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2º ANO E M 3º Bimestre

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PLANEJAMENTO QUINZENAL 
2º ANO - 4º BIMESTRE 2020
 PROFESSOR(A):
PERIODO://20 à //20
	 Aula 1
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· Leitura 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romances
	Objetivos:
· Apreciar um texto a partir da leitura literária
· Desenvolver a leitura
· Ler Romance 
	Habilidades:
· . Ler romances, poemas, charges e cartuns, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos: Formular hipóteses (antecipação e inferência) Verificar hipótese (seleção e checagem)
· Ler associativa e comparativamente os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
	Metodologias:
· Projetar o livro ‘’A garota do Penhasco’’ de Lucinda Riley para que os alunos possam fazer a leitura da primeira parte do livro. Página 07 a 17 do livro.
· Utilizar datashow para a projeção.
· Livro dispovível para baixar: http://www.editoraarqueiro.com.br/media/upload/livros/agarotadopenhasco_trecho.pdf
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
· 
	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunos durante a execução das atividades propostas/leitura
	 Aula 2
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· Prática e Analise da Língua 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
· Desenvolver a ortografia e gramática
· Compreender as características do gênero em estudo
· Entender o que venha ser Romances
· 
	Habilidades:
· Refletir sobre a ortografia nos gêneros em estudo
· Refletir sobre avaliação linguística nos gêneros em estudo
· Refletir sobre o Pré-Modernismo em suas dimensões histórica, linguística e social
	Metodologias:
· Explicar a dica e o gênero em estudo. Registrar no quadro o que for pertinente.
· Explicar o conceito do gênero em estudo.
· Registrar no quadro as principais informações sobre este gênero.
· https://www.youtube.com/watch?time_continue=271&v=9YAEDfqlRkQ&feature=emb_logo projetar o vídeo.
 O QUE É O ROMANCE LITERÁTIO?
Romance é a forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta uma história completa composta por enredo, temporalidade, ambientação e personagens definidos de maneira clara.
É uma narrativa longa, com personagens variados. A organização é feita em torno da trama, mas a linguagem é variável, seguindo a proposta em que é ambientado. Pode ser fictício ou mesclar a ficção com a realidade.
Os romances são marcados por um sequência temporal de fatos para se chegar a ideia principal que está sendo apresentada.
Estrutura dos Romance: Podemos destacar quatro características que fazem parte da estrutura desse tipo de obra, são elas:
• Narrador: é a pessoa que conta a história. Ele pode ser um dos personagens, que nesse caso, é considerado um narrador em primeira pessoa; ou apenas uma figura responsável pela narração da história.
• Personagens: são as figuras/pessoas que fazem parte da obra. Elas são representadas de forma que o leitor conheça as suas histórias através de representações fictícias. No caso do Romance, o personagem principal é considerado o protagonista.
• Enredo: corresponde a sequência dos fatos que serão contados. É a partir do enredo que se desenvolve a história e é possível atingir o tema central do texto.
• Tempo: organização dos fatos que ocorrerão na história. Ele pode ser cronológico ou psicológico. O primeiro é marcado pela passagem de horas, dias, anos etc. Já o segundo é mais subjetivo, pois refere-se ao tempo interior dos personagens.
· História do Romance
Pode-se dizer que o Romance deriva da época do Romantismo, quando o folhetim e o romance eram considerados sinônimos. A partir do século XVIII ele passou a ser considerado um gênero literário.
Originalmente o Romance surgiu com os romances de cavalarias, que é considerado uma das mais ricas manifestações literárias. Eles contavam, por exemplo, a história de heróis que defendiam a honra da mulher amada. 
Com a ascensão da burguesia houve uma grande disseminação cultural, pois possibilitou que as classes menos favorecidas tivessem acesso aos livros. Tal fato demostra como os fatores sociais contribuem para a formação de estilos literários. Segundo Georg Hegel, um dos filósofos mais influentes da história, o romance foi um dos grandes feitos da burguesa moderna.
· Romance no Brasil
Muitos autores representaram o romance no Brasil, principalmente nos anos 1950. Dentre as principais obras temos Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado; Doramundo, de Geraldo Ferraz; Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; e O Encontro Marcado, de Fernando Sabino.
Na literatura brasileira podemos destacar alguns tipos de romance que são mais conhecidos, são eles:
• Romance Romântico: esse tipo representa os heróis, o cavalheirismo, o amor a figura feminina ou a pátria. Alguns autores que representam esse tipo de Romance são: Joaquim Manuel de Macedo que escreveu A Moreninha, e José de Alencar que escreveu Senhora. 
• Romance Realista: é representado pelas obras que fazem críticas a sociais, polícias, religiosas. O principal representante desse tipo de romance foi Machado de Assis.
• Romance Naturalista: possui basicamente as mesmas características do realista. O seu foco principal é a análise social a partir do coletivo. Uma das obras conhecidas desse tipo de Romance é O Cortiço, de Aluísio Azevedo.
