Buscar

Sequencias_textuais_2__Compatibility_Mode_

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Técnicas de Expressão 
de Português
Tipologia dos discursos
Sequências textuais
Aula de 21 de outubro
Texto e Discurso
� Sequências Textuais
Competência discursiva e 
competência textual
� Competência discursiva 
� Permite avaliar e emitir juízos sobre
• Correção
• Coesão
• Coerência
• Adequação
Competência discursiva e 
competência textual 
� Competência textual
� Permite identificar a Natureza textual:
• Narração
• Descrição (retrato)
• Argumentação
• Publicidade
• Humor
• Texto literário:
� Poesia
� Drama
� Prosa
Critérios classificatórios?
� As classificações tipológicas tendem 
a ter em conta fatores de índole 
diversa:
• Grau de espontaneidade
• (Com)presença dos participantes/ausência do 
alocutário
• Caráter oral/escrito
• Especificidade dos participantes
• Forma de apresentação do tema:
� Explicação, argumentação, descrição
Oral / Escrito
� Alguns traços definitórios:
� [+/-falado]; [+/-espontâneo];[+/-
monológico]
� Texto/discurso oral:
• Compresença dos participantes
• Contextualização
• [+ falado, + espontâneo, - monológico]
� Texto/discurso escrito:
• Não integração dos participantes
• [+monológico, - falado, - espontâneo]
Traços discursivos
� Se não permitem estabelecer uma 
tipologia, permitem uma 
caraterização:
� Polémica epistolar: [- monológico, -falado, 
- espontâneo]
� Artigo científico: [- falado, + monológico, 
- espontâneo]
� Conversa de café: [- monológico, +falado, 
+espontâneo]
� (Ver Vilela 1999: 485 e sgs. para mais exemplos)
Heterogeneidade composicional 
dos textos
� Uma narrativa pode ser um momento numa 
explicação, conversa ou numa argumentação.
� Um poema pode ser uma narração.
� Uma crónica pode ser uma argumentação.
� Uma descrição pode constituir um momento de 
um romance ou de um texto explicativo.
� Um texto de humor tem de ser coerentemente de 
um género?
� O texto constitui uma realidade demasiado 
heterogénea para se poder encerrar numa 
definição estrita.
Sequências textuais
� A unidade textual ‘sequência’ pode ser definida 
como uma estrutura: 
� -uma rede de relações hierárquicas, que se 
decompõe em partes ligadas entre si e ligadas ao 
todo.
� - uma unidade relativamente autónoma, dotada 
de uma organização própria e em relação de 
dependência/independência com o conjunto mais 
vasto de que faz parte.
� Um texto, enquanto estrutura sequencial, 
compreende um número determinado de 
sequências - completas ou elíticas – do 
mesmo tipo ou de tipos diferentes.
Sequências textuais elementares
� Cinco tipos de estruturas sequenciais 
elementares (Adam:1992,1999, 
2011)
� Narrativo
� Descritivo
� Argumentativo
� Explicativo
� Dialogal
Sequência Narrativa
� 1.Sucessão de acontecimentos, de ações
� 2.Unidade temática (pelo menos um Ator –sujeito S)
� 3.Predicados que definem o ator a cada momento
� 4.Sucessão temporal mínima/:
� Antes → Depois
� Um processo de Transformação:
� Início → Desenvolvimento → Fim
� 5.Lógica singular – por causa de...ou depois de...(entendido 
como causado por)
� 6.Finalidade, avaliação final – (a moral da história) explícita ou a 
derivar
� Estruturas: Tempos do passado (Pretérito perfeito. Pretérito mais-que
perfeito, Imperfeito). Conectores argumentativos. 
Sequência Narrativa
(Resumo)
� 1 Situação inicial (orientação)
� 2 Complicação (elemento despoletador)
� 3 (Re)ações ou avaliação
� 4 Resolução (elemento despoletador)
� 5 Situação final
� Ω Avaliação final – a “moral”
Sequência Descritiva
� Tema- título
� Domina hierarquicamente a sequência
� Ancoragem numa classe mais ou menos disponível no 
conhecimento do alocutário. 
� Processo de expansão – aspetualização.
� Pôr em evidência, enumerando partes e propriedades de 
um objeto ou predicados funcionais (comportamentais). 
Pode apresentar adjetivos valorativos – juízos de valor. 
� Possibilidade de reformulação
� (Estruturas gramaticais: Verbos de estado, tempo 
presente, adjetivos, expressões adjetivais)
Sequência argumentativa
� Um discurso argumentativo visa intervir sobre as 
opiniões, atitudes ou comportamentos de um 
interlocutor ou de uma audiência, tornando 
credível ou aceitável um enunciado (conclusão) 
apoiado segundo modalidades diversas sobre um 
outro (argumento, dado, razão, premissa)
� Argumentar é tentar, mediante o discurso, que o alocutário 
tenha um determinado comportamento.
� É convencer/ persuadir o alocutário da correção ou da 
verdade de uma asserção.
� É conseguir que o alocutário creia o que lhe dizemos, mude 
as suas convicções ou opiniões. A argumentação induz, 
refuta ou estabiliza as crenças e os comportamentos dos 
alocutários.
Sequência argumentativa
� Estrutura:
• Tese – Argumentos - Conclusão
• Raciocínios causa → consequência
• Argumentos baseados em doxas e topoi; verdades do ‘diz-se’/senso 
comum.
� Estrutura gramatical básica:
� N0 + ser (presente) + SN
� Verbo ser
� Verbos de causalidade/consequência: causar, fazer, originar, 
gerar, ativar, ocasionar, produzir/ resultar, concluir, supor, 
reduzir, inferir, etc.
� Verbos declarativos (dicendi):dizer, afirmar, declarar, descrever, 
alegar, admitir, assegurar, etc.
� Conectores argumentativos
• Introdutores de argumentos (porque, dado que, já que)
• Introdutores de conclusões (portanto, pois, então)
Sequência explicativa-expositiva
� Apresentação informativa de um objeto, assunto, 
facto.
• O locutor faz saber ou faz compreender ao seu 
interlocutor o que é um certo objeto, descrevendo-o, 
analisando-o, selecionando, expondo e explicando 
elementos ou aspetos desse mesmo objeto
� Típico do discurso científico/didático (expor, 
explicar, mostrar) – termos técnicos, 
reformulações, títulos, subtítulos, alíneas
� Tempos do presente, termos genéricos 
(hiperónimos), nominalizações.
� Progressão temática
• Progressão derivada – hipertema e sub-temas
• Progressão linear
Bibliografia
� Adam, J.-M.(1990):Éléments de Linguistique
Textuelle, Liège, Mardaga
� idem, (1992):Les textes: types et prototypes, 
Paris, Nathan 
� idem, J.-M.(1999):Linguistique textuelle. Des 
genres de discours aux textes, Paris, Nathan
� Idem (2011) A linguística textual: introdução à 
análise textual dos discursos. 2.ed. São Paulo: 
Cortez
� Vilela, M. (1999) Gramática da Língua Portuguesa
(2ª ed.) Coimbra, Almedina

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando