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FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS PADRE ARNALDO JANSSEN ARIANE FERREIRA DÉBORA JESUS ISADORA SANTOS LUCAS SEABRA LIDERANÇA CONTEMPORÂNEA E AVALIAÇÃO E GESTÃO DO DESEMPENHO DO TRABALHO BELO HORIZONTE 2019 2 ARIANE FERREIRA DÉBORA JESUS ISADORA SANTOS LUCAS SEABRA LIDERANÇA CONTEMPORÂNEA E AVALIAÇÃO E GESTÃO DO DESEMPENHO DO TRABALHO Trabalho apresentado ao curso de Administração como requisito parcial para obtenção de crédito na disciplina Gestão de Resursos Humanos. Professor (a): Lúcia Lima BELO HORIZONTE 2019 3 Dedicamos este trabalho à Instituição Faculdade Arnaldo por nos proporcionar experiencias incríveis no âmbito acadêmico. Além de nos oferecer um ensino de alta qualidade. 4 RESUMO Este trabalho visa esclarecer conceitos de liderança contemporânea e, também, esplanar sobre avaliação e gestão do desempenho do trabalho, este último está totalmente correlacionado com liderança. Através de estudos de autores da área de recursos humanos foi possível a realização deste trabalho. Por fim, o objetivo deste artigo é trazer ao leitor informações atuais acerca do tema proposto. Palavras-chave: Liderança. Recursos Humanos. Conceitos. 5 SUMÁRIO 1 CONCEITOS DE LIDERANÇA E CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE LIDERANÇA................................................................................................................5 1.1 Lideranças contemporâneas...................................................................................5 2 PERFIL DO LÍDER CONTEMPORÂNEO..................................................................6 3 LIDERANÇA SITUACIONAL....................................................................................7 3.1 Teoria da liderança situacional................................................................................7 3.2 Fases da liderança situacional................................................................................8 3.3 Identificação de Contexto........................................................................................9 3.4 Funcionamento na prática.......................................................................................9 3.5 Benefícios da liderança situacional.......................................................................10 4 LIDERANÇA COACH..............................................................................................10 4.1 Vantagens de ser um líder Coach.........................................................................11 4.2 Características do líder coach...............................................................................12 5 LIDERANÇA E GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS......................................13 5.1 Importância do líder na gestão estratégica de pessoas nas organizações............14 5.2 Pilares da gestão estratégica de pessoas.............................................................14 6 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO E DA GESTÃO DO DESEMPENHO DO TRABALHO...............................................................................................................15 7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO...........................................................................16 7.1 Modelos tradicionais de valiação de desempenho................................................17 7.2 Modelos contemporâneos de avaliação de desempenho......................................18 8 CONCLUSÃO..........................................................................................................19 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................20 5 1 CONCEITOS DE LIDERANÇA E CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE LIDERANÇA A liderança é um processo pelo qual uma pessoa influencia os outros para realizar um objetivo e direcionar a organização de forma a torná-la mais coesa e coerente. Os líderes realizam esse processo aplicando seus conhecimentos e habilidades de liderança. No entanto, sabe-se que existem traços que podem influenciar suas ações. Enquanto a liderança é aprendida, as habilidades e o conhecimento de um líder podem ser influenciados por seus atributos ou características, como crenças, valores, ética e caráter. Os conhecimentos e as habilidades contribuem diretamente para o processo de liderança, enquanto os outros atributos dão ao líder certas características que o tornam único. 