• Romance Modernista: foi marcado pelo movimento Romance 30. Faz também uma crítica social e anticapitalista. Os principais nomes desta época foram: Raquel de Queiroz com o livro O Quinze; Jorge Amado com os livros Capitães de Areia e O País do Carnaval; e Graciliano Ramos com o livro São Bernardo.
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
· Utilizar um lingujar de fácil entendimento a todos.
	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunos durante a execução das atividades propostas.; 
· Avaliar a participação dos alunos durante a explicação do conteúdo.
	 Aula 3/4
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· Prática da Analise da Língua 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
· Desenvolver a leitura apreciando o texto lido.
· Desenvolver o vocabulário e ortografia
· Analisar a gramática constituída no texto.
	Habilidades:
· . Refletir sobre a ortografia nos gêneros em estudo
· . Ler romances, poemas, charges e cartuns, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos: Formular hipóteses (antecipação e inferência) Verificar hipótese (seleção e checagem)
· Ler associativa e comparativamente os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
	Metodologias:
· Iniciar a aula com a dica de Português. Registrar no quadro, explicar e solicitar que os alunos copiem.
· Entregar a atividade impressa ou passa no quadro para eles responderem.
· Pedi que uma aluno faça a leitura do texto.
· Auxiliar os alunos durante a atividade.
· Fazer a correção da atividade. Neste momento, pedirei que alguns alunos façam a leitura da questão corrigida, e outro que compartilhe a sua resposta com a turma para a verificação de apredizagem.
ATIVIDADE
Leia este trecho do romance ‘’Perto do coração selvagem’’, escrito por Clarice Lispector:
Ah, piedade é o que sinto então. Piedade é a minha forma de amor. De ódio e de comunicação. É o que me sustenta contra o mundo, assim como alguém vive pelo desejo, outro pelo medo. Piedade das coisas que acontecem sem que eu saiba. Mas estou cansada, apesar de minha alegria de hoje, alegria que não se sabe de onde vem, como a da manhãzinha de verão. Estou cansada, agora agudamente. Vamos chorar juntos, baixinho. Por ter sofrido e continuar tão docemente. A dorcansada numa lágrima simplificada. Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus. Durmamos de mãos dadas. O mundo rola e em alguma parte há coisas [...] flutuando sobre o mar, eis o sono.
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
1 – Em “Vamos chorar juntos, baixinho.”, o termo destacado funciona como:
a) substantivo 
b) adjetivo
c) conjunção
d) advérbio
2 – Identifique no trecho do romance a ocorrência do vocativo:
“Mas agora já é desejo de poesia, isso eu confesso, Deus.”
3 – Em todas as alternativas, registra-se o emprego do sujeito oculto:
a) “Piedade é a minha forma de amor.”
b) “Estou cansada, agora agudamente.”
c) “Vamos chorar juntos, baixinho.”
d) “Durmamos de mãos dadas.”
4 – Em “Mas estou cansada, apesar de minha alegria [...]”, desenvolve-se a ideia de: 
a) comparação
b) adversidade
c) condição
d) conformidade
 Explique a colocação dos pronomes destacados nestes segmentos:
5- “É o que me sustenta contra o mundo [...]”
Quando precedido de pronome relativo (“que”), o pronome átono é colocado antes do verbo.
6- “[...] alegria que não se sabe de onde vem [...]”
Quando precedido de palavra negativa (“não”), o pronome átono é colocado antes do verbo. 
7-- Leia este trecho do romance “Perto do coração selvagem”, de Clarice Lispector, observando os advérbios sublinhados:
A moça ri mansamente de alegria e de corpo. Suas pernas delgadas, lisas, os seus seios pequenos brotaram da água. Ela mal se conhece, nem cresceu de todo, apenas emergiu da infância. Estende uma perna, olha o pé de longe, move-o, terna, lentamente como a uma asa frágil. 
Perto do Coração Selvagem. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986, p. 68-69.
8- Neste trecho, os advérbios indicam as circunstâncias em que se deram determinadas ações, praticadas pela moça, personagem do romance. Identifique as referidas ações: 
O advérbio “mansamente” indica a circunstância em que se deu a ação de rir, praticada pela personagem, ao passo que “lentamente” indica a circunstância em que se deu o ato de ela mover o seu pé. 
9 - Assinale a alternativa que contém a circunstância indicada pelos advérbios:
a) lugar
b) tempo
c) meio
d) modo
e) intensidade
10- - Marque a alternativa em que a circunstância indicada pelo advérbio destacado não foi corretamente identificada nos colchetes:
a) De modo algum, permitirei que ele falte às aulas. [certeza]. 
