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TREZE_CASCAES_-_RESUMOII[1]

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OBRAS LITERÁRIAS – VESTIBULAR 2012 – PROFª MARILENE MARIA SCHMIDT GOEBEL
13 CASCAES – COLETÂNEA DE TREZE ESCRITORES DE SC
OBRA UFSC / UDESC 
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2008
ESCOLA LITERÁRIA: LITERATURA CONTEMPORÂNEA CATARINENSE
GÊNERO: CONTOS
ORGANIZAÇÃO: SALIM MIGUEL E FLÁVIO JOSÉ CARDOZO
TEMAS: CULTURA AÇORIANA (FRANKLIN CASCAES E O UNIVERSO BRUXÓLICO)
LOCAL: FLORIANÓPOLIS
DIVISÃO DA OBRA: TREZE CONTOS CURTOS
Em comemoração ao centenário de nascimento de Franklin Cascaes, aconteceu em 2008, o lançamento do livro “13 CASCAES”, primeiro título da editora da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC). Embora a instituição já tenha publicado anteriormente muitos títulos, este é o primeiro com uma proposta editorial mais ousada, a Fundação Franklin Cascaes Publicações pretende desenvolver uma cuidadosa linha de publicações, com edições que por um lado resgatem a memória local e que, por outro, registrem a literatura e a arte contemporâneas de Florianópolis. A proposta do superintendente da FFC, Vilson Rosalino, é a de abrir o selo à publicação de autores da cidade, selecionados através de Conselho Editorial.
“13 CASCAES” é uma da coletânea de contos que inclui Adolfo Boos Jr., Amilcar Neves, Eglê Malheiros, Fábio Brüggemann, Flávio José Cardozo, Jair Francisco Hamms, Júlio de Queiroz, Maria de Lourdes Krieger, Olsen Jr., Péricles Prade, Raul Caldas Filho, Salim Miguel e Silveira de Souza, com depoimento de Gelci José Coelho (Peninha), ilustrações de Tércio da Gama e edição de Dennis Radünz.
Um livro de treze mundos, treze nanquins, um testemunho - "13 Cascaes" reúne contos de 13 dos principais prosadores de Santa Catarina, todos tendo por tema o imaginário luso-açoriano pesquisado pelo folclorista Franklin Cascaes (1908-1983), com narrativas que transitam entre o dramático, o cômico, o lírico e o realismo fantástico. A obra inclui 13 nanquins de Tércio da Gama e um depoimento sobre a vida de Cascaes por seu colaborador, Gelci José Coelho (Peninha).
Cada conto está ligado por um elemento comum: a figura do múltiplo artista Franklin Cascaes. A idéia da coletânea é de Salim Miguel e Flávio José Cardoso e acolhida por Vilson Rosalino de Silveira, superintendente da Fundação Franklin Cascaes, que viu na coletânea um elemento importante para integrar às comemorações do centenário do nascimento do folclorista e pesquisador.
A obra trata-se de um livro constituído por contos, que foram criados por diversos autores para homenagear o professor Franklin Cascaes no centenário de sua morte. Os contos estão relacionados intimamente com o que o professor realizou durante sua vida, ou seja, dedicado à preservação e o resgate da cultura açoriana na ilha. O livro possui 111 páginas, e está dividido em diversos contos, sendo que cada autor tem o seu próprio “jeitinho” de expressar suas idéias. Os contos têm entre si algo em comum muito forte, a magia da cultura açoriana, alguns desses contos nos fazem viajar até as clareiras com as bruxas, as praias, os pontos turísticos da ilha, os barcos cheios de peixe e pescadores e acima de tudo a simplicidade do povo da ilha em seu modo de pensar e agir nas tarefas do cotidiano. O foco narrativo muda de acordo com os contos, ora em primeira pessoa, ora em terceira. 
Esses contos têm uma condição em comum, em todos eles sempre aparece um personagem de grande importância, o senhor Franklin Cascaes. Nos contos ele representa a figura do grande professor que era e influencia muito no andar do texto. Por meio do conto os autores contam a trajetória de vida do professor, colocando muita magia nos fatos, como podemos perceber no trecho a seguir, do conto “O Abençoado”: “...o fruto desse amor há de ser um menino. Esse menino vai aprender a trabalhar com barro e fazer figuras. Muitos presépios e figuras de santos...amiguinhas, somos fadas. Não podemos fazer o bem pela metade. Ele vai também preservar para o futuro as estórias de bruxas e de seus bruxedos, pois é preciso que tudo do passado não se perca. Daqui a nove meses, no dia 16 de outubro do ano que vem, esse menino vai nascer... tomem nota e dêem sua benção também, amiguinhas, no dia 16 de outubro do ano que vem, 1908, esse menininho que vai ser feito esta noite haverá de se chamar Franklin...” Além da descrição da vida do professor Cascaes, o livro trata de problemas ambientas, do descaso que alguns fazem da cultura açoriana, e trata também de temas simplórios, porém complexos da vida como o amor, a morte e o preconceito. Entretanto, meche com a misticidade do não saber explicar algumas coisas da vida transferindo-as assim, para as bruxas. 
OS AUTORES 
ADOLFO BOOS JR. - Nasceu em Florianópolis, SC, em 1931. É bancário aposentado. Foi um dos integrantes do Grupo SUL (1947-57). Publicou os livros Teodora e Cia., contos (1956); As famílias, contos (1980); A companheira noturna, contos (1986); Quadrilátero, romance (1986); O último e outros dias, contos (1988); Um largo, sete memórias, romance (1998); Presenças de Pedro Cirilo, romance (2001); Burabas, romance (2005). 
AMILCAR NEVES - Nasceu em Tubarão, SC, em 1947. É engenheiro mecânico. Publicou os livros O insidioso fato, contos (1979); Dança de fantasmas, contos (1984); Movimentos automáticos, novela (1988); Relatos de sonhos e de lutas, contos (1991); Pai sem computador, novela juvenil (1993); Da importância de criar mancuspias, crônicas (2005); e, em co-autoria com Francisco José Pereira, O tempo de Eduardo Dias, teatro (2005). É cronista do Diário Catarinense. 
 
EGLÊ MALHEIROS - Nasceu em Tubarão, SC, em 1928. É professora, escritora, tradutora. Pertenceu ao Grupo SUL (Fpolis, 1947-57); foi uma dos editores da revista “Ficção” (Rio de Janeiro, 1976-79). Foi diretora-secretária da FNLIJ. Co-roteirista de O preço da ilusão, A cartomante, Fogo morto. Estreou com Manhã, poemas (1952). É autora também de Vozes veladas (1996) e Os meus fantasmas (2002).
FÁBIO BRÜGGEMANN - Nasceu em Lages, SC, em 1962. É jornalista, escritor e cineasta. Dirige a editora Letras Contemporâneas (Fpolis). Publicou, entre outros, A lebre dói como faca de ouvido, novela (1994), Riomadrenses, contos (1999), Fabulário dos ilustres desconhecidos, contos (2002), Trilogia da angústia, teatro (1999) e Isto não é notícia: escritos de jornal, crônicas (2002). É cronista do Diário Catarinense. 
FLÁVIO JOSÉ CARDOZO - Nasceu em Lauro Müller, SC, em 1938. É funcionário público aposentado. Publicou, entre outros: Singradura, contos (1970); Zélica e outros, contos (1978); Água do pote, crônicas (1982); Beco da lamparina, crônicas (1987); Senhora do meu Desterro, crônicas (1991); Trololó para flauta e cavaquinho, crônicas com Silveira de Souza (1999); Uns papéis que voam, contos e crônicas (2003); Guatá, contos (2005).
