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PROCESSO DE ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM “Ferramenta intelectual de trabalho do enfermeiro que norteia o processo de raciocínio clínico e a tomada de decisão diagnóstica, de resultados e de intervenções”. COREN-SP, 2015 PROCESSO DE ENFERMAGEM • Individualiza, padroniza, direciona os cuidados, facilitando a documentação dos dados, diagnósticos, planos assistências, respostas dos clientes e suas evoluções • Avalia a eficiência e a efetividade do cuidado, facilitando a avaliação e a melhoria do cuidado de enfermagem • Promove a continuidade do cuidado e a redução de omissões • Estabelece uma linguagem para que os enfermeiros se comuniquem entre si e com os outros profissionais de saúde. SE OPERACIONALIZA EM ETAPAS OU FASES, QUE VARIAM COM CADA AUTOR NO QUE DIZ RESPEITO AO NÚMERO E À TERMINOLOGIA UTILIZADA. 1. HISTÓRICO Coleta de Dados/ Investigação/ Avaliação O QUE SIGNIFICA INVESTIGAÇÃO/ COLETA DE DADOS? • Envolve a coleta de dados subjetivos e objetivos (Ex: entrevista, exame físico) e análise de informações históricas, sistematizada, contínua e organizada. • Coleta de elementos positivos do paciente/família (para a identificação de oportunidades de promoção da saúde) e os riscos (para a prevenção ou o adiamento de problemas potenciais) • Processo de angariar informações do estado de saúde do paciente É a etapa vital para o processo de Enfermagem, pois as outras etapas dependem dessa COLETA DE DADOS Tipos de investigações (subjetivas e objetivas) Subjetivas – sintomas referidos que somente o paciente pode dizer (dor, fraqueza...) Objetivas – podem ser mensuradas e vistas. Ex. pressão arterial elevada, febre, frequência cardíaca, ... FONTES DE DADOS •Cliente (principal) •Família e pessoas significativas •Membros da equipe de saúde •Registros clínicos •Experiência do enfermeiro MÉTODOS Entrevista Exame físico Dados diagnósticos e laboratoriais Dados do prontuário Identificação: Nome, idade, endereço, sexo, estado civil, ocupação, religião, número de filhos, escolaridade entre outros Queixas: início, duração, fatores precipitantes, intensidade entre outros Antecedente Pessoal/ Estilo de vida: Comorbidades, hábitos de vida (tabaco, bebidas alcoólicas, drogas, café), sedentarismo, atividade física, sono, hábitos alimentares, cirurgias e internações prévias... Antecedente Familiar: comorbidades, grau de parentesco, causa de óbito entre outros Coleta de dados As perguntas devem ser abertas: “O que trouxe o senhor à esse hospital?” COLETA DE DADOS Investigar todas as queixas do paciente e os fatores relacionadas a ela Exemplo Histórico da dor : Localização, Radiação, Frequência, Intensidade, Tempo de duração, Fatores que agravam e melhoram, associação de sintomas DOR EXAME FÍSICO Completo Focado nas queixas e comorbidades apresentadas 2. PLANEJAMENTO: DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DEFINIÇÃO “Julgamento clínico sobre uma resposta humana a condições de saúde/processos da vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade” (NANDA-I, 2013). O julgamento clínico é “uma interpretação ou conclusão sobre necessidades, preocupações ou problemas de saúde de um paciente, e/ou a decisão de agir (ou não)” (Tanner, 2006, p. 204). ✓Análise e interpretação dos dados coletados. ✓Identifica os problemas de enfermagem. ✓Identifica os diagnósticos de enfermagem. Classificação de diagnósticos da NANDA. NANDA NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Associação Norte Americana de Diagnósticos de Enfermagem. Fundada em 1982 (EUA) Taxonomia mais utilizada no Brasil. Padronização da terminologia da enfermagem NANDA •1982 - o grupo de Classificação de Diagnósticos de Enfermagem (NANDA) desenvolveu uma lista de diagnóstico de enfermagem, em ordem alfabética, originando a Taxonomia I, mais utilizada no mundo. •2000 - originou-se a Taxonomia II, determinada na 14ªConferência da NANDA, que por seu vez compreende: domínios, classes e diagnósticos •2002 - a NANDA foi relançada como NANDA International (NANDA I) A NANDA-I é traduzida para quase 20 idiomas diferentes NANDA I Cada diagnóstico é produto do trabalho de um ou mais de diversos voluntários da NANDA-I. Cada novo diagnóstico foi alvo de debate e aperfeiçoamento pelos membros do nosso Diagnosis Development Committee (DDC) antes do envio final aos membros