Circunstância correta: negação. 
b) Os jornais são entregues de manhã. [tempo]
c) Ouvem-se ao longe os gritos das crianças. [lugar]
d) Aquela aluna é inteligente demais. [intensidade]
e) Provavelmente, iremos ao clube no próximo sábado. [dúvida]
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
· Utilizar uma linguajar de fácil entendimento a todos, e diminuir a quantidade de atividade conforme a necessidade. 
	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunos durante a execução das atividades propostas.; 
· Avaliar a participação dos alunos durante a explicação do conteúdo.
	 Aula 5/6/7
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· Leitura
· Prática e Analise da Língua 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
· Desenvolver a leitura e oralidade
· Desenvolver a ortografia e gramática
· Compreender texto 
· Interpretar textos
· Analisar os recursos linguísticos utilizados para a construção do sentido do texto.
	Habilidades:
· . Refletir sobre a ortografia nos gêneros em estudo
· . Ler romances, poemas, charges e cartuns, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos: Formular hipóteses (antecipação e inferência) Verificar hipótese (seleção e checagem)
· Ler associativa e comparativamente os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
· Refletir sobre avaliação linguística nos gêneros em estudo
	Metodologias:
· Passar no quadro a dica de Português, explicar e solicitar que os alunos copiem em seus cadernos e repetir as palavras em voz alta, como forma de fixação.
· Entregar a atividade impressa para os alunos responderem.
· Pedi que alguns alunos façam a leitura do texto para que possamos discutir e analisar. Feito isso, vamos conversar de cada texto identificando seus elementos e mensagem.
· Auxiliar os alunos durante a atividade tirando quaisquer dúvidas
· Fazer a correção da atividade.
Ex: Você é um cavelheiro!
Ex: Este caveleiro lutou bravamente na batalha de Culloden.
ATIVIDADE
Texto para responder as questões: 01 a 05:
                 Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhados abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champanha na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio (…) Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
                   E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da Corte para a ilha de… senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.   
A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo – pp. 66, 67. – Ed. Ftd…
1- Pesquise o significado de sarau e associe-o a um evento contemporâneo:
O sarau se aproxima das festas familiares em que ocorrem dança, jogos, conversa, não é uma balada, pois o sarau tinha caráter privado, não era aberto a quem quisesse.
2- No fragmento, o autor destaca os aspectos positivos do ambiente ou o deprecia? Justifique:
O autor destaca os aspectos positivos do ambiente, trata-se de um sarau, apresentado no trecho como uma festa agradável, frequentada por pessoas de bom gosto, de caráter e qualidades, alegre, escolhida sociedade.
3-O sarau associa-se ao modo de vida burguês. Que elementos justificam a afirmação?
O elemento que associa o sarau ao modo de vida burguês é o fato de ser uma festa urbana, noturna.
4-A burguesia se firmou como classe dominante a partir da Revolução Francesa. Que mudanças ela implantou no cotidiano?
Introduziu a valorização da família, do trabalho, e novas formas de lazer, mais democráticas, como os bailes, os saraus.
5-  A linguagem do texto romântico marca-se pela metáfora/comparação e pela hipérbole. Destaque do texto exemplos das duas figuras:
Metáfora/comparação: as moças são no sarau como as estrelas no céu; 
Hipérbole: no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
Leia os textos 2 e 3 para responder as questão 6
Texto 2:
 Já era tarde. Augusto amava deveras, e pela primeira vez em sua vida; e o amor, mais forte que seu espírito, exercia nele um poder absoluto e invencível. Ora, não há ideias mais livres que as do preso; e, pois, o nosso encarcerado estudante soltou as velas da barquinha de sua alma, que voou, atrevida, por esse mar imenso da imaginação; então começou a criar mil sublimes quadros e em todos eles lá aparecia a encantadora Moreninha, toda cheia de encantos e graças. Viu-a, com seu vestido branco, esperando-o em cima do rochedo, viu-a chorar, por ver que ele não chegava, e suas lágrimas queimavam-lhe o coração.
(Joaquim Manuel de Macedo. “A Moreninha”. São Paulo: Ática, 1997, p.125.)
Texto 3:
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que nãoamava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade. “Reunião”. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.19.)
a) Em ambos os textos, percebe-se a utilização de uma mesma temática mas com tratamentos distintos. Explique, com suas próprias palavras, a concepção de amor presente nos textos de Joaquim Manuel de Macedo e de Carlos Drummond de Andrade.
A concepção de amor no texto 1 indica idealização do sentimento amoroso e da mulher amada; valorização da fantasia e da imaginação; caracterização do poder absoluto do amor sobre as personagens. O tema é tratado no texto 2 a partir de um tom crítico e irônico, apontando o desencanto e o desencontro entre as personagens.  
b) Nota-se que a estrutura do poema “Quadrilha” é construída a partir de dois movimentos. Identifique-os indicando, para cada movimento, o verso inicial e o final.