GELCY JOSÉ COELHO (PENINHA) - Nasceu em São José, SC, em 1949. Desenhista e escultor autodidata, museólogo. Foi colaborador de Franklin Cascaes, trabalhando com ele em cultura popular, folclore, desenho e escultura. É autor e ator de peças teatrais. Dá palestras sobre cultura açoriana e vem prestando consultoria a diversos museus de Santa Catarina. Dirige o Museu Universitário da UFSC. 
JAIR FRANCISCO HAMMS - Nasceu em Florianópolis, SC, em 1935. Formado em Direito. Atuou no magistério superior e na publicidade. É autor de Estórias de gente e outras estórias, crônicas, 1971; O vendedor de maravilhas, crônicas (1973); O detetive de Florianópolis, crônicas (1984); A cabra azul, crônicas (1985); Santa Catarina, um caleidoscópio étnico, ensaio (1995); Samba no céu, contos e crônicas (2003).
JÚLIO DE QUEIROZ - Nasceu em Alegre, ES, em 1926. Formado em Filosofia, com especialização na Alemanha Ocidental. É contista, cronista, poeta e conferencista. Vive em Florianópolis desde 1968. Pertence à Academia Catarinense de Letras. Publicou, entre outros, Baú de mascate, contos (1994); Placidin e os monges, novela (2002), Deuses e santos como nós, contos (2002); Encontros de abismos, contos (2003); Sementes do tempo, poesia (2004); O preçoda madrugada (2007). 
MARIA DE LOURDES KRIEGER - Nasceu em Brusque, SC. É professora de português da UFSC. Publicou diversos livros de literatura infanto-juvenil, destacando-se entre eles: Um amigo muito especial (1982); Dona Onça da floresta (1983); O gato que não sabia miar (1984); Nos ombros fortes de papai (1985); Ana levada da breca (1989); Vovó quer namorar (1990). É autora também de Lembranças, romance (1998). 
OLSEN JR. - Nasceu em Chapecó, SC, em 1955. Formou-se em Direito, é escritor e atua no jornalismo. Publicou os livros Os esquecidos do Brasil, contos (1993); Desterro, SC, contos (1998); Estranhos no paraíso, romance (2000); Confissões de um cínico, crônicas (2002); O burguês engajado, novela (2003); A cidade dos homens indiferentes, contos (2004) e Tempo de indignação, contos (2004). 
PÉRICLES PRADE - Nasceu em Rio dos Cedros, SC, em 1942. É advogado, professor, crítico de arte. Destacam-se em sua obra, entre outros, Este interior de serpentes alegres, poesia (1963); Os milagres do cão Jerônimo, ficção (1970); Alçapão para gigantes, ficção (1980); Jaula amorosa, poesia (1995); Pequeno tratado poético das asas (1999); Além dos símbolos (2003); Em forma de chama: variações do unicórnio (2007), todos de poemas. 
RAUL CALDAS FILHO - Nasceu em São Francisco do Sul, SC, em 1940. É formado em Direito e jornalista profissional, com extensa atividade na imprensa cultural. Publicou: Delirante Desterro, crônicas (1980); O jogo infinito, contos (1984); Oh! que delícia de Ilha, crônicas (1995); Oh! casos e delícias raras, crônicas (1998); O dia “D” de um desempregado, contos (2000); ABC do manezinho (2003).
SALIM MIGUEL - Nasceu no Líbano, em 1924. Jornalista, escritor. Fez parte do Grupo Sul (Fpolis, 1947-57); um dos editores da revista “Ficção” (Rio, 1976-79). Dirigiu a Editora da UFSC e a Fundação Cultural Franklin Cascaes. Co-roteirista de O preço da ilusão, A cartomante, Fogo morto. Escreveu, entre outros livros: Velhice e outros contos. (1951); Nur na escuridão, romance (1999); O sabor da fome, contos (2007).
