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Atividade 01 - Aula 10 Toxicidade - Estudo de caso - cromo hexavalente

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ANALISE AMBIENTAL
ESTUDO DE CASO – 1° TRIMESTRE 2020
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA
CURSO TÉNICO EM BIOTECNOLOGIA
Filme: Erin Brockovich – Uma mulher de talento.
Elenco: Julia Roberts; Aaron Eckhart
Ano: 2000
Sinopse: Erin Brockovich é mãe solteira de três filhos e, após um acidente, começa a trabalhar num escritório de advocacia. Depois de descobrir vários casos arquivados envolvendo contaminação de água, Erin passa a mobilizar pessoas para obter 333 milhões de dólares de indenização da Pacific Gas and Electric Company (PG&E). O caso formado contra a PG&E alegava contaminação de água potável por cromo hexavalente (Cr+6), no sul da Califórnia, no município de Hinkley. Uma instalação em Hinkley, construída em 1952 como parte de um gasoduto que conectava a cidade com a região da baía de São Francisco estava no centro da polêmica. Entre os anos de 1952 e 1966, a PG&E usou o cromo VI nos tanques de resfriamento para combater a corrosão do metal. A água descartada nas torres era então despejada sem tratamento em lagos do lado de fora, que começaram a percolar pelo solo até o lençol freático.
Cromo: é um mineral traço que ocorre nas valências de –2 a +6, sendo as mais comuns +2 (Cr2+), +3 (Cr3+) e +6 (Cr6+). Está presente em pequenas quantidades em alguns alimentos como carnes, cereais integrais, etc. Cada valência corresponde ao nível do cromo e cada um se distingue de acordo com o seu uso.
O cromo surge naturalmente e pode ser encontrado em rochas, no solo e em poeiras e gases vulcânicos; pode surgir em vários estados de oxidação. Embora as formas trivalentes predominem nos organismos vivos, o cromo hexavalente e o cromo (Cr0) são, geralmente, produzidas por processos industriais. O cromo hexavalente é convertido em cromo trivalente dentro do corpo humano, uma vez que o cromo trivalente é um elemento necessário para a manutenção da boa saúde, uma vez que ajuda o corpo humano a utilizar o açúcar, a gordura e as proteínas.
Possíveis formas de contaminação: As principais atividades que envolvem a contaminação por cromo são a mineração e a indústria. A extração de cromita é a fonte mais evidente e pode causar as concentrações mais altas de cromo no ambiente. As indústrias que representam maior risco pela presença de cromo são: indústria de cimento, corantes, construção, curtimento, pinturas (anticorrosivos) e material fotográfico.
O cromo hexavalente, presente no meio ambiente, é, geralmente, resultado de aplicações na fabricação de produtos químicos, peles e têxteis e eletro-pintura, sendo muito utilizado pela indústria de eletrônicos como tratamento anticorrosivo, tais como: peças com banho de zinco, painéis de circuitos integrados e tubos de raios catódicos, bem como para blindagem elétrica para alguns componentes. Também tem uso em cromados, fabricação de corantes e pigmentos, escurecimentos de peles e preservação da madeira
Intoxicação: O cromo metálico e os compostos de cromo III não representam um risco importante para a saúde humana. Já os compostos de cromo VI são tóxicos quando ingeridos, sendo a dose letal de alguns gramas. Dessa maneira, a toxicidade do cromo depende do seu estado de oxidação, com maior toxicidade do cromo VI em relação ao cromo III. Acredita-se que um dos fatores que contribui para a elevada toxicidade do cromo VI é a facilidade em penetrar nas células em comparação com o cromo III. O cromo hexavalente é reduzido na célula com produção de cromo pentavalente, muito reativo.
A principal via de absorção de compostos de cromo é pulmonar. Dessa forma, os vapores, névoas, fumos e poeiras são sugados com velocidade. A absorção de cromo VI e cromo III também pode acontecer através da pele humana. A velocidade de absorção depende das propriedades físico-químicas do composto, do veículo e da integridade da pele. Uma vez absorvido, o cromo é levado pelo sangue aos vários órgãos e tecidos do corpo humano, concentrando-se especialmente no fígado, rins, baço e pulmão.