1.1 Lideranças contemporâneas Existem diferentes teorias de estilos de liderança baseadas em comportamentos como a liderança autocrática, democrática e burocrática. Além disso, devido às demandas complexas das organizações, surgiram teorias contemporâneas de liderança. Os estilos de lideranças contemporâneos incluem liderança quântica, liderança carismática, liderança transacional, liderança transformacional, liderança relacional, liderança compartilhada e liderança servidora. A liderança carismática, de acordo com Roberson & Strickland, está ligada ao líder com certas qualidades como inspiração intelectual e individual, charme e auto- confiança. Esse tipo de liderança influencia os seguidores pelo estímulo lógico sobre a qualidade do serviço prestado. Os seguidores experimentam um efeito otimista em relação ao líder e qualquer tarefa com a qual estão lidando. A liderança compartilhada significa empoderar todos os funcionários na tomada de decisões, conforme afirma Scott & Caress, (2005). Este tipo de liderança é baseada na ideia de estilo descentralizado de gerenciamento que cria uma atmosfera de empoderamento. Este estilo oferece responsabilidade e responsabilidade unificadas para que o funcionário esteja mais envolvido no processo de tomada de decisão. 6 Na liderança servidora o líder tem o desejo de servir aos outros ao longo do processo de liderar, conforme descrito por Neil, Hayward & Peterson, (2007). O líder nesse estilo representa previsão, atenção, responsabilidade, influência; considera atentamente as idéias e a lealdade aos funcionários. O líder deste tipo de liderança sempre fornece assistência profissional pronta para a equipe e percebe a importância da contribuição da equipe para o desenvolvimento da corporação. Outros estilos de liderança modernos incluem a liderança quântica e relacional como Sullivan & Decker (2009) revelam que a liderança relacional pode ser referida como liderança conectiva, o líder deve ter a habilidade de gerar uma relação entre os funcioários. O líder manterá comunicação social, calmaria, classificará e distribuirá papéis, tarefas, fornecerá contribuições e celebrará as realizações no momento certo. Um estilo de liderança diferente é a liderança quântica e, como mencionado por Sullivan e Decker (2009), desenvolveu-se a partir da teoria do caos. Este líder precisa pensar fora da caixa e dar uma olhada no quadro maior no final. À medida que os tempos revolucionam, o papel se ajusta a ele. As duas últimas teorias contemporâneas importantes são liderança transacional e liderança transformacional. O líder transacional age sobre as principais trocas sociais. Este líder exige clareza na tarefa realizada, utiliza incentivos conforme necessário, mas quando o resultado ideal não é atingido usa a autoridade parainterferir. O principal objetivo do líder é preservar o equilíbrio e o status, sempre agindo e referindo-se às políticas e procedimentos organizacionais. O outro estilo igualmente importante é a liderança transformacional. Esta liderança capacita os seguidores para alcançar o melhor desenvolvimento profissional e pessoal possíveis. Este estilo tem como objetivo influenciar os seguidores alimentando seus desejos e idéias, portanto, os seguidores tentarão alcançar mais do que suas expectativas. O estilo de liderança transformacional baseia-se no fato de que não deve ser influenciado pelo status da pessoa, mas o que a pessoa pode trazer para a organização. 2 PERFIL DO LÍDER CONTEMPORÂNEO Atualmente é necessário um novo tipo de liderança para conseguir envolver e motivar os funcionários. Os líderes mordernos precisam desenvolver traços que irão 7 mover a força de trabalho na melhor direção possível. Abaixo, exemplos de características essenciais para formar o líder contemporâneo: a) Comunicativo: São claros sobre o propósito da organização e se comunicam de forma clara; b) Colaborativo: Vivemos em um mundo de comunicação instantânea, compartilhamento e abertura, que os líderes devem adotar para facilitar a colaboração; c) Flexível em sua abordagem: As organizações modernas estão se tornando mais complexas e o ritmo da mudança está aumentando. Como tal, uma pessoa não pode saber ou fazer tudo, por isso deve ser flexível e capaz de se adaptar; d) Confiante: Os melhores líderes sabem que precisam conquistar o respeito de seus seguidores. Isso exige que eles tenham confiança em suas habilidades. e) Contempla os valores da empresa: Valores são importantes para os funcionários. Os líderes devem viver os valores da empresa todos os dias e inspirar outros a fazerem o mesmo; f) Coaching: Líderes realmente enxergam o valor no desenvolvimento de suas equipes e passam tempo treinando-os para atingir seu potencial máximo; g) Focado nas pessoas e não apenas nos lucros: Fazer lucro é vital para qualquer negócio, mas os funcionários modernos não querem trabalhar para um negócio ou líder que também não considere as necessidades das pessoas e do planeta; h) Emocionalmente Inteligente: As pessoas são a força vital de qualquer negócio, por isso os líderes devem ter um alto nível de inteligência emocional para ser bons ouvintes e entender rapidamente as necessidades de sua equipe. 