SILVEIRA DE SOUZA - Nasceu em Florianópolis, SC, em 1933. É servidor público aposentado. Escreveu, entre outros, Os pequenos desencontros, crônicas (1977); O cavalo em chamas, contos (1981); Canário de assobio, crônicas (1985); Rumor de folhas, poesia (1996); Relatos escolhidos, contos (1998); Trololó para flauta e cavaquinho, crônicas com Flávio José Cardozo (1999); Contas de vidro, ficções (2003); Janela de varrer, ficções (2007). 
TÉRCIO DA GAMA - Nasceu em Florianópolis, SC, em 1933. É pintor e desenhista. Participou da fundação do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis – GAPF (1958). Realizou mais de cem exposições no Brasil e no exterior. Tem feito capas e ilustrações para diversas obras literárias. Em sua produção, cabe destaque para a intensa atividade de retratista tendo por modelos expressivas figuras do nosso meio cultural.
FRANKLIN CASCAES - Nasceu a 16 de outubro de 1908 em Itaguaçu, município de São José (SC). Faleceu a 15 de março de 1983, em Florianópolis. No decorrer de sua vida expressou em forma de arte os estudos que realizou sobre a cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina, seus aspetos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições como se fora um ritual abstrato que atingisse a estrutura vital do mito. E fê-lo soberbamente, já que da pesca da tainha a cerâmica, dos cantos aos engenhos de farinha e açúcar, aprofundou, sobretudo o estudo que trata das lendas através de um desenho fantástico, cujo sentido mítico dimensiona uma criatividade genuína e profunda. Para Cascaes mito é a possibilidade de primordial, a realidade inteligível que estabelece de modo único, numa pré-figuração do mistério que antecede a revelação. A força criativa de Cascaes encontra-se, ainda, na capacidade de sua imaginação, a ponto de acrescentar elementos atuais às lendas da Ilha de Santa Catarina.
Tinha uma personalidade muito forte e curiosa e isto pode ser percebido no seguinte agradecimento: "aos que me contaram estórias e histórias; aos que me acolheram com o valor cultural do calor humano; aos que me hostilizaram, a todos enfim o meu obrigado". Durante 30 anos trabalhou junto ao povo numa pesquisa dedicada a registrar as manifestações culturais que estavam desaparecendo na Ilha de SC. Os registros estão no Museu de antropologia da UFSC.
O MATERIAL RECOLHIDO • 3000 peças em cerâmica, madeira, cestaria e gesso. • 400 gravuras em nanquim.
• 400 desenhos a lápis • Vasto conjunto de escritos que envolvem lendas, contos, crônicas, cartas,...relativos ao dia-a-dia do autor e das comunidades. Seu objetivo era buscar a simplicidade no instrumento de sua criação. Após recolher os dados, recriava suas histórias misturando o real e o fantástico. • Desse material surgiu o livro: O Fantástico da Ilha de Santa Catarina, Vol I e II. • Ele é conhecido como o “Bruxo maior da Ilha de SC” • O forte de sua narrativa são as bruxas contadas através dos descendentes dos portugueses na Ilha de SC.
AS CRENDICES QUE APARECEM:
1. As bruxas boas e as más.
2. O sétimo filho de sete filhos O sétimo filho de sete filhos – lobisomem
3. A sétima filha de sete filhas A sétima filha de sete filhas – bruxa ( a mais velha bruxa batiza a mais nova e se chamará Benta)
4. Sexta-feira – Reunião bruxólica untam-se com um unguento – menstruação, esperma e ervas.
5. Estado Fadórico – transformação na 6ª feira das 18h às 24h – podem se transformar em tudo e viajar a Índia para pegar especiaria
6. A benzedura contra bruxedo: “Treze raio tem o sóli, treze raio tem a lua, Sarta diabo pro inferno que está alma não é tua.
Tosca, marosca, rabo de rosca, vassoura na tua mão e relho na tua bunda e aguilhão nos teus pé. Por riba do silvado e por
debaixo dos telhado, São Pedro, São Paulo e São Fontista, por riba da casa de São João Batista. Buxa, tatara riba da casa de São João Batista. Buxa, tatara-bruxa, tu não me bruxa, tu não me entra nesta casa por todos os santos dos santos .Amém .
