, podem estar envolvidas alte-
rações em certos neurotransmissores, como a seroto-
nina. Há medicamentos específicos, que diminuem aintensidade e a freqüência dos ataques da enxaqueca. 
 
 
Editora Exato 26 
Distúrbios psíquicos 
Englobam alterações do comportamento que 
vão desde os problemas provocados pelo estresse ou 
ansiedade, até as formas mais sérias de doenças psi-
quiátricas, como a esquizofrenia. As causas ainda são 
muito discutidas, mas em vários tipos de desordens 
psíquicas há alterações nos neurotransmissores ou em 
seus receptores, presentes na membrana plasmática 
dos neurônios. Não se pode descartar também uma 
influência - maior ou menor, dependendo dos tipos 
de distúrbio - de fatores genéticos, que, embora não 
deflagrem necessariamente a doença, poderão provo-
car uma predisposição, isto é, uma chance maior de o 
indivíduo vir a ter a doença. Os ambientes familiar e 
social também devem ser levados em conta no que 
diz respeito à origem, ao agravamento e ao tratamen-
to desses distúrbios. 
Nas doenças mais graves, como a esquizofre-
nia, em que o paciente tem delírios (acredita ser ou-
tra pessoa, por exemplo) e alucinações (vê ou ouve 
coisas que não existem), perdendo o contato com a 
realidade, são necessários medicamentos que contro-
lem a doença, permitindo, em vários casos, uma vida 
normal. No entanto, o tratamento ideal não se limita 
apenas ao uso de medicamentos: é importante tam-
bém uma psicoterapia e uma terapia ocupacional para 
ajudar o doente a se reabilitar psicológica e social-
mente. 
Fonte de consulta: Tierhey Jr., L. J. et alii, eds. Current: medical diagno-
sis & treatment. London, Prentice Hall International, 1998, p. 859-971 
ESTUDO DIRIGIDO 
1 Como é constituído o sistema nervoso central? 
 
 
 
 
2 O que é cerebelo? 
 
 
 
 
3 O que é bulbo? 
 
 
 
 
4 Diferencie arco reflexo e ato reflexo. 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
1 (Fuvest-SP) Qual dos seguintes comportamentos 
envolve maior número de órgãos do sistema ner-
voso? 
a) Salivar, ao sentir o aroma de comida gostosa. 
b) Levantar a perna quando o médico toca com o 
martelo no joelho do paciente. 
c) Piscar, com a aproximação brusca de um obje-
to. 
d) Retirar bruscamente a mão, ao tocar um objeto 
muito quente. 
e) Preencher uma ficha de identificação. 
 
2 (UFES) Um indivíduo, após sofrer um acidente, 
teve uma lesão em seu cerebelo. É de se esperar 
que este indíviduo tenha problema de: 
a) memória e inteligência. 
b) deglutição, mastigação, fonação, secreção sali-
var e lacrimal. 
c) manutenção do tônus muscular e coordenação 
muscular, como equilíbrio, regulação no cami-
nhar e no falar. 
d) temperatura corporal, apetite, sono e vasocons-
trição. 
e) visão, audição e olfato. 
 
3 (UFRGS) Retirar rapidamente o dedo ao espetá-
lo num espinho é uma ação comandada pelo sis-
tema nervoso: 
a) autônomo: nervo simpático. 
b) autônomo: nervo parassimpático. 
c) autônomo: nervo simpático, parassimpático. 
d) central: medula. 
e) central: cérebro. 
 
4 Observe o desenho esquemático a seguir e depois 
julgue os itens: 
células sensoriais gânglio substância cinzenta
raiz ventral 
substância branca 
fibras musculares
 
1111 A substância cinzenta é um local de grande 
concentração de axônios de neurônios. 
2222 O esquema representa um arco reflexo. 
3333 O movimento da perna depende mais dos neu-
rônios do cérebro que dos da medula. 
 
 
Editora Exato 27 
4444 O nervo motor leva o estímulo da medula ao 
músculo. 
5555 O nervo sensitivo leva o estímulo da pele até a 
medula. 
 
5 A reação imediata de um vertebrado a um estí-
mulo físico nocivo depende diretamente: 
a) do sistema circulatório. 
b) do aparelho digestivo. 
c) dos rins. 
d) do sistema nervoso. 
 
GABARITO 
Estudo Dirigido 
1 O sistema nervoso central é constituído por encé-
falo e medula, situados, respectivamente, no crâ-
nio e coluna vertebral e protegidos pelas 
meninges e líquor. 
2 É uma estrutura do sistema nervoso central, que 
tem como função principal a coordenação de ati-
vidades motoras e a manutenção do equilíbrio do 
corpo. 
3 O bulbo é um órgão responsável por atividades 
como: controle da freqüência respiratória, contro-
le dos batimentos cardíacos e atividades reflexas 
como espirro e tosse. 
4 O encadeamento de neurônios é conhecido como 
arco reflexo e o tipo de resposta involuntária e 
automática que ocorre quando um impulso segue 
esse caminho denomina-se ato reflexo. 
Exercícios 
1 E 
2 C 
3 D 
4 E, C, E, C, C 
5 D