3 LIDERANÇA SITUACIONAL A liderança situacional é um modelo de gestão em que o líder toma decisões e adequa seu comportamento e suas capacidades técnicas conforme o momento no qual seus liderados se encontram. 3.1 Teoria da liderança situacional 8 Paul Hersey e Kenneth Blanchard foram os responsáveis por desenvolver a técnica da liderança situacional. Para isso, levaram em consideração o nível de maturidade das equipes para estabelecer o comportamento ideal do líder. Segundo a teoria da liderança situacional, um bom modelo de liderança precisa ser variável de acordo com a necessidade dos colaboradores. Assim, esse modelo é tido como o ideal para os momentos de crise, tendo em vista que o papel da liderança é motivar e coordenar pessoas nas mais variadas situações, incluindo circunstâncias críticas. Caso o líder possua um perfil mais voltado para o comportamento A ou B, ele em certo momento pode comprometer o rendimento da equipe. Dessa maneira, a adequação situacional é fundamental para contornar circunstâncias que possam ser desfavoráveis para a equipe e a empresa. 3.2 Fases da liderança situacional As fases da liderança situacional são processos que podem ser variável e com foco nas competências de cada setor. Dividem-se em quatro estilos básicos: a) Apoio: Na fase de apoio a liderança deve buscar incentivos de aprendizado do time, e para isso pode usar técnicas com jogos, a chamada gamificação; b) Direção: Na direção, o colaborador vai aprender a atividade que precisa executar e construirá as bases para uma autogestão. A função da liderança é orientá- lo para que ele desperte a confiança e segurança no cotidiano do trabalho; c) Orientação: Já na orientação é preciso oferecer estímulos para o funcionário executar a tarefa e o líder deverá apoiar suas ideias; d) Delegação: Nessa última fase, a equipe já estará mais preparada para executar suas atividades por conta própria. Isso quer dizer que a liderança poderá distanciar-se para deixar os colaboradores darem andamento em seus projetos. Essas quatro possibilidades de posicionamento são pautadas por duas vertentes principais: direcionamento e apoio. Cada equipe possui características próprias, portanto, necessitam de níveis distintos de direcionamento (execução das tarefas) e apoio (estratégia e motivação). 9 3.3 Identificação de Contexto Para identificar o contexto, é preciso conseguir determiná-lo baseado no comportamento da equipe, ou seja, competência e compromisso. Logo, se o nível de competência dos funcionários for forte, eles possuem menos necessidade de receber informações de cunho técnico. Como estão com o compromisso de resolver as questões, a necessidade de apoio motivacional diminui. 3.4 Funcionamento na prática Como citado anteriormente, segundo a teoria criada por Paul Hersey e Kenneth Blanchard, a liderança situacional deve sempre ser associada ao grau de maturidade de cada colaborador. Existem dois focos distintos que podem ser seguidos: a) Foco no comportamento; b) Foco na tarefa. Quando a liderança se concentra apenas no comportamento das pessoas, ela considera os aspectos emocionais da equipe: dá segurança, incentiva e encoraja as pessoas diariamente. Já quando o gestor se prende nas tarefas, ele apenas ajuda o colaborador nos aspectos técnicos do trabalho. Dessa forma, é fundamental que o foco no comportamento e o foco na tarefa estejam alinhados, conforme o nível de maturidade de cada membro da equipe. A liderança situacional é muito importante para o resultado positivo das empresas, visto que as organizações têm exigido lideranças que tenham habilidade para trabalhar num curto espaço de tempo e com poucos recursos. Quanto mais eficaz for o líder e sua equipe, melhor o resultado do trabalho final. O líder situacional é aquele que se adapta a vários contextos. Seguindo as demandas e o ambiente, ele consegue se adaptar de forma rápida para reduzir problemas ou contorná-los. Com isso, é possível trabalhar várias características de liderança, adequando-as de acordo com a situação. Esse tipo de liderança está fortemente alinhado com os novos desafios de ritmo de trabalho, já que o mercado necessita de lideranças situacionais que possuam habilidades e competências para saber guiar e propor soluções conforme o perfil de cada funcionário que faz parte da equipe. 