7. Se descobrir quem é bruxa , ela perde o poder: dar-se-á uma surra e passa-se sal grosso.
8. Embruxar é chupar o sangue da criança enquanto dorme , até que ela comece a ficar doentinha, levando o bebê à morte.
9. Benzer: contra olho-gordo, cobreiro, zipra ( erisipela) 
10. Descobrir quem é bruxa: São estranhas, caladas, usam calça, raramente saia, tem bigode. Não vão à missa.
Os Contos são:
1. O Presépio.
2. Uma noite de profunda insônia solitária
3. História Praiana
4. O “ Minha querida”
5. Dois Bandolins
6. Branco Assim da cor da Lua
7. O abençoado
8. Ao entardecer
9. O Diário da virgem desaparecida
10. Talvez a primeira e última carta
11. Noites de encantamento
12. Mistério no Miramar
13. O Folheto
OS CONTOS:
01. O PRESÉPIO Aldo Boss Jr. 
• Tema: Tradição x modernização.
• Tudo começa com o caminhão trazendo o presépio de Franklin Cascaes para ser montado na Praça XV.
• A falta de Peninha ( doente) faz com que um encarregado faça a montagem via fotografia.
• Cria sua própria estética – Todos reclamam. 
• Dia seguinte tudo volta como era antes. O encarregado modifica novamente. 
• O povo começa reclamar porque Menino Jesus está pendurado na árvore. Rei mago em cima do boi....
• Saiu até no jornal. Conclusão tudo ficou como era antes. Quem modificou?
• O fantasma do Franklin ou as Bruxas?
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02. UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA SOLITÁRIA – Amilcar Neves
• Tema: Assombração
• O personagem em 1ª pessoa sem nome saiu a caminhar pela rua e encontra o seu Franque ( Francolino era como todos na ilha o chamavam).
• Ambos caminham e conversam sobre o boitatá = cabra de fogo. Em setembro de 1960 nasceu a vacatatá Enréa – deusa-
máe mitológica.
• Grande reprodutora e sedutora de boitatás.
• Veem um luminosidade fosforescente fantasmagórica - fogo-fátuo simples. 
• Recita quadrinha do rancho de amor a ilha.Conversam sobre as bruxas serem bonitas e discutem pois dizem que são feias.
• Franquediz que as mulheres da ilha temem concorrência. 
• Fala das sete filhas de um casal ou sete homens = bruxa ou lobisomem.
• De repente veem umas bruxas fazendo sua reunião fadórica. Se escondem atrás das ramagens , mas são vistos. A Bruxa-mãe =
mulher de ébano (negra) os provoca.
• Ela agarra Franque e no final após irem deixam os dois nus .
• Nada podem dizer, pois as pessoas não acreditam em bruxas.
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03. HISTÓRIA PRAIANA – Eglê Malheiros
• Tema: Independência e subordinação da mulher.
• Docelina teve 12 filhos e se criou 5. Casada com Armando, este vivia no bar e na zoeira.
• Muitos filhos morreram de embruxamento e quebrante.(mancha rouxa, magrinho, diarréia,...) – só a benzedeira resolve.
• Um dia começou a ir ao postinho de saúde e começou a assistir as palestra com as enfermeiras sobre doenças,....
• Foi mudando sua maneira de ver as coisas.
• Um dia exigiu do Armando: ou ele parava as bebedeiras e as suas putarias , ou ela iria ir embora e exigir a partilha do
terreno. 
• Armando aparece no bar emputecido chamando as enfermeiras de bruxas, pois tão metendo coisas na cabeça da mulher.
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04. O MINHA QUERIDA – Fábio Brüggemann
• Conta a história de um rapaz meio desajuizado. Falava sozinho e trabalhava num restaurante na Costa de Dentro. Sempre atravessava o canal com o barco “Minha Querida”. Quase não dormia e quanto assim fazia, sonhava com o restaurante.