da NANDA-I para votação e aprovação NANDA I NANDA I NANDA I ✓ Uniformiza a linguagem entre os enfermeiros. ✓ Torna possível a aplicação de intervenções de enfermagem. ✓ Os diagnósticos de enfermagem são interpretações científicas dos dados levantados, usados para orientar o planejamento, a implementação e a avaliação de enfermagem. ✓A utilização dos diagnósticos de enfermagem possibilita ao enfermeiro maior visibilidade, considerando que anteriormente o foco do atendimento de enfermagem era invisível ou sem denominação ✓A terminologia de enfermagem é fundamental para a definição do futuro da prática da enfermagem e para a garantia de que os conhecimentos de enfermagem estejam representados no prontuário do paciente NANDA I Taxonomia II Estrutura: Domínios (13) Classes (47) Diagnósticos (244) NANDA I Os enfermeiros lidam com respostas a problemas de saúde/processos da vida entre indivíduos, famílias, grupos e comunidades. Um diagnóstico de enfermagem pode ser: 1. focado em um problema; 2. um estado de promoção da saúde 3. um risco potencial NANDA I Diagnóstico com foco no problema – um julgamento clínico a respeito de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida que existe em um indivíduo, família, grupo ou comunidade. Diagnóstico de risco – um julgamento clínico a respeito da suscetibilidade de um indivíduo, família, grupo ou comunidade para o desenvolvimento de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo da vida. Diagnóstico de promoção da saúde – um julgamento clínico a respeito da motivação e do desejo de aumentar o bem-estar e alcançar o potencial humano de saúde. Essas respostas são expressas por uma disposição para melhorar comportamentos de saúde específicos, podendo ser usadas em qualquer estado de saúde. NANDA I Quando não há um diagnóstico de enfermagem da NANDA-I que se ajuste a um padrão identificado no paciente, o mais seguro é descrever a condição em detalhes em vez de inventar um termo que terá sentidos diferentes para enfermeiros diferentes. Os diagnósticos que não têm um bom suporte por meio dos indicadores diagnósticos oferecidos pela NANDA-I (características definidoras, fatores relacionados ou de risco) e/ou não têm suporte de fatores etiológicos (causas ou elementos colaboradores dos diagnósticos) não são apropriados a um paciente ATENÇÃO EXEMPLO • Débito cardíaco diminuído • Risco de débito cardíaco diminuído • Padrão respiratório ineficaz • Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída • Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz • Perfusão tissular periférica ineficaz • Risco de perfusão tissular periférica ineficaz • Risco de pressão arterial instável • Resposta disfuncional ao desmame ventilatório • Intolerância à atividade • Risco de Intolerância à atividade • Ventilação espontânea prejudicada Diagnósticos de Enfermagem COMPOSIÇÃO DO DIAGNÓSTICO Diagnóstico de Enfermagem Fator de risco* Fator relacionado Característica definidora Definição Título Condições associadas População em risco Domínio Atividade e repouso Classe Respostas cardiovasculares/pulmonares Diagnóstico Perfusão tissular periférica ineficaz Perfusão tissular periférica ineficaz Definição: Redução da circulação sanguínea para a periferia que pode comprometer a saúde Perfusão tissular periférica ineficaz Definição: Redução da circulação sanguínea para a periferia que pode comprometer a saúde NANDA I Populações em risco - são grupos de pessoas que partilham algumacaracterística que faz cada membro ser suscetível a determinada resposta humana. Ex: pessoas com extremos de idade pertencem a uma população em risco que compartilha maior suscetibilidade a volume de líquidos deficiente. Condições associadas - são diagnósticos médicos, lesões, procedimentos, dispositivos médicos ou agentes farmacêuticos. Não são modificáveis pelo enfermeiro, embora possam dar apoio à precisão nos diagnósticos de enfermagem. Ex: infarto do miocárdio, agentes farmacêuticos ou procedimento cirúrgico DIAGNÓSTICO REAL Características definidoras Fatores relacionados DIAGNÓSTICO REAL As características definidoras são indicadores/inferências observáveis que se agrupam como manifestações de um diagnóstico (p. ex., sinais ou sintomas) Os fatores relacionados são um componente que integra todos os diagnósticos de enfermagem com foco no problema. Incluem etiologias, circunstâncias, fatos