10 3.5 Benefícios da liderança situacional a) Flexibiliza o cotidiano: O líder situacional ouve sua equipe. Ao fazer isso, ele identifica a origem dos conflitos, compreende a motivação das queixas e analisa a viabilidade das alternativas que foram apresentadas pelo funcionário que conhece bem a rotina da organização; b) Torna a comunicação mais eficiente: O liderança situacional consegue se comunicar bem e traduzir seus pensamentos para todos os seus subordinados, deixando claro o objetivo de cada decisão tomada. Isso contribui para a confiança necessária para transpor situações adversas e enfrentar os momentos de crise; c) Delega tarefas porque confia na equipe: O líder situacional, ao delegar tarefas, investe em autonomia e torna possível que os colaboradores engajados no processo se destaquem. Dessa forma,todos passam a ser mais conscientes e confiantes das próprias competências e qualidades; d) Fortalece o clima organizacional: Um líder flexível sabe se posicionar sem autoritarismo e arrogância. Isso fortalece o engajamento dos colaboradores contribuindo para um bom clima organizacional. Com um ambiente harmônico fica mais fácil alcançar os objetivos da empresa; e) Deixa a equipe mais resiliente: Como a liderança situacional tem como prioridade os objetivos do negócio, ela gera o ambiente adequado para que todos tenham condições de trabalhar juntos até que as condições se tornem mais favoráveis. A liderança situacional tem a ver com essa capacidade de compreender o contexto que a empresa vive, e passa a assumir as circunstâncias adversas em vez de ignorá-la. É uma outra visão sobre os fatos, que melhora os processos contando com o apoio da equipe interna. Um líder situacional promove mudanças que incentivam a produtividade e a motivação da equipe. É um modelo de liderança que traz benefícios para toda a organização, torna mais rápidos os processos e ainda aumenta a qualidade de vida dos profissionais. 4 LIDERANÇA COACH 11 O Líder Coach é o líder que une ferramentas e práticas do Coaching, uma metodologia única e humanista de aceleração de resultados, através do autoconhecimento, desenvolvimento de competências e novas habilidades, no sentido de agregar ao líder atual as qualidades ideais, para que este desempenhe de forma assertiva seu papel transformador dentro da organização. O líder que adota essa liderança é um gerador de conexão entre as pessoas, pois utiliza o Coaching como filosofia de liderança, uma vez que acredita nos resultados a partir do desenvolvimento, de forma contínua, do potencial dos profissionais que estão sob sua liderança. Além disso, a metodologia Coaching promove qualidades essenciais para a condução exata dos seus liderados, tais como autoconfiança para delegar as tarefas, monitorar e conduzi-las, ouvir seus colaboradores na essência, dar feedbacks realistas, compartilhar suas experiências e conhecimentos, respeitar as opiniões divergentes, conciliá-las e, com isso, inspirar e motivar seus liderados no alcance das metas. Líderes aperfeiçoados através do processo de Coaching, realmente são líderes diferenciados, pois não priorizam apenas os resultados, mas também a qualidade nas relações interpessoais, uma boa comunicação, e veem sempre novas possibilidades de evolução para si e para seus liderados. Na prática, o coaching é uma espécie de mentoria, com a atuação de duas figuras principais: a) Coach: profissional capacitado e com habilitação para promover o desenvolvimento de líderes; b) Coachee: pessoa que recebe as orientações e metas que devem ser cumpridas em um determinado período de tempo. 4.1 Vantagens de ser um líder Coach a) Autoconfiança e automotivação: O processo de coaching reúne ferramentas, técnicas e provocações que visam identificar os pontos positivos que devem ser engrandecidos, assim como os pontos negativos do profissional que precisam ser superados. Através do autoconhecimento, o coaching faz com que o líder tenha uma melhora considerável na autoestima. Consequentemente, ele passa a trabalhar com muito mais confiança e motivação; 12 b) Líder e equipe mais produtivos: As vantagens do líder coach não se limitam a ele: todos ao seu redor (inclusive sua equipe) percebem os benefícios. Como o líder coach passa a ter uma atuação de alta performance e desenvolve muito mais a fundo suas habilidades de liderança, todo o time aproveita os resultados dessa produtividade. Para que se alcance esse estágio, é importante alinhar um objetivo voltado a resultados entre o coach e o coachee. Isso aumentará a qualidade no trabalho e na vida pessoal, já que o estresse será reduzido e o processo de tomada de decisões será amplamente facilitado; c) Habilidades mais desenvolvidas: Um bom líder deve inspirar os demais e trazer o melhor das pessoas ao seu redor. Deve fazer com que a equipe trabalhe em conjunto para alcançar as metas. Assim sendo, um líder de sucesso consegue inspirar o trabalho em equipe e ressaltar as qualidades individuais de cada