• Fala que Minha Querida antes era Minha Querida Amália, porque a mulher do dono morrera no naufrágio do barco, juntamente com os pais do rapaz.
• Com o seguro, o dono comprou outro e colocou o nome de Minha Querida, porque se casara novamente.
• Sempre que voltava do trabalho passava pela frente do cemitério.
• Viu assombração e ficou apavorado. 
• Conversou com sua quase namorada e ela dizia que o cemitério era longe da cidade e agora com o progresso ficava dentro da mesma.
• Ele descobre que Francolino estava na Costa de Dentro e pede para o patrão falar com ele.
• Francolino resolve ir até lá, uma vez que ele era cético. Comprovou que era apenas umas árvores perto do cemitério.
• O rapaz aliviado entra e vê o túmulo de Amália . Morrera com 53 anos em 1974. O nascimento era 1921. Joga o número e ganha, fica rico e não mais precisa ir trabalhar.
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05. DOIS BANDOLINS – Flávio José Cardozo
• Tema: A vida de Franklin Cascaes.
• O prof. não teve filhos e sua esposa chamava -se Elisabeth Cascaes Pavan. Foram felizes por 20 anos, mas ela morreu.
• Ele estava muito triste naquele dia e não foi trabalhar. Avisou o Peninha, seu auxiliar. Foi ao museu de antropologia da UFSC, tudo lembrava ela.
• À noite foi pra casa com seu TL verde pela região. Em casa pensa o que fazer. Escrever alguma coisa: 
• Sobre a bruxa Irinéia, a Mandioca e outras mais. 
• Escuta barulho na rua e pensa ser Beth. Abre e vê a Orquestra Selenita Bruxólica, um conto de seu livro (Geraldo sem Medo)
• A bruxa tocava bandolim e dizia para ele esquece da Beth, ela era mais bonita e podia substituir Beth.
• Ele fecha a porta e xinga-as. Ao virar as costas vê uma aparição era sua esposa Beth. Ao vê-la a bruxa dá um grito e some. Ele sorriu para Beth e ela com seu Bandolim tocou a Ave Maria de Schubert.
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06. BRANCO ASSIM DA COR DA LUA – Jair Francisco Hamms.
• Narrado em primeira pessoa.
• Personagem Orlandinho – albino 11 anos., 
(a barata descascada), D. Florentina ( professora) e Zenilda ( mãe), D. Vicentina ( parteira 
• Era triste e não queria ir na escola. Sempre desenhava num caderninho verde.
• Seu Francolino ouviu falar dele e conversou com os pais para levá-lo a escola Industrial CEFET)
• O professor prometeu a ele também um par de sapatos.
• Orlandinho morreu três meses depois de insuficiência respiratória. ( Branquinho como a lua e com os sapatos novos em folha)
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07. O ABENÇOADO – Júlio de Queiroz
• Temática: A preocupação das bruxas com a Modernidade.
• Personagens: Bruxa Malina, Bruxa, Pestina.
• Sete bruxas se reúnem para conversar sobre o possível esquecimento do povo.
• Malina levanta a questão.
• Não se dá mais atenção às benzedeiras e nem as bruxas.
• Pestina conta que pediu um pedaço de peixe frito para uma senhora e ela a chamou de vagabunda e mandriona.
• Pestina com raiva soprou um vento forte no barco do filho e o deixou na deriva.
• Por isso que ela se atrasou.
• A outra bruxa: Maria quebra-pinico disse que passou a asa numa criança e esta começou a chorar e a vomitar. A mãe foi socorrer e deixou o café torrar demais.
• As bruxas terão que buscar uma solução para não desaparecerem.
• Se encontrariam tempo depois com as possibilidades.
• Tempo depois dão suas sugestões e nada conseguem resolver.