Lili, a “que não amava ninguém”, é a única do grupo que ironicamente encontrou um par. Diferente dos outros que cumpriam um destino solitário ou trágico, ela se casou com J. Pinto Fernandes, uma personagem fora da quadrilha.
 Texto para as questões 7, 8, 9 e 10
“Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os nomes que melhor exprimem as ideias!… O que outrora as chamava em bom português, moça feia, os reformadores dizem menina simpática!… O que numa moça era antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime languidez!… Já não há mais meninas importunas e vaidosas… As que o foram chamam-se agora espirituosas!… A escola dos românticos reformou tudo isso, em consideração ao belo sexo.
” (MACEDO, Joaquim Manuel de. “A Moreninha”. São Paulo: FTD, 1991. p.31.)
 7-De acordo com o texto e considerando o período em que a obra foi escrita, é correto afirmar:
a) ( ) A figura de linguagem utilizada no texto para se referir ao modo como as mulheres passam a ser tratadas pelos artistas românticos é a hipérbole, que consiste no exagero com o intuito de realçar uma ideia.
b) ( ) O termo “românticos”, utilizado no texto, diz respeito a estado de espírito, desviando-se do movimento artístico dominante na primeira metade do século XIX brasileiro.
c) ( ) O movimento romântico teve caráter contestador, trazendo mudanças não somente para a arte como também para o comportamento.
d) Percebe-se, no texto, forte influência do Positivismo, pois o personagem preocupa-se com a maneira através da qual os escritores românticos referem-se às mulheres.
e) ( ) A referência ao modo de tratar a figura feminina exprime uma tentativa de aproximar dois polos considerados inconciliáveis e opostos, denotando profundo gosto pelo paradoxal e antitético.
8.Considere as afirmativas a seguir.
I.Há no texto uma nítida oposição entre “outrora” e “hoje”, podendo o primeiro ser lido como “época em que dominavam os valores clássicos”, e o segundo, como “época em que dominam os valores românticos”.
II.No período clássico, a designação da realidade era feita através de palavras precisas, deixando claro que aquele que a focalizava possuía grande conhecimento da língua portuguesa padrão.
III. No período romântico, a realidade não é mais vista por uma única perspectiva, por conseguinte, pode ser apreendida de maneira subjetiva.
IV.Olhar a realidade de forma romântica ou de forma clássica vem a ser a mesma coisa, pois o olhar é, antes de mais nada, humano.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) ( ) I e II.               
b) ( ) I e III.                  
c) ( ) II e IV.                   
d) ( ) I, III e IV.              
e) ( ) II, III e IV.
9.Dado o fato de haver no texto o emprego do substantivo “reformadores” aplicado aos românticos, é correto afirmar que Fabrício:
a) ( ) Mostra-se conservador devido à peculiaridade de sua história familiar.
b) ( ) Discorda da visão de mundo dos românticos, seus contemporâneos.
c) ( ) Está efetuando leitura da oposição visão de mundo romântica e visão de mundo clássica em período posterior à ocorrência das mesmas.
d) ( ) Possui visão de mundo católica, opondo-se aos adeptos da Reforma de Lutero.
e) ( ) Apresenta-se neutro frente à oposição visão de mundo clássica e visão de mundo romântica.
10.Sobre a expressão “em bom português”, presente no texto, considere as afirmativas a seguir. Estão corretas apenas as afirmativas:
I.Conforme aparece no texto, indica o desejo de estar de acordo com a norma culta da língua portuguesa.
II.Corresponde à expectativa de preservar, no uso corrente da língua portuguesa, a clareza e a objetividade.
III. Conforme aparece no texto, aponta a valorização da fidelidade aos sentidos originais dos vocábulos.
IV.É utilizada para ressaltar a admiração pela língua portuguesa conforme é falada em Portugal.
a) ( ) I e III.              
b) ( ) II e III.             
c) ( ) II e IV.             
d) ( ) I, II e IV.            
e) ( ) I, III e IV.
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
· Leia o texto abaixo, um fragmento do livro "A culpa é das estrelas", de John Green:
- Augustus, talvez você queira falar de seus medos para o grupo.
- Meus medos?
- É
- Eu tenho medo de ser esquecido - disse de sem querer um momento de pausa. (...)
Olhei na direção do Augustus Waters, que me devolveu o olhar. Quase dava para ver através dos olhos dele, de tão azuis que eram.
- Vai chegar um dia - eu disse - (...) Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo.
Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui - fiz um gesto abrangente - vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo sobreviva a uma explosão do Sol, não vamos viver para sempre. (...) E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe esse assunto para lá. (...)
Assim que terminei fez-se um longo silêncio, e eu pude ver um sorriso se abrindo de um canto ao outro no rosto do Augusto – não o tipo de sorriso (...) do garoto tentando (...) me encarar, mas um sorriso sincero, quase maior que a cara dele.
- Caramba – disse ele baixinho – Não é que você é mesmo demais?