colaborador. Com o coaching, o líder é orientado para saber fazer uma gestão excelente de seus liderados. Por meio de uma metodologia que foca no alto desempenho, o coaching oportuniza o desenvolvimento de competências e habilidades que elevem diversos atributos; d) Equilíbrio mental e emocional: Como o mercado é altamente complexo e competitivo, exige-se muito dos líderes para o alcance de resultados. Lidar com a pressão do trabalho e com a rotina corrida exige inteligência emocional. O coaching para líderes apresenta-se como um apoio decisivo que permite que os profissionais mantenham um equilíbrio mental e emocional, fundamental no dia a dia. Por meio desse coaching, o líder conseguirá desenvolver todos os aspectos da inteligência emocional, melhorando sua performance no trabalho e sua qualidade de vida pessoal; e) Valorização do relacionamento interpessoal: Além disso tudo, o coaching contribui no desenvolvimento de uma habilidade fundamental aos bons líderes: relacionamento interpessoal. O líder coach se comunica e se relaciona bem com seus liderados, pares, superiores, fornecedores e clientes. O processo de coaching mostra formas de desenvolver a forma como o coachee se relaciona consigo mesmo e com o mundo, potencializando competências que favorecem o networking e o trabalho diário. 4.2 Características do líder coach 13 a) Disciplina para motivar-se e aos outros, construindo um expediente organizado, planejado e cada vez mais imune a imprevistos; b) Motivação a partir do desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores. O líder coach desenvolve os seus colaboradores e aponta tanto os seus méritos quanto os pontos de melhoria, ajudando no seu aprimoramento; c) Paciente e atento, o líder coach ouve as demandas e aprende a transformá- las em oportunidades. Exemplo disso é o cuidado em gerir conflitos internos e também em absorver novas ideias e sugestões de sua equipe; d) Ética para agir e inspirar por meio de suas ações e comportamentos; e) Visão sistêmica de todo o processo da empresa, agindo com inteligência emocional na tomada de decisão; f) Poder de comunicação (verbal e não-verbal) para transmitir e receber mensagens; g) Essas são algumas das características do líder coach, cuja somatória de qualidades fazem dele um elemento inspirador na organização. Torna-se o exemplo a ser seguido para que a empresa, como um todo, se beneficie disso; h) E, consequentemente, que cada profissional engajado em seguir os seus passos também cresça a fim de se tornar, também, um líder coach. 5 LIDERANÇA E GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Com a evolução da sociedade as questões trabalhistas também mudam, assim como gestão estratégica de pessoas, sem ela as empresas podem sofrer perdas de talentos. Portanto o líder equilibrar os interesses organizacionais com os dos colaboradores. De acordo com a Pirâmide de Maslow o indivíduo possui diferentes necessidades pessoais, a necessidade de segurança no emprego e de estima e realização pessoal são exemplos. Os gestores tem a tarefa de alinhar as necessidades individuais do empregado com as metas da organização. Um importante recurso da gestão de pessoas é o feedback, assim um feedback negativo, um retorno positivo pode impactar na satisfação dos indivíduos na equipe, o 14 que é importante no modelo sistêmico, onde cada setor tem um papel importante no processo de produção e crescimentodo negócio. 5.1 Importância do líder na gestão estratégica de pessoas nas organizações O papel do líder não corresponde apenas a cargos de chefia ou gerencia, é necessário ter jogo de cintura, depende do líder o fracasso ou sucesso da organização. O líder precisa compreender os processos da sua equipe para motivar seus liderados e reconhecer seus esforços. Além disso, é preciso reconhecer a necessidade e o momento de recompensar as pessoas, saber delegar as tarefas e estimular desafios, elaborar planos de desenvolvimento e capacitação de cada um de sua equipe e transformar conflitos em fonte de aprendizado para todos. 5.2 Pilares da gestão estratégica de pessoas a) Motivação: Um bom gestor é capaz de motivar sua equipe sem muitos estímulos monetários. Atitudes prestativas e que visem o conforto dos funcionários, bonificações de horas ou dias de folga, e flexibilidade do horário de trabalho são exemplos de estímulos que podem motivar os funcionários; b) Comunicação: Um líder precisa manter uma comunicação clara, objetiva e de mão dupla com o liderado, as metas e objetivos da empresa precisam ser passadas sem que restem dúvidas. Uma forte característica das empresas que trabalham bem esse pilar é a adoção e incentivo da cultura do feedback; c) Trabalho em equipe: Para que um trabalho em equipe efetivamente aconteça com qualidade, é preciso que cada integrante do grupo entenda claramente seu papel no processo e como ele influencia nos resultados da empresa. Também é importante que o funcionário conheça a atividade de outros setores; d) As competências e o conhecimento: O gestor deve entender a importância das competências e do conhecimento da equipe a fim de otimizar o resultado de acordo com as capacidades individuais. Afinal, uma organização é formada por pessoas e cada uma delas tem suas competências. No dia a dia, é a capacidade da empresa em gerir e agregar essas características que a permitem se destacar em seu setor; 15 e) Desenvolvimento pessoal e profissional: Para estimular a desenvolvimento pessoal e profissional é importante que aja investimentos em treinamentos ou gratificações conforme a evolução do funcionário; f) Elaboração de metas a serem cumpridas: Outro aspecto muito importante na gestão estratégica de pessoas nas organizações é a definição de metas de trabalho a serem cumpridas pelas equipes. Porém as metas devem ser alcançáveis, por isso o líder deve conhecer a capacidade dos liderados e saber quanto cada um pode colaborar para a meta geral ser alcançada. As metas individuais devem ser estabelecidas de acordo com planejamento geral da empresa. Uma boa forma de definir as metas é através de um plano de carreira. 6 OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO E DA GESTÃO DO DESEMPENHO DO TRABALHO É muito importante que as empresas utilizem a avaliação de desempenho para desenvolver seus colaboradores. Alguns gestores tem se preocupado em desenvolver meios de avaliar melhor o desempenho a fim de utilizá-los para atingir os objetivos da empresa. Pode-se observar nos tópicos abaixo como a avaliação de desempenho promove melhorias: a) Melhorar a alocação dos recursos disponíveis a partir dos resultados da avaliação de competências: Conhecer as competências de cada colaborador contribui com a gestão dos recursos humanos, é possível alocar melhor as pessoas de maneira que suas qualidades sejam melhor aproveitadas. Há também uma melhora na motivação do funcionário uma vez que ele percebe suas habilidades bem aplicadas; b) Estabelecer programas de desenvolvimento e treinamento: A avaliação de competências permite que as empresas saibam escolher treinamentos adequados, uma vez que é possível compreender qual aspecto precisa de melhora; c) Reter talentos: Quando as pessoas são valorizadas, tendem a permanecer na organização, pois ao perceberem que são importantes e que suas ideias e potencial são reconhecidos e explorados, o profissional fica satisfeito; d) Influenciar no clima organizacional: Um fator que está relacionado a satisfação dos colaboradores é o clima organizacional, avaliação de desempenho 16 nesse aspecto é importante para conhecer o colaborador e faze-lo se sentir bem na organização. São fatores que influenciam o clima organizacional: • política de recursos humanos; • comunicação interna; • cultura organizacional; • valorização profissional; • identificação com a empresa etc. 7 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Ao longo do desenvolvimento das práticas e teorias acerca da gestão estratégica integrada de pessoas, culminando nas crenças organizacionais predominantes no mercado global contemporâneo, as avaliações de desempenho se configuram como um tema controverso e amplamente analisado como ferramenta de avaliação da performance e método de percepção e captação de dados que permitam mensurar fatores que levam ao ambiente organizacional ideal, aquele onde satisfação no trabalho e desempenho otimizado da organização como um todo estão alinhados. Assim, pode-se conceituar avaliação de desempenho como uma ferramenta estrutural de avaliação e análise de competências comportamentais e resultados, que vise fomentar critérios de desenvolvimento de estratégias organizacionais eficazes e assertivas no cumprimento de objetivos estabelecidos. Pode-se definir como competências comportamentais o comportamento esperado e as atitudes ideais que o colaborador deve apresentar frente a visão das organizações de performance otimizada. Já o resultado, outro fator relevante de mensuração das avaliações de desempenho, está obviamente ligado as metas e objetivos da organização, sempre devendo haver a adequação dos indicadores avaliados e desenvolvidos frente as especificidades da organização em questão e das peculiaridades dos objetivos que a mesma almeja. Em suma, são os métodos e as técnicas utilizadas para formação de dados que demonstrem como a organização alcança seus objetivos, de que forma os atores envolvidos no desenvolvimento organizacional se integram ao processo e por fim, quais os resultados cada um deles apresenta em um determinado contexto organizacional. 