Efeitos: Em níveis não letais, o cromo VI é carcinogênico. A maioria dos compostos de cromo VI irritam os olhos, a pele e as mucosas. A exposição crônica a compostos de cromo VI pode provocar danos permanentes nos olhos.
Os compostos de cromo produzem efeitos cutâneos, nasais, bronco-pulmonares, renais, gastrointestinais e carcinogênicos. Os cutâneos são caracterizados por irritação no dorso das mãos e dos dedos, podendo transformar-se em úlceras. As lesões nasais iniciam-se com um quadro irritativo inflamatório, supuração e formação crostosa. Em níveis bronco-pulmonares e gastrointestinais produzem irritação bronquial, alteração da função respiratória e úlceras gastroduodenais.
LD 50 (dose letal): Entre 50 e 150 mg/kg para o cromo hexavalente. A partir de 30 mg/kg, já começa a causar intoxicação aguda.
Processos de remoção do Cromo VI
A água de um poço, que contém alto nível de cromo, pode ser ingerida após a remoção do Cromo Hexavalente, através de um meio adsorvente. Dos processos mais utilizados para remover o Cr(VI) de águas residuárias incluem filtração por membranas, precipitação química, osmose reversa, evaporação, troca iônica, extração por solventes, adsorção, entre outros. Entre esses métodos, a adsorção se destaca como processo físico-químico eficaz na remoção de íons de metais pesados de águas até mesmo quando presentes em baixas concentrações.
Contudo, os métodos convencionais utilizados para remoção de metais pesados tais como: a precipitação química, a oxidação ou redução química nem sempre são eficientes, o que incentiva pesquisas no sentido do desenvolvimento de tecnologias alternativas para tratamentos mais adequados. Nas últimas décadas, um grande número de estudos têm sido realizados visando a utilização de microrganismos/biomassas para a remoção de metais pesados de efluentes através de processo denominado biossorção. Dentre as biomassas destacam-se as algas marinhas pela sua abundância e riqueza estrutural, que podem ser usadas como retentores sólidos de metal pesado, substituindo as resinas convencionais. As vantagens deste processo estão na eficiência de remoção e na possibilidade de reutilização da biomassa através da dessorção dos íons metálicos.
Legislação
A União Européia, uma das administrações mais avançadas neste sentido, criou, em 2006, duas diretrizes: a RoHS (Restrictionof Certain Hazardous Substances) e a WEEE (Wastefrom Electrical and Electronic Equipment). A RoHS é uma norma que proíbe que certas substâncias perigosas, como o cromo hexavalente (Cr(VI)) sejam empregadas em equipamentos eletrônicos, por ser radioativo, além de prejudicar o metabolismo celular e o DNA. Também conhecida como “a lei do sem chumbo” (lead-free). A diretiva RoHS limita a total de 0,1% o uso de certas substâncias na composição de manufaturados na União Européia, ou importados dos EUA, China, Nova Zelândia e outros países. Caso os produtos não respeitem a diretiva, sua comercialização é proibida na Europa.
No Brasil, temos a portaria MS 2.914/2011 que substituiu a portaria MS 518/2004 e estabelece um valor máximo permitido de 0,05 mg/L de cromo na água potável, sendo que não está descriminado em qual valência o mesmo se apresenta. Para efeitos ambientais, devido a complexidade das nossas leis fica abrangente à questões ligadas apenas a crimes ambientais. Temos resoluções como a do CONAMA (descarte ou reciclagem final adequada do composto) e ABNT NBR 10.004, menos abrangente, que especifica a periculosidade de resíduos, sendo: Perigosos (Classe 1 - contaminantes e tóxicos); Não inertes (Classe 2A – possivelmente contaminantes); Inertes (Classe 2B – não contaminantes).
REFERENCIAS:
http://www.revistatae.com.br/6928-noticias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromo_hexavalente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erin_Brockovich