1- De acordo com esse texto, o medo de Augustus era
a) ( ) O fim da espécie humana
b) ( ) O silêncio
c) ( ) Ser esquecido
d) ( ) Sobreviver à explosão do Sol
2- Na expressão "- Caramba!", o ponto de exclamação reforça a ideia de
a) ( ) Admiração
b) ( ) Constrangimento
c) ( ) Crítica
d) ( ) Desconfiança
3- De acordo com esse texto, era possível ver através dos olhos de Augustus por quê:
a) ( ) Encaravam a narradora
b) ( ) Eram maiores que o rosto
c) ( ) Eram muito azuis
d) ( ) Pareciam sinceros
4- O trecho "Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo.", foi construído a partir de qual recurso estilístico? 
a) ( ) Exagero de uma ideia
b) ( ) Humanização de um sentimento
c) ( ) Jogo de palavras
d) ( ) Repetição de sons parecidos
5- Qual é o trecho que apresenta ideia de tempo?
a) ( ) "Augustus, talvez você queira falar de seus medos"
b) ( ) "Quase dava para ver através dos olhos  dele"
c) ( ) "Assim que terminei fez-se um longo silêncio"
d) ( ) "sorriso se abrindo de um canto ao outro no rosto"
6- A linguagem utilizada no trecho "-Caramba! - disse ele baixinho - Não é que você é mesmo demais?" é
a) ( ) Culta     
b) ( ) Informal     
c) ( ) Regional    
d) ( ) Técnica
7- A que gênero textual pertence a obra "A culpa é das estrelas"?
a) ( ) Conto     
b) ( ) Fábula     
c) ( ) Romance     
d) ( ) Crônica
	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunosdurante a execução das atividades propostas.; 
· Avaliar a participação dos alunos durante a explicação do conteúdo.
	 Aula 8/9
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
· Interpretar texto.
· Desenvolver a leitura e ortografia 
· Compreender o texto
· 
	Habilidades:
· . Refletir sobre a ortografia nos gêneros em estudo
· . Ler romances, poemas, charges e cartuns, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos: Formular hipóteses (antecipação e inferência) Verificar hipótese (seleção e checagem)
· Ler associativa e comparativamente os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
	Metodologias:
· Continuação da aula anterior...
· Entregar impressa a atividade, e auxiliar os alunos a fazerem as questões tirando – lhes as dúvidas.
· Fazer a correção da atividade.
· Passar no quadro a dica de Português, pedi que os alunos copiem e explicar.
ATIVIDADE
Leia o texto para responder as questões 11, 12, 13 e 14
“Ora, o tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as circunstâncias e de obrigá-los a fazer quanta parvoíce há neste mundo. o amor faz o velho criança, o sábio doido, o rei humilde, cativo; faz mesmo. Ás vezes, com que o feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. O amor seria capaz de obrigar um coxo a brincar o tempo-será, a um surdo o companheiro e a um cego o procura quem te deu. O amor foi inventor das cabeleiras, dos dentes postiços e de outros certos postiços que… mas, alto lá! Que isto é bulir com muita gente; enfim, o amor está fazendo um estudante do quinto ano de medicina passar um dia inteiro brincando com bonecas.
”(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha.)
11.A passagem extraída do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, refere-se ao seu protagonista masculino, o estudante de medicina Augusto.
O tema abordado neste texto corresponde:
a) Ao caráter inconstante da paixão amorosa
b) À relação problemática entre o amor e juventude.
c) À exaltação romântica do amor juvenil.
d) Às alterações de comportamento provocadas pelo amor.
e) Aos paradoxos afetivos que caracterizam os enamorados.
12.Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo:
a) Relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do Império.
b) Estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural.
c) História de fidelidade ao amor de infância, na sociedade do Rio
d) Crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século.
e) Narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado
13.Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo.
I- A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos pilares de nossa literatura romântica.
II- Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século XIX.
III- O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século XIX e criticado pelo autor que já era considerado realista-naturalista.
Quais são corretas?
a) ( ) Apenas I.      
b) ( ) Apenas I e II.         
c) ( ) Apenas II e III.           
d) ( ) Apenas I e III.     
e) ( ) I, II e III.
14.Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo.
I- Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, criando para o leitor momentos de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a desfazer a tensão, enquanto o narrador prepara o final feliz reservado para os protagonistas.
II- O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em diversos aspectos da estrutura: há a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade adulta; há a manutenção do mistério da identidade dos amantes; há até o traço nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena.
III- Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou grande sucesso de público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros.
 
Quais são corretas?
a) ( ) Apenas I.               
b) ( ) I, II e III.        
c) ( ) Apenas I e II.        
d) ( ) Apenas II e III.      
e) ( ) Apenas I e III.
Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho reproduzido e responda à questão seguinte.