• Pestina: Não me venham com acusações. Não vim pelo mar e sim por um lugarzinho chamado São José...que aliás é de nome de mau gosto. Eu presenciei uma cena que resolvi parar. Me disfarcei em urubu e me escondi no telhado de uma morada. Não imaginam o que eu vi...Um homem e uma mulher estava na cama querendo fazer aquelas coisas . Mas ali havia três fadas disfarçadas de rolinhas um pouco longe de mim. Me dá um nojo só em pensar nelas.
• Pestina: Resolvi escuta e uma delas dizia: O fruto desse amor há de ser um menino. É o abençoado. Esse menininho vai aprender a trabalhar com barro e fazer figuras. Muitos presépios e figuras de santos. Todas as lendas de que o povo está esquecendo vão ser estudadas e escritas por ele. Rezas, benzeduras, histórias das avós, histórias de pescadores, tudo será guardado para o futuro.
• Malina: Tá e daí Pestina, o que tem isso a ver conosco?
• Pestina: Tava quase me transformando em gavião para espantá-las, quando uma delas disse que não podiam fazer nada pela metade. Ela disse que ele também iria preservar as histórias de bruxas e de seus bruxedos e que no dia 16 de outubro de 1908 ele iria nascer, filho de Joaquim Serafim Cascaes e Maria Catarina. Deram a benção e se transformaram em fadas nojentas.
• Tinhita: Então já sabemos o que fazer. Matar o menino na barriga da mãe. 
• Quebra-Pinico: Ou que nasça com defeito para não fazer cumprir o planejado.
• Malina: Não sejam burras! A gente não queria ser lembradas? Pois está aí o menino que vai cuidar pra gente não morrer no esquecimento. Podemos não fazer sucesso, mas não deixaremos de existir. Aonde o mundo vai parar se a gente virar boazinha? Pela nossa reputação não podemos fazer o bem ao menino. Vamos viver.
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08. AO ENTARDECER Maria de Lourdes Krieger
• Tema: A pesca do arrastão nas praias de Florianópolis.
• Turistas, pescadores puxando rede, crianças brincando.
• Quando os peixes chegam...alvoroço de todos.
• Onofre é o olheiro. Avisa quando chega um cardume. Como olheiro lembra de um amigo que sempre chegava com lápis e papel para anotar as histórias dos pescadores.
• Este homem lutava para que o passado não morresse. Sente saudades do amigo que já se foi.
• O amigo deve contar histórias para aqueles que rendia homenagens.
• Já é noitinha e todos já se foram. Vai embora.
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09. O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA – Olsen Jr.
• Tema: Relato de um acontecimento na Lagoa da Conceição.
• Narrador: observador 1ª pessoa.
• Personagem: Sibele , Nathan(filho) Raphel Costanzo Flores.
• Sibele sumiu e todos pensam que é coisa de assombração.
• 10 dias após o sumiço da garota a amiga trouxe a caderneta (diário)
• Nela conta que fugiu porque estava grávida.
• Foram para Curitiba e lá teve um filho Nathan.
• Dizem já maior, ele ria por que falavam que onde ele estava tinha cheiro de enxofre, por quê?
• O narrador teve na casa da mãe para ver a caderneta e leu. O pai logo chegando, joga-a no fogo, estava bêbado.
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10. TALVEZ A PRIMEIRA E A ÚLTIMA CARTA – Péricles Prado
• Tema: As bruxas gêmeas. A carta imaginária mandada por Benta a Franklin Cascaes.
• Ela reclama do que ele escreveu na obra O Fantástico na Ilha de SC.
• Trocaram a posição donascimento. Ela era a oitava e não a sétima. Foi batizada errada e dada o nome de Benta e a outra Santa. Era a Santa que era bruxa e não ela. Espera que se resolva o equívoco no livro O Fantástico na Ilha de SC.
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11. NOITES DE ENCANTAMENTOS - Raul Caldas Filho
• Conta a história de Ricardo, um nativo defensor da cultura açoriana e Natasha uma antropóloga incrédula que quer pesquisar Franklin Cascaes.
• 1983, um mês após a morte de Francolino.
• Ela veio pesquisar. Quando Ricardo a vê se apaixona.
• Ele a levou a vários lugares para conhecer e entrevistar as pessoas.
• Foram até a Sinhá Vitelina, benzedeira que explica sobre as bruxas para ela.
• E a benzedeira constata que Natasha não acredita em bruxas.
• Vitelina explica que a inveja, o ódio, o despeito, a luxúria, ganância, a guerra é a desgraça dos outros, como o álcool e o cigarro, coisa do maligrino.
• Natasha era muito estranha.
• Os dois foram para praia do Itaguaçu e Ricardo mostrou a areia que Franklin fazia as esculturas.
• Natasha diz que veio da Ucrânia e ela é a sétima filha de sete filhas. E que fugiram da II Guerra.
• Será que sou uma bruxa?
• Ela estava nua e........
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12. MISTÉRIO NO MIRAMAR – Salim Miguel
• Tema: Uma morte misteriosa que ocorre no Miramar.
• Um garoto que estava acostumado a andar cedinho pelo Miramar, houve voz dizendo para procurar o seu
Francolino.
• O doutor Delfino, médico legista famoso fez a autópsia de um homem que ninguém conhecia.
• O pai Oscar leva o filho Ernani a delegacia para falar sobre o caso, já que não conheciam nenhum Francolino.
• O delegado conhecia Franklin e foi conversar com ele. 
• Franklin disse que um senhor procurou ele alguns dias atrás pedindo alguns desenhos de bruxas e nunca mais voltou. A exigência era que a cara deveria ser de Cruz e Souza, a noiva Pedra e a esposa Gavita e a 4ª com 5 cabeças:
Julieta, Carolina, Cruz, Gavita e Pedra. Contudo, levou um desenho que ele tinha. 
• Junto ao corpo foi encontrado uma carteira com um desenho dele.
• Continuaram as investigações e nada. 
• Ernani voltou ao Miramar e lá com um exemplar do livro Broquéis, recitou alguns poemas. Ernani lembrou de Franklin que
dizia dos mistérios da Ilha de SC
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13. O FOLHETO – Silveira de Souza
• Tema: A publicação de um folheto de 16 páginas sobre as bruxas de Franklin Cascaes.
• O narrador tinha uma humilde gráfica. Professor de matemática na escola industrial onde Franklin trabalhava.
• Maurício, seu amigo, convidou para escreverem um folheto sobre as bruxas.
• O narrador resolve falar com Franklim ( era muito sério), este deu 3 histórias para ele e pediu para ir falar com Zeferino (Ponta das Canas)
• Como Maurício tinha que ir a Curitiba, o narrador vai fazer a entrevista. Vai até lá Zeferino e a esposa recebem muito bem. Eles
contam que seu filho de 11 anos foi embruxado e somente a benzedeira Luiza que o curou.
• Luiza( tirou os tamancos, beijou o crucifixo) a criança berrava como louco.
• “Treze raio tem o sóli, treze raio tem a lua, Sarta diabo pro inferno que está alma não é tua. Tosca, marosca, rabo de rosca, vassoura na tua mão e relho na tua bunda e aguilhão nos teus pé. Por riba do silvado e por debaixo dos telhado, São Pedro, São Paulo e São Fontista, por riba da casa de São João Batista. Buxa, tatara Fontista, por riba da casa de São João Batista. Buxa, tatara-bruxa, tu não me entra nesta casa por todos os santos dos santos .Amém “
• O narrador não conseguiu voltar à noite e dormiu ali.
• Pela manhã foi embora pela praia, por causa do barro e lama.
• Ele vê as bruxas numa canoa falando dele: “O istepô de bunda branca tá falando da gente” 
• Apavorado sai correndo. Conclusão não é feito o Folheto porque Maurício não volta mais de Curitiba.

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