ou influências que têm certo tipo de relação com o diagnóstico de enfermagem (p. ex., causa, fator contribuinte). COMO DESCREVER O DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Um formato comumente usado quando se aprende o diagnóstico de enfermagem inclui__________ [diagnóstico de enfermagem] relacionado a ___________ [causa/fatores relacionados] evidenciado por ___________ [sintomas/características definidoras]. DIAGNÓSTICO REAL Exemplos: Paciente com artrite reumatoide: Mobilidade física comprometida relacionada à dor e a rigidez com movimento articular evidenciado por dificuldades de deambulação. Déficits de autocuidado (alimentação, banho, vestir, uso de toalete), relacionados à fadiga e rigidez articular, evidenciado por hemiparesia direita. Título + Sinais e sintomas + Causas DIAGNÓSTICO RISCO Fator de risco Causas potenciais Os fatores de risco são influências que aumentam a vulnerabilidade de indivíduos, famílias, grupos ou comunidades a um evento não saudável (p. ex., ambiental, psicológico, genético). DIAGNÓSTICO RISCO Exemplos: Risco de função hepática prejudicada relacionado a abuso de substâncias Risco de glicemia instável relacionado à controle insuficiente do diabetes. Título + Causas potenciais COMO ELABORAR UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM SEGUINDO A CLASSIFICAÇÃO DA NANDA? COMO IDENTIFICAR UM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM?? Caso clínico Sr. MF, 55 anos, divorciado, mecânico. Foi admitido no pronto socorro apresentando palpitação e sudorese intensa após ser demitido. Durante a coleta de dados, observou-se que o paciente apresentava ansiedade elevada, tendo a sensação de morte. Ao exame físico, apresentava dispneia com ausculta pulmonar normal, pressão arterial sistêmica de 160x100 mmHg e frequência cardíaca de 115 bpm. Apresenta como antecedentes pessoais: hipertensão arterial, tabagismo (dois maços de cigarros por dia há 35 anos), obesidade e infarto agudo do miocárdio prévio. Refere que pouco sabe sobre as doenças pré-existentes. Ao realizar os exames diagnósticos, observou-se ausência de alterações no eletrocardiograma e dos marcadores de necrose cardíaca (CKMB e troponina). 1º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS Sr. MF, 55 anos, divorciado, mecânico. Foi admitido no pronto socorro apresentando palpitação e sudorese intensa após ser demitido. Durante a coleta de dados, observou-se que o paciente apresentava ansiedade elevada, tendo a sensação de morte. Ao exame físico, apresentava dispneia com ausculta pulmonar normal, pressão arterial sistêmica de 160x100 mmHg e frequência cardíaca de 115 bpm. Apresenta como antecedentes pessoais: hipertensão arterial, tabagismo (dois pacotes de cigarros por dia há 35 anos), obesidade e infarto agudo do miocárdio prévio. Refere que pouco sabe sobre as doenças pré-existentes. Ao realizar os exames diagnósticos, observou-se ausência de alterações no eletrocardiograma e dos marcadores de necrose cardíaca (CKMB e troponina). Evidências: • Palpitação; • sudorese intensa; • ansiedade elevada e sensação de morte; • dispneia; • PAS de 160x100 mmHg; • FC de 115 bpm; • Ausência de alterações nos exames diagnósticos; • Pouco conhecimento das doenças • Antecedentes pessoais: • hipertensão arterial, • tabagismo, • obesidade, • infarto agudo do miocárdio prévio. 2º PASSO: AGRUPAMENTO DAS EVIDÊNCIAS Grupo 1 •Palpitação; •Sudorese intensa; •Ansiedade elevada e sensação de morte; •Dispneia; •PA de 160x100 mmHg; •FC de115 bpm; •Ausência de alterações nos exames diagnósticos; Grupo 2 Antecedentes pessoais: • hipertensão arterial, • tabagismo, • Obesidade, • infarto agudo do miocárdio prévio. 3º PASSO: IDENTIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Grupo 1 Diagnósticos possíveis: Ansiedade Medo Padrão respiratório ineficaz Ansiedade Ansiedade relacionada a estressores evidenciado por palpitação, transpiração aumentada, angústia, dificuldades respiratórias, aumento da pressão arterial e pulso aumentado; Título + Sinais e sintomas + Causas 3º passo: identificação das hipóteses diagnósticas Diagnósticos possíveis: • Manutenção ineficaz da saúde • Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída • Falta de adesão Grupo 2 Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída relacionado a conhecimento insuficiente sobre os fatores modificáveis (DM, HAS) Título + Causas potenciais RESUMINDO... NANDA I 3. PLANEJAMENTO: RESULTADOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Resultado Esperado Classificação NIC - intervenções Classificação NOC - resultados Intervenções de Enfermagem NANDA NOC NIC Para cada diagnóstico de enfermagem deve haver um resultado esperado. Para cada resultado esperado deve haver a prescrição de enfermagem. PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA ❖Priorizar os diagnósticos de enfermagem para determinar as prioridades de cuidados ❖Estabelecer um RESULTADO ESPERADO/METAS. ❖Prazos (períodos): ❖Imediato ❖Médio ❖Longo Exemplo: Diagnóstico de Enfermagem: Déficit no autocuidado para o banho relacionado à dor e fraqueza evidenciado por capacidade prejudicada de lavar e secar o corpo. Resultado Esperado: O paciente deverá adquirir capacidade de cuidar de si mesmo e de sua higiene corporal em até 10 dias. OU O paciente terá a higienização corporal realizada adequadamente pela equipe de enfermagem em até 6 horas. Resultado Esperado Exemplo: Diagnóstico de Enfermagem: Dor crônica relacionada a compressão de nervo evidenciada por comportamento de dor nas atividades Resultado Esperado: O paciente deverá apresentar melhora da dor em duas semanas. Resultado Esperado CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE ENFERMAGEM - NOC Classificação dos resultados de enfermagem – NOC 1997 – publicada 1ª edição Foco: paciente, família e comunidade Objetivo: Elucidar o conhecimento da enfermagem Avançar no desenvolvimento de teorias Determinar a efetividade dos cuidados de enfermagem Demonstrar as contribuições de enfermagem aos pacientes, às famílias e às comunidades Estrutura: •Domínios (7) •Classes (32) •Resultados (490) (5ª edição) É um sistema que pode ser usado para selecionar medidas de resultados relacionadas ao diagnóstico de enfermagem. RESULTADO É um estado, comportamento ou percepção de um indivíduo, família ou comunidade, que é medido ao longo de um continuum, na resposta a uma intervenção ou intervenções de enfermagem. Os resultados precisam ser identificados antes da determinação das intervenções e suas metas declaradas. Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC) Classificação dos resultados de enfermagem - NOC Resultado Definição Escala de mensuração Indicadores associados Escala do tipo Likert de 5 pontos 5 - sempre a pontuação melhor possível 1 – a pontuação pior possível NA – não aplicável Quadro 2. Domínios e classes da classificação de resultados de enfermagem NOC (4ª edição). Cada resultado da NOC tem uma lista de indicadores para avaliar a condição do paciente em relação ao resultado e uma escala tipo Likert de cinco pontos para mensurarseu estado. Classificação dos resultados de enfermagem - NOC Estabelecer metas a serem alcançadas no cuidado de cada paciente. Antes de identificar as intervenções: Resultados são convertidos em metas por meio da determinação do ponto a ser alcançado na escala de mensuração dos indicadores dos resultados. Quanto menor o número mais grave é este indicador: (1= grave; 2=substancial; 3=moderado; 4=leve; 5=nenhum). Classificação dos resultados de enfermagem - NOC Metas voltadas ao cliente e servem como critério para a mensuração da eficiência da prescrição de enfermagem. Deverá: Ser de curto/ médio/ longo prazo Ter comportamento mensurável Ser específico Ser atingível Caso clínico descrito anteriormente: Diagnóstico: Ansiedade Avaliar a ansiedade do paciente: “Nível de ansiedade”. Avaliar os seguintes indicadores: ansiedade verbalizada, pressão arterial aumentada, frequência cardíaca aumentada, frequência respiratória aumentada e sudorese. (1= grave; 2=substancial; 3=moderado; 4=leve; 5=nenhum). Classificação dos resultados de enfermagem - NOC Resultado Esperado (exemplo): O paciente apresentará redução no nível de ansiedade de 1 para 2 em até uma hora. É uma taxonomia de intervenções da enfermagem. Os profissionais realizam intervenções tanto independentes quanto interdisciplinares, que sobrepõem-se aos cuidados oferecidos por outros profissionais de saúde. Define-se uma intervenção como “qualquer tratamento com base no conhecimento e julgamento clínico que um enfermeiro realiza para melhorar os resultados do paciente/cliente” (CNC, s.d.). Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) Classificação das intervenções de enfermagem - NIC Início – 1987 – na Universidade de Iowa Foco: enfermeiro Conceito: É um sistema de categorização de atividades de cuidado direto desempenhados pelas enfermeiras (ou profissional de nível médio sob supervisão na enfermeira), incluindo cuidado direto ou indireto Definição da intervenção: qualquer tratamento, baseado no julgamento e no conhecimento clínico, que o enfermeiro realiza para melhorar os resultados do paciente/cliente. Linguagem padronizada. Estrutura: • Domínios (7) • Classes (30) • Intervenções (554) Classificação das intervenções de enfermagem - NIC 6ª edição Quadro 3. Domínios e classes da classificação de intervenções de enfermagem NIC (5ª edição) Título (nome da intervenção) + Definição da intervenção + Atividades Classificação das intervenções de enfermagem - NIC Caso clínico apresentado anteriormente (Sr. MF) DE: Ansiedade RE: O paciente apresentará redução no nível de ansiedade em até uma hora. Título: Redução da ansiedade Atividades: • Utilizar abordagem clara e tranquilizadora. • Esclarecer as expectativas de acordo com o comportamento do paciente. • Tentar compreender a perspectiva do paciente em relação à situação temida. • Escutar o paciente com atenção. • Encorajar a expressão de sentimentos, percepções e medos. • Administrar medicação para reduzir a ansiedade, conforme apropriado. Classificação das intervenções de enfermagem - NIC PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM ▪Desenvolver o plano de cuidado de enfermagem por escrito. ▪Planejar as ações de enfermagem apropriadas para alcançar as metas e os resultados esperados. ▪Identificar intervenções individualizadas. ▪Manter o plano atualizado e flexível. COMO REDIGIR A PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM?? ELEMENTOS •Verbo no infinitivo. •Frase descritiva: • O quê? • Como? • Quando? • Onde? • Com que frequência? •Quem deve realizar a intervenção. •Nome, número de inscrição no COREN e assinatura do enfermeiro. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Exemplos de prescrições ERRADAS: 1. Trocar os curativos hoje. Erros: quais curativos? Qual região? Quantos curativos? O que usar? 2. Trocar curativo do acesso vascular central a cada 24 horas. Erros: O que usar? Quem fará? PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM • Realizar curativo do acesso vascular central em veia subclávia direita com soro fisiológico (SF) a 0,9% e clorexidina alcoólica, ocluir com gaze estéril e fita hipoalergênica a cada 24 horas, e sempre que estiver sujo, úmido ou solto. •Comunicar enfermeiro se presença de sangramento e/ou sinais flogísticos (dor, calor, rubor, edema) em inserção de acesso vascular central em veia subclávia direita. CORRETAS Diagnóstico de Enfermagem Integridade tissular prejudicada relacionada à imobilização física e circulação alterada, evidenciada por ferida com área de 8 cm na região trocantérica D. Resultado Esperado O cliente apresentará melhora no aspecto da lesão da região trocantérica D e com redução da área afetada em até 15 dias. Prescrição de Enfermagem Horário 1. Realizar mudança de decúbito de 2/2 horas. Não posicionar o paciente em decúbito lateral direito. (Técnico de Enfermagem) 8 h, 10 h, 12 h, 14 h, 16 h, 18 h, 20 h, 22 h, 0 h, 2 h, 4 h, 6 h 2. Instalar colchão piramidal hoje. 8 h 3. Fazer curativo em lesão trocantérica D com SF 0,9% em jato e curativo de alginato de cálcio, ocluindo-o com gaze e fita hipoalergênica. Avaliar o curativo diariamente e trocá-lo em 3 dias, ou antes, se estiver sujo, úmido, solto ou saturado. Realizar registro sobre o aspecto e as dimensões da lesão. (Enfermeiro) 8 h 30 (Tannure e Pinheiro, 2011). 4. IMPLEMENTAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO É a execução, pela equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem), das atividades prescritas na etapa de Planejamento da Assistência. Cumprimento pela equipe de enfermagem da Prescrição de Enfermagem. PÓS IMPLEMENTAÇÃO O que fazer? Anotação de Enfermagem Registro das informações sobre a assistência prestada (intervenções). Feita imediatamente após a realização da intervenção. Realizada por todos os membros da equipe de enfermagem. Somente o que foi registrado pode ser considerado como executado. Evolução de Enfermagem Feito pelo enfermeiro. Realizado após avaliação do estado geral do paciente frente aos cuidados prestados e resultados alcançados. Geralmente efetuada a cada 24h, ou quando ocorre modificação no estado do paciente. ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM • Descreve o que foi realizado ou observado, de forma objetiva e clara. • Não faz análise dos dados, interpretações ou julgamentos de valor. • Todos os membros da equipe de enfermagem fazem anotações. • O enfermeiro quando executa um procedimento faz a anotação e não a evolução do paciente porque não faz uma avaliação geral, não analisa os dados, apenas os descreve. • Deve ser registrada no momento em que ocorreu o fato e é pontual. Exemplos: • 8:10h : Encaminhado paciente para o banho de aspersão em cadeira higiênica. •15:20h: Realizada mudança de decúbito de lateral esquerdo para lateral direito e colocado travesseiro entre as pernas. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM ❖Dados são analisados pelo enfermeiro: ❖Entrevista e o exame físico. ❖Anotações feitas pela equipe de enfermagem e de saúde desde a última avaliação realizada até aquele momento. ❖Fatos relevantes que ocorreram no período. ❖Resultados de exames laboratoriais e outros dados, comparando o estado do paciente e dados anteriores com os atuais. ❖ Referentes a um período que inclui o momento atual, consideram-se todas as fases do processo, o contexto, e é executada de forma refletida. 5. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM 5. AVALIAÇÃO Processo sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas do indivíduo, da família ou da comunidade em um dado momento. Determina se as intervenções/atividades de enfermagem alcançaram o resultado esperado, a necessidade de mudanças ou adaptações no PE. QUESTÕES: 1. Os diagnósticos de enfermagem e os problemas foram exatos? 2. O paciente alcançou os resultados esperados? 3. Os diagnósticos de enfermagem do paciente foram resolvidos? 4. Os problemas foram resolvidos? 5. As necessidades de enfermagem do paciente foram atendidas? QUESTÕES: 6. As intervençõesde enfermagem devem ser alteradas, continuadas ou interrompidas? 7. Surgiram novos problemas que não foram planejados? 8. Que fatores influenciaram o cumprimento e não cumprimento das metas? 9. As prioridades precisam ser determinadas novamente? 10. Devem ser feitas mudanças nos resultados esperados? Ligações NNN PROCESSO DE ENFERMAGEM Decisão das Intervenções • Avaliação dos dados presentes na situação Discernir o significado para o cuidado de enfermagem • Definição de resultados a serem alcançados Desejáveis e possíveis TROCA DE GASES PREJUDICADA (NANDA) Resultados (NOC) Estado Respiratório: Troca de gases Saturação de oxigênio (levemente alterada) (4) Cianose (nenhuma) (5) Situação atual Saturação de 87% (1) Cianose intensa de extremidades (1) Intervenções (NIC) Monitoração respiratória Oxigenoterapia Controle ácido-básico Posicionamento LIGAÇÕES NNN Decisões clínicas Contextualizar Paciente Ambiente de cuidados Propósitos Sistema de referência Expectativa de tempo Recursos materiais Recursos humanos Conhecimento, experiência e habilidades clínicas do enfermeiro Sistemas de documentação Diagnóstico (NANDA) Resultados (NOC) Intervenções (NIC) Atividades - Controle ineficaz da saúde relacionado a barreiras percebidas (descuido) evidenciado por verbalizar que não agiu para reduzir fatores de risco para progressão da doença e seqüelas (fuma um maço por dia e é etilista). Comportamento de aceitação (Conhecimento de Saúde) -Colocar os indicadores e a escala. -....... 3/5 (20/05/2020) Conhecimento: Dieta (Conhecimento de Saúde) -Colocar os indicadores e a escala. -....... 3/5 (20/05/2020) Conhecimento: Regime de Tratamento (Conhecimento de Saúde) -Colocar os indicadores e a escala. -....... 3/5 (20/05/2020) Contrato com o paciente (Terapia Comportamental) - Colocar as atividades ao lado, relacionado a cada título de intervenção – verbo no infinitivo. Modificação do comportamento (Terapia Comportamental) Ensino: Dieta Prescrita (Educação do Paciente) Ensino: Procedimento/ Tratamento (Educação do Paciente) Acompanhar o paciente nas atividades realizadas e verificar sua participação. Orientar quanto a importância do cuidado com a dieta e ingestão de bebidas alcoólicas. Orientar sobre sua doença, medicamentos, complicações e tratamento. FIM “Acho que os sentimentos se perdem nas palavras. Todos deveriam ser transformados em ações, em ações que tragam resultados” Florence Nightingale