“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será porque no tal jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?… não! ele esperava isso como castigo da sua inconstância. A causa é outra: a alma da ilha de … não está na sala! Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho muito em ordem; não se rasgou ainda nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum beliscão, tudo se faz em regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está aí: D. Carolina está ausente!…
Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela ideia absolutamente diversa da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a interessante Moreninha é, na verdade, travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado, aquele corpinho, ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja nos ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”MACEDO, Joaquim 
Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto Alegre, 2001.p. 123-124.
15- A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é:
a) ( ) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando os hábitos e costumes da época.
b) ( ) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do Romantismo, e serve para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina.
c) ( ) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de o jogo estar monótono.
d) ( ) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e extravagante, após alguns dias devidamente instalado na ilha de…
e) ( ) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto na aposta realizada com seu amigo Filipe.
16.Sobre o contexto histórico-literário da obra “A Moreninha” e seu autor, analise as afirmações a seguir.
I.Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro romancista a alcançar sucesso junto ao novo público romântico formado por jovens senhoras e estudantes.
II.O contexto da publicação da obra revela um Rio de Janeiro imperial e seus costumes urbanos.
III. A burguesia mantém-se como personagem e consumidor dos romances românticos, fato esse herdado da estética literária anterior.
Quais são corretas?
a) ( ) Apenas I            
b) ( ) Apenas I e II.       
c) ( ) Apenas II e III.    
d) ( ) Apenas I e III.      
e) ( ) I, II e III.
17.(UFP)Em linhas gerais, o romance A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, é:
a) ( ) O relato de uma história de fidelidade ao amor de infância, na sociedade brasileira do século passado.
b) ( ) A crônica de um caso amoroso ocorrido em fins do século XVII nas imediações do Rio de Janeiro.
c) ( ) Uma história baseada no problema da escravidão, na sociedade brasileira do Segundo Império.
d) ( ) A história dramática de uma heroína às voltas com um amor impossível.
e) ( ) Uma história que mostra a oposição Roça/Corte no século passado, através de um episódio amoroso.
 
19.(ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo.
 
I- JoaquimManuel de Macedo foi médico, político,  professor, romancista, teatrólogo e poeta, numa época  de euforia da burguesia, classe social dominante, em  pleno Brasil pós independente.
II- Foi aceito de imediato pelo público porque explorou  com muita felicidade a “psicologia feminina e a  sociedade da época” bem como por usar a linguagem  do leitor.
III- Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos  inconfundíveis: os estudantes, a moça namoradeira, a  criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora  fofoqueira, todos eles envolvidos em cenas que se  desenrolam em espaços claramente brasileiros (a Ilha
de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos  do Rio de Janeiro.
 Quais são corretas?
a) ( ) Apenas I.            
b) ( ) Apenas I e II.      
c) ( ) Apenas II e III.    
d) ( ) Apenas I e III.     
e) ( ) I, II e III.
 
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
Leia o texto abaixo.
A Ilha do Tesouro
    Em certo dia do ano de mil setecentos e tantos, um velho marinheiro, com uma cicatriz no rosto, bateu com o seu bordão ferrado à porta da estalagem “Almirante Benbow”. Disse rudemente ao estalajadeiro, meu pai, que lhe trouxesse um copo, pediu notícias da freguesia, mandou em seguida o empregado levar-lhe a bagagem e atirou sobre a mesa três ou quatro moedas de ouro.
    Durante os dias seguintes, o Capitão – assim queria o estranho hóspede que lhe chamassem – outra coisa não fez senão vagar ao longo da baía e sobre os rochedos, munido de um óculo. Ríspido, zangado, esbravejando, o dia todo, não respondia ao que lhe perguntavam; mas, após algum tempo, me chamou à parte para dizer-me que observasse todos os fregueses e o avisasse da chegada de um marinheiro perneta.
    Nas tardes chuvosas, contava horríveis histórias de naufrágios, enforcamentos e torturas.
Eu, minha mãe, meu pai e uns poucos fregueses o escutávamos apavorados. [...]
    Em certa manhã de janeiro me vi diante de um homem sem dois dedos da mão esquerda e com um facão no cinto [...], começou a fazer-me perguntas a respeito de um certo Bill, um marinheiro seu amigo.
    As minhas respostas vagas, todas monossilábicas, retrucou que seu amigo Bill devia ser o próprio Capitão e, pegando-me de repente por um braço, perguntou-me onde estava ele nesse momento e a que horas voltaria.
    Ficamos a esperá-lo, ele e eu, na sala da estalagem durante cerca de meia hora.
    Afinal o Capitão regressou e, quando ouviu aquela estranha personagem chamá-lo pelo nome, exclamou furiosamente:
    – Cão Negro! Os dois homens trocaram algumas palavras em voz alta e mandaram-me embora.