17 Deve-se compreender, primeiramente que a avaliação de desempenho é um processo, ou seja, algo contínuo, estruturado, cíclico e periódico, não se configurando como uma situação esporádica ou extraordinária, mas sim como algo rotineiro e pertinente ao fluxo organizacional contínuo da gestão estratégica de pessoas dentro do ambiente corporativo. 7.1 Modelos tradicionais de valiação de desempenho Em uma evolução histórica e cronológica da aplicação de avaliações de desempenho em ambientes organizacionais, percebe-se inicialmente com modelos tradicionais de avaliação que vão no sentido vertical e linear de avaliação, ao que tange a escala hierárquica da estrutura organizacional, no sentido de que líder geralmente avaliava o liderado em sentido de via única e de forma vertical. Há também o modelo de autoavaliação, que permite ao próprio colaborador avaliar sua performance frente a indagações geralmente pré-definidas e padronizadas, um questionário estruturado e padronizado onde o mesmo leva a um resultado conclusivo e reflexivo sobre si e suas próprias atitudes. Vale ressaltar que é recorrente em organizações a utilização de duas ou mais abordagens de avaliação de desempenho de forma integrada, situações onde, por exemplo o colaborador pode se avaliar e avaliar seu subordinado, ou mesmo autoavaliar-se e avaliar seus colegas de posição hierárquica igualitária. Outra característica de modelos tradicionais de avaliação, são sua periodicidade, que geralmente remetemao período de 12 meses como retrato do contexto organizacional avaliado, ou seja, a avaliação ocorre de forma anual, assim como o feedback inerente aos resultados mensurados através dela e repassados aos colaboradores. O que é interessante destacar, é o que muitos autores da administração moderna defendem que tais modelos não mais contemplam o dinamismo do cenário econômico mundial, tal como as transformações tecnológicas e sociais ocorrentes nos últimos anos, que levaram a remodelações de objetivos tanto dos indivíduos como índices de satisfação junto ao trabalho, como novas metas de resultado ótimo por parte das organizações. Outro ponto negativo apontado, é a lentidão para com o retorno de informações relevantes resultantes do processo avaliativo, haja vista que no contexto organizacional atual, a velocidade com que as informações chegam e são 18 transformadas em subsídio para tomada de decisões ideais configuram fator de diferencial competitivo no saturado mercado mundial moderno. 7.2 Modelos contemporâneos de avaliação de desempenho Como já foi tratado anteriormente, alguns modelos tradicionais de avaliação da performance do indivíduo dentro do contexto da organização já não mais fornecem uma alternativa de ferramenta interessante frente ao velocidade da transformação do mundo do trabalho moderno, o que resultou no desenvolvimento de novas abordagens que mensurassem os resultados e o comportamento dos colaboradores, levando em consideração as novas demandas do mercado, assim com o novo perfil comportamental da geração que chega ao mercado de trabalho, com novos anseios, inspirações, novas noções de propósito ligadas a satisfação no trabalho e até mesmo aversão ao enquadramento de suas características dentro de resultados numéricos abstratos. Assim, surgiu a denominada avaliação 360 º, que é um modelo onde o colaborador avalia todos os atores envolvidos em seu processo de trabalho(autoavaliação, avaliação de colegas de trabalho, de líderes, de subordinados, de clientes internos e muitas vezes de cliente externos), de forma circular e sistêmica, permitindo basicamente, o desenho de um cenário organizacional onde todos avaliam todos, e diversos pontos de vistas da atuação de um colaborador são levados em consideração, permitindo ao gestor estratégico de pessoas possuir um panorama mais amplo e abrangente acerca do colaborador e de sua entrega dentro do processo produtivo. Outra nova abordagem da perspectiva de avaliação de desempenho organizacional, ou a atualmente denominada Gestão de Desempenho, que não mais trata a obtenção de dados de performance do colaborador de forma retroativa, ou seja, no sentido de avaliar como o mesmo se comportou frente a um período que já passou e se concluiu, mas sim uma linha mais contemplativa, que trás a ideia de utilização de informações obtidas visando desenvolver o profissional para que o mesmo alcance seu potencial máximo de desempenho esperado no trabalho e projete uma melhora de desempenho baseada em novas competências (trabalhando seus “pontos fracos”) e aprimoramento das já existentes (ampliando seus “pontos fortes”). 