    Deixei-os sós, mas pouco depois ouvi um barulho de móveis caindo, um tinir de lâminas metálicas, um grito de dor, e vi o Cão Negro fugindo como um doido, seguido do Capitão. Junto da porta, este desferiu um terrível golpe de facão, que não alcançou o alvo, e o Cão Negro, embora ferido no ombro, ainda teve tempo de escapar. [...]
STEVENSON, Robert Louis. Disponível em:<http://www.elivros-gratis.net/elivros-gratis-infanto-juvenil.asp>. Acesso em: 22 jun. 2012.Fragmento. (P091546RJ_SUP)
1. Nesse texto, no trecho “As minhas respostas vagas,...” (ℓ. 16), a palavra "vagas" revela que as respostas eram:
a) Contraditórias.
b) Imprecisas.
c) Limitadas.
d) Livres.
2. De acordo com esse texto, o Capitão pediu que o narrador observasse todos os fregueses porque queria:
a) ( ) Conhecer melhor a estalagem “Almirante Benbow”.
b) ( ) Contar histórias de naufrágios.
c) ( ) Saber notícias da freguesia.
d) ( ) Ser avisado da chegada de um marinheiro perneta.
3. Nesse texto, há uma opinião do narrador em:
a) ( ) “... um velho marinheiro, com uma cicatriz no rosto,...”. (ℓ. 1-2)
b) ( ) “... o Capitão – assim queria o estranho hóspede que lhe chamassem...”. (ℓ. 6-7)
c) ( ) “... me vi diante de um homem sem dois dedos da mão esquerda...”. (ℓ. 13)
d) ( ) “Ficamos a esperá-lo, ele e eu, na sala da estalagem...”. (ℓ. 19)
4. De acordo com esse texto, o Capitão
a) ( ) Andava com um facão no cinto.
b) ( ) Esperou por seu amigo na sala da estalagem.
c) ( ) Teve o braço ferido na discussão com o marinheiro.
d) ( ) Tinha uma cicatriz no rosto.
5. No quinto parágrafo desse texto, o narrador parece estar
a) ( ) Agressivo para se defender.
b) ( ) Assustado com a atitude do marinheiro.
c) ( ) Desatento à explicação do homem.
d) ( ) Desinteressado de responder sobre Bill.
	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunos durante a execução das atividades propostas.; 
· Avaliar a participação dos alunos durante a explicação do conteúdo.
	 Aula 10/11
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
· Prática de Leitura 
· Prática da Escrita 
	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
· Praticar a leitura 
· Produzir texto.
	Habilidades:
· Produzir poemas, charges, cartuns e reconto de capítulo de romance, observando os elementos constitutivos dos gêneros em estudo (forma, estilo e conteúdo) em função das condições de produção
	Metodologias:
· Projeitar o texto para os alunos lerem. Utilizar datashow para isso.
· Anotar no quadro a proposta de redação para que os alunos façam.
· Entregar folha de redação
· Recolher a redação para avaliar.
Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes
Man of la mancha
                                                         Van Gogh: Don Quixote de la Mancha
– Como é que aos poetas fascinam lhes tanto os loucos?
– Temos muito em comum.
– Ambos dão as costas à vida?
– Ambos escolhemos a vida!
– Um homem deve entender a vida como é.
– A vida como é… Vivi mais de 40 anos e vi… a vida como é.
Dor… miséria, incrível crueldade. Ouvi todas as vozes da mais nobre criatura do Deus aos gemidos da sociedade suja das ruas. Fui soldado e escravo. Vi a meus camaradas caírem em batalha… ou morrerem mais devagar sob um chicote africano. Sustentei-os até o último momento.
Homens que viram a vida como é!
Ainda assim morreram desesperados. Nem glória nem últimas valentes palavras!
Só seus olhos, plenos de confusão, perguntando por que…
Não acredito que perguntassem por que morriam… A não ser por que tinham vivido.
Se a vida parece uma loucura em si, quem dita o que é loucura?
Talvez ser muito prático seja a loucura. Renunciar a sonhos seja loucura talvez.
Procurar um tesouro onde só há lixo…
Muita prudência poderia ser a loucura!
E a loucura maior de todas… é ver a vida como é e não como deveria ser!”
(Diálogo com Cervantes no filme Man of La Mancha)
Uma história de Dom Quixote
Moacyr Scliar
    Quando se fala num quixote, as pessoas logo pensam num desastrado, num sujeito que não consegue fazer nada direito, que tem boas ideias, mas sempre quebra a cara. E até repetem aquela história que o escritor espanhol Cervantes contou sobre o Dom Quixote.
     Ele era um daqueles cavaleiros andantes que usavam armadura, lança e escudo; percorria as planícies da Espanha num cavalo muito magro e muito feio, chamado Rocinante, procurando inimigos a quem pudesse desafiar em nome da moça que amava, e que ele chamava de Dulcineia. Pois um dia este Quixote avistou ao longe uns moinhos de vento.