19 Tal pensamento moderno, transformou-se, por exemplo, no conceito de Conversas de Feedback, onde há um canal aberto, constante de comunicação e avaliação dos colaboradores frente as atitudes e comportamentos de todos os indivíduos envolvidos em seu círculo social organizacional, não mais tomando por base a periodicidade definida da análise atitudinal, mas sim estabelecendo um fluxo constante de troca de feedbacks e desenvolvimento de melhorias no processo produtivo, comunicativo e até mesmo financeiro de uma organização. 8 CONCLUSÃO Por fim, restou claro ao grupo através deste resumido estudo acerca do tema de Liderança, Gestão de Pessoas e Gestão de Desempenho, primeiramente, que o conceito de liderança atualmente desenvolveu-se de forma muito clara para uma abordagem mais humana, sistêmica e de compreensão da complexidade da construção do indivíduo em seu âmbito social, e consequentemente, em seu âmbito organizacional, trazendo a figura obsoleta do líder autoritário, autocrático, que baseia seu comando em hierarquia, concentração de poder, baixo diálogo e participação e pauta-se no temor e punição frente ao desenvolvimento de metas estabelecidas de forma individual e restrita por ele mesmo; para a figura de um líder contemporâneo pautado no diálogo, na compreensão das nuances comportamentais humanas, visando o desenvolvimento do indivíduo profissionalmente em suas competências e na transformação de suas atitudes de forma a ampliar seus resultados efetivos frente ao desejo da organização. O líder moderno deve partir do pressuposto de que os colaboradores, ou os liderados do mercado corporativo atual são indivíduos igualmente inovadores em suas demandas e necessidades frente ao trabalho, buscando propósito e satisfação frente a sua ocupação e não mais acreditando que podem ser resumidos a fria matemática dos dados como fator único de mensuração de sua performance. A gestão baseada em competências visa o desenvolvimento do indivíduos em suas atitudes, em seu mindset e em seu comportamento, de forma a se tornarem melhores pessoas, melhores profissionais e consequentemente apresentarem o desempenho ideal que a organização busca em seu colaborador e cabe ao líder ser o canal de promoção de modelos de gestão que direcionem para esta nova perspectiva do aprimoramento individual que leve a otimização das pessoas no alcance dos objetivos organizacionais 20 Já ao que tange o conceito de Gestão de Desempenho, fica clara a compreensão de que atualmente a avaliação de desempenho não mais deve se contornar em uma figura de técnica isolada de obtenção de dados quantitativos pouco utilizáveis na estratégia final da organização, mas sim como uma ferramenta de obtenção de indicadores que possibilitem a transformação do indivíduo rumo ao alcance de seu potencial máximo, e consequentemente, ao alcance dos objetivos organizacionais de forma alinhada e harmônica. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Gestão de desempenho por competências: integrando a gestão por competências, o balanced scorecard e a avaliação 360 graus. Hugo Pena Brandão, Rio de Janeiro, 2008; Construção de conhecimento sobre avaliação de desempenho para gestão organizacional: uma investigação nas pesquisas científicas internacionais. Sandra Mara Iesbik Valmorbida e Leonardo Ensslin, UFSC, Florianópolis, v. 13, p. 28; A utilização da liderança situacional como diferencial estratégico para as organizações contemporâneas. Giselle Aparecida Duarte e Adriana Cássia Papa. Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, v. 4, p. 364-377; A relação entre a liderança carismática, o envolvimento no trabalho e os comportamentos de cidadania organizacional. Babcock-Roberson, M.E. & Strickland, O. J. O jornal da psicologia, 2010; Liderança Prática e Gestão em Enfermagem. Sullivan EJ, Garland G. Revista Educação Pessoal limitada, 2010; Governança Compartilhada e Liderança Compartilhada: Enfrentando os Desafios da Implementação. Scott, L. e Caress, A. Revista de Gerenciamento de Enfermagem, 2005, v. 13, p. 4-12; Percepções dos alunos sobre a equipe interprofissional na prática através da aplicação dos princípios de liderança do servidor. Neill, M., Hayward, K. e Peterson, T. Revista de Cuidados Interprofissionais, 2007, v. 21, p. 425-432; 21 O que é liderança situacional. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/o-que-e-lideranca- situacional/>. Acesso em 10 de maio de 2019; Liderança situacional: Como liderar. Disponívelem: <https://www.napratica.org.br/lideranca-situacional-como-liderar/>. Acesso em 10 de maio de 2019; O que é leader coach. Disponível em:< https://www.jrmcoaching.com.br/blog/o-que- e-leader-coach/>. Acesso em 10 de maio de 2019; O que é leader e training. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/o-que-e-leader- training/>. Acesso em 10 de maio de 2019. 22 23