     Naquela época, vocês sabem, o trigo era moído desta maneira: havia um enorme cata-vento que fazia girar a máquina de moer. Pois o Dom Quixote viu, nesses moinhos, gigantes que agitavam os braços, desafiando-os para a luta.
    Sancho Pança, seu ajudante, tentou convencê-lo de que não havia gigante nenhum; mas foi inútil.
     Dom Quixote estava certo de que aquele era o grande combate de sua vida.  Empunhando a lança, partiu a galope contra os gigantes…
     O resultado, diz Cervantes, foi desastroso. A lança do cavaleiro ficou presa nas asas do moinho, ele foi levantado no ar e depois jogado para longe. Para Sancho, e para todas as pessoas que ali viviam, uma clara prova de que o homem era mesmo maluco.
     Essa era a história que Cervantes contava. Já meu tatara-tatara-tataravô, que também conheceu o Dom Quixote, narravao episódio de uma maneira inteiramente diferente. Ele dizia que, de fato, Dom Quixote viu os moinhos e que ficou fascinado com eles, mas não por confundi-los com gigantes. “Se eu conseguir enfiar minha lança naquelas asas que giram”, pensou, “e se puder aguentar firme, terei descoberto uma coisa sensacional.”
     E foi o que ele tentou. Não deu completamente certo, porque nada do que a gente faz dá completamente certo; mas, no momento em que a asa do moinho levantava o Dom Quixote, ele viveu o seu momento de glória. Estava subindo, como os astronautas hoje sobem; estava avistando uma paisagem maravilhosa, os campos cultivados, as casas, talvez o mar, lá longe, talvez as terras de além-mar, com as quais todo o mundo sonhava. Mais que isso, ele tinha descoberto uma maneira sensacional de se divertir.
     É verdade que levou um tombo, um tombo feio. Mas isso, naquele momento, não tinha importância. Não para Dom Quixote, o inventor da roda-gigante.
Extraído e adaptado de FILHO, Otavio Frias et al. Vice-versa ao contrário:histórias clássicas recontadas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993
Dom Quixote de la Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em1605 e a outra em 1615. A coroa espanhola patrocinou uma edição revisada em quatro volumes a cargo de Joaquín Ibarra. Iniciada em 1777 concluiu-se em 1780 com tiragem inicial de 1600 exemplares.[4]
O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de novela realista.
É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A votação foi organizada pelo Clubes do Livro Noruegueses e participaram escritores de reconhecimento internacional.[5]
https://www.youtube.com/watch?v=g0xVsY_Z4o4
ATIVIDADE
Tema Dom Quixote 
        A história de Dom Quixote foi escrita no século XVII, mas o personagem é, até hoje, um dos mais populares da literatura ocidental. Adorador de romances de cavalaria, viajava pelo mundo em busca de aventuras, mas tudo dava errado para ele. Seu cavalo de batalha, Rocinante, era velho e magro. Seu escudeiro, Sancho Pança, viajava montado num pequeno burro. Dom Quixote era um cavaleiro cheio de boas intenções, mas muito trapalhão.        
PROPOSTA: Considerando as características desse personagem, use sua imaginação e crie uma história em que ele viva uma aventura em pleno século XXI. Para isso, imagine um conflito que gere a aventura vivenciada pelo herói. Se quiser, inclua os outros personagens do romance original. Por se tratar de uma narrativa, defina o espaço e o tempo da história pode ser nossa cidade, na escola! Invente, você é o narrador      
       Dê um título a seu texto. Sua redação deverá ter, no mínimo, 18 linhas e, no máximo, 25 linhas, excluindo o título. Utilize, primeiramente, a folha de rascunho distribuída com a prova e, depois, a FICHA DE REDAÇÃO para a versão final do seu texto. Use a linguagem formal culta! 
REDAÇÃO número 2, 1º Trimestre, Gênero: Narração 
 Título_______________________________________________________________________
Avaliação
(    ) Letra legível, apresentação do texto
(    ) Ortografia, pontuação e acentuação
(    ) Concordância
(    ) Parágrafo ou nº insuficiente de linhas
(    ) Marcas da fala 
(    ) Falta de clareza
(    ) Margens regulares, linhas plenas 
(    ) Repetição de palavras 
(    ) Adequação da proposta 
(    ) Uso da letra maiúscula 
(    ) Sequência de ideias 
(    ) Argumento Falso ou sem citação
Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
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	Avaliação:
· Avaliar a participação dos alunos durante a execução das atividades propostas.; 
	 Aula 
	Disciplina: Língua Portuguesa 
	Unidade Temática:
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	Objeto de conhecimento/Gêneros
· Romance
	Objetivos:
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Flexibilização do conteúdo: Atividade para os alunos especiais, com laudos.
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	Avaliação:
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· Avaliar a participação dos alunos durante a explicação do conteúdo.

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